Enquanto dormia A festa foi vermelha, só não acabou bem. Os adeptos do Benfica foram celebrar o primeiro bicampeonato dos últimos 30 anos para o Marquês,
festejos que acabaram com garrafas a voarem e uma intervenção policial.
Em campo, ao final da tarde,
não foi sequer preciso um golo para trazer o título para Lisboa - o empate do Porto em Belém chegou para dar o título ambicionado.
A época dos encarnados dá uma bela fotoreportagem para a história, assim como
um vídeo animado para guardar e partilhar.
O mérito do bi,
aquele de que já quase só Diamantino se lembrava, vai quase todo para
Jorge Jesus, o homem das
1001 gafes divertidas,
o homem a quem Mário corta o cabelo de 1001 maneiras diferentes - e com quem o Diogo Pombo trocou uns segredos. Jesus ficará para tentar o terceiro? Nesta fase só sabemos a opinião de Marcelo (aquele que dizia que nem que Jesus descesse à Terra):
"Jesus é fundamental para o Benfica, o Benfica é fundamental para Jesus".
Em tempo de fim de época,
o Benfica não foi o único clube a festejar um título:
houve outros portugueses pela Europa a pegar no caneco, com honra e alegria. E nem só no futebol os portugueses festejaram -
ora veja quem ganhou a Taça do Mundo de Canoagem.
Na Grécia, o tempo não é de festa, mas de apreensão: uma notícia da Bloomberg diz que
alguns bancos podem estar a escassas semanas de falir, tendo já usado boa parte dos colaterais dados pelo BCE. No plano político,
Alexis Tsipras parece estar com francas dificuldades em cumprir os compromissos de tesouraria. Segundo o FT,
as cartas que enviou na semana passada à troika diziam simplesmente "não conseguimos pagar".
Nas últimas horas,
há mais notícias a registar:
o avanço do Estado Islâmico na importante cidade de Ramadi;
a ajuda de que o Nepal precisa (dois mil milhões de euros); e
a primeira canonização de mulheres palestinianas, pelo Papa Francisco.
Informação importanteA Azul poderá comprar a TAP? A dúvida é do próprio Governo, que pediu
uma avaliação externa para ter a certeza de que a proposta da companhia brasileira contorna a limitação de compra a empresas não europeias, conta o Público esta manhã. O Executivo conta ter respostas nos próximos dias, para começar a tomar decisões
já no dia 28 de maio.
Vale a pena lembrar que o Governo recebeu
três propostas pela TAP, sendo que
nenhuma delas tira o grupo da situação de falência técnica, fiando-nos nos dados do Expresso de sábado.
Com relação indireta, anote esta
proposta dos taxistas: querem uma
tarifa fixa de 20 euros para todos os que saírem do aeroporto de Lisboa, para todas as distâncias até aos 14 quilómetros. A ANA ganha um euro por viagem e a Câmara já terá dado o seu acordo.
No dia em que
começam os exames nacionais do 4º e 6º ano, a Marlene Carriço foi saber como correram as aulas extra que permitiram dar toda a matéria aos alunos que não tiveram professor no início do ano. Com os exames à porta,
os docentes falam em cansaço e não conseguem antecipar resultados do esforço.
Falando em Educação, o DN faz hoje manchete com as
milhares de candidaturas que estão a entupir o acesso a creches sociais, com casos em que o
número de candidatos é oito vezes superior ao das vagas existentes.
Do JN vem uma polémica: o Conselho de Escolas e duas associações de diretores contestam os
projetos-piloto de descentralização de competências, que arrancarão em setembro, não só
por não terem sido ouvidos, como também pela admissão de concessão de alguns serviços escolares a que abre portas.
Pela positiva, anote-se
o bom registo da Católica Lisbon School, uma vez mais
entre as 50 melhores do mundo na formação de executivos.
Na política, registo obrigatório para a
entrevista de Aguiar-Branco ao Económico, onde defende que
os acordos de incidência parlamentar são a saída para a estabilidade pós-legislativas.
Este sábado, foi assinado o acordo de coligação, com
Passos e Portas juntos a agitar o fantasma (político) de José Sócrates - e
Costa a responder com o fantasma da troika, que saiu há um ano (mas que o socialista diz que só sai nas legislativas).
No Económico, recorda-se um documento aprovado precisamente há um ano pelo Governo, pondo todas as cartas no crescimento. Relatório e contas:
só metade das medidas lá previstas foram até agora aprovadas.
Pelo caminho, um sinal (dado pela UTAO):
a dívida pública desceu no primeiro trimestre.
Os nossos especiaisPorque o resgate já passou há um ano, o Nuno Martins assinalou os seus
trinta e sete longos meses no calendário, percorrendo a história mais sofrida dos últimos anos do país. Num notável acesso de paciência, deixou-nos também
um documento histórico: os 75 documentos da troika, numa só notícia - incluindo o pouco conhecido contrato assinado por Portugal com as três instituições.
30 anos de Cavaco Silva: assim foi o congresso da Figueira da Foz. Jornais antigos onde se descobrem detalhes inesperados, conversas cruzadas (com Marcelo e João Salgueiro) onde as histórias não se cruzam bem.
A Liliana Valente foi redescobrir o congresso que elegeu Cavaco Silva para 30 anos de política ativa e viu todo um PSD que não é só o do Citroen BX.
O que aconteceu às companhias de bandeira que foram privatizadas. A Ana Suspiro traçou a rota das companhias de bandeira privatizadas na UE e descobriu um rasto de reestruturações e despedimentos. Mas
ter o capital nas mãos do Estado não é garantia de que o destino será diferente - longe disso.
As vozes portuguesas no Youtube. "Peperan", "Sake" e Tiago Braga: "Youtubers" para intervir, divertir ou cantar. Melhor, para exprimirem, em vídeo, no computador, iPad ou smartphone.
As vozes do "novo media" vieram para ficar? A pergunta, as conversas, retratos e conclusões vêm da Ana Pimentel.
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