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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

OBSERVADOR - DESPORTO - 14 DE FEVEREIRO DE 2020

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Desporto

Por Bruno Roseiro, Editor de Desporto
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Num instante tudo muda. Neste caso, num par de minutos. Um tema, uma ideia ou uma opinião podem ou não ser uma ilusão de ótica mas cada vez mais é o foco que ganha peso em qualquer discussão. Foi essa a linha divisória que voltou a mudar a fronteira da “guerra aberta” que se vive em Alvalade: até por volta das 16h30, aquilo que se falava no universo Sporting era a manifestação que juntava mais de um milhar de pessoas (sendo que alguns órgãos avançaram com um número final de 3.000); a partir daí, a conversa mudou para as agressões a um vogal da Direção, Miguel Afonso, e os insultos a um vice, Filipe Osório de Castro – com a agravante de ter havido insultos e também cuspidelas à filha de Miguel Afonso, de apenas 16 anos. Tudo no Multidesportivo.
Mais uma vez, todos os olhos voltaram a estar concentrados nas claques, até pela acusação imediata de que teriam sido elementos da Juventude Leonina (no início seriam pelo menos dois, depois passou a um, nas imagens que entretanto se foram tornando públicas não se consegue perceber ao certo quantos são – assim como se vê e percebe a “perseguição”, os insultos, a tentativa de intimidação mas não as agressões em si, testemunhadas por um par de pessoas mas tapadas no ângulo da câmara). Os visados, que antes tinham ido ao dérbi de futsal no Pavilhão João Rocha, apresentaram queixa no dia seguinte na PSP de Telheiras. À noite, o presidente do Sporting, Frederico Varandas, abriu (ainda mais) guerra às claques, mais especificamente à direção da Juventude Leonina, chamando os associados da “maioria silenciosa” para o seu lado porque “sem isso é muito mais difícil”.
No sábado, por volta da hora de almoço, está prevista uma conferência de imprensa da claque, que referiu logo no dia que não tinha qualquer ligação ao sucedido e que estaria a servir de escape para justificar “o planeamento e a gestão desportiva péssimas”, acrescentando ainda que o desejo de Varandas é colocar na liderança os apoiantes da sua candidatura para serem “a sua guarda pretoriana submissa”. Críticas atrás de críticas entre conferências, entrevistas, comunicados e passagens pela zona mista enquanto a equipa de futebol, que ganhou ao Portimonense por 2-1 mas perdeu por lesão Mathieu (marcador de uma grande golo de livre direto), vai passando semana atrás de semana a fugir ao rótulo de uma das piores épocas do século. Agora, segue-se o Rio Ave de Carlos Carvalhal, em Vila do Conde, num jogo que pode valer o terceiro lugar do Campeonato (sábado, 20h30). À espreita estará o Sp. Braga que, para não destoar do resto da semana, criticou o Sporting via favorecimento das arbitragens. Ah, e ainda houve a recusa da AG destitutiva – que alegava 24 violações mas foi indeferida numa resposta de 37 páginas.
Antes, houve o clássico. Antes e depois. Muito depois. Sobre o encontro que relançou as contas da Liga antes de uma jornada complicada para ambos, com o Benfica a receber o Sp. Braga (sábado, 18h) e o FC Porto a jogar com o Vitória em Guimarães (domingo, 17h30), os dragões foram melhores e venceram por 3-2 num jogo onde Sérgio OliveiraAlex Telles e Carlos Vinícius estiveram em destaque mas que não mereceu a mesma visão no final por parte de Sérgio Conceição e Bruno Lage. Mas este ficou como o clássico falado pelos bonecos insufláveis de um árbitro e de um jogador encarnado pendurados no viaduto. Como o clássico que teve tochas atiradas entre adeptos. Como o clássico com mais casos do que quem viu poderia perceber – o que levou as águias a pedir não só a despenalização dos amarelos de Weigl e Vlachodimos como castigos para Marega e Pepe. Como o clássico que levou o Benfica a pedir árbitros estrangeiros para as partidas dos rivais. “Imaginemos que o penálti que foi marcado contra o Benfica tinha sido marcado contra o FC Porto, acha que a pastelaria do senhor Artur Soares Dias estaria aberta no dia de hoje no Porto? Não estava de certeza”, comentou Luís Filipe Vieira, líder dos encarnados. “Já se sabia que havia oferta de convites, agora sabe-se que trocam SMS, um destes dias vai dar jeito dizer que Vieira não tem nada a ver com o Benfica”, respondeu Francisco J. Marques, diretor de comunicação dos azuis e brancos.
