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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

ARGANIL, FARO e VENDAS NOVAS - FERIADO - 7 DE SETEMBRO DE 2018

Arganil

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Arganil
Brasão de ArganilBandeira de Arganil
Localização de Arganil
GentílicoArganilense
Área332,84 km²
População11 596 hab. (2014)
Densidade populacional34,8  hab./km²
N.º de freguesias14
Presidente da
câmara municipal
Luís Paulo Costa (PSD)
Fundação do município
(ou foral)
1114
Região (NUTS II)Centro (Região das Beiras)
Sub-região (NUTS III)Pinhal Interior Norte
DistritoCoimbra
ProvínciaBeira Litoral
OragoSão Gens
Feriado municipal7 de Setembro
(Nª Srª do Mont`Alto)
Código postal3304
Sítio oficialwww.cm-arganil.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Arganil é uma vila portuguesa do distrito de Coimbra, na província da Beira Litoralregião do Centro (Região das Beiras) e sub-região do Pinhal Interior Norte, com cerca de 4 000 habitantes.
É sede de um município com 332,84 km² de área[1] e 12 145 habitantes (2011),[2][3] subdividido em 14 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelos municípios de PenacovaTábua e Oliveira do Hospital, a nordeste por Seia, a leste pela Covilhã, a sul por Pampilhosa da Serra e por Góis e a oeste por Vila Nova de Poiares.

A aldeia do xisto de Piódão.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Arganil significa pequeno campo “Arganil é palavra portuguesa antiga, diminutivo de Arga, significa pequeno campo, campinho. Arga é corrupção de agra, campina, do latim agro, campo.”[5]

História[editar | editar código-fonte]

