A TODA A CLASSE BANCÁRIA,
PRINCIPALMENTE PARA OS SÓCIOS DO
SBN - SINDICATO DO SECTOR FINANCEIRO DE PORTUGAL
e aos
Beneficiários dos
SAMS-NORTE ou SAMS-SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL-NORTE
Hoje, inicia-se o 46 º Ano de actividade plena dos
SAMS - SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL dos Bancários,
ou SAMS- NORTE
Eis a história da sua fundação.
O Sindicato dos Bancários do Norte antecessor do actual SBN - SINDICATO DO SECTOR FINANCEIRO DE PORTUGAL fundou nos anos cinquenta (e oito), (salvo erro),- antes de eu ser admitido - nas suas instalações, na Rua Cândido dos Reis, um Posto de Serviços Clínicos com várias Especialidades Médicas e Serviços de Enfermagem, completados com acesso a meios auxiliares de diagnóstico (análises, raios X, etc.) e a médicos contratados exteriormente, hospitais e clínicas variadas e, ainda a um pequeno leque de comparticipações em despesas deste teor. Tudo isso era suportado apenas pela Classe Bancária.
Os outros Sindicatos nomeadamente o SBC - Sindicato dos Bancários do Centro e SBSI Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas possuíam idênticos serviços.
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Portanto em Setembro de 1975 existia já um Serviço de Saúde estabelecido entre a Classe bancária, que pedia meças a quase todos os Serviços existentes em outras áreas de actividade. No Porto, por exemplo havia já um quadro de Médicos Especialistas que estava repleto de profissionais muito competentes e dos melhores que existiam. O Sindicato possuía também já um quadro de trabalhadores dedicados exclusivamente ao Sector Clínico com uma Chefia e funcionários nas Marcações, Comparticipações, etc., embora todos estivessem sob a orientação directa da Direcção.
Aliás isso sucedia com várias classes de trabalhadores que também já possuíam serviços clínicos particulares, embora com menos evidência daqueles que os Bancários possuíam.
Sucedeu o 25 de Abril e então a Classe Bancária, recrudesceu de actividade no sentido de alcançar uns Serviços de Saúde a sério. Conseguiu que no seu CCTV Contrato Colectivo de Trabalho fosse incluída uma Cláusula em que ficasse devidamente expressa essa necessidade.
Assim no CCTV ou ACTV assinado pelos Sindicatos da Classe (SBN, SBC e SBSI) e a Associação Portuguesa de Bancos (APB) em vigor em 1975, fosse incluída essa Cláusula.
Realmente conseguiram-no fazer, mas...
Mas, sucede que a meio do ano (Julho) normalmente, era habitual começarem a ser discutidas as alterações do ACTV para se irem estudando até ao fim de cada ano, para entrarem em vigor no seguinte, e de facto, assim sucedeu em relação a assuntos exclusivamente de interesse monetário, como aumentos de vencimento, de subsídios, carreira profissional, etc.,
Porém, estranhamente no que respeita ao problema fulcral "a Assistência Médica", nenhum Organismo Sindical - SBN - SBC e SBSI - se debruçou sobre o assunto.
Ou seja, por simples acaso, aconteceu que, pelo facto do Chefe dos Serviços Clínicos do SBN, se encontrar com baixa médica por doença. eu, por força das circunstâncias e, como Segundo funcionário mais antigo do Sector Clínico fui chamado a exercer aquelas funções nos Serviços Clínicos, sendo directamente responsável por esse Sector, perante a Direcção para tratar de todos os assuntos inerentes.
Por conseguinte e de moto-próprio, comecei a ler com mais atenção o ACTV em vigor, e, em 13 de Setembro (e depois de falar com o Director destacado para orientar os Serviços), constatei que nem a Direcção do SBN nem as dos outros Sindicatos estavam a tratar do problema dos Serviços Clínicos. Assim depois de contactos telefónicos estabelecidos com os Chefes dos Serviços respectivos, foi combinado que as Direcções se deviam reunir com urgência em Coimbra, no Porto e em Lisboa, em Outubro (15), Novembro (25) e Dezembro (13) para que os Serviços começassem a funcionar em Janeiro de 1976.
Na reunião efectuada em Lisboa, a 13 de Dezembro, eu próprio, propus o nome da nova Instituição, - SAMS-SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL - que foi aprovado por unanimidade.
E o resto é história, que já contei aqui por várias vezes.
Os SAMS tornaram-se uma referência nacional e esta Instituição deu azo a que melhor se desenvolvesse o Serviço Nacional de Saúde em Portugal e entrasse em vigor em meados de 1979.
Dou no entanto o maior ênfase ao meu (e nosso) SAMS-NORTE que iniciou a sua actividade em pleno em Janeiro de 1976,
Isto, porque os SAMS-CENTRO e SAMS-SUL E ILHAS só completam os 46 anos em Fevereiro próximo.
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- No que se refere aos SAMS/QUADROS não me refiro a eles porque nada tenho a ver com ele. Aliás, poderia dizer a este respeito, que alguém RESPONSÁVEL do SQTB (na altura, em formação), (quem(?) não interessa - pois já faleceu) me contactou, para organizar e dirigir, os próprios SAMS/QUADROS na altura em que foi constituído.
- Porém como eu tinha um contrato de trabalho assinado por pessoas responsáveis, em vigor desde 4 de Março de 1962, resolvi de imediato, não aceitar porque essa aceitação iria contra os meus princípios de fidelidade a uma Classe Bancária que confiou plenamente em mim durante os 14 anos que haviam decorrido até aí.
- Repito, não aceitei porque considerei que seria uma traição ao SBN e aos SAMS-NORTE.
Tenho dito.
ANTÓNIO FONSECA
Funcionário do SBN-NORTE de 4 de Março de 1962 a 4 de Março de 2002
Funcionário cofundador dos SAMS-NORTE e funcionário do mesmo,
de 13 de Setembro de 1975 a 4 de Março de 2002
AF. - 1 de Janeiro de 2022