No meio da confusão, a pior notícia para o Benfica até foi outra: Gabriel vai estar afastado dos relvados por tempo indeterminado por causa de uma “patologia ocular”. Mais do que a falta que faz no meio-campo das águias ou da gravidade da situação em si, este foi também um momento de reflexão depois dos comentários que se foram ouvindo em espaços televisivos de debate (?). A conclusão, essa, só o tempo poderá dizer qual foi…
A seguir a todas essas confusões, uma notícia “esperada”: Benfica e FC Porto vão discutir pela décima vez a final da Taça de Portugal entre si, com um saldo altamente vantajoso para os lisboetas que perderam apenas uma vez com os portistas. Os encarnados não tiveram ainda assim vida fácil em Famalicão, onde sobrou sobretudo o empate que deu a qualificação num momento menos conseguido da época. No dia seguinte, os azuis e brancos, com várias mexidas nas opções iniciais, derrotaram com naturalidade o surpreendente Ac. Viseu por 3-0. Mas houve mais duas notícias a agitar o Dragão por estes dias: Iker Casillas já terá comunicado a intenção de avançar com uma candidatura à liderança da Real Federação Espanhola de Futebol, ao passo que João Rafael Koehler, que foi convidado por um grupo de sócios para avançar para a presidência, recusou para já esse cenário.
A próxima semana marcará também o regresso das competições europeias – e agora com algumas “dores de cabeça” para qualquer redação nacional, tendo em conta que no lapso de quatro horas jogarão… quatro equipas portuguesas. Na quinta-feira, o Benfica joga na Ucrânia com o Shakhtar às 17h55, à mesma hora em que o Sporting recebe os turcos do Başakşehir; mais tarde, a partir das 20h, o FC Porto defronta o Bayer em Leverkusen, enquanto o Sp. Braga viaja à Escócia para medir forças com o Glasgow Rangers. Mas os destaques da primeira mão dos 16 avos de final não ficam por aí porque ainda há Club Brugge-Manchester United (17h55), Eintracht Frankfurt-RB Salzburgo (17h55), Olympiacos-Arsenal (20h), Roma-Gent (20h) ou Wolverhampton-Espanyol (20h).
Antes, arranca também a primeira série de partidas a contar para a primeira mão dos oitavos da Champions, logo com um At. Madrid-Liverpool na terça-feira (20h), o mesmo dia e à mesma hora do B. Dortmund-PSG. Na quarta, o Tottenham recebe o RB Leipzig, ao passo que o Valencia defronta em Itália a Atalanta (ambos às 20h). No fim de semana, para que nada falte na agenda não vá o tempo piorar e obrigar a uma permanência forçada em casa, destaque para o B. Dortmund-Eintracht Frankfurt (19h30) e o Wolverhampton-Leicester (20h) esta sexta; para o Barcelona-Getafe (15h), o Norwich-Liverpool (17h30) e o Atalanta-Roma (19h45) no sábado; para o Aston Villa-Tottenham (14h), o Juventus-Brescia (14h), o Arsenal-Newcastle (16h30), o Lazio-Inter (19h45), o Real Madrid-Celta (20h) e o Lille-Marselha (20h) no domingo; e para o Chelsea-Manchester United (20h) na segunda.
No domingo (14h) e já a valer o primeiro título da temporada, o Flamengo de Jorge Jesus vai defrontar em Brasília o Athl. Paranaense na final da Supertaça do Brasil. Na madrugada de quarta para quinta-feira (1h30), segue-se a primeira mão da Supertaça Sul-Americana frente aos equatorianos do Independiente del Valle.
30.ª sessão do julgamento do caso de Alcochete trouxe as duas faces de uma mesma moeda que foi a invasão à Academia do Sporting: de manhã, Tiago Neves foi o primeiro arguido a explicar como foi preparado o ataque, a falar sobre as mensagens nos grupos de Whatsapp, a contar o que fez (e não fez) no interior do espaço e a mostrar o seu arrependimento perante as perguntas das juízas; à tarde, Bas Dost, a última testemunha chave da acusação (Frederico Varandas falara na semana anterior como representante do assistente Sporting), contou como foi agredido, como passaram por ele no chão sem nada fazerem e como ainda hoje o que aconteceu a 15 de maio de 2018 o afeta. Agora, no dia 18, Pinto da Costa vai prestar depoimento como testemunha de Bruno de Carvalho.