Alguns autores mencionam que Arganil foi fundada pelos romanos, e outros citam os lusitanos. Na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira encontramos “A tradição diz ter sido Arganil cidade romana que se teria chamado Argos, querendo alguns autores que fosse a Aussasia dos antigos lusitanos. Que a vila existia no começo da monarquia lusitana é facto averiguado, pois no ano de 1160 da era de César foi ela doada à Sé de Coimbra pela rainha D. Tereza, mãe de D. Afonso Henriques existindo já no seu termo o Mosteiro de S. Pedro de Folques.” [6] 
CARTA DE POVOAMENTO e FORAL - “No que concerne a Arganil, em 25 de Dezembro de 1114, o bispo D. Gonçalo[7] outorgou uma carta de povoamento aos habitantes desta povoação.”[8][9] [10]
"TERRAS DE PORTUGAL - ARGANIL -
Fica situada em um bonito vale junto a dois ribeiros do mesmo nome, que desaguam no Alva, acima do Sarzedo, onde tem uma elegante ponte de pedra, feita em 1850. Dista 60 Kilometros a E. Coimbra e 240 ao norte de Lisboa. A Vila é uma das mais importantes do Distrito de Coimbra e consta, pela tradição, à falta de outras indicações mais seguras, que foi fundada pelos Romanos, no ano de 150 D.C., os quais lhe deram o nome de Argos, e floresceu no período da dominação. Esta notícia, apesar de muito vaga, parece confirmar-se pelo aparecimento de várias moedas de ouro e prata, quando há dois séculos se procedeu a escavações para diversas obras.[11][12] Todavia, sustentam alguns escritores que seja a cidade Aussasia dos primeiros Lusitanos, fundada 550 anos A.C., mas esta versão é pouco autorizada.[13][14][15] Durante o Império Romano foi Argos uma cidade muito florescente. No ano 716 os Árabes a invadiram e arruinaram, reedificando-a depois, mas não tornou a atingir a sua antiga prosperidade.[nota 1][16][12]
Entretanto, o primeiro documento conhecido que se refere a Arganil, o da doação feita pela Rainha D. Teresa, Mãe de D. Afonso Henriques, da Vila á Sé de Coimbra, prova a sua existência anterior à Monarquia Portuguesa.[nota 2][nota 3] Apesar, porém, desta doação, nunca chegou a entrar na posse dela, ou porque tornasse ao poder dos árabes, ou porque a doadora mudasse de parecer.
O certo é que em 1219 era Senhorio da Vila, Afonso Pires de Arganil, o mesmo que trouxe as cabeças dos Mártires de Marrocospara a Igreja de Santa Cruz, de Coimbra.[17][nota 4][nota 5] Reinava D. Afonso IV (o Bravo), quando por transacção com D. Senhorinha neta de Afonso Pires, e os administradores da fazenda régia, Arganil entrou no número das vilas de senhorio da corôa, sendo dada pelo mesmo soberano, no ano de 1392, em dote a sua neta infanta D. Maria, filha de D. Pedro I e de sua primeira mulher, a Infanta D. Constança, quando aquela foi casar com D. Fernando de Aragão.[nota 6] Falecendo esta Princesa sem sucessão, reverteu outra vez para a corôa, e foi doada em 1423 por D. João I a Martim Vasques da Cunha, que a trocou à Sé de Coimbra pela vila de e couto de Belmonte e seu termo, e pelo couto de S. Romão, vindo por esta forma a tornar-se propriedade da mitra conimbricence.
Possui foral novo que lhe foi dado em Lisboa, por El-Rei D. Manuel, a 12 de Setembro de 1514.[18][19] As gentes de Pombeiro e Celavisa pagavam antigamente a Arganil certo fôro, mas se compravam aqui qualquer propriedade eram isentas de sisa. Aos Bispos de Coimbra competia pôr ali ouvidores, que conheciam das apelações de vinte e duas vilas, coutos do bispo-conde, que tinham também o direito de nomear o Juíz Ordinário, três Vereadores, um Procurador de Concelho, Escrivão de Camara, Juiz dos Órfãos, etc.
Em Arganil houve um Convento de Crúsios, fundado por D. Vermudo Paes e sua mulher D. Elvira Draiz, por doação de 13 de junho de 1086, e um século depois, estando muito arruinado, foram os frades mudados para o da Mata de Folques, Convento que D. Sancho I veio a contar em 1204.[20][nota 7] Aos priores deste mosteiro deu D. Afonso V, ao fazer condes de Arganil os bispos de Coimbra, o título de “Condes da vila de Alvares e senhores da vila de Fajão”. O Convento conservou os Senhorios destas duas Vilas até 1834, tendo nelas jurisdições, pondo alcaides, recebendo Jugadas, etc., etc. Um dos privilégios que gozavam os Priores de Folques era o de receberem da Câmara de Alvares um tanto dinheiro para o jantar, todas as vezes que ali comparecessem. Este Convento (depois de tornado comendatário, sendo o ultimo usufruidor, Luis Carneiro em tempo de D. Sebastião) foi incorporado em 1595 nos apanágios da Sé de Coimbra.[nota 8][21]
Um dos Concelhos do Reino que mais sofreu com a Invasão Francesa, foi o de Arganil. De uma lista oficial, publicada depois da expulsão das hostes de Junot e Masséna, se vê que só nesta vila e seu termo roubaram, nos meses de Fevereiro e Março de 1811, 5.769$240 réis em dinheiro; 9.874$000 réis em diferentes objectos de ouro e prata; roupas de seda, lã e linho, na importância de 18.633$800 réis; vasos de prata, turíbulos, castiçais, cruzes e alfaias, só da Igreja de Arganil, na importância de 13.944$000 réis; as pratas das Secarias, no valor de 2.400$000 réis; de trigo, centeio, cevada, feijão e milho, que estragaram, 30.607 alqueires; azeite e aguardente, vinagre e vinho, 3.523 almudes e 1.398 alqueires; de carne de porco e banha, 584 arrobas; 314 cabeças de gado grosso; 10.642 de gado miúdo; 7 cavalos e 4 éguas; 191 porcos; 2.254 galinhas; 612 colmeias e 53 alqueires de mel. Destruiram e cortaram 3.302 oliveiras, 422 castanheiros, 1.478 carros de pinheiros; incendiaram um templo e 13 casas particulares; mataram 3 eclesiásticos, 23 seculares e 7 mulheres; ultrajaram e aprisionaram 96.[22]
Os bispos de Coimbra possuíam na vila um bom palácio com uma capela de três naves, fundado no seculo XIV, por D. Fernando Rodrigues Redondo e sua mulher D. Senhorinha Afonso. Gozavam do título de Condes de Arganil os Bispos de Coimbra, por mercê d’El-Rei D. Afonso V, passada em 1472 a favor do Bispo D. João Galvão e de seus sucessores no bispado.
Uma época remota houve que as lides da guerra não repugnava a dignidade de sacerdote. Muitos prelados e outros eclesiásticos, movidos pelos nobres sentimentos da independência da pátria, juntavam ao carácter sacerdotal o de guerreiros intrépidos. Conserva-nos a história alevantados exemplos de muitos que, sobrepondo as vestes sacerdotais a armadura de cavaleiro, empunhando numa das mãos a cruz e na outra a lança, se arrojavam com audaciosa intrepidez no campo de batalhas, batendo-se pela fé e pela pátria. Briosa lição para os inimigos deste cobiçado Jardim da Europa e da nossa jovem República. Sucedia então com os eclesiásticos o mesmo que com as Igrejas. Quem atentar bem nos poucos edifícios religiosos que ainda nos restam da Idade Média, notará que o seu aspecto é meio guerreiro e meio eclesiástico, e que as paredes exteriores apresentam a forma de fortaleza, erguendo-se por entre as ameias a Cruz. Ao folhearmos as páginas da História Pátria, frequentes vezes se nos deparam brilhantes feitos de armas praticados por eclesiásticos nos campos da batalha. O arcebispo de Braga, D. Estêvão Soares da Silva, acompanhou D. Sancho II e prestou-lhe relevantes serviços nas suas conquistas e nos combates que este notável Monarca sustentou contra os mouros, e distinguiu-se principalmente na conquista de Elvas. No ano de 1336, invadindo os Castelhanos o norte de Portugal, ligam-se o arcebispo de Braga D. Gonçalo, o bispo do Porto e o mestre da ordem de Cristo, organizam corpos de tropas, saem ao encontro do inimigo, e com tanto esforço o combatem, que ele se vê forçado a fugir, com grande perda de gente e bagagem.[23] Na memorável batalha do Salado, no dia 28 de Outubro de 1340, obra prodígios de valor o arcebispo D. Gonçalo, combatendo ao lado d’El-Rei D. Afonso IV. O arcebispo de Braga, D. Lourenço, em 1385 pelejou com o maior denodo na gloriosa batalha de Aljubarrota; e a tal ponto se expôs, penetrando nas hostes inimigas, que recebeu no rosto uma formidável cutilada, cuja cicatriz ainda hoje se divisa na sua múmia conservada na Sé de Braga. E refere a história que este valioso prelado se desafrontara em continente, prostrando a seus pés, sem vida, o castelhano que descarregara a cutilada. No dia 28 de Agosto de 1437 aportou em Ceutadirigindo-se á conquista de Tanger, uma armada em que ia o bispo de ÉvoraD. Alvaro d’Abreu, igualmente avesado a empunhar a lança, que tão bem escrevia nos seus pergaminhos teólogos com a pena de letrado, como a peito descoberto combatia com a espada nas batalhas. Na funestíssima batalha de Alcácer-Kibir, tomou parte e lá morreu, o bispo de Coimbra, D. Manuel de Meneses, que, com a lança, mostrou que ainda nas armas fez vantagem ás letras. Da mesma forma heróica acabou Aires da Silva, bispo do Porto. Finalmente, deixando muitos outros exemplos, o bispo de Coimbra, D. João Galvão, acompanhou El-Rei D. Afonso Vna jornada de África de 1471, e não só lhe prestou grandes auxílios de fazenda, como o ajudou pessoalmente na conquista de ArzilaTânger; e nesta ocasião – para nos servirmos das próprias expressões do autor da “Évora Gloriosa” – o bispo se mostrou tão pontífice como soldado.[24] Em paga de tais serviços, foi que El-Rei lhe deu, para ele e seus sucessores, o título de Conde de Arganil, título até ao dia de hoje usado pelos bispos desta diocese, que também já se assignaram, além daquele título, “Senhores de Côja e alcaides-móres de Avô”.[25]
Os castelos de Côja e Arganil foram doados á Sé de Coimbra pela Rainha D. Teresa e Conde D. Henrique, como consta do Livro Preto.[nota 9] Pelos tempos adiante, não sabemos a que título passou Arganil a outro senhorio, mas posteriormente voltou para o poder do bispo e cabido de Coimbra, pois que, segundo se vê do “Elucidario”, de Viterbo, no ano de 1394 confirmou El-Rei D. João Ia permutação que o bispo e o cabido haviam feito com Martim Vasques da Cunha, dando aqueles os lugares de Belmonte e couto de S. Romão, e este a vila de Arganil e seus termos. Acrescenta o mesmo autor, “que naqueles lugares tinham uns e outros meio e misto imperio, padroados e direitos de padroado, frutos e proveitos, rendas e outros direitos”.[26] A preeminência de conde, inerente á sua dignidade, tem obrigado os bispos de Coimbra a apresentarem-se em ocasiões solenes com o fausto e ostentação próprias de grandes senhores.
…Mas a história, também dá lições, fez o 5 de outubro de 1910, em que o Exército, Marinha e Povo, fez mais um esforço heróico, em que provou que a terra portuguesa devia ser livre. Oxalá que muitos, que não conhecem esta linda terra de Portugal e os seus filhos da Comarca, se convençam que p’rá frente é que é o caminho. E Arganil, que é bastante rica, há-de ter ocasião própria, a sua prosperidade que teve na Idade Média.
Frei Luis de Sousa, enumerando os prelados portugueses que assistiram ao Concílio de Trento, diz do bispo de Coimbra: “Um D. João Soares, que com o título de Bispo de Coimbra, tinha também o de Conde de Arganil senhor da vila de Côja, por estes se houve obrigado a aparecer no Concilio com fausto de principe secular, o qual representou com esplendor e magnificência notável. E por isso se visse que fora isto força de estado, mais que de ânimo, passada a ocasião do Concílio se pôs a caminho a visitar os lugares santos de Jerusalém, recompensando com moderação de peregrino voluntário as superfluidades de senhor forçado”.[27] El-Rei D. Afonso V, declarando pela sua lei de 1480 a maneira e modo por que os privilegiados haviam de pagar as Jugadas das terras que lavrassem e não fossem suas, expressamente diz “que o primeiro Rei deste reino de gloriosa lembrança, por um especial título reservou as Jugadas para si e seus sucessores”. Pagava-se este tributo de cada junta de bois com que a terra jugadeira se lavrasse um moio de trigo ou milho. Também se chamava jugada ao tributo que pagavam certas terras de pão que nelas semeavam, e esse imposto era lançado por convenção dos colonos e direto senhorio. Todas as Jugadas variavam segundo as diferentes terras em que se pagavam. Havia jugadas de pão, vinho e linho, de que fala a Ordem, Liv. 11, tit.33. Na Jurisprudência antiga eram muito vulgares os termos Baraço e Cutelo, que correspondiam a Soga e Cochilo em Espanhol. Chamavam, pois, senhor de Baraço e Cutelo, ao que tinha em algum território todo o meio e misto Império ou todo o alto e baixo Imperio. O meio ou alto Imperio era o poder ou jurisdição, alto e supremo, para obrar tudo o que fosse benefício do povo e em particular interesse do imperante, especialmente do criminal, em que decidia sobre a vida ou membros dos vassalos, desterro ou confiscação de todos os bens; e por isso, se chamava senhor de Cutelo. Verdade é que não podia exorbitar das leis uma vez estabelecidas na sua Comarca ou respectivo território. O imperio Misto ou baixo, a que também chamavam jurisdição média, era um poder que se estendia a pena de sangue, e que ordinariamente versava tão somente nas causas cíveis. O magistrado recebia alguns emolumentos por ministrar justiça ás partes. Estes dois Impérios ou Poderes são os que hoje chamamos Cível e Criminal. O primeiro entendido pelo Baraço, estendia-se á prisão e sequestro das temporidades até condigna satisfação dos credores ou queixosos; o segundo, representado no Cutelo, estendia-se á mesma morte, natural ou civil.
Porém o tempo e a civilização mostraram aos nossos Soberanos que o direito da vida e da morte se não devia alienar da corôa, sendo a Saúde e Indemnidade do Povo a Lei Suprema.[26] E por isso foram cortando estas jurisdições, reduzindo-as a mais estreitos limites, até que caducaram completamente." J. Costa Neves[28] [29]

