sexta-feira, 6 de setembro de 2019

67 ANOS - LUÍS FRANCISCO RODRIGUES DA FONSECA - 6 DE SETEMBRO DE 2019

Meu irmão LUÍS FRANCISCO RODRIGUES DA FONSECA, completaria hoje 67 anos de idade, se não tivesse falecido de Embolia Pulmonar, ou AVC, com a idade de 26 anos, no Quartel da GNR em Évora, onde estava destacado na altura a cumprir uma suspensão de 30 dias (que não chegou ao fim).

Fazia parte da Brigada de Trânsito e enquanto ali esteve percorreu praticamente o país de
lés a lés, exercendo a sua actividade na fiscalização das estradas, tanto de carro como de moto.
Era um rapaz alegre, trabalhador, que irradiava simpatia em todos que o conheciam. Teve várias namoradas, mas nunca se prendeu a nenhuma, pois achava-se muito novo ainda para casar.

Vinha sempre passar os fins de semana a casa dos nossos pais e salvo erro, no mês anterior (Agosto) tinha estado de férias e juntou-se comigo e outras pessoas de família e amigos (mais de 30) numa festa  DE FIM DE SEMANA em que estivemos, no Santoinho - Darque em Viana do Castelo. FOI A ÚLTIMA VEZ QUE ESTIVE COM ELE.




6-9-1952  -  20-5-1988


Em 20 de Maio de 1988, estava eu em minha casa com meus sogros e meus cunhados. A certa altura tive um pressentimento que algo estava fora do normal. Eu entretia-me com meu sogro a jogar à bisca, (e como sempre, eu fazia batota para perder, pois o meu sogro ficava todo satisfeito por ganhar); meus filhos gémeos, andavam a brincar debaixo da mesa da sala e faziam muita algazarra, o Porto estava a jogar (não sei aonde) e estava a perder: Em suma, tudo me corria mal e eu sentia que o mal estar ia continuar e talvez piorar, mas não sabia o porquê.

De repente, tocou o telefone (que estava no quarto) fui atender e ouço uma voz perguntando se eu era António Fonseca que tinha um irmão em Évora na GNR. Tive um baque e respondi que sim. A voz identificou-se dizendo que era o sargento ARRIFES que estava encarregado de me informar que meu irmão tinha falecido poucos minutos antes. Pediu-me desculpa por ser tão directo, mas esclareceu que era o único contacto que tinham para fazer a comunicação, no dossier de meu irmão que me tinha classificado como Cabeça de Casal e, que portanto qualquer assunto deveria ser comunicado a mim que posteriormente eu resolveria como entendesse oportuno.

Foi-me solicitado que no dia seguinte me deslocasse a Évora com os familiares que entendesse, para levantar o corpo e o transportar para Rio Tinto para se proceder ao funeral com honras militares. Foi-me dito que meu irmão estava na câmara mortuária do Hospital de Évora (em frente ao quartel) e que o féretro seria acompanhado pela GNR desde Évora até Rio Tinto.

Como devem calcular, fiquei siderado, mas reagi de imediato. Meus sogros e meus cunhados assim como minha mulher e filhos ficaram a olhar para mim, silenciosos e na expectativa sobre o que teria acontecido. admirados com a palidez do meu rosto (segundo o que me foi dito depois). Fiquei uns segundos parado, sem nada dizer, até que se soltaram as lágrimas dos meus olhos e eu disse que o Luís tinha falecido. Claro que foi um choque para todos. Acabou-se o convívio, desligou-se o rádio e a TV, deram-se abraços e beijos e meus sogros e cunhados, saíram.

Tentei ligar para minha irmã Regina que vivia em Gaia, mas ninguém atendeu. Liguei para meu irmão Fernando, e, disse-lhe que ia ter com ele para depois irmos a casa de minha irmã. Assim foi. Fomos (a minha mulher e eu) a casa de meu irmão e depois para casa da Regina, que chegou passados uns minutos. Com eles resolvi que tinha de fazer a comunicação a nossos pais e à Arminda. Telefonei à Arminda, dizendo-lhe ia lá para falar de um assunto importante, mas acabei por lhe dizer que o Luís tinha falecido, e ela disse que aguardava que eu chegasse para informar os nossos pais.

