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Nota: Se procura por Redondo (forma geométrica), veja
Círculo.
Sede de concelho, situada a 35 km de distância da capital de província,
Évora. A zona que hoje compreende foi habitada desde os tempos mais remotos, como o comprovam os monumentos megalíticos existentes na região.
A criação do município de Redondo por
D. Dinis em
1318insere-se no contexto da guerra civil que então tinha lugar entre o monarca e o seu herdeiro D. Afonso, futuro
Afonso IV. Como os municípios alinhavam maioritariamente pelo Infante contra o Rei, este desmembra dois grandes concelhos da região, Evoramonte e Monsaraz, e com uma parte de um e outra de outro, cria, ex-nihilo, o nóvel Concelho de Redondo.
[7]
A elevação de terreno onde se situa o Castelo e onde começou o povoado, teria efetivamente um maciço rochoso, o renomado "penedo redondo", tão proeminente que o mesmo constituía na paisagem a delimitação territorial entre aqueles outros dois Concelhos atrás referidos. Dessa forma aparece referida aquela eminência rochosa na Carta de Foral de Monsaraz de
1276, dada por
D. Afonso III[8]. Se tivesse havido algum Foral anterior ao de D. Dinis, o qual alterasse aquele, teria o primeiro que ser referido no segundo, o que não acontece de todo. O silêncio documental afirma a condição primeira e inicial do Foral dionisino.
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A carta de Foral de D. Dinis ordena ainda a quem venha ocupar a nova povoação que lhe construa castelo, tomando como exemplo o primitivo Castelo do Alandroal
[9].
O Foral de D. Dinis foi reformado, na
Leitura Nova, por novo Foral, concedido por D. Manuel I em 20 de outubro de
1516[10].
Património da Coroa, foi a vila de Redondo doada, com todas as suas jurisdições, em
1465 pelo rei
D. Afonso V a
D. João de Bragança,
Marquês de Montemor, que foi Senhor de Redondo até 1483
[11], quando em virtude da conspiração encabeçada pelo
3º Duque de Bragança, D. Fernando II, irmão do Marquês, o Senhorio de Redondo retornou à Coroa, aliás como todos os bens de todos os membros da Casa de Bragança, que foi extinta pelo rei D. João II.
Vasco Coutinho, por ter informado D. João II daquela conspiração, foi feito
Conde de Borba. Já no reinado de
D. Manuel I, e com a restauração da Casa de Bragança, de que Borba fazia parte, em
1500 D. Manuel I trocou a D. Vasco Coutinho, já então
Capitão-Mor de Arzila, o senhorio de Borba pelo de Redondo, mantendo a sua condição condal.
No início do século XV, a vila de Redondo, em virtude das guerras com Castela, das epidemias de peste, e das principais vias, a chamada Estrada Real, não passarem diretamente na povoação, encontrava-se praticamente despovoada. Uma tentativa para alterar aquela situação ficou a dever-se a Catarina Pires Folgada, que em 1408 fundou uma albergaria
[12], procurando atrair mercadores que pudessem estar e pernoitar em Redondo. No entanto, só a pedido dos procuradores da vila, nas Cortes de Santarém de 1418
D. João I, tornou desde então Redondo ponto obrigatório para viajantes de
Évora,
Vila Viçosa e
Alandroal, em ambos os sentidos
[13].
As expansão da vila deu-se a partir de 1463 uma vez que a cerca do castelo estava completamente povoada, foi decidida, por alvará régio, que a zona do arrabalde fosse habitada, ficando os moradores desta zona com os mesmos privilégios e liberdades que os moradores da cerca do castelo.
O concelho de Redondo, actualmente dividido em duas freguesias – Redondo e
Montoito – abrange uma área de 371,44 km², deles fazem parte um conjunto de populações com dimensões significativas, entre as quais: Aldeias de Montoito, Falcoeiras, Santa Susana, Aldeia da Serra, Foros da Fonte Seca, Freixo e Vinhas.
O Feriado Municipal é a segunda-feira após o domingo de Páscoa.