A Santa Casa da Misericórdia de Arganil, existindo já antes como Confraria de Nossa Senhora da Conceição, sita na Colegiada de S. Gens da Vila, foi legitimada por provisão Régia aos 06 de Junho de 1647, em reinado de D. João IV. "A primeira eleição de oficiais que se fez na dita casa para nela servirem foi no ano de 1651".[30] Desde sempre com dedicação e ao serviço dos necessitados e população Arganilense.[31]
Em 1758, na vila não constava Hospital algum, tendo 172 vizinhos, contando quatrocentas e oito pessoas.[32]
A Vila de Arganil, onde até então existia um Ouvidor eleito, foi elevada a Comarca pela Rainha D. Maria I, no Palácio de Nossa Senhora da Ajuda, aos 07 de Janeiro de 1792. O Alvará seria publicado e registado na Chancelaria Mor da Corte aos 10 de Março de 1792.[33]
Entre 15 e 28 de Agosto de 1810, Arganil interviu com a sua Milícia, sob o comando do Coronel William Cox, na defesa da Terceira invasão francesa de Portugal por Masséna. O Coronel Inglês William Cox, ostentava o posto de Brigadeiro Lusitano, assistido por outros 5 oficiais Britânicos. As suas tropas eram compostas pelo 24º Regimento de Infantaria (R.I. 24 de Bragança) da linha Portuguesa e pelas Milícias de Arganil, Trancoso e Viseu, que somavam um total de 4000 infantes, com o 11º esquadrão de cavalaria e 400 artilheiros. Defrontaram as tropas francesas no Cerco de Almeida. Os acontecimentos dos dias 27 e 28 de Agosto viriam a ser extremamente duros para o Exército Anglo-Luso, sob o comando do General Wellington. Devido a uma enorme explosão em que parte de Almeida literalmente desapareceu numa cratera, o Coronel William Cox sofreu a perda de 500 homens e artilharia sem os quais não era possível resistir aos ataques de Masséna. As restantes tropas de Wellington haviam recuado na defesa de outras regiões e asseguravam outros pontos estratégicos, ainda decorrentes do anterior Combate do Côa. O Coronel Cox, isolado, com as tropas desmoralizadas, sem mantimentos e munições para mais do que 1-2 dias de resistência, ver-se-ia obrigado à rendição. A vitória de Wellington e do Exército Anglo-Luso ocorreriam nas sequentes Batalha do Buçaco , Combate de Redinha e Combate do Sabugal, infligindo grandes perdas no exército de Mássena, que iniciou a retirada a 3 de Abril de 1811.[34][35]
Aos 07 de Junho de 1870 e por testamento, a Senhora Condessa das Canas - D. Maria Isabel de Melo Freire de Bulhões - determinou que a sua casa Nobre, e propriedades, se transformassem em Hospital para os pobres da sua terra natal. Apelidada de "Mãe dos Pobres", encontra-se homenageada em Monumento no Jardim do Hospital. [36]
O Concelho de Arganil foi bastante sacrificado na 1ª Guerra Mundial, num total de 260 Arganilenses mobilizados para o teatro de guerra.[37] Em sessão da Comissão Administrativa do Concelho, foi comemorada a Batalha de La Lys onde estiveram soldados Arganilenses, aos 09 de Abril de 1919.[38]

Arganil tem História diversa, como a História não poderia deixar de ser. Raízes de uma Vila muito antiga, e não faltando à expressão do autor Pinho Leal - Esta Vila é Antiquíssima -, que se embrenha escrita e descrita na História deste nosso Portugal.[5] Dos tempos de conquistas, descobrimentos, criação de infraestruturas... da religião, mosteiros e santos de que se compunham o nome das Terras.[39] E é interessante na região, a predominância do São Pedro, a pedra basilar de um bem maior. Da geografia, geologia, no centro de um País que se expandiu e nos legou a própria História. Das gentes que fizeram parte dessa História construindo, fazendo, entre ajudando com solidariedade, e da nobreza de tais actos.
De grandes escritores como Miguel Torga. De legados aos pobres como pela Condessa das Canas, apelidada de "Mãe dos Pobres", aos médicos de profissão que honravam a medicina com actos altruístas e que eram apelidados de "Pai dos Pobres" - Fernando Valle. Apelidos de honra e valor humanitários dos que aqui ficam descritos, e muitos mais que aqui não são lembrados, de uma População e Personalidades que na sua bondade, actos nobres e humanitários, são característica raíz desta terra chamada Arganil.
Pertence ao bispado e distrito administrativo de Coimbra. Arganilense é o nome atribuído aos habitantes de Arganil e tem como feriado municipal o 7 de Setembro, festa de Nossa Senhora do Mont'Alto. O seu santo padroeiro é São Gens.

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ANTÓNIO FONSECA


Faro

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Faro
Brasão de Faro
Marina de Faro - panoramic.JPG
Vista da Marina da Cidade de Faro
Localização de Faro
GentílicoFarense
Área202,57 km²
População64 560 hab. (2011)
Densidade populacional318,7  hab./km²
N.º de freguesias4
Presidente da
câmara municipal
Rogério Bacalhau
(PSD/CDS-PP/MPT/PPM)
Mandato 2013-2017
Fundação do município
(ou foral)
1266
Região (NUTS II)Algarve
Sub-região (NUTS III)Algarve
DistritoFaro
ProvínciaAlgarve
OragoSanta Maria e São Pedro
Feriado municipal7 de setembro (Elevação a cidade e véspera do dia de Santa Maria de Faro)
Código postal8000
Sítio oficialCâmara Municipal de Faro
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Faro é uma cidade portuguesa com cerca de 47 000 habitantes,[1] capital do Distrito de Faro, da região, sub-região e ainda da antiga província do Algarve.
É sede de um município com 202,57 km² de área[2] e 64 560 habitantes (2011),[3][4] subdividido em 4 freguesias.[5] O município é limitado a norte e oeste pelo município de São Brás de Alportel, a leste por Olhão, a oeste por Loulé e a sul tem costa no Oceano Atlântico.
Através do Aeroporto de Faro, a cidade constitui a terceira maior entrada externa do país (a seguir a Lisboa e Porto), o que lhe confere uma valência vincadamente cosmopolita.

