Justino
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São Justino Mártir | |
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São Justino Mártir | |
Mártir | |
Nascimento | Flávia Nápoles, Samaria (atual Nablus), 100[1] |
Morte | Roma 165 (65 anos) |
Veneração por | Igreja Católica Romana Igreja Anglicana Igreja Luterana Igreja Ortodoxa Oriental |
Festa litúrgica | 1 de junho (Igreja Católica Romana, Igreja Ortodoxa, Igreja Anglicana) 14 de abril (calendário romano de 1882 até 1969) |
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Flávio Justino (em latim: Flavius Iustinus; 100 - 165), também conhecido como Justino Mártir (em latim: Iustinus Martir) ou Justino de Nablus, foi um teólogo romano do século II, mártir e santo da Igreja Católica.
Biografia
Seu lugar de nascimento foi Flávia Nápoles (atual Nablus), na Síria Palestina ou Samaria. A educação infantil de Justino incluiu retórica, poesia e história. Como jovem adulto mostrou interesse por filosofia e estudou primeiro estoicismo e platonismo.
Justino foi introduzido na fé diretamente por um sábio homem que o envolveu numa discussão sobre problemas filosóficos e então lhe falou sobre Jesus. Ele falou a Justino sobre os profetas que vieram antes dos filósofos, ele disse, e que falou "como confiável testemunha da verdade". Eles profetizaram a vinda de Cristo e suas profecias se cumpriram em Jesus. Justino disse depois que "meu espírito foi imediatamente posto no fogo e uma afeição pelos profetas e para aqueles que são amigos de Cristo, tomaram conta de mim; enquanto ponderava nestas palavras, descobri que a sua era a única filosofia segura e útil". Justino "se consagrou totalmente a expansão e defesa da religião cristã".
Justino continuou usando a capa que o identificava como filósofo e ensinou estudantes em Éfeso e depois em Roma. Os trabalhos que escreveu inclui: duas apologias em defesa dos cristãos e sua terceira obra foi Diálogo com Trifão.[2][3]
A convicção de Justino da verdade do Cristo era tão completa que ele teve morte de mártir sendo decapitado no ano 165.
Participação das criaturas racionais no Logos
O ponto central da apologética de Justino consiste em demonstrar que Jesus Cristo é o Logos do qual todos os filósofos falaram, e, portanto, à medida em que participam do Logos chegando a expressar uma verdade parcial – vendo a verdade de modo obscuro – graças à semente do Logos neles depositada, podem dizer-se cristãos.[4] Mas uma coisa é possuir uma semente e outra é o próprio Logos:
Toda pessoa, criada como ser racional, participa do Logos, que leva desde a gestação e pode, portanto perceber a luz da verdade.
Justino, convencido de que a filosofia grega tende para Cristo, "acredita que os cristãos podem servir-se dela com confiança" e em conjunto, a figura e a obra do apologista "assinalam a decidida opção da Igreja antiga em favor da filosofia, em vez de ser a favor da religião dos pagãos", com a qual os primeiros cristãos "rechaçaram com força qualquer compromisso".
Justino, em particular, notadamente em sua primeira Apologia, conduziu uma crítica implacável com relação à religião pagã e a seus mitos, que considerava como «caminhos falsos» diabólicos no caminho da verdade.
Assim, Justino, e com ele os outros apologistas, marcaram a tomada de posição nítida da fé cristã pelo Deus dos filósofos contra os falsos deuses da religião pagã. Era a escolha pela verdade do ser, contra o mito do costume.
Pensamento teológico
Batismo
O culto perpétuo dos cristãos
O dia do culto dos cristãos
Justino afirma que os cristãos guardavam como dia sagrado a Deus o Domingo, pois foi neste dia que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos:
Descrição do culto dos cristãos
Eucaristia
A Fé dos cristãos primitivos na eucaristia: Corpo e Sangue de Cristo:
Maria
Justino afirma que Jesus nasceu duma virgem ( Maria), e que descende do rei Davi:
Os evangelhos canônicos
Justino freqüentemente cita os evangelhos: de Mateus, de Marcos, de Lucas e possivelmente de João, contudo não cita sob o nome de Mateus, de Marcos, de Lucas, e sim de “Memória dos apóstolos”. Por isso chegou-se afirmar que Justino desconhecia a divisão em quatro evangelhos, afirmada, por exemplo, fortemente por Ireneu mais ou menos 30 anos mais tarde.
Portanto, é provável que os quatro evangelhos andassem juntos desde o início do século II e referia-se a esses evangelhos com um nome genérico, como “Memória dos apóstolos”. Ou, também, que já no início do século II se conhecia a distinção dos quatro evangelhos, mas de acordo com o testemunho de Justino era mais comum citá-los com um único nome.
Ver também
Ligações externas
- Ratzinger, José (21 de março de 2007), São Justino (catequeses — audiência geral), Roma: Vaticano.
- «JUSTINO DE ROMA Padre da Igreja, Mártir e Santo 103-164, Santos do Dia e de Hoje». alexandrina.balasar.free.fr
Bibliografia
BOBICHON, Philippe, "L'enseignement juif, païen, hérétique et chrétien dans l'œuvre de Justin Martyr", Revue des Études Augustiniennes 45/2 (1999), pp. 233-259.
SPINELLI, Miguel (2002), Helenização e Recriação de Sentidos. A Filosofia na época da expansão do Cristianismo – Séculos II, III e IV, Porto Alegre: EdiPUCRS.
Referências
- ↑ Whitlaw, Thomas (1885), Commentary on John [Comentário sobre João] (em inglês), p. xl.
- ↑ Justino, «Obras», Early Christian Writings [Escritos cristãos antigos] (em inglês).
- ↑ Edição crítica grega e francesa por Philippe Bobichon, Fribourg, 2003, 2 vol. vol. 1 vol. 2
- ↑ Philippe Bobichon, "Filiation divine du Christ et filiation divine des chrétiens dans les écrits de Justin Martyr" in P. de Navascués Benlloch, M. Crespo Losada, A. Sáez Gutiérrez (dir.), Filiación. Cultura pagana, religión de Israel, orígenes del cristianismo, vol. III,