quarta-feira, 11 de novembro de 2020

CHACINA DA GRANDE MESSEJANA - FORTALEZA - BRASIL - (2015) - 11 DE NOVEMBRO DE 2020

 

Chacina da Grande Messejana

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chacina na região da Grande Messejana, na cidade de FortalezaCeará, foi uma série de homicídios ocorridos na madrugada do dia 11 a 12 de novembro de 2015. No total, onze pessoas foram assassinadas e sete ficaram feridas. Os crimes ocorreram em um período de tempo inferior a seis horas. A região envolve os bairros Messejana, Curió, São Miguel e Lagoa Redonda, localizados na Área Integrada de Segurança 4 (AIS 4). Esta série de crimes foi considerada a maior chacina da história de Fortaleza.[1][2]

Todas as vítimas assassinadas eram do sexo masculino, além de que nove dos onze indivíduos mortos tinham entre 16 e 19 anos.[2]

A polícia estabeleceu três linhas de investigação para averiguar a série de crimes. A primeira seria uma possível retaliação pela morte do policial militar Valterberg Chaves Serpa, de 32 anos, morto na noite de 11 de novembro, horas antes do início da chacina, quando reagiu a um assalto ao tentar defender a esposa, na Grande Messejana. Além dessa possibilidade, haveria também mais duas represálias: uma relacionada à morte de um traficante da região, e outra interliga à prisão de um outro traficante da Grande Messejana.[3][2]

Três das onze pessoas assassinadas tinham passagem pela polícia. No entanto, os delitos eram leves e incluíam ameaça, crime de trânsito e pensão alimentícia.[2]

Na tarde do dia 18 de novembro, no Conjunto Curió, centenas de pessoas realizaram uma manifestação em homenagem às vítimas e pedindo a diminuição da violência.[2]

Motivações

O Ministério Público do Ceará (MPCE) indicou que os policiais militares acusados de envolvimento na Chacina da Messejana, em novembro de 2015, agiram por vingança e assassinaram friamente as 11 vítimas. Conforme o órgão, os PMs se reuniram naquela noite "com sentimento de vingança e de justiça" pela morte do policial Valtermberg Chaves Serpa, que foi morto durante uma tentativa de assalto no Bairro Lagoa Redonda.

Após investigação realizada pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da Controladoria Geral de Disciplina (CGD), o MPCE ingressou com denúncia contra 45 policiais, sendo dois oficiais e 43 praças. A justiça aceitou a denúncia de 44 agentes, deixando fora um dos oficiais. Os promotores de justiça que investigam o caso anunciaram que vão recorrer da decisão, por ter provas suficientes da omissão do tenente-coronel que exercia o cargo de supervisor de policiamento naquela noite.

Os policiais envolvidos foram denunciados por homicídios duplamente qualificados, tentativas de homicídio e tortura. Eles estão presos desde a quarta-feira (31 de Agosto de 2016), no 5º Batalhão da Polícia Militar, sede do Comando de Policiamento da Capital (CPC), no Centro.

Segundo o procurador-geral de Justiça, Plácido Rios, as provas colhidas apontaram que as pessoas foram assassinadas, em sua maioria, com tiros na cabeça. As vítimas não estavam armadas e não tiveram oportunidades de defesa.

"Algumas vítimas se ajoelharam para não morrer, mas ainda assim não foram poupadas. Foi uma noite tenebrosa, que muito maculou o estado do Ceará, a sociedade, e uma instituição pela qual temos a imensa respeitabilidade, que foi forjada na coragem, na altivez de seus membros, que é a PM do Ceará", detalhou Plácido Rios.[4]

Investigação

A investigação, que seguia em segredo de justiça, apontou que os policiais se reuniram através de comunicações telefônicas entre si, inclusive com uso de aplicativos de mensagens de celulares. O MPCE informou que foram utilizados carros de polícia e veículos descaracterizados, com placas adulteradas, que foram conduzidos por policiais que estavam de serviço, de folga e alguns homens encapuzados.

Durante a investigação, foram ouvidas 240 pessoas, entre policiais, familiares das vítimas e outras testemunhas. O Ministério Público ressaltou, porém, que os 45 policiais denunciados foram identificados através de provas técnicas, como imagens de circuito de segurança, fotossensores, extratos telefônicos, GPS de viaturas, escutas telefônicas e localização de aparelhos celulares via Estação Rádio Base (ERB).

"O relatório de análise das provas técnicas foi muito específico. Cada um dos 45 denunciados tem sua relação de provas, comprovando de participação de forma ativa ou passiva nas mortes. Ou eles estavam participando ou se omitiram de forma deliberadamente das condutas dos policiais, que poderiam impedir, se não por inteiro, pelo menos amenizado", informou.

