segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Valerá a pena comentar? Sinceramente acho que não. - 17 DE AGOSTO DE 2015

SBN

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O PAÍS ESTÁ UM CANSAÇO
O País está um cansaço. Para todos os lados onde se vai os autóctones são confrontados com os cortes que foram feitos nas empresas e nos serviços numa austeridade sem limites. Nada funciona, uma vez que as empresas têm de conceder férias com um pessoal já à míngua e acedendo a empresas de trabalho temporário com gente que não sabe nada do assunto. Para cada cidadão torna-se necessário estar alerta para erros nos serviços, nos bancos, na sua vida normal a que já não estava habituado.Um cansaço.
Mas, apesar do cansaço, Portugal está de férias. Férias do emprego, para descansar, férias da política para desopilar e acreditar que ainda existe esperança para um País escravizado, férias das escolas e das crianças que deviam estar a correr na praia e sem problemas, mas têm de ir á escola comer, dos problemas de um mar de gente a quem Agosto não trás férias, mas a correcção de dívidas.
Senhores políticos, Portugal devia estar de férias. Mas não está.
Tivemos que aguentar com a festa do Pontal. Uma festa sazonal, que este ano correu mal. Correu tão mal que, se esperavam que fosse uma avenida aberta para as eleições, foi um beco estreitinho que só teve eco nos média manipulados pelo Governo.
O Pontal teve 3500 pessoas a comer o assado e a ouvir uma data de mentiras já recessas. Um amontoado de gente de dois partidos, com dois líderes a discursar entre libações e fotografias de costas voltadas. 3500 pessoas. Não sei se o Pontal leva mais ou menos, não sei se o número define as presenças. Sei que é muito pouco. A contar com todos os ministros, secretários de estado, nomeados por este governo, autarcas, executivos de empresas de Estado, avençados, jornalistas de serviço, juízes pagos pelas suas decisões, especialistas a sair das universidades, jotinhas, acho um número pequeno. Menos que meio milhão é pequeno .
E depois um Portas desabillé, completamente fora do contexto e a mostrar uma carga psicológica e cansaço e um Passos Coelho envelhecido e sem gravata, numa de proximidade ao País de que tem estado arredio, numa de esquerda sem alma. Pareciam figurantes de uma comédia de bufões de rua.
O Pontal foi uma miséria política que, numa roleta russa, lhe saiu a bala de morte pela revelação de Marques mendes que a Coliçação estava a tratar do aumento do IVA para 24%. Para travar o consumo interno, uma vez que Bruxelas obriga a uma balança equilibrada. Quando o consumo interno tem dado ao país um alento na economia.
Não sou economista. Mas não é preciso ser. Merkel se quis a Alemanha a sair da recessão aumentou o consumo interno. Mas as importações desequilibram a balança. E Bruxelas quer a balança equilibrada. Mas que temos para exportar? Nada.
Votem na Coligação e daqui a dois anos estamos ao nível da Grécia. Foi o caminho deles. Queremos que o nosso seja igual?

Helena Guimarães
  • Gostas disto.
  • António Fonseca
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    Valerá a pena COMENTAR?  Sinceramente acho que não.
     
     
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    ANTÓNIO FONSECA

OBSERVADOR - MACROSCÓPIO - 17 DE AGOSTO DE 2015

Outlook.com - antoniofonseca1940@hotmail.com



Macroscópio – Para o caso de ter estado distraído, aqui fica um pouco das últimas polémicas domésticas‏






Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!




Pronto. Estamos a meio de Agosto, o Macroscópio está de regresso e, se tomarmos por certa a ideia de que é a “Festa do do Pontal
que dá o sinal de partida para a rentreé política, então, a apenas sete
semanas das eleições legislativas, devemos estar preparados para muita
campanha e muita exaltação.



