domingo, 10 de junho de 2018

ANJO DE PORTUGAL - 10 DE JUNHO DE 2018

Anjo de Portugal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Anjo de Portugal
Visão de D. Afonso Henriques do Anjo Custódio
Anjo da Paz, da Pátria e da Eucaristia
Veneração porPortugal pela Igreja Católica
Principal temploMonumento na Loca do Cabeço nos Valinhos, em Fátima.
Festa litúrgica10 de junho
AtribuiçõesProteção da nação portuguesa, auxílio às tropas de D. Afonso Henriques sobre os muçulmanos, conseguindo assim a Independência de Portugal, anunciador das aparições de Nossa Senhora em Fátima.
Gloriole.svg Portal dos Santos
Anjo de Portugal (também conhecido como Santo Anjo da Guarda de PortugalAnjo Custódio de Portugal e Anjo da Paz) é uma das designações atribuídas a São Miguel Arcanjo que representa "Portugal", ou seja, a essência espiritual na figura de um arcanjo que protege a nação portuguesa.
A pedido do rei D. Manuel I de Portugal, o Papa Júlio II instituiu em 1504 a festa do «Anjo Custódio do Reino» cujo culto já seria antigo em Portugal. O pedido terá sido feito ao Papa Leão X e este autorizou a sua realização no terceiro Domingo de Julho.[1] A sua devoção quase desapareceu depois do séc. XVII, mas seria restaurada mais tarde, em 1952, quando mandada inserir no Calendário Litúrgico português pelo Papa Pio XII, para comemorar o dia de Portugal no 10 de junho.[2]
Terá surgido pela primeira vez na Batalha de Ourique, e a sua devoção deu uma tal vitória às forças de D. Afonso Henriques sobre os invasores muçulmanos que lhe deram a oportunidade de autoproclamar-se rei de Portugal.

Loca do Cabeço ou Loca do Anjo de Portugal no local da sua aparição aos três pastorinhos, nos Valinhos, em Fátima.
Nas suas Memórias, a Irmã Lúciacontou ainda que, entre abril e outubro de 1916, nas aparições de Fátima, teria já aparecido um anjo aos três pastorinhos, por três vezes, duas na Loca do Cabeço, no lugar dos Valinhos, e outra junto ao poço do quintal de sua casa, chamado o Poço do Arneiro, no lugar de Aljustrel, em Fátima, convidando-os à oração e penitência, e afirmando ser o "Anjo da Paz, o Anjo de Portugal".[3]
Este anjo terá ensinado aos pastorinhos de Fátima duas orações, conhecidas por Orações do Anjo, as quais entraram na piedade popular e são utilizadas sobretudo na adoração eucarística.
Há várias suas representações, nomeadamente as imagens do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra; da charola do Convento de Cristo de Tomar; a pintura da Igreja da Misericórdia de Évora; a iluminura do Livro de Horas de Dom Manuel.[4] e a que está no Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra, atribuída a Diogo Pires, o Moço[5]
Há igualmente quem defenda que é a figura central do Painel do Infante e do Painel do Arcebispo, que fazem parte dos Painéis de São Vicente de Fora, que estão no Museu Nacional de Arte Antiga, obra que se julga do pintor português Nuno Gonçalves entre 14701480.

Ver também[editar | editar código-fonte]

ANTÓNIO FONSECA

DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS - 10 DE JUNHO DE 2018

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Dia de Portugal
Flag of Portugal.svg

Bandeira de Portugal
Nome oficialDia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas
Seguido porPortugalLusofoniaOlivençaExtremadura e Galiza
Tipohistórico-religioso
Data10 de Junho
ObservaçõesAssinala a morte de Luís de Camões e o dia do Anjo Custódio de Portugal
Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas celebra a data de 10 de Junho de 1580, data da morte de Camões, sendo também este o dia dedicado ao Anjo Custódio de Portugal. Este é também o dia da Língua Portuguesa, do cidadão nacional e das Forças Armadas.
Durante o Estado Novo, de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, era celebrado como o Dia da Raça: a raça portuguesa ou as portuguesas e portugueses.

