Enquanto dormiaTrump e Hillary saíram ainda mais fortes da Super Terça-Feira. A escolha dos candidatos do Partido Republicano e do Partido Democrata já está quase decidida. Mas ainda falta o quase. O Tiago Palma dá-lhe todos os detalhes sobre os resultados e as suas consequências
neste texto. Se quiser saber ainda mais pormenores sobre o que se passou, visite o
liveblog que o Observador manteve em direto durante a madrugada. Mais um texto para pensar: o João de Almeida Dias falou com quem sabe e explica que
os atuais candidatos republicanos são capazes de fazer Ronald Reagan dar voltas na campa.
Pedro Passos Coelho conseguiu dizer a frase sem se rir.Em entrevista à SIC ontem à noite, afirmou: "Se a estratégia do Governo resultar,
defenderei o voto no PS, no PCP e no BE". Talvez temendo que algumas pessoas pudessem não alcançar a ironia, resolveu ser mais claro nas suas reservas: "Se pudéssemos todos, sem dinheiro, devolver salários, pensões e impostos e, no fim, as contas batessem todas certo, seria fantástico. Para poder devolver os salários todos num ano, ou há milagre, ou há consequências".
Foi um dia cheio de declarações públicas para o atual (e candidato a futuro) líder do PSD. Ao apresentar a sua moção de estratégia que sustenta a recandidatura a presidente do partido, já tinha dado outra novidade:
admite voltar ao governo sem eleições antecipadas, caso a base de apoio ao governo se dissolva. Fica tudo, portanto, nas mãos de Marcelo Rebelo de Sousa.
O Ministério Público português mandou uma carta rogatória para Angola por causa da Operação Marquês.A Procuradoria-Geral da República tem dois objetivos:
constituir arguido Hélder Bataglia e fazer-lhe perguntas no âmbito do processo que envolve José Sócrates. A notícia foi avançada pelo
Sol.
Informação relevanteA expressão é suficientemente forte para nos fazer parar uns segundos: "riscos importantes". São essas as palavras escolhidas pelo Conselho das Finanças Públicas para descrever a versão final do Orçamento: o documento tem "riscos importantes".
Há previsões demasiado otimistas, há resultados por clarificar e há ainda explicações por dar, uma vez que foram encontradas "insuficiências" "do ponto de vista da transparência orçamental e da clareza dos pressupostos subjacentes" ao Orçamento.
Jerónimo de Sousa não gostou nada de ouvir o Conselho das Finanças Públicas. O líder do PCP insurgiu-se contra as
"pressões que visam fazer fracassar" a atual situação política.
O PSD já avisou que não vai propor alterações ao Orçamento - mas o CDS vai. Ontem, aliás, já fez a primeira. Os centristas querem eliminar o artigo do OE que limita o tempo para as empresas apresentarem
faturas para dedução do IVA.
Marcelo Rebelo de Sousa está a dar a sua volta triunfal pelo país, como um maratonista no final de uma corrida. Depois da "Dona Glória" e do bagaço, os alunos da Faculdade de Direito de Lisboa. Ontem, o futuro Presidente deu a sua última aula (de Direito Administrativo) e deixou alguns conselhos aos estudantes, como este, que um deles relatou aos jornalistas:
"Disse-nos para aproveitarmos todas as oportunidades".
Ainda na academia (por assim dizer). A tese de mestrado de António José Seguro foi transformada em livro e vai ser apresentada a 10 de março. Segundo o jornal i (sem link disponível), será uma oportunidade para juntar velhos amigos do antigo secretário-geral do PS. Vai lá estar Maria de Belém, que falhou na sua candidatura presidencial.
E Francisco Assis vem de Bruxelas para estar presente.
