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segunda-feira, 2 de julho de 2018

HERMANN HESSE - 2 DE JULHO DE 2018

Hermann Hesse

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Hermann Hesse
Hermann Hesse, em 1927
Nome completoHermann Karl Hesse
Nascimento2 de julho de 1877
Calw
Morte9 de agosto de 1962 (85 anos)
Montagnola
NacionalidadeAlemão
CidadaniaSuíço
Cônjuge
  • Maria Bernoulli (1904-1923, 3 filhos)
  • Ruth Wenger (1924)
  • Ninon Dolbin (1927)
Influências
PrêmiosNobel prize medal.svg Nobel de Literatura (1946)
Magnum opusO Lobo da Estepe
Assinatura
Hesse Signature.svg
Herman Karl Hesse (Calw2 de julho de 1877 — Montagnola9 de agosto de 1962) foi um escritor e pintor alemão, que em 1923 se naturalizou suíço. Em 1946 recebeu o Prêmio Goethe e, passados alguns meses, o Nobel de Literatura "por seus escritos inspirados que, enquanto crescem em audácia e penetração, exemplificam os ideais humanitários clássicos e as altas qualidades de estilo".[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Museu Hermann Hesse, Gaienhofen
Nascido no seio de uma família muito religiosa, filho de pais missionários protestantes (pietistas, como é típico da Suábia) que pregaram o cristianismo na Índia. Estudou no seminário de Maulbron, mas não seguiu a carreira de pastor como era a vontade de seus pais. Tendo recusado a religião, ainda adolescente, rompeu com a família e emigrou para a Suíça em 1912, trabalhando como livreiro e operário. Acumula, então, uma sólida cultura autodidata e resolve dedicar-se à literatura.
Travou contacto com a espiritualidade oriental a partir de uma viagem à Índia em 1911e com a psicologia analítica por meio de um discípulo de Carl Gustav Jung, em decorrência de uma crise emocional causada pela eclosão da Primeira Guerra Mundial. Estas duas influências seriam decisivas no posterior desenvolvimento da sua obra.
Em 1946 recebeu o Prêmio Goethe e, passados alguns meses, o Nobel de Literatura"por seus escritos inspirados que, enquanto crescem em audácia e penetração, exemplificam os ideais humanitários clássicos e as altas qualidades de estilo".[1]
Faleceu em 09 de Agosto de 1962 e foi sepultado no cemitério de San Abbondio em Montagnola, perto de Lugano, onde Hugo Ball também foi enterrado.

Principais temas[editar | editar código-fonte]

Em sua época, Hesse foi um autor popular e influente no mundo de língua alemã. A fama mundial só veio mais tarde. O primeiro grande romance de Hesse, Peter Camenzind, foi recebido com entusiasmo por jovens alemães que desejavam um modo de vida diferente e mais "natural" numa época de grande progresso econômico e tecnológico no país. Demianteve uma influência forte e duradoura sobre a geração que voltou da Primeira Guerra Mundial para casa. Similarmente, O Jogo das Contas de Vidro, com seu disciplinado mundo intelectual de Castalia e os poderes de mediação e humanidade, cativou os alemães que ansiavam por uma nova ordem em meio ao caos de uma nação dilacerada após a derrota na Segunda Guerra Mundial.
Na década de 1950, a popularidade de Hesse começou a diminuir, enquanto críticos e intelectuais da literatura voltavam sua atenção para outros temas. Em 1955, as vendas de livros de Hesse por sua editora Suhrkamp atingiram o ponto mais baixo de todos os tempos.
Na época da morte de Hesse, em 1962, suas obras ainda eram relativamente pouco lidas nos Estados Unidos, apesar de seu status como laureado com o Prêmio Nobel. A situação mudou em meados da década de 1960, quando as obras de Hesse subitamente se tornaram best-sellers nos Estados Unidos. O renascimento da popularidade das obras de Hesse tem sido atribuído à sua associação com alguns dos temas populares do movimento da contracultura de 1960. Em particular, o tema da busca da iluminação de SidartaViagem ao OrienteNarciso e Goldmund ressoou entre aqueles que defendiam os ideais da contracultura. As sequências de "teatro mágico" em O Lobo da Estepe foram interpretadas por alguns como alucinações induzidas por drogas, embora não haja evidências de que Hesse tenha tomado drogas psicodélicas ou recomendado seu uso. Em grande parte, o sucesso de Hesse nos Estados Unidos pode ser atribuído aos textos entusiasmados de duas influentes figuras da contracultura: Colin Wilson e Timothy Leary. Dos Estados Unidos, o renascimento de Hesse se espalhou para outras partes do mundo, inclusive o Brasil, e até mesmo de volta à Alemanha: mais de 800.000 cópias foram vendidas no mundo de língua alemã em 1972-1973. Em apenas alguns anos, Hesse tornou-se o autor europeu mais lido e traduzido do século XX. Hesse foi especialmente popular entre leitores jovens, uma tendência que continua até hoje.[2]
O jogo das contas de vidro foi o último romance de Hesse. Durante os últimos vinte anos de sua vida, Hesse escreveu muitos contos (principalmente lembranças de sua infância) e poemas (frequentemente tendo a natureza como tema). Hesse escreveu também ensaios irônicos sobre sua alienação de escrever (por exemplo, as autobiografias simuladas: História da vida resumidamente dita e Aus den Briefwechsel eines Dichters) e passou muito tempo desenvolvendo o seu interesse por aquarelas, cujas reproduções enviava em postais aos amigos.
Hesse também se ocupou com o fluxo constante de cartas que recebeu como resultado do Prêmio Nobel, e com uma nova geração de leitores alemães que se reviam no seu trabalho. Num ensaio, Hesse reflete ironicamente sobre sua falha ao longo da vida para adquirir um talento para a ociosidade, especulando-se que sua correspondência média diária foi superior a 150 páginas.

Receção no Brasil e em Portugal[editar | editar código-fonte]

Hermann Hesse foi pela primeira vez traduzido em língua portuguesa no Brasil: O lobo da estepe (Der Steppenwolf), em 1935, por Augusto de Souza, São Paulo: Cultura brasileira; nas décadas de 60 e 70 tornou-se um dos autores estrangeiros mais lidos no Brasil;[3]; em Portugal a primeira tradução é Ele e o Outro (Klein und Wagner), por Manuela de Sousa Marques, em 1952; Lisboa: Guimarães editores.[4]

Recolha através da WIKIPÉDIA  -  


ANTÓNIO FONSECA

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