Origens[editar | editar código-fonte]

Na sequência dos trabalhos legislativos após a Proclamação da República Portuguesa de 5 de Outubro de 1910, foi publicado um decreto em 12 de Outubro estipulando os feriados nacionais. Alguns feriados foram eliminados, particularmente os religiosos, de modo a diminuir a influência social da igreja católica[1] e laicizar o Estado.
Neste decreto ficaram consignados os feriados de 1 de JaneiroDia da Fraternidade Universal31 de Janeiro, que evocava a revolução falhada no Porto, e portanto foi consagrado aos mártires da República; 5 de OutubroDia dos heróis da República1 de Dezembro, o Dia da Autonomia (Restauração da Independência) e o Dia da Bandeira; e 25 de Dezembro, que passou a ser considerado o Dia da Família, laicizando a festa religiosa do Natal.[1][2]
O decreto de 12 de Junho dava ainda a possibilidade de os concelhos escolherem um dia do ano que representasse as suas festas tradicionais e municipais.
Com a entrada em vigor da Constituição de 1933, todas estas leis ficaram sem efeito.

Dia de Camões[editar | editar código-fonte]


Monumento a Luís de Camões em Lisboa
Luís de Camões representava o génio da pátria na sua dimensão mais esplendorosa, significado que os republicanos atribuíam ao 10 de Junho, apesar de nos primeiros anos da república ser um feriado exclusivamente municipal. Com o 10 de Junho, os republicanos de Lisboa tentaram invocar a glória das comemorações camonianas de 1880, uma das primeiras manifestações das massas republicanas em plena monarquia.

Dia da Raça e Dia das Comunidades[editar | editar código-fonte]

O 10 de Junho começou a ser particularmente exaltado com o Estado Novo, o regime instituído em Portugal em 1933 sob a direcção de António de Oliveira Salazar. Foi a partir desta época que o dia de Camões passou a ser festejado a nível nacional. A generalização dessas comemorações deveu-se bastante à cobertura dos meios de comunicação social.[1]
Durante o Estado Novo, o 10 de Junho continuou sendo o Dia de Camões. O regime apropriou-se de determinados heróis da república, não no sentido laico que os republicanos pretendiam, mas num sentido nacionalista e de comemoração colectiva histórica e propagandística.[1]
Até ao 25 de Abril de 1974, o 10 de Junho era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça, este último epíteto criado por Salazar na inauguração do Estádio Nacional do Jamor em 1944. A partir de 1963, o 10 de Junho tornou-se numa homenagem às Forças Armadas Portuguesas, numa exaltação da guerra e do poder colonial.[1] Com uma filosofia diferente, a Terceira Repúblicaconverteu-o no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em 1978. Desde o ano 2013 a comunidade autónoma da Extremadura espanhola festeja também este dia.

Dia do Santo Anjo da Guarda de Portugal[editar | editar código-fonte]


Monumento ao Anjo da Paz, ou Anjo de Portugal, em Fátima.
A pedido do rei D. Manuel I de Portugal, o Papa Júlio II instituiu em 1504 a festa do «Anjo Custódio do Reino» cujo culto já seria antigo em Portugal. O pedido terá sido feito ao papa Leão X e este autorizou a sua realização no terceiro Domingo de Julho.[3] A sua devoção quase desapareceu depois do séc. XVII, mas seria restaurada mais tarde, em 1952, quando mandada inserir no Calendário Litúrgico português pelo Papa Pio XII, para comemorar o Dia de Portugal no 10 de Junho.[4]
Terá surgido pela primeira vez na Batalha de Ourique, e a sua devoção deu uma tal vitória às forças de D. Afonso Henriques sobre os invasores muçulmanos que lhe deu a oportunidade de autoproclamar-se rei de Portugal.
Nas suas Memórias, a Irmã Lúcia contou ainda que, entre abril e outubro de 1916, nas aparições de Fátima, teria já aparecido um anjo aos três pastorinhos, por três vezes, duas na Loca do Cabeço, no lugar dos Valinhos, e outra junto ao poço do quintal de sua casa, chamado o Poço do Arneiro, no lugar de Aljustrel, em Fátima, convidando-os à oração e penitência, e afirmando ser o "Anjo da Paz, o Anjo de Portugal".[5]

Comemorações[editar | editar código-fonte]

Em Portugal[editar | editar código-fonte]