Índice

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História de Faro

As origens de Faro[editar | editar código-fonte]

Os primeiros marcos remontam ao século VIII a.C., ao período da colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental. O seu nome de então era Ossónoba e era um dos mais importantes centros urbanos da região sul de Portugal e entreposto comercial, integrado num amplo sistema comercial, com base na troca de produtos agrícolas, peixe e minérios. Entre os séculos III a.C. e VIII d.C., a cidade esteve sob domínio romano, Bizantino e visigodo. Dos vestígios romanos destaca-se as Ruínas romanas de Milreu. Do período visigótico existem várias fontes e indícios (quer de escritores cristãos quer árabes) que referem uma magnifica catedral, mas cujos vestígios nunca foram encontrados [1][2] [3][4]. Da ocupação bizantina (Império Bizantino) destacam-se as torres bizantinas da cidade [5].
Faro foi conquistada pelos mouros no ano de 713 d.C, os quais ergueram ali uma fortificação (reforçada por uma nova muralha a mando do príncipe mouro Ben Bekr, no século IX). Durante a ocupação árabe, o nome Ossónoba prevaleceu, desaparecendo apenas no século IX, para dar lugar a Santa Maria do Ocidente [6] era então capital de um efémero principado independente.
No século XI passa a designar-se Santa Maria de Ibn Harun [7] assim chamada em honra do fundador da Dinastia dos Banu Harun, Emires da Taifa de Santa Maria do al-Gharb, e o nome de Ossónoba começa a ser substituído. A cidade é fortificada com uma cintura de muralhas.
Na sequência da independência de Portugal, em 1143, o primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques e os seus sucessores iniciam a expansão do país para o sul, reconquistando os territórios ocupados pelos mouros. Depois da conquista por D. Afonso III, em 1249, os portugueses designaram a cidade por Santa Maria de Faaron ou Santa Maria de Faaram.
Nos séculos seguintes, Faro tornou-se uma cidade próspera devido à sua posição geográfica, ao seu porto seguro e à exploração e comércio de sal e de produtos agrícolas do interior algarvio, trocas comerciais que foram incrementadas com os descobrimentos portugueses.
Tem, nesse período, uma importante e activa colónia judaica que no final do século XV imprime localmente o Pentateuco, o primeiro livro português. A comuna de Faro terá sido sempre uma das mais distintas da região algarvia e das mais notáveis do País, em todos os tempos, com muitos artesãos e muita gente endinheirada, sendo frequentes no século XIV as ligações comerciais de judeus e cristãos. A manifesta prosperidade dos judeus farenses no século XV é interrompida pela carta patente de dezembro de 1496 em que D. Manuel I os expulsava de Portugal, caso não se convertessem ao catolicismo.
Assim, oficialmente e só neste sentido, deixaram de existir judeus em Portugal, o que também aconteceu em Faro, onde a terceira esposa de D. Manuel I mandou erigir o Convento de Nossa Senhora da Assunção em Vila Adentro, local em que estava implantada a judiaria.
O Rei D. Manuel I promove, em 1499, uma profunda alteração urbanística com a criação de novos equipamentos na cidade - um Hospital, a Igreja do Espírito Santo (Igreja da Misericórdia), a Alfândega e um Açougue - fora das alcaçarias e junto ao litoral. Em 1540, D. João III eleva Faro a cidade e, em 1577, a sede do bispado do Algarve é transferida de Silves para Faro. O saque e o incêndio, em 1596, pelas tropas inglesas de Robert Devereux, 2.º Conde de Essex, danificaram muralhas e igrejas, e provocaram elevados danos patrimoniais e materiais na cidade.
Os séculos XVII e XVIII são um período de expansão para Faro, que foi cercada por uma nova cintura de muralhas durante o período da Guerra da Restauração (1640 - 1668), que abrangia a área edificada e terrenos de cultura, num vasto semicírculo frente à Ria Formosa.
Em 1 de novembro de 1755, a cidade de Lisboa é arruinada por um grande sismo que devido à sua intensidade provocou, igualmente, estragos em outras cidades do país, sobretudo no Algarve.
A cidade de Faro sofreu danos generalizados no património eclesiástico, desde igrejas e conventos até o próprio Paço Episcopal. As muralhas, o castelo com as suas torres e baluartes, os quartéis, o corpo da guarda, armazéns, o edifício da alfândega, a cadeia e os conventos de S. Francisco e o de Santa Clara foram destruídos e arruinados.
Até finais do século XIX, a cidade manteve-se dentro dos limites da Cerca seiscentista de Faro. O seu crescimento gradual sofre um maior ímpeto nas últimas décadas.

Atualidade[editar | editar código-fonte]

A cidade de Faro, capital política e administrativa, detém a maior parte dos serviços administrativos da região e, por conseguinte, uma grande atractividade para a implantação de actividades terciárias e comerciais, subsidiadas pela função habitacional.
Faro assumiu sua vocação cosmopolita aquando da inauguração do seu aeroporto internacional a 11 de julho de 1965, sendo António de Oliveira Salazar Presidente do Concelho. Hoje em dia, graças ao aumento de procura turística em todo o Algarve, a cidade possui o segundo mais movimentado aeroporto de Portugal atrás do aeroporto da Portela em Lisboa, com um movimento superior a 5 milhões de passageiros por ano. O aeroporto é ainda utilizado por parte dos turistas que se dirigem a certos locais da Andaluzia por estar mais próximo do que o aeroporto de Sevilha.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [6]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
16 73217 74620 39522 93823 83824 27328 45631 74733 74935 65130 97345 10950 76158 05164 560
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Pela Lei nº 178 [7] , de 01/06/1914, foi separada do concelho de Faro a freguesia de São Brás de Alportel, que passou a constituir um novo concelho sob a designação de Alportel. A sede deste concelho é a na aldeia de São Brás que foi elevada à categoria de vila.
Número de habitantes por Grupo Etário [8]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos11 96012 6277 4348 9218 7048 1858 6086 68510 1639 6188 2959 400
15-24 Anos6 6416 6925 0975 8356 3516 5405 7154 5306 4407 7858 5016 400
25-64 Anos13 77214 2759 98012 53014 42616 13317 98115 53022 83626 38432 02037 106
= ou > 65 Anos1 8182 0961 3961 8772 3132 7443 3473 7905 6706 9749 23511 654
> Id. desconh281442212362
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Política[editar | editar código-fonte]

Freguesias[editar | editar código-fonte]


Freguesias do concelho de Faro.
O concelho de Faro está dividido em quatro freguesias:

Administração municipal[editar | editar código-fonte]

O município de Faro é administrado por uma câmara municipal composta por 9 vereadores. Existe uma assembleia municipal que é o órgão legislativo do município, constituída por 33 deputados (dos quais 27 eleitos diretamente).
O cargo de presidente da Câmara Municipal é atualmente ocupado por Rogério Bacalhau, eleito nas eleições autárquicas de 2013 pela coligação Faro Está Primeiro (PSD/CDS-PP/MPT/PPM), tendo maioria relativa de vereadores na câmara (4). Existem ainda quatro vereadores eleitos pelo Partido Socialista e um vereador eleito pela Coligação Democrática Unitária.
Eleições de 2009
ÓrgãoPSD/CDS-PP/
MPT/PPM
PSPCP-PEVBECidadãos com Faro no Coração
Câmara Municipal44100
Assembleia Municipal1112522
dos quais: eleitos directamente910422

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V%V%V
PSPPD/PSDAPU/CDUCDS-PPADPSD-CDS
197638,34322,58220,6626,97-
197925,342AD25,622AD43,213
198233,27224,89237,313
198521,41144,17422,462
198942,76334,01313,6915,18-
199332,86326,08217,68112,711
199746,72428,58214,9812,65-
200139,02342,47410,06-2,84-
200541,07438,3138,93-1,44-
200942,254CDS-PP5,25-PPD/PSD42,675
201332,32412,76133,944
201738,0647,38-43,945

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
PSPSDPCPCDSUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197642,4821,2317,327,372,86
197927,74ADAPUAD2,9139,3423,71
1980FRS1,4541,4319,7730,08
198338,4226,447,930,9820,65
198518,8628,599,361,1016,7120,61
198722,6347,97CDU3,250,7412,477,10
199132,4748,583,198,040,782,45
199548,7428,489,720,458,500,38
199946,0328,787,879,633,54
200240,7136,827,397,613,65
200547,4724,646,287,389,07
200932,9026,0510,438,0015,38
201123,4836,5312,788,838,301,79
201534,02PàFPàF8,8813,532,0531,53

Paço Episcopal.

Transportes[editar | editar código-fonte]

Rede viária[editar | editar código-fonte]

Faro, assim como o resto do Algarve apresenta boa rede viária com outras cidades portuguesas e com a Comunidade Autónoma da Andaluzia, Espanha. As principais vias de ligação ao concelho são a Estrada Nacional 2Estrada Nacional 125, a Via do Infante (A22). Esta última via está conectada à Ponte Internacional do Guadiana e, por conseguinte, à Estrada N431 da Província de Huelva, Espanha. A Via do Infante é, igualmente, o principal acesso à A2, que liga a região do Algarve à capital do país, Lisboa, num percurso de aproximadamente trezentos quilómetros, correspondentes a cerca de três horas de viagem.