Mas devemos mesmo? A verdade é que, nestas duas semanas de descanso do
Macroscópio a política também parece ter ido de férias e o início de
Agosto foi, para quem tem memória de outros períodos pré-eleitorais, bem
mais tranquilo do que se esperaria. Bem sei que, em Portugal, nos
últimos 20 anos só por três vezes o país votou depois do Verão, no final
da legislatura (em 1995, em 1999 e em 2009), mas a verdade é que nesses
anos as campanhas tiveram Agostos muito diferentes. Em 1995 um Guterres
ao ataque desafiou o PSD no seu terreiro e foi a Faro fazer um comício
no mesmo dia e a apenas algumas centenas de metros de distância da
habitual Festa do Pontal do PSD (que, nessa época, ainda não se tinha
mudado para o Calçadão de Quarteira). Já em 1999, um Guterres em busca
da maioria absoluta (que falhou por um deputado), preferiu um Agosto
anestesiado, e a actualidade ajudou-o: nesse ano discutiram-se os touros
de Barrancos e começou a sofrer-se por Timor. Por fim, em 2009, o
“animal feroz” vinha de uma derrota nas eleições europeias e não deu
tréguas, tendo o mês sido ocupado por casos e casinhos, uns envolvendo
as listas do PSD, outros a Presidência da República, tudo com muita
polémica e exaltação, bem ao estilo do ex-primeiro-ministro. Descanso é
que não houve.



Esta primeira metade de um Agosto pré-eleitoral foi diferente, e o
Macroscópio, que andou em busca de temas fortes e dos textos relevantes
que, neste período, possam ter passado despercebidos aos leitores, dá
conta de alguma frustração. Tivemos, é certo, o nosso entretém estival: o desnorte dos cartazes do PS.
E alguma discussão sobre os mais recentes números do Instituto Nacional
de Estatística. Mesmo assim tudo junto parece pouca coisa numa altura
em que já se está tão perto de uma eleição que, à partida, parece ir ser
disputada taco-a-taco. De resto foi isso mesmo que notou, na
sexta-feira, Bruno Faria Lopes, no Diário Económico, em Uma loooonga e vazia campanha eleitoral: “Não
faltam temas para debate aceso na campanha eleitoral - depois do abalo
dos últimos quatro anos não faltam bandeiras políticas para levar na
mão, não faltam áreas para fazer a diferença. (…) Em vez disto - e
descontando as polémicas vazias típicas desta altura - temos tido o
"discurso da esperança" versus o "discurso do medo", a "mensagem
positiva" versus a "campanha negativa".




Pode ser que agora tudo acelere, pois, como notou domingo David Dinis na segundo entrada de um “bloco notas” que abriu este mês, sobre o andar da campanha, no Observador, “Com o discurso e o cartaz do Pontal, António Costa não vai poder ficar mais tempo de férias.” Recapitulemos, mesmo assim, uma parte do mais relevante que foi sendo escrito nas duas estivais semanas.



Primeiro ponto de paragem: as estatísticas do INE. De uma forma geral,
elas fizeram sorrir o Governo e não agradaram à oposição, que foi ao
ponto de fazer críticas que obrigaram a direcção do Instituto, cuja
independência nunca ninguém pôs em causa, a sair em defesa das suas
metodologias: INE responde aos partidos: “Estatísticas são isentas e fiáveis”.
Recapitulemos então os relatórios de que tanto se falou, remetendo os
leitores para a fonte, isto é, para os documentos que o próprio INE
divulgou nestas duas primeiras semanas de Agosto:

Taxa de desemprego estimada em 11,9%;

Empresas perspetivam aumento de 3,4% nas exportações de bens;

Índice de Volume de Negócios na Indústria acelerou em junho;

Em termos nominais, as exportações aumentaram 7,4% e as importações 9,0%;

Taxa de variação homóloga do IPC situou-se em 0,8%;

Produto Interno Bruto aumentou 1,5% em volume no 2º trimestre de 2015;

Dormidas de não residentes continuaram em crescimento;

O Índice de Custo do Trabalho aumentou 1,2% face ao trimestre homólogo de 2014.



