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POR José Cardoso
Editor Adjunto
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Bom dia,
O mundo dentro de um recinto (e o que lá se passou contado por um
padre) e um mundo de desgraça dentro de um país desgraçado (Síria). E
mais uma desgraça com um avião. Contas por justificar (nos partidos) e
contas com justificação (subvenção aos colégios). Futebol bom (contado
por Maniche) e futebol mau (comentado por Evangelista). Bebés e Simplex,
e propostas para que a vida de pessoas com bebés seja mais simplex. Eis
as Propostas do Editor deste sábado, 28 de maio de 2016. A parte final desta semana foi marcada por uma festa e por uma desgraça. A festa foi mais um Rock in Rio, o 7º em Portugal, que abriu, na quinta-feira, com o nome mais forte desta edição, o norte-americano Bruce Springsteen, “The Boss”. A reportagem do concerto que publicámos na edição de sexta-feira foi feita por um fã incondicional e… improvável num relato deste género: o padre Tolentino Mendonça,
nosso cronista semanal na revista E, que conta como vibrou e como
vibraram as mais de 67 mil pessoas que foram ver e ouvir “The Boss”. (Ainda sobre Rock in Rio, recomendo também a (re)leitura do artigo desta semana da série 2:59 para explicar o mundo, no qual o Miguel Cadete afirma, com base nos dados que recolheu, que os festivais portugueses são os melhores e os mais baratos do mundo) (E, se quiser saber toda a programação e outras informações úteis
sobre o festival, pode consultar o trabalho da Lia Pereira, nossa
camarada da Blitz, que publicámos no Expresso Diário do mesmo dia,
quarta-feira 18.) A desgraça foi a queda de mais um avião, um aparelho da EgyptAir que seguia de Paris para o Cairo, com 66 pessoas a bordo, entre as quais um português.
Para além dos muitos dramas ligados a ocorrências deste género (a
catadupa de informações sobre o número de vítimas, as buscas, o que fez
cair o avião, etc.), há sempre uma grande questão que se coloca: como lidar com as famílias dos mortos ou desaparecidos. A Mariana Lima Cunha foi ouvir psicólogos e psiquiatras, que explicam como se tenta gerir essa dor
Sobre desgraça é, também, um texto que publicámos na edição de
segunda-feira e cuja releitura recomendo. Como título, pusemos apenas “Leia este texto, por favor”. Nele, a Helena Bento faz um balanço de cinco anos de guerra na Síria, que já fez quase meio milhão de mortos. A Síria está lá longe mas, também por isso, é um texto que merece ser lido.
Esta foi também uma semana com muito noticiário de futebol. Começou com
o Benfica a sagrar-se campeão nacional e respetivos festejos, continuou
com o escândalo dos resultados combinados em jogos da II Liga e, na
terça-feira, com o anúncio dos 23 selecionados para o Europeu de França.
A pretexto do anúncio dos 23 “magníficos” por Fernando Santos, entrevistámos um dos “magníficos” do Euro 94 e da seleção, Maniche, que contou à Isabel Paulo o que passa numa altura destas pela cabeça de um futebolista.
No caso dele, conta que se fechou no quarto na altura em que Scolari
divulgava em direto na televisão os nomes dos selecionados e que foi com
ele que aprendeu que “no futebol não se pode confiar em ninguém”.
(sobre futebol, pode ler ainda, na mesma edição do Diário, o que o
presidente do sindicato dos jogadores, Joaquim Evangelista, disse ao
Hugo Franco sobre o escândalo dos resultados combinados por alguns jogadores e dirigentes de três clubes da II Liga – nomeadamente que os salários em atraso e a falta de controlo fazem do futebol português um alvo fácil para as máfias do desporto) Outro dos temas que esta semana fez correr muito tinta foi o da subvenção dos colégios privados
pelo Estado. A este propósito, vale a pena revisitar o artigo que
publicámos na edição de terça-feira, no qual a Isabel Leiria explica –
mostrando números - porque é que, por muitos cortes que haja, o Estado continuar a precisar dos privados. Também no mesmo dia, a Ordem dos Médicos foi apresentar na Assembleia da República uma petição a favor da redução do horário de trabalho para pais ou mães com filhos até aos 3 anos. Num tempo em que tanto se fala de quão baixa é a natalidade em Portugal e da necessidade de inverter a situação, o bastonário dos médicos, José Manuel Silva, contou à Joana Pereira Bastos os quês e porquês da petição e porque é que a medida pedida é tão importante. Vale a pena reler a entrevista, na qual o bastonário afirma, entre outras coisas, ser “absolutamente vital para o futuro do país que os pais passem mais tempo com os filhos”.
Para concluir as sugestões deste sábado de alguns dos melhores
trabalhos que fomos publicando no Expresso Diário ao longo da semana,
sugiro um tema de “serviço público”, com informação útil, e outro que
também pode ser visto como de “serviço público” mas com informação
“inútil”. O primeiro é sobre o Simplex +, o
conjunto de mais de duas centenas e meia de medidas que António Costa
anunciou na quinta-feira para simplificar as burocracias entre cidadãos e
Estado. O Paulo Paixão faz um pequeno guia de bolso para que o cidadão possa perceber melhor algumas dessas medidas (e, amanhã, no semanário, haverá informação mais pormenorizada sobre este pacote de medidas). O segundo, do mesmo autor, é sobre contas (furadas) dos partidos políticos.
À primeira vista, pode parecer quase um fait-divers, mas os partidos
devem começar por se mostrar responsáveis dentro da sua própria casa e
na sua própria gestão. Mas… dos sete com representação no Parlamento, só o Bloco de Esquerda cumpriu a lei no que diz respeito às contas de 2011,
cuja análise foi agora divulgada pelo Tribunal Constitucional. Releia o
artigo que publicámos nesta quarta-feira para ficar a saber quem são os
campeões das irregularidades e que sanções lhes são ou não aplicadas,
geralmente coimas, e geralmente mais tarde do que mais cedo…
Boas (re)leituras, nas Escolhas do Editor, no semanário que hoje chegou
às bancas (como habitualmente, a capa da revista E tem o código que lhe
permitirá ler gratuitamente o Expresso Diário durante toda a semana:
basta descarregar para o telemóvel a app Expresso, também gratuita, da
loja da Apple ou da Google, fotografar o código com o telemóvel e… já
está) ou no Expresso Online, em atualização permanente. Tenha um excelente fim de semana, simplex e sem coimas
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