Rede Ferroviária[editar | editar código-fonte]

Da estação de Faro partem serviços regulares de comboios de passageiros de tipologias Regional, Intercidades e Alfa Pendular, operados pela Comboios de Portugal (CP), que asseguram as ligações de passageiros na região e para o resto do território nacional.
Em termos ferroviários, a cidade possui ligações frequentes e céleres a Lisboa (3h01m) e ao Porto (5h49m). Ainda em projecto está a ferrovia de alta velocidade, que prevê uma ligação Faro-Huelva, bem como um ramal de ligação Faro-Beja-Évora que entroncará na futura ligação entre as duas capitais Ibéricas - Lisboa e Madrid.

Rede de transportes rodoviários[editar | editar código-fonte]

A partir de um terminal rodoviário em Faro, a EVA transportes, empresa de transporte rodoviário do Algarve opera as carreiras urbanas no concelho. Em virtude da sua ligação a uma rede nacional de expressos, esta empresa rodoviária proporciona um vasto conjunto de ligações de Faro a todas as capitais de distrito.

Aeroporto Internacional de Faro[editar | editar código-fonte]

É um dos principais aeroportos portugueses e encontra-se a cerca de três horas de voo de distância da maioria das capitais europeias. Inaugurado em 11 de Julho de 1965, o Aeroporto Internacional de Faro situa-se a nove quilómetros da cidade. Existe ligação entre o aeroporto e a EN 125-10, que por sua vez, faz a ligação a Faro.Entre o Aeroporto Internacional de Faro e a cidade existe uma ligação efectuada pela empresa EVA, com uma duração de vinte minutos. O táxi é, igualmente, um meio de transporte para chegar a Faro, dado que em frente à porta de chegadas do aeroporto existe uma praça de táxis.
O Aeroporto Internacional de Faro é o ponto privilegiado de partidas e chegadas da região algarvia -principal destino turístico português-, de e para onde diversas companhias nacionais e internacionais, charters e low cost garantem deslocações regulares. Aproximadamente cem companhias aéreas de todo o mundo voam a partir de e para o Aeroporto Internacional de Faro. Em termos de volume de passageiros, movimenta quase cinco milhões por ano, volume este essencialmente suportado pelo Turismo e, nos últimos, anos pela expansão das companhias aéreas low cost.
A companhia low cost irlandesa Ryanair tem implementada uma base operacional no Aeroporto de Faro. Outras companhias aéreas como a Easyjet, Transavia, Aer Lingus, Air Berlin, Monarch, Jet 2, LTU Internacional entre muitas outras, possuem voos regulares a partir de Faro. Em virtude do reconhecimento do papel desta infra-estrutura no desenvolvimento do Turismo na região, o Aeroporto Internacional de Faro foi distinguido, em 2007, com a Medalha de Mérito Turístico Grau Ouro atribuída pela Entidade Regional de Turismo do Algarve.

Principais distâncias[editar | editar código-fonte]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Natureza[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Ria Formosa
O grande destaque do concelho é a Ria Formosa que constitui um sapal que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, abrangendo uma área de cerca de 18 400 hectares ao longo de 60 quilómetros desde o rio Ancão até à praia da Manta Rota.
A Ria Formosa, é limitada a Sul por um conjunto de ilhas-barreira de cordão arenoso litoral, conhecidas por, península do Ancão (Praia de Faro), ilhas da Barreta, Culatra, Armona, Tavira, Cabanas e península de Cacela. Estas estão dispostas paralelamente à costa, protegendo uma laguna que forma um labirinto de sapais, canais, zona de vasa e ilhotes, que a separa do Oceano Atlântico. As suas dunas, ilhas e barras para o alto mar estão em movimento contínuo conforme as marés. Muitos locais arqueológicos apresentam vestígios de povoações romanas e pré-romanas.
Ao longo de 57 quilómetros de comprimento, este sistema lagunar, o mais extenso da costa portuguesa, tem a sua importância ecológica reconhecida internacionalmente, pelas características naturais únicas que apresenta e pela sua localização geográfica, que fazem desta zona húmida um dos principais biótopos de suporte da avifauna, pelo que tem vindo a ser alvo de protecção legal. Encontra-se assim, abrangida pelas disposições da Convenção de Ramsar e de Berna, integra a Rede Natura 2000, quer como Zona de Protecção Especial estabelecidas ao abrigo da Directiva Aves, quer como Zona Especial de Conservação e inscrita na lista nacional de sítios ao abrigo da Directiva Habitats.
Possui uma profundidade média de dois metros e uma disposição irregular dos fundos. Cerca de 14% da superfície lagunar encontra-se permanentemente submersa, e cerca de 80% dos fundos emergem em maré baixa e em regime de marés vivas. Os cursos de água que desaguam no sistema da Ria Formosa (Rio Seco, Gilão, Ribeiras de Almargem, Lacem, Cacela, e outros) são sazonais e de pouco caudal, dada a fraca pluviosidade local. Assim, a ria é alimentada quase exclusivamente por água oceânica.
A cobertura vegetal no interior da Ria Formosa difunde-se em dois ambientes distintos e contíguos: sapais e dunas. Os sapais originam-se em zonas costeiras de águas calmas. O reduzido fluxo das marés facilita a deposição dos detritos e sedimentos em suspensão e assim vão surgindo bancos de vasa onde, a certa altura, há substrato para a vegetação. A colonização tem como pioneira uma Gramínea do género Spartina (na Ria Formosa, S. marítima), que suporta longos períodos de submersão e, por isso mesmo, se instala nas zonas de mais baixa cota, onde forma vastos "prados" de cor verde escura e que constituem o baixo sapal. Onde o substrato é menos resistente à acção erosiva das águas formam-se os típicos canais e regueiras que sulcam o sapal num emaranhado dendrítico.
As condições de formação e a dinâmica das dunas revelam que estas são estruturas em constante mudança. A proximidade do mar actua como factor fortemente selectivo na instalação e crescimento da sua vegetação. Não é por acaso que, no lado virado ao mar, são escassas as composições florísticas e no interior da duna, criam-se condições mais favoráveis para uma fixação mais diversificada, abrigando inúmeras espécies nas encostas voltadas para o interior e nas dunas mais recuadas face ao mar, salientando-se a presença de plantas endémicas, que existem exclusivamente em Portugal.
A Ria Formosa abrange a área de jurisdição de cinco concelhos do sotavento algarvio: Faro, Loulé, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António. Todos os concelhos têm usufruído do recurso natural da Ria Formosa como elemento estruturante da paisagem. As actividades ancestrais ligadas à pesca, marisqueio, salicultura e moluscicultura que contribuíram para o enriquecimento do território valorizando-o cultural, social económica e paisagisticamente.
Trata-se de uma área protegida pelo estatuto de Parque Natural, atribuído pelo Decreto-lei n.º 373/87 de 9 de Dezembro de 1987. O Parque Natural da Ria Formosa enquadra-se numa região de clima mediterrânico, de características semi-áridas, com uma estação seca prolongada, durante os meses de Verão, e com um Inverno ameno devido à influência do fluxo atlântico do oeste, e pelo facto de se encontrar longe das regiões de origem das massas de ar polar continental, onde as temperaturas são amenas e a insolação elevada.
Em 2010, a Ria Formosa foi eleita uma das sete maravilhas naturais de Portugal na categoria de zonas marinhas, categoria a que também concorriam o Arquipélago das Berlengas e a Ponta de Sagres.
Faro possui uma relação privilegiada com a Ria Formosa pois é ponto de partida para a prática de actividades náuticas marítimo turísticas. Actividades de Turismo de Natureza, como é o caso do Birdwatching, contam com milhões de aficionados na Europa e encontram na Ria Formosa, sobretudo, no canal de Faro – o principal e mais profundo – uma quantidade de espécies que vai aumentando com a aproximação dos sapais. Corvos marinhos de faces brancas, patos mergulhões, chilretas, pernilongas, limícolas, cotovias de crista são algumas das espécies que, partindo de Faro de barco, podem ser observadas nos canais da Ria Formosa.