Os 11 assassinatos ocorreram entre a noite do dia 11 de novembro e a madrugada do dia 12, nos bairros Curió, Alagadiço Novo, Messejana e São Miguel. Além das mortes, outras sete pessoas ficaram feridas.

Em um dos casos de maior violência, homens encapuzados em sete veículos atiraram contra um grupo de jovens que estavam sentados na Rua Lucimar de Oliveira, no bairro Curió, por volta das 0h26, do dia 12. Dois deles morreram no local, outros dois morreram no hospital. Somente uma das vítimas sobreviveu.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Sociail (SSPDS), das vítimas fatais, apenas dois respondiam por crimes de menor gravidade, sendo um por acidente de trânsito e o outro por falta de pagamento de pensão alimentícia. Quatro pessoas entre os mortos são adolescentes com menos 18 anos; outros três têm entre 18 e 19 anos de idade. Um outrO homem tinha 41 anos e foi morto dentro de um comércio.

A primeira audiência do processo sobre o caso foi marcada para o próximo dia 7 de outubro, às 9h, na 1ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Na ocasião, serão ouvidas as sete vítimas sobreviventes no caso.[5]

Envolvidos

A Associação dos Profissionais de Segurança (APS), que representa os policiais que tiveram a prisão decretada, alegou inocência dos servidores da segurança pública investigados. O advogado da associação, Cícero Roberto, afirmou que ainda não adotou medidas judiciais em defesa dos policiais porque ainda não teve acesso ao texto da acusação.

Ainda segundo o advogado, parte dos policiais acusados alega que estava de folga no dia dos crimes, outros defendem que estavam em uma região da cidade afastada do bairro onde ocorreu a chacina, e um terceiro grupo afirma que esteve presente no local dos homicídios, mas não teve participação nos crimes. Os policiais continuarão preso à disposição da justiça.

Veja abaixo o nome e idade dos mortos na chacina.[6]

BairroNomeIdadeData e hora do homicídioAntecedente
CurióAntônio Alisson Inácio Cardoso1712 de novembro, 0h20Crime de trânsito
Jardel Lima dos Santos1712 de novembro, 0h20Nenhum
Álef Sousa Cavalcante1712 de novembro, 1h54
Alagadiço NovoMarcelo da Silva Mendes1712 de novembro, 1h54
Patrício João Pinho Leite1612 de novembro, 1h54
São MiguelJandson Alexandre de Sousa1912 de novembro, 3h33
Francisco Enildo Pereira Chagas4112 de novembro, 3h33
Valmir Ferreira da Conceição3712 de novembro, 3h33Ameaça
MessejanaPedro Alcântara Barroso1812 de novembro, 3h57Pensão alimentícia
Marcelo da Silva Pereira1712 de novembro, 3h57Nenhum
Renayson Girão da Silva1712 de novembro, 3h57
Valtermberg Chaves Serpa--
Fonte: Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social


Situação dos réus

Podem ir a júri popular*

1- Antônio Flauber de Melo Brazil

2- Antônio Carlos Matos Marçal

3- Clênio Silva da Costa

4- Francisco Hélder de Sousa Filho

5- Igor Bethoven Sousa de Oliveira

6- José Oliveira do Nascimento

7- José Wagner Silva de Sousa

8- Maria Bárbara Moreira

9- Kelvin Kessel Bandeira de Paula

10- Samuel Araújo de Aquino

11- Marcílio Costa de Andrade

12- Eliézio Ferreira Maia Júnior,

13- Marcus Vinícius Sousa da Costa,

14- Antônio José de Abreu Vidal Filho

15- Wellington Veras Chagas

16- Ideraldo Amâncio

17- Daniel Campos Menezes

18- Luciano Breno Freitas Martiniano

19- Daniel Fernandes da Silva

20- Farlley Diogo de Oliveira

21- Francisco Fabrício Albuquerque de Sousa

22- Francisco Flávio de Sousa

23- Gaudioso Menezes de Mattos Brito Goes

24- Gerson Vitoriano Carvalho

25- Gildácio Alves da Silva

26- José Haroldo Uchoa Gomes

27- Josiel Silveira Gomes

28- Luís Fernando de Freitas Barroso

29- Renner Diego Marques

30- Ronaldo da Silva Lima

31- Thiago Veríssimo Andrade Batista de Moraes

32- Thiago Aurélio de Souza Augusto

33- Fábio Oliveira dos Santos

34- Francinildo José da Silva Nascimento

*Todos os réus entraram com recurso para reverter a decisão. O processo está parado até julgamento da ação.