Nessa altura, eu tinha já há cerca de 2 anos, um carro FIAT 600 - PP-42-75. Com o meu cunhado Manuel (marido da Regina) e meu irmão Fernando fomos para Rio Tinto. Meus pais ficaram admirados quando nos viram todos juntos, àquela hora (seriam talvez 8 horas da noite).

Meu pai disse: "Porque não está aqui o Luís? Morreu?"

Eu aproximando-me dele, disse, chorando: "Sim, paizinho, o LUÍS morreu; por isso é que estamos aqui só nós".

Minha mãe deu um grito e quase que desmaiou e depois começou a chorar baixinho. O meu pai ficou a olhar para nós, tremeu um pouco e começou também a chorar. Durante uns minutos (talvez 5) todos nós choramos, agarrando-.nos uns aos outros.

De repente eu e o Manuel recuperamos do choro e entramos na realidade. Era preciso decidir quem  ia a Évora para me acompanhar. Ficou resolvido unanimemente que iria eu, o Manuel e o Fernando. Pus a hipótese de irmos  no FIAT mas a Regina foi frontalmente contra; primeiro porque era uma viagem muito longa e apenas eu é que tinha carta de condução.

No dia seguinte, de manhãzinha, embarcamos no comboio para Coimbra. Tínhamos pensado em ir até ao Entroncamento e lá apanharíamos comboio para Évora, porém, já não havia comboio a essa hora, a não ser no dia seguinte. Pusemos a hipótese de apanhar um táxi, mas depois fomos à estação de camionagem e arranjamos um autocarro que chegou lá perto das 5 da tarde.

Dirigimo-nos de imediato ao hospital e encontramos lá a GNR a fazer Guarda de honra na Câmara mortuária. Ali ficou decidido que no dia seguinte depois da missa de exéquias, um carro funerário da GNR  sairia para RIO TINTO com mais 2 carros (um só com soldados e outro connosco). Paramos em Tomar, para almoçar e depois prosseguimos até ao Porto - quartel do Carmo - e depois para o cemitério de Rio Tinto para uma capela de onde só no dia seguinte - visto que já era de noite - se efectuaria o funeral.

Foi um funeral memorável para nós. Nunca na minha vida vi um funeral tão concorrido de gente que conhecia o meu irmão, que conhecia a minha família, e que me conhecia. O cemitério além das sepulturas e dos jazigos que lá existem (ou existiam, nessa altura) estava completamente cheio de gente. A GNR fez Guarda de Honra ao caixão e colocou um batalhão de Guardas à porta da capela e na altura do enterramento, lançou uma salva de 21 tiros, o que gelou literalmente a mim e à minha família.


Isto aconteceu em 22 de Maio de 1988.  Há 31 anos.



A PAZ esteja contigo meu querido Irmão. 

P.N.  e A.M.