Ilha da Culatra – Ilha do Farol de Santa Maria[editar | editar código-fonte]

A Ilha da Culatra é composta por três núcleos populacionais: Culatra, os Hangares e o Farol. O acesso a esta ilha barreira é feito através de Olhão e Faro através de carreiras regulares de barco num percurso de aproximadamente trinta minutos. A Culatra é banhada pelas águas da Ria Formosa e a Sul pelo Oceano Atlântico, possuindo praia marítima e fluvial.
No núcleo do Farol encontra-se o Farol do Cabo de Santa Maria, cuja construção remonta a 1851. Implantado a 2500 metros a ENE do Cabo de Santa Maria, o Farol mais a Sul de Portugal tem 47 m de altura e tem um alcance luminoso de 25 milhas náuticas. No Verão à comunidade piscatória residente na Ilha da Culatra, juntam-se os veraneantes que procuram as suas praias de areias finas, águas límpidas e de temperatura agradável.
A Ilha da Culatra é um refúgio natural de embarcações de pesca, às quais no Verão somam-se centenas de veleiros e iates portugueses e estrangeiros que ancoram nas suas águas calmas, em busca da sua gastronomia à base de peixe fresco e marisco. Um outro atractivo para estes velejadores é a pesca desportiva de espécies como o sargo, garoupa, muges, peixe-espada e tunídeos.

Praia de Faro[editar | editar código-fonte]


Praia de Faro.
Também conhecida por “Ilha de Faro”, esta extensão de areia faz parte da Península do Ancão, que delimita a Ria Formosa a poente e donde se pode obter uma vista privilegiada sobre a serra e sobre a cidade de Faro.
Na verdade trata-se de uma longa península e não de uma ilha. Caos é a palavra que melhor caracteriza a urbanização sobre as dunas, as embarcações na ria, as toalhas na praia e o trânsito nos acessos. As inúmeras esplanadas e as águas quentes são os principais argumentos a seu favor. Localizada perto da universidade e do aeroporto, é bastante popular entre os moradores da cidade de Faro.[9]
O acesso viário faz-se através duma estreita ponte que atravessa a Ria Formosa. No Verão, a “ilha de Faro” está, igualmente, acessível por barco através do Cais das Portas do Sol. É possível fazer praia no estreito cordão arenoso virado a Norte, para um canal da Ria Formosa, A utilização deste plano de água é óptima para a prática de desportos náuticos (jetski, canoagem, remo, windsurf, vela, etc.). No Centro náutico da Praia de Faro é feita a iniciação às Modalidades Náuticas e disponibilizado ao público, equipamento para vela, windsurf e canoagem.

Ilha Deserta[editar | editar código-fonte]

A Ilha Deserta, numa extensão de dez quilómetros de praia, é uma das mais bem conservadas e menos frequentadas da região. O Borrelho de Coleira Interrompida é o único residente deste pequeno paraíso de águas quentes e cristalinas, o ponto mais a sul do continente. A pequena ave é o visitante mais regular do vasto areal, praticamente virgem.[10]
No Verão O acesso faz-se por mar, a partir do Cais da Porta Nova, em Faro, a bordo de um velho cacilheiro. A travessia é muito agradável, podendo observar-se os labirintos de areia e vasa da Ria Formosa, canais e bancos de sapal. Pelo caminho há que prestar também atenção às diversas aves que por aqui se alimentam, como os flamingos.

Clima[editar | editar código-fonte]

Gráfico climático para Faro, Portugal
JFMAMJJASOND
78
16
8
72
17
8
39
18
9
38
20
10
21
22
13
7.6
25
16
1.4
29
18
4.3
29
18
14
27
17
67
23
14
86
19
11
94
17
9
Temperaturas em °C • Precipitações em mm
Fonte: Organização Meteorológica Mundial (ONU)[11]
Quanto ao clima, é mediterrânico, um clima em que a temperatura é amena durante todo o ano, um clima em que podemos desfrutar do sol mais de 300 dias por ano, e em que os meses que são verdadeiramente chuvosos são reduzidos em dois, Novembro e Dezembro. A temperatura no verão, durante o dia anda entre os 25 e 30 graus, e entre 15 e 20 graus no Inverno, salvo excepções. Durante a noite, as mínimas no Inverno andam por volta de 6 ou 7 graus e no Verão entre 15 e 20 graus.
Os meses mais quentes são os de Julho e Agosto. Os meses mais chuvosos são Novembro e Dezembro. Os meses mais frios são Janeiro e Fevereiro.
As maior e menor temperaturas registadas em Faro no período 1971-2000 foram 39,8 °C e –1,4 °C. Porém,há registos 42,5 °C em 2004. fonte: Instituto de Meteorologia <right>
[Esconder]Valores climáticos para Faro, Portugal Portugal
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezAno
Média da temperatura máxima °C (°F)16.1
(61)
16.7
(62)
18.4
(65)
19.8
(68)
22.4
(72)
25.4
(78)
28.7
(84)
28.8
(84)
26.7
(80)
23.1
(74)
19.4
(67)
16.7
(62)
21,9
(71)
Temperatura média diária °C (°F)11.9
(53)
12.55
(55)
13.65
(57)
15.1
(59)
17.45
(63)
20.55
(69)
23.3
(74)
23.4
(74)
21.8
(71)
18.7
(66)
15.15
(59)
12.65
(55)
17,2
(63)
Média da temperatura mínima °C (°F)7.7
(46)
8.4
(47)
8.9
(48)
10.4
(51)
12.5
(55)
15.7
(60)
17.9
(64)
18.0
(64)
16.9
(62)
14.3
(58)
10.9
(52)
8.6
(47)
12,5
(55)
Precipitação mm (polegadas)77.8
(3.06)
72.4
(2.85)
39.0
(1.54)
38.4
(1.51)
21.1
(0.83)
7.6
(0.3)
1.4
(0.06)
4.3
(0.17)
14.0
(0.55)
66.6
(2.62)
86.1
(3.39)
94.1
(3.7)
522,8
(20,58)
Número médio de dias de chuva1213910741139101190
Fonte: Organização Meteorológica Mundial (ONU)[11] 4 de março de 2010

Gastronomia[editar | editar código-fonte]


A Doca de Faro.
A gastronomia algarvia com reminiscências da presença dos romanos e dos árabes na região, e pela proximidade à Ria Formosa e ao Oceano Atlântico, têm por base peixe, marisco e produtos do campo, confeccionados em cataplanas, guisados e cozidos ou na grelha. Os carapaus, biqueirões e sardinhas alimados, as amêijoas e berbigões ao natural, o arroz de lingueirão, as cataplanas, caldeiradas e massinhas com peixe são pratos típicos de Faro. As papas de milho, mais conhecidas como xarém, são um dos ex-libris da região. As carnes também constam nos cardápios da região, numa mistura com marisco.
Nas sobremesas predominam as doçarias à base de frutos secos como bolos de amêndoa, figo e alfarroba.
Com uma região vinícola demarcada, de clima tipicamente mediterrânico, que utiliza castas tradicionais para produzir vinhos de qualidade, com sabor a fruto, baixa acidez e a que o sol dá uma graduação elevada, os vinhos e aguardentes juntam-se à tradição gastronómica do Algarve.

Principais eventos[editar | editar código-fonte]

Concentração de Motos de Faro[editar | editar código-fonte]

Faro é reconhecida internacionalmente como a capital europeia dos motociclistas. Todos os anos, milhares de motociclistas de todo o mundo viajam para Faro, no mês de Julho, para participar na Concentração Internacional de Motos, organizada pelo Moto Clube de Faro. Um dos eventos de destaque é o desfile das motos pelas ruas da capital no Domingo, último dia da concentração.

