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Mensagem de Arecibo, a cor foi adicionada apenas para separar por partes a mensagem e facilitar a compreensão, haja vista que a transmissão em
binário não contém informação de cores.
A mensagem de Arecibo foi enviada ao espaço com o objetivo de transmitir a uma possível civilização extraterrestre, informações sobre o planeta Terra e a civilização humana em 1974, pelo SETI com o uso do radiotelescópio porto-riquenho Arecibo. Algumas alterações foram efetuadas no transmissor do radiotelescópio, permitindo transmitir sinais com até 20 terawatts de potência. Como teste inaugural, foi decidido pelo SETI transmitir uma mensagem codificada para o universo. Este sinal foi direcionado para o agrupamento globular estelar M 13, que está a aproximadamente 25 mil anos-luz de distância, e possui cerca de 300 mil estrelas na Constelação de Hércules. A mensagem foi transmitida exatamente em 16 de Novembro de 1974, e consistia-se em 1679 impulsos de código binário que levaram três minutos para serem transmitidos na frequência de 2 380 MHz.
1 679 dígitos
Escolheu-se enviar 1 679 dígitos pois esse número é um número semiprimo, isto é, o produto de apenas dois números primos. No caso, 1679 é o produto de 23 e 73. A ideia foi escolher um semiprimo para que um eventual receptor pudesse deduzir que os sinais formam uma matriz bidimensional.
Codificação
Com o objetivo de entender a mensagem codificada na transmissão, é essencial compreender o código binário. Ele é muito mais simples que a nossa base 10, o sistema decimal. Na base 10, conta-se até 9 e, em seguida, eleva-se o 1 para uma nova coluna (dezenas), reiniciando a contagem, até termos novamente 9 na primeira coluna (unidades). Neste ponto, incrementa-se novamente a coluna das dezenas, procedendo a nova contagem de 0 a 9 na coluna das unidades assim por diante. Ou seja, sempre que uma coluna passa do 9, é incrementada a coluna à sua esquerda.
No sistema binário, acrescentamos uma coluna à esquerda quando se passa de 1. Assim, temos uma nova coluna a cada potência de 2, (2, 4, 8, 16...).
Decodificando a mensagem original
Números
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
----------------------
0 0 0 1 1 1 1 00 00 00
0 1 1 0 0 1 1 00 00 10
1 0 1 0 1 0 1 01 11 01
X X X X X X X X X X
A mensagem original compreendia diversas "seções", cada uma representando um particular aspecto da nossa civilização. No topo havia a representação binária do número um até o número dez, mostrando os números oito, nove e dez como duas colunas. Isto mostra a qualquer um que decifrar a mensagem que nós podemos especificar que números grandes demais para serem escritos numa linha podem ser elevados à potência.
DNA elementos
1 6 7 8 15
----------
0 0 0 1 1
0 1 1 0 1
0 1 1 0 1
1 0 1 0 1
X X X X X
A próxima seção contem os valores binários 1, 6, 7, 8 e 15 que indicam os números atómicos dos elementos primários para a constituição da vida na Terra: Hidrogénio (H), Carbono (C), Nitrogénio (N), Oxigénio (O) e Fósforo (P) respectivamente.
Nucleotídeos
Desoxirribose Adenina Timina Desoxirribose
(C5OH7) (C5H4N5) (C5H5N2O2) (C5OH7)
Fosfato Fosfato
(PO4) (PO4)
Desoxirribose Citosina Guanina Desoxirribose
(C5OH7) (C4H4N3O) (C5H4N5O) (C5OH7)
Fosfato Fosfato
(PO4) (PO4)
A seção maior das três colunas, representa as fórmulas para os açúcares e bases para os nucleotídeos do DNA.
Dupla hélice
11
11
11
11
11
01
11
11
1111 1111 1111 0111 1111 1011 0101 1110 (binário)
01 = 4,294,441,822 (decimal)
11
01
11
10
11
11
01
X
Abaixo disto, havia a representação gráfica da nossa "dupla hélice" do DNA ao lado de uma "barra vertical" que indica o número dos nucleotídeos no DNA.
Humanos
^
|
|
| X011011
111111
esq: X0111 dir: 110111
111011
| 111111
| 110000
v
1110 (binário) = 14 (decimal)
000011 111111 110111 111011 111111 110110 (binário)
= 4,292,853,750 (decimal)
Diretamente abaixo da dupla hélice do DNA está uma pequena representação de nós, humanos, com um corpo e dois braços e duas pernas (como um homem esticado). Na direita está um valor binário da população da terra. Isto pode ser calculado como 4,29 bilhões, que era a população mundial aproximada em 1974.
No lado esquerdo da forma humanóide existe um número binário correspondente à altura do ser humano. Pelo fato de não podermos usar "medidas humanas" (como pés e polegadas) a altura é representada em "unidades de comprimento de onda".
Como mencionado antes, a atual mensagem foi transmitida em 2 380 MHz. Para converte-la no seu comprimento de onda nós dividimos por 300, para obter um comprimento de onda em metros.
300 / 2 380 = 0,12605042 m = 12,6 cm. Esta é nossa "unidade de comprimento de onda" do código para a altura de um humano, nós podemos ver que o valor é 1 110 em binário, ou 14 em decimal. Se multiplicarmos 14 pela nossa unidade de comprimento de onda (12,6) nós obtemos 176,4 cm, ou aproximadamente 1,76 m que é a altura média dos humanos.
Planetas
Terra
Sol Mercurio Vênus Marte Jupiter Saturno Urano Neptuno Plutão
Na próxima seção está a representação simplificada do nosso Sistema Solar, onde nós vivemos. Ele mostra o Sol e oito Planetas, além de Plutão (antes classificado com planeta) , numa representação aproximada de tamanhos. Deixando representado que o terceiro planeta, a Terra, é significativo em relação aos outros.
Rádiotelescópio
duas linhas do fundo: 100101
<--- 111110X --->
100101 111110 (binário) = 2,430 (decimal)
A última seção indica a origem da mensagem por si própria. O rádio telescópio de Arecibo, que é a estrutura curvada. Abaixo disto, nas últimas duas linhas da mensagem, outro número binário. Desta vez é 100101111110 (cortado em duas linhas no centro) e igualado a 2 430 em decimal.
Novamente, usando nossa universal "unidade de comprimento de onda" nós obtemos: 2 430 x 12,6 cm = 30 618 cm (306,18 m) ou aproximadamente 1 000 pés, que é o diâmetro do prato da antena de Arecibo.
Força do sinal
O sinal enviado foi tão forte que um radiotelescópio como o de Arecibo seria capaz de detectá-la em qualquer lugar da nossa galáxia.[1]
Bibliografia
- SPIGNESI, Stephen J.Os 100 Maiores Mistérios do Mundo. Rio de Janeiro: Editora DFL, 2009. Pág 138, cap 25, Círculos nas plantações. ISBN 978-85-7432-090-8.
Referências
Ver também
Ligações externas