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sexta-feira, 27 de março de 2020

OBSERVADOR - DESPORTO - 27 DE MARÇO DE 2020

020 14:47
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Desporto

Por Bruno Roseiro, Editor de Desporto
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“Há uma onde de emoções e não consigo imaginar aquilo que os atletas estão a passar neste momento. Numa altura como esta, os atletas devem pensar em controlar apenas o que podem controlar pois encontram-se em águas desconhecidas. É uma altura de muitos ‘ses’ e que é difícil de compreender. Não sei se teria conseguido superar um adiamento de um ano”. Michael Phelps não tinha dúvidas sobre a necessidade de adiar os Jogos. Lamentou, apenas, a demora até à decisão que descreveu como “inteligente”E agora, pergunta-se? Pergunta-se porque não há data de realização do evento em 2021, pergunta-se porque os calendários nacionais e internacionais das modalidades terão de ser repensados, pergunta-se porque a organização enfrenta problemas sobretudo logísticos ainda por contornar. O ex-nadador acrescenta “a” pergunta: e a saúde mental dos atletas?
Phelps não deve ser apenas visto como o atleta com mais medalhas olímpicas (28, 23 de ouro, entre 2004 e 2016) e um dos melhores de sempre a nível global. Phelps é o protótipo do atleta do século XXI, a todos os níveis. Teve um horário de treinos mais do que sobrecarregado durante anos a fio, cumprido de forma rigorosa, às vezes quase obsessiva, para chegar às provas e tornar o impossível no provável, e o provável no certo. Mas também teve momentos de que se arrependeu após os picos de competição, fases onde viveu a juventude que o desporto lhe foi tirando. E debateu-se, como viria a assumir mais tarde, com os problemas (no caso do próprio, levados ao limite) pouco falados do alto rendimento: a pressão, a ansiedade, o mediatismo. Se os atletas de antigamente guardam sobretudo marcas físicas do seu sucesso, a mente tem um peso diferente nos atletas de hoje.
Portugal continua em isolamento num estado de emergência que se tem tornado cada dia mais transversal no mundo. Mais uma semana em casa (em muitos casos, mesmo em atividade – só deixou de existir uma divisão entre o espaço de descanso e o espaço de trabalho, que agora ficou reduzido a meia dúzia de passos), mais uma semana de preparação possível para milhares de atletas. Ainda assim, e para alguns, foi uma semana diferente: o Comité Olímpico Internacional, após uma chamada por conferência com uma delegação representante de Tóquio, decidiu adiar os Jogos para 2021, confirmando aquilo que chegou a ser apelidado de “maldição dos 40 anos”. Agora, os atletas olímpicos, que nunca deixaram de trabalhar, respiraram de alívio. A preparação feita nos últimos meses não foi por água abaixo. Terá de ser recalendarizada, repensada, refeita. Daqui a uns meses, o objetivo voltará a estar ali à frente, mais vivo que nunca. Para eles e para todos, com mais ou menos dificuldades. E é nessa força mental que terá sempre Phelps como um dos maiores exemplos a que todos se têm de agarrar.
E como não poderia deixar de ser, lá surgiu um “caso”, quando não havia propriamente caso, mas existe sempre a tendência para se fazer um caso, mesmo que ninguém faça muito caso disso mesmo: depois de ter dito que iria juntar-se ao corpo médico nacional, gerou-se a dúvida se a incorporação de Frederico Varandas teria sido fruto do estado de emergência declarado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, um movimento que pediu eleições antecipadas no Sporting para o mês de abril e o clube veio explicar a situação num comunicado. Ainda no quotidiano dos leões, a renúncia de Miguel Cal de administrador da SAD verde e branca fez com que a sociedade passasse a ter apenas dois executivos nesta fase, Francisco Salgado Zenha e João Sampaio.
Do outro lado da Segunda Circular, três letras dominaram a semana: OPA. Primeiro, foi surgindo a informação que o Benfica estaria a repensar a viabilidade ou não da operação no atual contexto. Depois, a CMVM chumbou a Oferta Pública de Aquisição de ações apresentada pelos encarnados, alegando irregularidades no mecanismo de financiamento proposto (algo que as águias contestam). Por fim, e com a suspensão das ações, o Benfica deu alguns esclarecimentos adicionais mas acabou por deixar mesmo cair a operação tendo a Covid-19 como fundo.
“Neste contexto de enorme adversidade, a Benfica SAD tomou e continuará a tomar, tendo em conta a informação fiável que estiver disponível a cada momento, as medidas que reputar necessárias para preservar a sua atividade, sendo previsível a redução de custos e despesas não indispensáveis ao desenvolvimento dessa atividade e a ponderação cuidada de todos os investimentos que estavam projetados. Assim sendo, as transações de atletas serão analisadas muito cuidadosamente, tendo em vista promover e preservar na maior medida possível os ativos essenciais da Benfica SAD e assegurar a sua sustentabilidade, atendendo aos interesses de longo prazo dos seus acionistas e ponderando os interesses dos seus trabalhadores e demais stakeholders“, justificou.
Também esta semana, o Observador revelou o Acórdão do Tribunal Arbitral de Desporto sobre o caso de Rafael Leão com o Sporting, que terminou com os leões a terem de pagar 40 mil euros ao jogador por assédio moral e o jogador a ter de pagar 16,5 milhões de euros pela rescisão unilateral de contrato. Além das justificações para a decisão, surge também uma história com o seu quê de caricata e que pode ser resumida de uma forma simples (e pitoresca): se um entregador de pizzas não tivesse ido aos escritórios da empresa de Sousa Cintra naquele dia de 3 de setembro àquela hora, permitindo que o pai do avançado conseguisse entrar no espaço quando o filho iria assinar um novo contrato pelos lisboetas, a história seria outra que não Lille e AC Milan.
Por fim, e nas modalidades (se no futebol ainda há as ligas da Bielorrússia e da Nicarágua, no resto dos desportos há wrestling à porta fechada e pouco mais), Jorge Braz revalidou o título de melhor selecionador do mundo, à frente do brasileiro Marquinhos. Mas não foi só o técnico e coordenador do futsal nacional a brilhar: o Sporting foi a segunda melhor equipa do mundo, Nuno Dias foi o segundo melhor treinador do mundo (Joel Rocha ficou em quarto), Ana Catarina foi a segunda melhor guarda-redes do mundo, Fifó foi a terceira melhor jogadora do mundo e Hugo Neves foi o sétimo melhor jovem promessa do mundo. Só faltou Ricardinho, o vencedor do costume, que desta vez não entrou na lista para melhor jogador do mundo (ganhou Ferrão). Mas vem aí o Mundial, em setembro, para a maior estrela escrever mais história. Assim os tempos o permitam…

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