FOLKFARO - Folclore Internacional da Cidade de Faro[editar | editar código-fonte]

Uma iniciativa do Grupo Folclórico de Faro, cuja primeira edição foi em 2003, colocou Faro na rota dos grandes festivais de folclore da Europa. Constam da programação do Folkfaro, que ocorre em meados de Agosto, espectáculos de folclore nacional e internacional, ateliers de dança, folclore para crianças, galas temáticas e animações de rua.

FARCUME: Festival Internacional de Curtas-Metragens de Faro[editar | editar código-fonte]

Uma iniciativa da FARO 1540 - Associação de Defesa e Promoção do Património Ambiental e Cultural de Faro, cuja primeira edição ocorreu em 2011 e que tem vindo a ocorrer desde então, no final do mês de Agosto na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, um dos edíficios de maior simbolismo e de maior riqueza patrimonial da cidade de Faro. Pode-se dizer que este festival de curtas-metragens já faz parte de um conjunto de iniciativas que prestigiam Faro, dando um forte contributo para o desenvolvimento de uma política cultural que se quer de qualidade e diversificada contribuindo para que a capital algarvia se afirme como um concelho culturalmente abrangente, dinâmico e criativo.
Este festival de curtas-metragens tem de forma gradual transformado-se como um festival de referência a sul do país dando a conhecer e lançar novos talentos para além de divulgar e promover junto do público os excelentes trabalhos que são realizados nesta área, mas que nem sempre têm a divulgação desejada e merecida. Dentro de um ambiente informal, bem-disposto e descontraído este festival tem procurado premiar e reconhecer a dedicação, o empenho, a criatividade e o mérito dos realizadores, actores e equipas técnicas que sem terem os orçamentos da indústria cinematográfica de Hollywood conseguem desenvolver trabalhos de grande qualidade.

Feira de Santa Iria[editar | editar código-fonte]

As origens da Feira de Santa Iria remontam ao ano de 1596. Reza a história, que esta Feira começou no reinado de D. Filipe I após o incêndio que a cidade sofreu na sequência do saque das tropas inglesas do Conde de Essex em 1596. Com o saque e o incêndio, a cidade ficou desprovida de inúmeras infra-estruturas e os seus habitantes padeciam de fome e peste, pelo que a realização desta feira procurava, de alguma forma prestar auxílio à população carenciada, e incrementar também as transacções comerciais. Inicialmente tratava-se de uma feira “forra e franca”, ou seja, os feirantes estavam isentos de pagar impostos do que vendiam, não se sabendo ao certo quando terminou esta isenção. A associação da Feira ao nome de Santa Iria, prende-se com o facto da sua data de realização ter sido marcada para o Dia de Santa Iria (20 de Outubro). A Feira de Santa Iria realiza-se no Largo de S. Francisco, na segunda quinzena de Outubro, mantendo as suas características populares Nela se podem encontrar uma grande diversidade de atractivos: stands institucionais; exposições gerais; divertimentos para crianças e adultos; comes e bebes; artesanato; venda de produtos diversos.

Festival de Órgão de Faro[editar | editar código-fonte]

Uma iniciativa da associação Música XXI e que ocorre desde 2007 nas igrejas de Faro durante o mês de Novembro. O Festival tem como objectivo central a valorização e divulgação do património musical. Em particular, tem como objectivo divulgar este instrumento secular e apoiar os intérpretes na difusão da música original composta para órgão.

Moura Encantada - Festival de Tunas Femininas no Algarve[editar | editar código-fonte]

É um fim de semana organizado pela Feminis Ferventis - Tuna Académica Feminina da Universidade do Algarve e tem como principal objetivo trazer animação às gentes de Faro, assim como a todas as estudantes que até a esta cidade se deslocam. Já conta com doze edições, realizadas sempre a meio de Novembro. Até à data, todas as tunas que já tiveram a oportunidade de estar presentes em qualquer uma das edições do Moura Encantada deixam Faro, no final do festival, com a frase "Faro é saudade".

Semana Académica do Algarve[editar | editar código-fonte]

É uma iniciativa promovida pela Associação Académica da Universidade do Algarve e conta com mais de 30 anos de existência. É uma festividade estudantil do Ensino Superior, com duração de 10 dias e realiza-se todos os anos nas primeiras semanas do mês de Maio. A Semana Académica do Algarve é considerada uma das melhores e mais completas Semanas Académicas do país. Este evento, que tem o seu auge, durante a noite, no País das Maravilhas (nome dado ao recinto onde ocorrem os concertos musicais e onde existem as barraquinhas de curso) está aberto a estudantes, antigos alunos e a todos aqueles que queiram divertir-se, assistir aos concertos e viver ou reviver o espírito académico.

Festival de Flamenco de Faro[editar | editar código-fonte]

Março é o mês em que a cidade de Faro recebe o seu Festival espanhol de Flamenco, que ocorre ininterruptamente desde 2004. Para os amantes deste género, e para os turistas desta dança cigana/espanhola, o Teatro das Figuras é o cenário deste festival que é composto por um programa de grande nível que junta artistas já consolidados com jovens referências do flamenco.

FARTUNA: Festival de Tunas Académicas da Cidade de Faro[editar | editar código-fonte]

É uma iniciativa promovida pela Versus Tuna - Tuna Académica da Universidade do Algarve e realiza-se todos os anos nas primeiras semanas do mês de Abril. Trata-se de um festival que traz anualmente a Faro diversas tunas académicas, oriundas de vários pontos do país, para um espetáculo musical que combina a tradição académica com irreverência.

Festa da Ria Formosa[editar | editar código-fonte]

É uma iniciativa gastronómica de entrada livre promovida pela Vivmar - Associação de Viveiristas e Mariscadores da Ria Formosa e realiza-se todos os anos no final do mês de Julho, prolongando-se até aos primeiros dias do mês de Agosto. A Festa da Ria Formosa tem a duração aproximada de 11 dias e o visitante para além de poder saborear o marisco oriundo da Ria, pode divertir-se com a animação diária através de vários artistas regionais e nacionais, que fazem de cada noite um motivo para voltar na noite seguinte.
Nesta Festa pode saborear-se todo o tipo de marisco, como o camarão, santola, búzio, amêijoa, berbigão, lingueirão, ostras, além de outros pratos regionais confeccionados tendo por base o marisco da Ria Formosa, como por exemplo a feijoada de marisco, as papas de milho com berbigão, o arroz de marisco, o arroz de lingueirão, a feijoada de buzinas, amêijoas na cataplana, entre outros.

Alameda Beer Fest[editar | editar código-fonte]

No inicio de Julho, o Jardim da Alameda João de Deus abre as suas portas para receber mais de três dezenas de cervejeiros artesanais oriundos não só de Portugal, mas de quase toda a Europa. Este festival para além de permitir a degustação de centenas de cervejas artesanais, tem uma forte componente musical e também gastronómica, com a presença de tasquinhas e de street-food.

Festival F[editar | editar código-fonte]

No inicio de Setembro, chega a altura do último grande festival de Verão. Durante dois dias a cidade velha de Faro - Vila Adentro - é palco de um grande festival de música, havendo contudo outras atrações, como stand up comedy, cinema, exposições, tertúlias literárias, feirinhas de artesanato e um vasto leque de street food.

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ANTÓNIO FONSECA


Vendas Novas

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Disambig grey.svg Nota: Para Venda Nova no singular, veja Venda Nova.
Vendas Novas
Brasão de Vendas NovasBandeira de Vendas Novas
Bifurcação Alentejo - Vendas Novas, 2014.03.11 (13437622064).jpg
Localização de Vendas Novas
GentílicoVendasnovense
Área222,39 km²
População11 846 hab. (2011)
Densidade populacional53,3  hab./km²
N.º de freguesias2
Presidente da
câmara municipal
Luis Dias (PS)
Fundação do município
(ou foral)
7 de Setembro de 1962
Região (NUTS II)Alentejo
Sub-região (NUTS III)Alentejo Central
DistritoÉvora
ProvínciaAlto Alentejo
OragoSanto António
Feriado municipal7 de Setembro
Código postal7080 Vendas Novas
Sítio oficialCM Vendas Novas
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Vendas Novas é uma cidade portuguesa, no Distrito de Évora, região Alentejo e sub-região do Alentejo Central, com cerca de 12000 habitantes (2011).[1]
É sede de um município com 222,39 km² de área[2] e 11 846 habitantes (2011),[3][4] subdividido em 2 freguesias.[5] O município é limitado a leste pelo município de Montemor-o-Novo, a sul por Alcácer do Sal, a oeste por Palmela e a noroeste pela parte oriental do Montijo. O município foi criado em 1962. Anteriormente era apenas uma freguesia de Montemor-o-Novo.

