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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

FIM DA GUERRA DA RESTAURAÇÃO - TRATADO DE LISBOA - 1668 - 13 DE FEVEREIRO DE 2020

Guerra da Restauração

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Guerra da Restauração
Parte da(o) revoluções contra o domínio espanhol
Joao IV proclaimed king.jpg
Aclamação de D. João IV como rei de Portugal, pintado por Veloso Salgado (Museu Militar de Lisboa).
Data1 de dezembro de 1640 – 13 de fevereiro de 1668
LocalPortugal
DesfechoVitória decisiva de Portugal:[1]
Mudanças
territoriais
Portugal cede a cidade de Ceuta a Espanha
Portugal cede a vila de Ermesende
Combatentes
Flag of Portugal (1640).svg PortugalFlag of Cross of Burgundy.svg Espanha
Líderes e comandantes
Flag of Portugal (1640).svg João IV de Portugal
Flag of Portugal (1640).svg Afonso VI de Portugal
Flag of Portugal (1640).svg Pedro II de Portugal
Flag of Cross of Burgundy.svg Filipe IV de Espanha
Guerra de Restauração foi um conjunto de confrontos armados travados entre o Reino de Portugal e a Coroa de Castela, que se despoletou após o início da Guerra dos Segadores na Catalunha, no período compreendido entre 1640 e 1668.[3][4][5][6] Tiveram início no golpe de estado da Restauração da Independência de 1 de dezembro de 1640 — que pôs fim à monarquia dualista da Dinastia Filipina iniciada em 1580 — e terminaram com o Tratado de Lisboa de 1668, assinado por Afonso VI de Portugal e Carlos II de Espanha e no qual se reconhece a total independência de Portugal.

Desenvolvimento Histórico[editar | editar código-fonte]

De 1580 a 1640 Portugal viveu sob o domínio do ramo espanhol da casa de Habsburgo. A monarquia começou quando Filipe II de Espanha se tornou rei nas Cortes de Tomar prometendo: Os cargos mais importantes (na igreja e no tribunal) estariam nas mãos dos portugueses; Espanha não iria interferir com o comércio com África, Brasil e Índia e os símbolos portugueses iriam continuar a ser os mesmos (o escudo, a bandeira e a moeda). Como seus dois descendestes, durante os seus reinados, não cumpriram o que D. Filipe II prometeu começou a haver descontentamentos entre o povo que mais tarde também afetou os nobres. Então criaram um grupo de nobres que conspiravam contra o reino que resultou na instauração da casa de Bragança em 1 de dezembro de 1640.
O tumulto do Manuelinho de Évora, em 1637, foi um prenúncio do movimento restaurador. A causa imediata dessas alterações em Évora fora o lançamento de novos impostos sem consultar as Cortes. A conspiração de 1640 (ver Os Conjurados) foi planeada pelos fidalgos D. Antão de Almada, D. Miguel de Almeida e pelo Dr. João Pinto Ribeiro, não obstante de outros nomes associados que, nesse sábado de 1 de dezembro de 1640 acorreram ao Terreiro do Paço e mataram o secretário de Estado Miguel de Vasconcelos e aprisionaram a duquesa de Mântua, que governava então Portugal em nome de seu primo, Filipe III. O momento fora bem escolhido, porque a casa de Habsburgo defrontava os problemas advindos da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) e procurava vencer a Revolta da Catalunha. E assim D. Miguel de Almeida tornou D. João IV Duque de Bragança rei de Portugal. E assim começou a nova dinastia, a Dinastia de Bragança.
Do decurso do reinado de D. João IV as hostilidades não se caracterizavam por encontros graves devido a coroa espanhola estar envolvida na Guerra dos 30 Anos e na revolta da Catalunha, pelo que não pôde dar uma resposta eficaz à revolta portuguesa, o que permitiu ao partido brigantino organizar e aperfeiçoar o seu exército com a chegada de novos efectivos e a utilização de oficiais e técnicos estrangeiros de qualidade.
Juramento e Aclamação de D. João IV no Terreiro do Paço, a 15 de dezembro de 1640
Houve lugar a vários confrontos na fronteira, maioritariamente na zona do Alto Alentejo, e ainda na Beira Alta. A guerra arrastou-se durante 28 anos, vindo a paz a ser assinada já na regência de D. Pedro II.
A 2 de dezembro de 1640, D. João IV já se dirigia como soberano por carta régia datada de Vila Viçosa, à Câmara de Évora. O caminho a seguir era o da reorganização de todas as forças para o embate que se previa. Assim, resolve criar em 11 de dezembro o Conselho de Guerra para promover em todos os assuntos relativos ao exército. Vem a seguir a Junta das Fronteiras que haveria de cuidar das fortalezas fronteiriças, da defesa de Lisboa, das guarnições e portos de mar. Dá-se, ainda em dezembro de 1641, a criação da Tenência para assegurar o artilhamento das fortalezas com o produto das Terças dos concelhos.
Posteriormente são restabelecidas as Leis Militares de D. Sebastião, visando reorganizar o exército. Paralelamente, desenvolve-se uma intensa actividade diplomática.
Com as decisivas vitórias do partido brigantino, lograram-se criar condições para o reconhecimento da independência, o que viria a ser conseguido, em 1668, sendo já regente o infante D. Pedro (futuro Rei D. Pedro II). Neste último ano foi assinado o tratado de paz, terminado, assim, ao fim de 28 anos de luta, a Guerra da Restauração.

Batalhas[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Anderson, James Maxwell. The history of Portugal Greenwood Press (2000) ISBN 0313311064, pág. 131
  2.  Birmingham, David. A concise history of Portugal (2003) ISBN 9780521536868, pág. 51
  3.  «Efemérides | A Restauração (1640)»hemerotecadigital.cm-lisboa.pt. Consultado em 27 de novembro de 2018
  4.  «Campanhas da Guerra da Restauração (1640 - 1668).» (em inglês). Consultado em 27 de novembro de 2018
  5.  RTP, RTP, Rádio e Televisão de Portugal - Christopher Marques -. «1640-2017. Guerras, estatutos, crise. Como a Catalunha chegou até aqui»
  6.  «Portugueses nas revoltas da Catalunha»

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • António Cruz, Portugal Restaurado - Estudos e Documentos, Porto, Civilização, 1940.
  • António Álvaro Dória (ed., anot. e pref.), História de Portugal Restaurado / Conde da Ericeira, Porto, Civilização, 1945-1946.
  • COSTA, Fernando Dores, A Guerra da Restauração 1641-1668, Lisboa, Livros Horizonte, 2004.
  • FREITAS, Jorge Penim de, O Combatente durante a Guerra da Restauração. Vivência e comportamentos dos militares ao serviço da Coroa portuguesa, Lisboa, Prefácio, 2007.
  • Hipólito Raposo, Dona Luísa de Gusmão - Duquesa e Rainha (1613-1666), Lisboa, Empresa Nacional de Publicidade, 1947.
  • Geoffrey Parker The army of Flanders and the Spanish road, Londres, 1972 ISBN 0-521-08462-8,

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