Não devem ir a julgamento*

1- Carlos Roberto Mesquita de Oliveira

2- Francisco Fagner de Farias Mesquita

3- Antônio Juciêudo Holanda Lopes

4- Fábio Paulo Sales Gabriel

5- Francisco Girleudo Silveira Ferreira

6- Hugo dos Santos Guedes

7- Valdemir Izaquiel Silva

8- Jean Rodrigues de Melo

9- Ismael Alves Torres

10- Anderson Kesley Ribeiro da Silva

*Os juízes não consideraram que havia provas suficientes contra os dez PMs. O Ministério Público recorreu. O processo está parado até julgamento da ação.

Referências

Ver também

BATALHA DE TARENTO - 1940 - 11 DE NOVEMBRO DE 2020

 Taranto 1940 (2).JPG

Batalha de Tarento

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Batalha de Taranto.
Batalha de Tarento
Segunda Guerra Mundial
Taranto 1940 (2).JPG
A base naval de Tarento após um ataque.
Data11 – 12 de Novembro de 1940
LocalTarentoItália
DesfechoVitória Aliada
  • A marinha italiana é muito debilitada;
Beligerantes
 Reino UnidoReino de Itália Itália
Comandantes
Andrew Cunningham
Lumley Lyster
Inigo Campioni
Forças
21 bombardeiros Fairey Swordfish
porta-aviões
cruzadores pesados
2 cruzadores leves
contratorpedeiros
couraçados
9 cruzadores pesados
7 cruzadores leves
13 contratorpedeiros
Baixas
2 mortos
2 capturados
2 Swordfishs abatidos
59 mortos
600 feridos
1 couraçado perdido
2 couraçados seriamente danificados
1 cruzador pesado levemente danificado
2 contratorpedeiros levemente danificados
2 aeronaves destruídas no solo

Batalha de Tarento ou Taranto foi uma batalha naval que ocorreu na noite de 11 – 12 de Novembro de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial. A Marinha Real Britânica lançou a primeira batalha naval totalmente combatida por aviões da história, voando um pequeno número de aviões de um único porta-aviões no Mediterrâneo e atacando a frota Italiana em Tarento.

Em 1939 as operações italianas no Norte de África, centradas na Líbia, necessitavam de fornecimentos da Itália, enquanto as operações britânicas, centradas no Egipto, tinham mais dificuldade em receber fornecimentos, devido a terem de atravessar todo o Mar Mediterrâneo, e em seguida dos armazéns em Gibraltar. Deixavam assim à frota italiana numa excelente posição para cortar os fornecimentos às forças britânicas. Fato que beneficiava a frota marítima italiana no corte dos suprimentos às tropas inglesas.

Os especialistas de torpedos das marinhas modernas pensavam anteriormente que ataques de torpedo contra navios necessitavam de ser lançados em águas profundas, pelo menos com 30 metros de profundidade. Tarento tinha uma profundidade de apenas 12 metros. Contudo, a Marinha Real Britânica tinha utilizado torpedos modificados, e também os tinha lançado a uma altitude muito baixa, quase rente ao nível da água. Este aspecto do ataque serviu como um fator muito importante para o planejamento do ataque Japonês a Pearl Harbor, de modo que peritos e oficiais japoneses estudaram o ataque intensivamente.

No dia 11 de novembro de 1940, o porta-aviões HMS Illustrious, fazendo uso de biplanos Swordfish realizou um ataque ao porto italiano de Taranto. A Operação Julgamento, como foi denominada, tornou-se o primeiro ataque aéreo lançado de um porta-aviões na história mundial.

Para proteger suas principais armas, a Itália conteve seus navios a salvo no porto, a espreita das operações britânicas no Mediterrâneo.

O Porto de Taranto, dividido em duas seções diferentes, Mare Pícolo e Mare Grande, contava com 6 navios de batalhas italianas, 7 cruzadores pesados e 2 cruzadores leves e 8 destroyers.

Os britânicos, sabendo da possibilidade de ataque a sua linha de abastecimento, planejaram a operação Julgamento, que viria se revelar um ataque surpresa à Base de Taranto. Para tal missão, enviariam o porta-aviões HMS Illustrious a se unir com o porta-aviões HMS Eagle, da frota do Almirante Cunningham. O Illustrious recebeu os aviões do Eagle e partiu para o ataque, escoltado por apenas 2 cruzadores pesados, 2 cruzadores leves e 4 destroyers.