Compreende-se que a maioria esteja mais satisfeita do que a oposição: a
taxa de desemprego é menor do que a registada quando a legislatura se
iniciou; a economia está a crescer, e mais depressa do que a média
europeia; as exportações continuam a aumentar, ajudadas por números
recorde no turismo; e o custo do trabalho aumentou mais do que o índice
de preços ao consumidor. Os ventos da economia parecem soprar do lado
recuperação, mesmo sendo conhecidos os problemas estruturais do país,
que de resto o FMI também recordou num relatório – Second Post-Program Monitoring (versão integral, em inglês) –, divulgado a 6 de Agosto. Eis o que se escreve no seu sumário de apresentação:

Portugal’s economic recovery remains on track, boosted by a
generally supportive external environment and a rebound in confidence.
Despite recent market volatility related to Greece, Portugal continues
to benefit from favorable commodity prices, low interest rates and a
weaker euro. Real GDP growth is projected at 1.6 percent for 2015,
supported by a pickup in exports and a welcome upturn in investment. But
growth is expected to moderate over the medium term as cyclical factors
weaken and still high public and private debt constrain the pace of
recovery.




De todos estes números, os que suscitaram mais debate foram os relativos
ao desemprego. Recordemos alguns dos textos mais relevantes:
  • Em O que ninguém quer ver nos números do desemprego,
    eu próprio, aqui no Observador, procurei situar o que favorecia mais o
    argumentário da maioria (o menor número de desempregados) e o que
    beneficiava mais o da oposição (a diminuição do número total de
    empregos), procurando chamar a atenção para o que pode estar a mudar no
    mercado de trabalho: “Olhar para os números do emprego e do
    desemprego com mais detalhe é pois bem mais útil do que a discussão do
    copo meio cheio ou do copo meio vazio. Permite perceber que alguma coisa
    de estrutural está a acontecer no nosso mercado de trabalho, e que não
    vale a pena sonhar com o regresso ao passado – com o regresso, por
    exemplo, do investimento na construção e nos empregos que aí
    desapareceram, pois não é esse o caminho. (…)Por isso, que tal deixar de
    lado a espuma e as suspeições e olhar para esta realidade nova que está
    a surgir diante dos nossos olhos, mesmo daqueles que se recusam a ver –
    a realidade de uma economia que gera melhores empregos, para os mais
    qualificados, e onde ocorreram mesmo mudanças estruturais com a viragem
    de tantas e tantas empresas para os mercados de exportação?”
  • Já André Veríssimo, no Jornal de Negócios, criticou a forma como o debate decorreu, em O desemprego na silly season: “Em
    vez de se explicar e debater opções políticas, o país partidário
    entreteve-se nos últimos dias a discutir números e estatísticas. Num
    olhar sobre o passado que em nada contribui para resolver o futuro.”
  • Um bom exemplo de como os números do emprego podem ser fáceis de
    instrumentalizar, e de como poucos verificam se estão correctos, é o da
    forma como foram utilizados na campanha (frustada) de cartazes do PS,
    algo que Bruno Faria Lopes, do Diário Económico, desmontou muito bem em O maior problema dos cartazes era os números. Para ele, “Os
    números são mais importantes do que o resto porque informam o debate
    público - o seu mau uso, citando o INE e a Segurança Social numas
    letrinhas miudinhas que ninguém lê, é mais danoso do que os casos à
    volta do "Edson" ou dos fotografados na junta de Arroios. (Ora) Há
    vários erros e manipulações nos cartazes
    .”
  • Ainda a propósito de desemprego, mas agora para citar o Reino Unido
    – onde na última legislatura se criaram dois milhões de postos de
    trabalho, vale a pena ler Paulo Barradas, no Expresso, que em O milagre da criação de emprego explica como isso foi possível. Ou seja, como “A
    austeridade no Reino Unido, com fortes cortes na despesa pública
    através da diminuição das prestações sociais, não levou ao desemprego em
    massa nem enfraqueceu a economia como era temido
    .”
  • Ainda no Expresso, mas num registo mais informativo e analítico, deve referir-se o trabalho As mulheres que baralharam o INE (texto
    só para assinantes), no qual se procura explicar porque houve tantas
    mulheres com formação superior a encontrarem emprego nos meses de Abril a
    Junho.