História[6][editar | editar código-fonte]

A origem de Vendas Novas remonta à criação da Posta Sul, por ordem de D.João III. Foi então aberto um caminho de Aldeia Galega (Montijo) a Montemor de modo a reduzir o percurso e o tempo das viagens. Foi nesse caminho que o rei mandou construir uma estalagem, no local onde hoje se encontra Vendas Novas. Alguns anos mais tarde, por ordem de D.Teodósio, uma nova pousada foi construída nas Vendas Novas. O nome do povoado terá provavelmente origem nas construções - "Estalagens" ou "Vendas" - que por serem de recente construção, eram novas, denominadas pelos viajantes como "as Vendas Novas". A povoação mais antiga do concelho é, no entanto a Landeira, hoje freguesia do concelho, de que existem referências de sua existência nos inícios do Séc. XII.
Vendas Novas foi freguesia do concelho de Montemor-o-Novo até 7 de Setembro de 1962, altura em que passou a concelho, após um processo reivindicativo iniciado no final do século XIX.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [7]
19701981199120012011
8 58710 93310 47611 61911 846
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [8]
19701981199120012011
0-14 Anos2 0252 5011 6691 5311 671
15-24 Anos1 4151 3671 6111 4301 060
25-64 Anos4 5605 7105 5266 3296 141
= ou > 65 Anos7901 3551 6702 3292 974
(Obs: Concelho criado pelo decreto-lei nº 44557, de 07 de Setembro de 1962, por desanexação da freguesia com o mesmo nome do concelho de Montemor-o-Novo)

Freguesias[editar | editar código-fonte]


Freguesias do concelho de Vendas Novas.
O concelho de Vendas Novas está dividido em 2 freguesias:

Património[editar | editar código-fonte]

  • Capela Real do Palácio das Passagens
  • Igreja de Nossa Senhora da Nazaré
  • Igreja de Santo António/ Igreja Matriz
  • Igreja de São Domingos Sávio
  • Capela de São Gabriel
  • Igreja de Piçarras
  • Capela de Nossa Senhora Auxiliadora - Afeiteira
  • Capela de Nossa Senhora de Fátima - Campos da Rainha
  • Capela de São Pedro - Bombel
  • Capela de Nossa Senhora da Ajuda
  • Capela de São Fernando/Santo António
  • Palácio das Passagens
  • Chafariz Real
  • Palácio do Vidigal
  • Moinho de Vento

Política[editar | editar código-fonte]

O Presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas é, desde Outubro 2017, Luís Carlos Piteira Dias (PS). A Junta de Freguesia de Vendas Novas é presidida por Paula Valentim (PS) e a Junta de Freguesia de Landeira por Vítor Serrano (PS).
Eleições de 2017
ÓrgãoPSPCP-PEVPSD
Câmara Municipal520
Assembleia Municipal1562
dos quais: eleitos directamente1362
Evolução da votação
Evolução da votação para a Câmara Municipal
AnoCDU
APU de 1979 a 1985
FEPU em 1976
PSPSDCDS-PPAD
201725,21%61,09%11,0%
201339,07%43,28%11,64%
200952,2%30,23%14,49%
200546,01%32,5%17,76%
200153,95%20,56%21,13%
199752,72%28,59%13,11%1,72%
199352,34%25,68%15,58%2,96%
198955,16%17,51%23,89%
198554,75%41,89%
198251,61%16,68%29,49%
197953,84%14,84%29,60%
197648,12%37,18%10,51

Transportes[editar | editar código-fonte]

O concelho de Vendas Novas é servido por uma estação de caminhos-de-ferro que permite diariamente quatro ligações directas, em cada sentido, a Lisboa, Évora e Beja. É de longe o ponto de melhor acessibilidade a qualquer um dos três principais centros urbanos em todo o Alentejo, em transportes públicos, já que dista apenas 25 minutos de Évora, 50 minutos de Lisboa e cerca de 1 hora, de Beja.
Permite ainda a ligação à estação de Pinhal Novo em apenas 22 minutos, e à estação do Pragal em 42 minutos, possibilitando fáceis acessos aos diversos centros urbanos da Península de Setúbal (Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Setúbal) por via ferroviária, e geralmente abaixo dos 40-45 minutos. Num raio de 60 minutos e de transportes públicos abrange, portanto, mais de 3 milhões de pessoas (30% da população portuguesa).
A Estação de Vendas Novas está integrada na Linha do Alentejo. Aflui também à estação a Linha de Vendas Novas, actualmente utilizada para serviço de mercadorias, mas com mais de um século de história no transporte de passageiros (nomeadamente Setil - Cartaxo, serviço CP Regional, e o Comboio Azul, serviço CP Longo Curso extinto em meados da década de 2000, que passava diretamente em Vendas Novas sem quaisquer desvios a Lisboa).
Ao nível dos transportes rodoviários a cidade é servida sobretudo pela Rodoviária do Alentejo: Vendas Novas possui mais de 10 ligações diárias a Évora, Setúbal e Montemor-o-Novo nesta operadora, estando ligada a Montemor-o-Novo em 25 minutos, e a Setúbal/Évora em cerca de 50-60 minutos. Existem ainda 5 a 6 circulações diárias fornecidas pelos TST, entre Setúbal e Landeira (freguesia do concelho de Vendas Novas), na carreira 709. A Rede Nacional de Expressos possui ainda algumas ligações de longo curso em Vendas Novas, com até 2 circulações diárias de longo curso para vários localidades a nível nacional.
O nó da Marateca situa-se nas proximidades da aldeia de Landeira o que confere a Vendas Novas uma posição geográfica vantajosa. A este da cidade encontra-se o acesso à A6, sendo que ao nó da Marateca afluem, além desta, a A2 e a A13. De carro chega-se a localidades como Lisboa, Évora, Vila Franca de Xira, Santarém e Setúbal em cerca de 45 a 50 minutos. Vendas Novas dista 35 minutos de Palmela, pela A6; e 40 minutos de Montijo e Alcochete, pela N4.

Equipamentos[editar | editar código-fonte]

  • Piscinas Municipais de Vendas Novas
  • Biblioteca Municipal
  • Estádio municipal e pista de atletismo
  • Pavilhão gimnodesportivo municipal
  • Polidesportivo sintético (Landeira)
  • CEAmb - Centro de educação ambiental e espaço internet rural
  • Espaço Internet de Vendas Novas
  • Mercado municipal de Vendas Novas

Cultura[editar | editar código-fonte]

Comércio[editar | editar código-fonte]

Vendas Novas não tem nenhum centro comercial de média ou grande dimensão, sendo que o seu vasto comércio está inserido pelas várias ruas da cidade. É ainda possível encontrar em Vendas Novas diversas cadeias de supermercados como o Intermarché, Lidl, Minipreço, Pingo Doce e o Continente Bom Dia.

Espaços Verdes[editar | editar código-fonte]

  • Jardim Público de Vendas Novas
  • Jardim do Bairro José Saramago
  • Praça Central de Landeira

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

Da gastronomia local destacam-se as bifanas de Vendas Novas, as açordas, as migas, as sopas e os ensopados. O doce local são as Granadas.

Bifanas de Vendas Novas[editar | editar código-fonte]

O prato mais afamado de Vendas Novas são as bifanas que atraem milhares de visitantes à cidade, principalmente à zona da Boavista. As bifanas de Vendas Novas são hoje comercializadas em vários centros comerciais do país incluindo Almada Fórum, Colombo ou Barreiro Retail Park.



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