ANTÓNIO FONSECA
6 DE SETEMBRO DE 2019









EMÍDIO GUERREIRO - POLÍTICO - NASCEU EM 1899 E MORREU EM 2005 COM 105 ANOS - 6 DE SETEMBRO DE 2019

Emídio Guerreiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Emídio Guerreiro
Nome completoEmídio Guerreiro
Nascimento6 de setembro de 1899
Guimarães
Morte29 de junho de 2005 (105 anos)
Guimarães
NacionalidadePortugal Portuguesa
OcupaçãoProfessor e político
Emídio Guerreiro ComL • GCL (Guimarães6 de Setembro de 1899 — Guimarães29 de Junho de 2005) foi um professor de Matemática e político português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Criado no seio de família burguesa republicana, filho de pai militar, cedo aderiu aos ideais da República, tendo combatido, como voluntário, na Primeira Guerra Mundial. Em 1927 licenciou-se em Matemática, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde foi aluno de Francisco Gomes Teixeira. Após o Golpe do 28 de Maio, em 1926, junta-se aos opositores da Ditadura Militar. Em 1928, no Porto, funda a loja maçónica A Comuna do Grande Oriente Lusitano Unido. Em 1931 é admitido como assistente extraordinário na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, mas acaba por ser afastado, por interferência da PVDE. Em 1932 é preso por escrever um texto contra o presidente Óscar Carmona, evadindo-se um ano depois.
Iniciou em 1932 um exílio de mais de 40 anos, primeiro em Espanha, onde serviu os rojos durante a Guerra Civil; depois em França, onde em plena Segunda Guerra Mundial, se juntou clandestinamente à resistência. Quando a Segunda Guerra termina, fica a lecionar Matemática no Lycée Janson-de-Sailly, em Paris, onde permanece até 1974.
Mantendo uma consistente atividade de oposição à ditadura, ajuda a fundar em 1967, na capital francesa, a Liga de Unidade e Acção Revolucionária, força de contornos revolucionários. No entanto, quando regressa a Portugal, logo após o 25 de abril, é no Partido Popular Democrático (atual PSD) que se filia. Dirigente deste partido, viria mesmo a ser eleito secretário-geral do PPD durante os meses do PREC, em 1975, numas eleições disputadas a Carlos Mota Pinto, e num período em que Francisco Sá Carneiro se afastara do partido, devido a uma doença grave.
Foi um dos principais aderentes da Liga de Unidade e Acção Revolucionária (LUAR).
Depois de ser eleito deputado à Assembleia Constituinte, afastou-se daquele partido em 1976, por desafinidade ideológica. Viria então a aderir ao Partido Renovador Democrático, no final da sua vida, confessava-se próximo do Partido Socialista. Entrevistado pelo jornal Expresso, por ocasião do seu centenário em 1999, elegeu a dignidade humana como o ideal que sempre norteou a sua vida. «Como não pode haver dignidade se não houver liberdade, naturalmente que eu lutei pela liberdade. Lutei contra todos os regimes prepotentes, lutei contra todas as ditaduras», foram as suas declarações.
A 30 de Junho de 1980 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 25 de Agosto de 1999 foi elevado a Grã-Cruz da mesma Ordem.[1]
Faleceu no lar de terceira idade com o seu nome, na sua terra natal, com 105 anos de idade, ao fim de uma longa vida que atravessou os séculos XIX, o XX e XXI.

Referências

  1.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Emídio Guerreiro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 30 de março de 2016

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

EFEMÉRIDES - "WIKIPÉDIA" - 6 DE SETEMBRO DE 2019

6 de setembro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Setembro
DomSegTerQuaQuiSexSáb
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
293012345
Ano:2019
Década:2010
Século:XXI
Milênio:3.º
6 de setembro é o 249.º dia do ano no calendário gregoriano (250.º em anos bissextos). Faltam 116 para acabar o ano.

Eventos históricos

Nascimentos

Anterior ao século XIX

Século XIX

Século XX

1901–1950

1951–2000

Mortes

Anterior ao século XIX

Século XIX

Século XX

Século XXI

Feriados e eventos cíclicos

Brasil

Cristianismo

Outros calendários

Idade da Lua

Para saber a Idade da Lua neste dia procure em cada ano a letra correspondente (minúscula ou maiúscula), por exemplo, em 2019, para a Epacta e Idade da lua é a letra E:

Etiquetas

DIA MUNDIAL DO DESIGN GRÁFICO - 27 DE ABRIL DE 2024

  Design gráfico 65 línguas Artigo Discussão Ler Editar Ver histórico Ferramentas Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.   Nota:  "Ar...

Arquivo do blogue

Seguidores

Pesquisar neste blogue