As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas são celebradas por todo o país, mas só as Comemorações Oficiais são presididas pelo Presidente da República e muitas outras grandes individualidades como o Presidente da Assembleia da República, o Primeiro-ministro, os Ministros, os Embaixadores e outras personalidades. As comemorações envolvem diversas cerimónias militares, exposições, concertos, cortejos e desfiles, além de uma cerimónia de condecorações feita pelo Presidente da República.
Desde 1977 dezenas de cidades já receberam as comemorações, oito delas não são capitais de distrito. Todos os anos, o Presidente da República Portuguesa elege uma cidade para ser sede das comemorações oficiais. Em 2016, as comemorações oficiais decorreram pela primeira vez em duas cidades ao mesmo tempo: Lisboa e Paris, naquela que foi a primeira eleição da cidade-anfitriã por Marcelo Rebelo de Sousa enquanto Presidente da República. Foi também a primeira vez que as comemorações oficiais aconteceram numa cidade fora do país. Abaixo, a lista de todas as cidades que já receberam as comemorações oficiais, ou que vão receber:

Em outros países[editar | editar código-fonte]

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, é comemorado um pouco por todo o mundo. Sendo Portugal um país que já foi dono de colónias nos 5 continentes, este dia é então comemorado pelos milhões de luso-descendentes espalhados pelo mundo e também pelos cerca de 5 milhões de emigrantes portugueses que vivem fora de Portugal.

Canadá[editar | editar código-fonte]

Em Toronto, Ontário, mais de 200.000 luso-canadianos celebram mantendo uma infinidade de eventos em torno da data de 10 de Junho. A semana de festival culmina com a Parada do Dia de Portugal na Dundas Street, na área conhecida como Little Portugal (Toronto). O desfile termina perto Trinity Bellwoods Park, onde shows, eventos culturais e várias outras actividades acontecem. The Parade Day Portugal é o terceiro maior festival de rua de Toronto e celebrado pela primeira vez em 1966[15]

Reino Unido[editar | editar código-fonte]

Em Londres, Inglaterra, luso-britânicos comemoram o feriado anualmente, como parte do Dia de Portugal, Reino Unido eventos. Em 2009, as festividades foram realizadas em 21 de Junho, em Streatham Common Park, Londres. Em 2010 e 2011, as festividades foram celebradas em 13 de Junho e 12 de Junho, respectivamente, em Kennington Park, no sudeste de Londres, na área conhecida como Little Portugal (Londres).
A observância de 2012 foi realizada no dia 10 de Junho, em Kennington Park. Os funcionários e atletas que representam Portugal nos Jogos Olímpicos de Verão de 2012 foram baseadas em Little Portugal perto de Kennington Park, e participaram no Portugal Day 2012, em Kennington Park.[16]
Em 2013 o evento foi realizado no domingo, 9 de Junho, 2013 em Kennington Park, como em anos anteriores.[17]
Em 2015 o evento foi realizado no domingo, 14 de Junho, em Streatham Common Park, Londres.[18]

Espanha[editar | editar código-fonte]

Na comunidade autónoma da Estremadura, principalmente nas cidades de Badajoz e Olivença, é também comemorado o Dia de Portugal com diversas cerimónias, atividades e concertos musicais que juntam milhares de pessoas, entre emigrantes portugueses, luso-espanhóis e simpatizantes de Portugal. Esta é uma região que tem desde há muitos séculos grandes relações com Portugal, principalmente com a região vizinha do Alentejo, na qual está inserida a Eurocidade Elvas-Badajoz[19]

Brasil[editar | editar código-fonte]

O Dia de Portugal é comemorado em diversas cidades do Brasil como Rio de Janeiro e São Paulo. Sendo este um país que já foi uma colónia de Portugal, onde vivem muitos milhões de luso-descendentes e hoje em dia muitos milhares de portugueses, o Dia de Portugal é comemorado por todo o território do Brasil. Em 2017, as comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, vão decorrer em Portugal na cidade do Porto e nas cidades brasileiras do Rio de Janeiro e de São Paulo, conforme anunciou o Presidente da República. Depois de Paris em 2016, esta será a segunda vez que as comemorações oficiais decorrem em 2 ou mais cidades diferentes, sendo uma delas fora de Portugal.[20]


ANTÓNIO FONSECA

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue