Piloto terá perdido o controlo do avião depois o ter abastecido com água.

Incêndios: já foi retirado o corpo do piloto do avião que caiu em Foz Côa
© PEDRO ROCHA/Getty ImagensIncêndios: já foi retirado o corpo do piloto do avião que caiu em Foz Côa

Já foi retirado, este sábado, o corpo do piloto do avião de combate a incêndios que caiu na sexta-feira em Vila Nova de Foz Côa, depois de concluída a peritagem.

O piloto terá perdido o controlo do avião anfíbio depois de o ter abastecido com água no Rio Douro. O motivo do acidente está ainda a ser apurado, mas o autarca de Foz Côa admite que pode ter sido provocado por uma falha no motor da aeronave.

O piloto, de 30 anos, era natural do Barreiro e tinha servido na Força Aérea. Estava a combater incêndios em Moncorvo quando se deu o acidente, ao serviço de uma empresa com sede em Tondela.

Marcelo promete que estará no funeral

Na sexta-feira, o Presidente da República prometeu que irá estar presente nas cerimónias fúnebres do piloto. Numa declaração à SIC Notícias, Marcelo Rebelo de Sousa endereçou as condolências à família e amigos do piloto e disse esperar “não haja mais [vítimas] neste pico de incêndios”.

Também o primeiro-ministro lamentou a morte, enviando “as mais sentidas condolências” à família e amigos.

António Costa aproveitou ainda para deixar uma mensagem aos operacionais que estão no terreno, transmitindo a sua “solidariedade e agradecimento” pelo “empenho e dedicação”.

Situação de contingência até domingo

Portugal Continental está em situação de contingência até domingo devido às previsões meteorológicas, com temperaturas muito elevadas em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.

A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

Os incêndios florestais consumiram este ano mais de 38 mil hectares, cerca de 25.000 dos quais na última semana, a maior área ardida desde 2017, segundos dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.