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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

OBSERVADOR - 360º - 20 DE AGOSTO DE 2015

360º - Sócrates falou. Ainda faltava esta ao PS‏


360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia
 
Deflagrou um incêndio na Cidade das Ciências em Paris, um dos maiores museus de ciência da Europa. Esta manhã o fogo continuava bem aceso num dos edifícios do complexo.

Voltaram os protestos contra a polícia nos EUA, agora em St Louis, ali perto de Ferguson, onde tudo começou. A morte de outro jovem negro armado, durante uma ação policial num bairro problemático da cidade, foi o detonador das manifestações.

França e Reino Unido acertaram um acordo para controlar o problema migratório de Calais. O objetivo é reforçar a segurança e o combate ao tráfico de seres humanos - e, pelo caminho, acertar agulhas entre os dois países, que andavam desavindos neste campo.

E vão milhões para Atenas. E mais 3,2 para Frankfurt. O Mecanismo Europeu de Estabilidade confirmou ter luz verde dos ministros das Finanças do euro para entregar a Atenas a primeira tranche do terceiro resgate do país. Melhor dizendo, só metade da primeira tranche, como explica aqui o Nuno Martins.
Esta manhã, o Governo de Tsipras pagou já ao BCE parte da dívida que o banco central comprou ao abrigo do programa criado em em 2010, quando a crise da dívida soberana começou em força.
Informação relevante

Na segunda-feira, foi Maria de Belém a anunciar uma candidatura em cima de uma entrevista de António Costa; ontem, foi José Sócrates quem voltou a falar, no dia em que o líder socialista tentou recentrar a campanha no seu programa.
E o que disse Sócrates agora? Que o prenderam para “condicionar as próximas eleições e impedir a vitória do PS”.

No Largo do Rato, tentava virar-se uma página: Costa apresentou as contas completas do seu programa, dando um passo nunca antes dado em Portugal. Dizem essas contas que as propostas políticas que foram adicionadas ao programa económico (que já conhecíamos) fizeram aumentar os custos e, com isso, diminuir o ritmo de redução do défice. Mais precisamente em 1.400 milhões de euros, contas do Económico. O lado B (de bom) é que o cenário estima que sejam criados 200 mil postos de trabalho em quatro anos - mais 100 mil do que antevê a coligação, também segundo o Económico.
Medida a medida, aqui estão as contas do PS, retirando-se dali que o plano socialista implica carregar na economia e, mais lá para 2017, lançar um plano social mais ambicioso.

Do lado da coligação, ontem não se ouviu palavra. A não ser as que disse Pedro Reis, um dos que colaboraram no programa eleitoral, que diz ao Negócios que o PS quer "insuflar a economia". E que acredita, ao que se lê, que PSD e CDS não têm "de dar provas que têm um modelo bem pensado" - leia-se, que não têm que mostrar as contas.

Contas são as que se fazem também ao Novo Banco: com o Banco de Portugal a dizer que vai negociar até ao fim do mês com a proposta escolhida, a Ana Suspiro contou em 20 milhões de euros os contratos de assessoria pagos pelo banco central, para resolver os problemas decorrentes da crise no GES/ criação do Novo Banco.
Ontem, o Banco de Portugal pediu também mais tempo ao tribunal para preparar a defesa no caso do papel comercial - que tem uma providência cautelar em stand by.

O papel comercial é, de resto, um dos motivos para os vários protestos que vão "perseguir" a coligação até às legislativas. A pressão final está aqui contada pela Catarina Nunes.

Na política, obrigatório sublinhar duas notícias de ontem: a promulgação pelo Presidente da lista de pedófilos (que o PS não vai abandonar, segundo diz o jornal i); e a decisão - importante - de permitir aos homossexuais que deem sangue.

Há entretanto uma portuguesa de parabéns: é Teresa Lago, agora nomeada secretária-geral adjunta da União Astronómica Internacional.

Os nossos Especiais
E que tal marcar já? 7 destinos económicos para as férias de Natal. O descanso de verão pode ainda não ter terminado, mas talvez esta seja a altura certa de pensar nas férias de inverno. O David Almas andou à procura dos destinos com os custos mais baixos de voos, estadia e alimentação, para que possa começar já a pensar no próximo city break.

Quando Jacques Tati esteve em Lisboa. No dia em que estreia o ciclo integral de um dos mais geniais realizadores franceses de sempre, o Eurico de Barros lembrou-se de contar a história da sua visita a Portugal, em Março de 1968, com direito a fotos de jornais da época. Hospedado no Ritz, Tati até deu entrevistas em pijama.

A bula do “viagra” feminino: recomendações e contraindicações. Porque qualquer marco histórico merece um Explicador aqui no Observador (rima e é verdade), a Vera Novais decidiu olhar para o novo comprimido cor-de-rosa à procura dos seus prós e contras. Com a ajuda de vários especialistas na matéria chamada desejo, explica-lhe aqui por que razão convém não alimentar expectativas a mais

Notícias surpreendentes
Vamos de modas? A Joana Emídio Marques identificou ontem as peças que morreram para a moda neste verão. E ainda gritou "Aleluia!", presumindo eu que isso quer dizer que o mau gosto vai mesmo para o sótão.

A Ana Dias Ferreira, por seu lado, achou que era hora de pôr alguma coisa nova no armário e trouxe-lhe o alfa e ómega da moda. É isto.

Pelo caminho do nosso Lifestyle, a Sílvia Silva escreveu uma peça que dava uma tese de doutoramento (se tivesse mais 1000 páginas de letras): Eis como organizar a sua próxima festa em casa. Digam lá se não dá um jeitão.

Caso ainda esteja a planear uns dias fora do país, temos ainda este guia dos melhores destinos para o corpo, alma e mente...
que, aliás, pode tornar-se um pouco mais desafiante se quiser passar por estas 16 cidades-fantasma de todo o mundo, com histórias fascinantes e ambientes... acolhedores.

Acolhedor, sem ironia, e seguramente cheio de histórias fascinantes estará todo o dia o Observador. Pronto para o receber aqui, esteja onde estiver, a que horas quiser.

Resta-me desejar-lhe um dia feliz, cheio de (boas) notícias.
Até já!
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ANTÓNIO FONSECA

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