Já o julgamento do caso da morte do adepto italiano Marco Ficini teve a sua segunda sessão esta semana, no Campus da Justiça. Do arguido que falou durante oito minutos para explicar que não esteve nessa madrugada na rotunda Cosme Damião nem nas imediações do Estádio da Luz onde tudo aconteceu a uma “guerra surda” de declarações entre a Unidade Metropolitana de Informações Desportivas, que só foi chamada de forma informal para ajudar no processo, e a Polícia Judiciária, houve ainda o testemunho da primeiro pessoa a chegar ao local (um inspetor da PJ) e família e amigos do transalpino a explicar o que mudou nas suas vidas depois do ocorrido. Na próxima sessão, dia 18, deverá falar Luís Pina, acusado de um homicídio e quatro tentativas de homicídio.
No judo, Rochele Nunes deu prolongamento a uma grande entrada neste ano civil com a conquista da medalha de bronze no Grand Slam de Paris, já depois de ter ficado no terceiro lugar no Grand Prix de Telavive, na categoria de +78kg. A luso-brasileira, que ocupa agora o 12.º lugar do ranking da qualificação olímpica para Tóquio, teve o melhor resultado entre os atletas nacionais, apesar das meritórias quintas posições de Telma Monteiro em -57kg (com alguma polémica à mistura), de Bárbara Timo em -70kg e de Anri Egutidze em -81kg. No entanto, a grande surpresa da prova foi mesmo a derrota de Teddy Riner, o francês que não perdia há mais de nove anos (e 154 combates) em +100kg mas que caiu na terceira ronda da competição frente ao japonês Kokoro Kageura.
No atletismo, o sueco Armand Duplantis (ou “Mondo” Duplantis) de apenas 20 anos, bateu o recorde do mundo de salto com vara num meeting em Torun, na Polónia, acrescentando um centímetro à marca de 6,16 metros que pertencia ao francês Renaud Lavillenie há seis anos. O campeão europeu de 2018 e atual vice-campeão do mundo com a prata conseguida no ano passado em Doha já tinha sido o foco de uma reportagem do The New York Times em 2017 como que a adivinhar o que se passaria – e na altura já lhe chamavam Tiger Woods do salto com vara…
Nota ainda para uma notícia, ou uma catadupa de notícias que não vão ficar por aqui, relacionadas com o escândalo revelado pelo jornal francês L’Équipe com o nome de “O fim da omertà”. Depois de se terem tornados públicos os casos na patinagem artística gaulesa (com ligações à natação e ao ténis, que ainda não foram muito desenvolvidas), com os testemunhos de quatro atletas que acusam três treinadores (Gilles Beyer, Jean-Roland Racle e Michel Lotz) de abuso sexual e violação quando ainda eram menores, nas décadas de 70, 80 e 90, há agora os relatos de Sarah Abitbol no livro “Um Tão Longo Silêncio”: “Foi a primeira vez que um homem me tocou. Durante dois anos, tu dizias à minha mãe: ‘Hoje vou ser babysitter da Sarah para podermos treinar’. E violaste-me no parque de estacionamento, nos balneários e em recantos da pista de gelo que nunca suspeitei que existissem”.
Por último, Chicago recebe o All Star Game da NBA. Que terá, além do habitual jogo de estrelas da competição entre as equipas de LeBron James e Giannis Antetokounmpo (de domingo para segunda-feira, 1h), o duelo entre jogadores de primeiro e segundo ano americanos e do resto do mundo, a partida dos famosos e os concursos de triplos ou afundanços. No entanto, e poucos dias depois do seu funeral numa cerimónia privada entre família e amigos próximos, será mais um momento para recordar aquele que ninguém esqueceu: Kobe Bryant.

EU, A TV E UM COMANDO

O JOGO EM PALAVRAS

PÓDIO

  1. 1

    Sueco de 20 anos bate recorde de salto com vara

    O sueco Armand Duplantis, de 20 anos, bateu o recorde do mundo de salto com vara, num 'meeting' na cidade polaca de Torun, com um salto de 6,17 metros.
  2. 2

    Rochelle Nunes de bronze no Grand Prix de Telavive

    Depois de Patrícia Sampaio, também Rochelle Nunes, em +78kg, conquistou a medalha de bronze no Grand Prix de Telavive, ganhando o primeiro pódio de 2020 após derrotar a sul-coreana Hayun Kim.
  3. 3

    Jogo Federer-Nadal bate recorde de assistência

    A partida de cariz solidário entre os dois tenistas que decorreu na Cidade do Cabo, África do Sul, teve 51.954 espectadores e recolheu mais de 3,5 milhões de dólares para a Fundação Roger Federer.

O CASO

FotografiaDESPORTO

Vice e vogal do Sporting apresentam queixa na PSP

Miguel Afonso, vogal da Direção do Sporting agredido no Multidesportivo, apresentou queixa na PSP com Filipe Osório de Castro, alvo de insultos e tentativa de agressão. Clube ficará como assistente.

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