Voos de reconhecimento confirmaram a existência da frota italiana, mas para total certeza, os ingleses remeteram um avião Sunderland na noite de 11 de novembro, pouco antes da frota se posicionar no Mediterrâneo, a 170 milhas do porto – cerca de 300 km -, próxima a ilha de Cefalônia. O voo de reconhecimento mostrou aos italianos que algo iria acontecer, mas como não detinham radares, nada puderam fazer. Porém, um torpedeamento, que era o que pretendiam os britânicos, precisaria de águas profundas, acima de 30 metros, o que complicava a operação, já que o porto de Tarento possuía no máximo 12 metros de profundidade. Mas, a Marinha Britânica usou torpedos modificados e ainda os lançou a baixa altitude – quase na linha da água.

O primeiro grupo de 12 Swordfish armados com torpedos partiu do Illustrious pouco após as 21 horas, seguidos por outro grupo de 9 aeronaves uma hora depois. O primeiro grupo se aproximou do porto às 22h58min e se dividiu em dois agrupamentos, um atacando os navios no porto mais próximo da saída da baía – Mare Grande – e o outro agrupamento voando sobre a cidade para atacar o porto interno da baía – Mare Pícolo. O segundo grupo atacou pelo noroeste sobre a cidade uma hora depois. Durante os ataques, o couraçado Littorio foi acertado por 3 torpedos, enquanto o Conte di Cavour e o Caio Duilio foram acertados por um torpedo cada. Um cruzador em Mare Pícolo ficou danificado por ações de bombas.

Apesar dos sinalizadores jogados pelos aviões para poderem ver os alvos no escuro, fato que melhorou a visibilidade dos artilheiros italianos, apenas dois Swordfish foram derrubados.

A frota italiana ficou quase que toda destruída e no dia seguinte, os navios ilesos foram movidos para um porto ao norte.

Littorio foi reparado em 4 meses e o Caio Duilio em 6 meses, mas o Conte di Cavour necessitou de grandes reparos e não voltou a ativa até a rendição italiana em 1943. A frota italiana ficou sem metade de sua força de combate naquela noite, e seu objetivo de pressionar a frota inglesa apenas em potencial, mantendo seus navios no porto foi um desastre, permitindo a marinha britânica manter todas as operações navais no Mediterrâneo.

Ligações externas

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ARMISTICIO DE COMPIÈGNE - FRANÇA - 11 DE NOVEMBRO DE 2020

 

Armistício de Compiègne

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Nota: Não confundir com Segundo Armistício de Compiègne, assinado em 1940 por representantes da França e da Alemanha Nazista.
Junto ao vagão, após a assinatura do armistício: em primeiro plano, o marechal Ferdinand Foch, ladeado pelos almirantes britânicos Hope e Rosslyn Wemyss.

Armistício de Compiègne,[nota 1] foi um armistício assinado em 11 de novembro de 1918 entre os Aliados e a Alemanha, dentro de um vagão-restaurante na floresta de Compiègne, com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger, o representante alemão.[1][2]

Apesar do armistício ter acabado com as hostilidades na frente ocidental, foi necessário prolongar o armistício três vezes até que as negociações do Tratado de Versalhes fossem concluídas e formalizadas no dia 10 de Janeiro de 1920.

Contexto

As derrotas das Potências Centrais

Ao fim de setembro de 1918, o Supremo Comando Alemão do Império Alemão percebeu que as Potências Centrais não iriam mais ganhar a guerra. Com o Armistício de Tessalônica, assinado no dia 29 de setembro de 1918, a Bulgária saía da guerra, deixando os impérios Austro-Húngaro e Otomano vulneráveis. Os comandantes alemães, então, propuseram ao imperador Guilherme II e ao chanceler Georg von Hertling sobre o caminho que a Alemanha deveria fazer para conseguirem um armistício. Uma preocupação dos generais eram os Quatorze Pontos proclamados pelo presidente americano Woodrow Wilson, visto que a Alemanha controlava a Alsácia-Lorena e partes do território da Polônia, em violação aos pontos 8 e 13 do plano de Wilson. Como Georg von Hertling era contrário a um armistício e acreditava na vitória da Alemanha, ele foi substituído pelo príncipe Maximiliano de Baden no dia 3 de outubro.[3]

O general alemão Erich Ludendorff, do Supremo Comando Alemão, escreveu uma declaração contraditória no dia 24 de outubro. Essa declaração foi censurada por oficial, mas uma cópia da declaração foi compartilhada aos parlamentares em Berlim. Os parlamentares, irritados com a insubordinação de Ludendorff, exigiram do imperador Guilherme II que Ludendorff deixe o comando. No dia 26 de outubro, Erich Ludendorff deixa o comando.[3]