Ao longo do dia de ontem quase só se falou de cultura.Não, não estreou uma nova ópera, nem uma peça de teatro, nem uma exposição de pintura. Do que se falou foi de João Soares e da sua decisão de demitir o presidente do CCB, António Lamas, substituindo-o pelo seu adjunto no Ministério da Cultura Elísio Summavielle. Aos jornalistas, João Soares assegurou não ter qualquer
"peso na consciência" pela forma como agiu. Mas as suas decisões não foram pacíficas entre a maioria que suporta o governo. O Bloco de Esquerda não está contra a saída de António Lamas, mas defende que
devia ter sido feito um concurso público internacional para o substituir. As críticas mais violentas vieram do PSD e do CDS, que falaram em "ímpeto autoritário".
No Observador, Teresa Patrício Gouveia também entrou na polémica e escreveu um artigo de opinião com o título
"O inominável".
O fim do impasse no BPI pode passar pela compra da posição de Isabel dos Santos pelo CaixaBank. A notícia é da Bloomberg, que avança que pode haver novidades nos próximos dias. Detalhe: essa solução
deverá obrigar ao lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição do CaixaBank sobre o BPI. (Consequência: esta manhã, o BPI já estava a subir 10% em Bolsa.)
Tudo isto torna ainda mais importante ouvir o que vai ser discutido hoje no Conselho Económico e Social. No seu parecer sobre o Orçamento,
o CES diz estar preocupado com a passagem do controlo de bancos portugueses para estrangeiros. E defende o reforço do setor público na banca. A notícia é da Ana Suspiro.
Fernando Pinto foi à embaixada dos Estados Unidos em Lisboa anunciar as nova rotas da TAP para Nova Iorque e Boston e, em conversa com os jornalistas, reconheceu que
a entrada de 120 milhões de euros em dinheiro fresco na companhia ainda vai ter que ser aprovada pelo regulador do setor.
Espanha já está esta manhã a debater a "investidura" do PSOE e, por isso, em breve vai saber-se se a crise acaba ou continua. Ontem, o líder dos socialistas, Pedro Sánchez, apresentou os seus planos, que pode conhecer de forma resumida
aqui.
As SAD dos três grandes apresentaram as suas contas e percebeu-se que só o Benfica teve um resultado líquido positivo, de 4,6 milhões de euros. O FC Porto mais do que duplicou os prejuízos, que estão agora em 17,6 milhões. E
o Sporting teve de fazer uma provisão de 14 milhões por causa do caso Doyen, que opõe o clube a um fundo suíço.
14 milhões? O que é isso? Só num ano, Bill Gates perdeu 3,8 mil milhões de euros e, mesmo assim, continua a ser o homem mais rico do mundo. Na lista divulgada anualmente pela Forbes estão ainda
os três portugueses de sempre: Américo Amorim, em 369.º lugar (3,7 mil milhões de euros); Alexandre Soares dos Santos, em 854.º lugar (1,9 mil milhões de euros); e Belmiro de Azevedo, em 1121.º lugar (1,5 mil milhões de euros).
Também segundo a Forbes,
a bilionária mais nova do mundo tem apenas 19 anos, é norueguesa e é cavaleira profissional (sim, herdou tudo).
Os nossos EspeciaisA polémica começou com a pré-publicação, no Observador, de um excerto do novo livro de Henrique Raposo, Alentejo Prometido. O texto, com o título
"Porque é que no Alentejo o suicídio é natural?" foi muitíssimo lido e comentado. Depois, o autor participou num programa de debate na SIC Radical e o tema ficou fora de controlo. Henrique Raposo
está a ser alvo de uma onda de insultos e ameaças na Internet que já obrigaram a mudar o local de lançamento do livro e levaram a PSP a avaliar se o autor está em perigo.
No Facebook, Henrique Raposo reagiu: "Isto é uma espécie de tribunal popular".
Cavaco Silva deixa a vida política já a 9 de março e o Observador continua a publicar uma série de trabalhos sobre uma das mais longas carreiras políticas da nossa democracia. Com bisturi e pinças, o Miguel Santos e a Catarina Falcão analisaram os
7 mitos do cavaquismo para perceber onde está a verdade e a fantasia. Já a Rita Tavares
pôs os dez anos de Presidência na máquina de raios-x.
Notícias surpreendentes