No dia 30 de outubro de 1918, o Império Otomano realiza um acordo de paz com os Aliados com o Armistício de Mudros. No dia 3 de novembro de 1918, a Áustria-Hungria também realiza um armistício com os Aliados, o Armistício de Villa Giusti, após a sua derrota na Batalha de Vittorio Veneto.[3]

Revolução Alemã

Ver artigo principal: Revolução Alemã de 1918-1919

A revolta dos marinheiros da Marinha Imperial Alemã, que começou no porto das cidades de Wilhelmshaven e Kiel, nos dias 29 e 30 de outubro, espalhou-se rapidamente o resto da Alemanha. Em algumas cidades, a revolta incentivou a criação de sovietes de trabalhadores e soldados, inspirados com a Revolução Russa de 1917. No dia 4 de novembro, no estado da Baviera, o rei da Baviera Luís III da Baviera foi forçado a abdicar. O imperador alemão Guilherme II abdicou no dia 9 de novembro.[3] No mesmo dia, duas repúblicas alemãs foram declaradas: a República de Weimar pelo social democrata Friedrich Ebert, e a República Socialista Livre da Alemanha, declarada pelos socialistas Rosa Luxemburg e Karl Liebknecht. O conflito duraria por um ano, com a República de Weimar sucedendo o Império Alemão.[3]

Negociações

Fotografia restaurada do artista francês Maurice Pillard Verneuil

No dia 6 de novembro, uma delegação alemã liderada por Matthias Erzberger parte para a França, encontrando com o marechal francês Ferdinand Foch na manhã do dia 8 de novembro em uma localização secreta, próxima de Compiègne.[3]

A delegação alemã se identificou e fez suas propostas aos representantes da Tríplice Entente. No dia seguinte, uma lista de demandas por parte das nações da Tríplice Entente foi entregue a delegação alemã, e foram dadas 72 horas para aprovar essas demandas.[3]

As demandas dos Aliados incluíam a desmilitarização da Alemanha, o fim das hostilidades na terra, mar, e no ar, a imediata evacuação da BélgicaLuxemburgo e da Alsácia-Lorena, conquistada pela Alemanha durante a Guerra Franco-Prussiana em 1871, a rendição e entrega de vários materiais bélicos, a liberação de todos os prisioneiros de guerra da Tríplice Entente, a continuidade do bloqueio naval contra a Alemanha, a renúncia dos acordos feitos no Tratado de Brest-Litovski e no Tratado de Bucareste, a evacuação de forças alemãs no continente africano, e a ocupação da Renânia.[4]

Impacto

Capa do jornal The New York Times no dia 11 de novembro de 1918.

Rumores de que uma delegação alemã estava em território francês rapidamente se espalharam, com esperanças de que o fim da guerra estava próximo. No dia 7, o jornal americano San Diego Sun declara que a guerra teria terminado, com um erro gramatical na manchete do jornal: "Peace. Fightnig ends", ao invés de, "Peace. Fighting ends".[2]

O Armistício de Compiègne foi anunciado por Ferdinand Foch. Acompanhado pelo primeiro ministro Georges Clemenceau e um representante britânico, Foch declara que: "As hostilidades irão cessar em todo o fronte a partir do dia 11 de Novembro, às 11 horas. Tropas aliadas não irão, até que recebam novas instruções, avançar em território inimigo após esta data".[5]

A paz seria formalizada com o Tratado de Versalhes, assinada no dia 28 de junho de 1919 e ratificada pela Liga das Nações no dia 10 de janeiro de 1920.

Ver também

Notas

  1.  Na sua forma portuguesa, Compienha.

Referências

  1.  «100 Anos da Primeira Guerra Mundial»Estadão. Consultado em 31 de outubro de 2018Cópia arquivada em 31 de outubro de 2018
  2. ↑ Ir para:a b Gilbert, Martin (2017). A Primeira Guerra Mundial. [S.l.]: Casa da Palavra. 832 páginas. ISBN 9788544106037
  3. ↑ Ir para:a b c d e f g Keegan, John (2000). The First World War (em inglês). [S.l.]: Vintage. ISBN 9780375700453
  4.  «Convention» (PDF) (em francês). 11 de novembro de 1918. Consultado em 10 de novembro de 2018
  5.  «Reich Quit Last War Deep in French Forest» (em inglês). Milwaukee: The Milwaukee Journal. 7 de Maio de 1945. p. 10. Consultado em 10 de Setembro de 2010

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