Já sobre o episódio dos cartazes, vou tentar evitar o muito que se
escreveu sobre amadorismo e falta de pontaria, para tentar recomendar
alguns textos que procuraram ir um pouco mais além. Ou, pelo menos,
tratara de ver que o problema pode não ser só de cartazes:
  • Viriato Soromenho Marques foi muito claro no Diário de Notícias quando, ainda propósito de cartaz “new age”, escreveu A culpa não é de Edson: “Nenhum
    mau cartaz consegue (…) explicar os motivos que justificam a
    dificuldade do PS em subir nas sondagens (…). Na verdade, as três razões
    pelas quais isso ocorre são de natureza política, e de culpa própria.
    Primeiro, o PS ainda não admitiu, frontalmente, a sua parte de
    responsabilidade política na chegada da troika a Portugal. (…) Segundo,
    em matéria europeia, ao PS não basta estar contra o servilismo da
    Coligação em relação a Berlim. Tem de ter capacidade para encontrar
    propostas e alianças próprias. (…)Terceiro, Costa não tem razão quando a
    propósito da prisão de Sócrates continua a afirmar ser preciso separar o
    que é da justiça e o que é da política. A verdade é que com aquilo que
    já se sabe (…) o PS deveria romper politicamente com Sócrates, para não
    ficar preso nas suas efabulações
    .”
  • Alexandre Homem Cristo, aqui no Observador, recomendou Esqueça os cartazes, dr. António Costa e, em vez disso, olhe para o que os seus deputados têm vindo a dizer nas últimas semanas, pois eles “dramatizaram
    a situação actual do país, esforçando-se para transformar em más as
    boas notícias. No fundo, fingiram que o contexto é óptimo e que não
    houve troika nem um programa de assistência financeira. Que o desemprego
    não está a diminuir (…) e que a criação de emprego não está a aumentar.
    Que a economia está em queda quando, finalmente, está a crescer (…). No
    fundo, fingiram que só o Dr. António Costa poderá melhorar o que,
    afinal, tem melhorado sem o seu contributo. E, porque essa mensagem não
    faz sentido, sujeitaram-se a serem postos no sítio pelo secretário-geral
    da UGT
    .“
  • Maria João Marques já tinha trilhado um caminho semelhante, também no Observador, em António Costa vive em 1995, ao escrever que “O
    pior do [primeiro] outdoor do PS – que nos coloca a todos em maus
    lençóis – é a sua mensagem ser a demonstração cristalina de que António
    Costa não faz a mais pequena ideia do país que se propõe governar
    .”
  • Vítor Gonçalves, no Económico, em A comunicação é política, fez de alguma forma a síntese do problema aberto com esta questão: “Um
    bom cartaz de propaganda eleitoral dificilmente fará ganhar umas
    eleições. Mas um mau cartaz pode contribuir, decisivamente, para
    comprometer as aspirações de um partido, quando uma corrida se disputa
    ombro a ombro.”
  • De citar ainda uma análise de João Cardoso Rosas, também no
    Económico, uma reflexão mais longe da espuma desta controvérsia, o seu
    texto sobre Eleições sem democracia. Para ele “as
    eleições legislativas não permitirão a expressão da vontade popular
    porque todos os principais agentes (…) pedem uma maioria absoluta
    sabendo que o nosso sistema político está montado para criar
    dificuldades à formação de maiorias e que, no actual contexto, elas não
    são possíveis. Ou seja, os portugueses vão votar para ter um governo de
    maioria absoluta que se sabe à partida que não vão ter e vão escolher
    entre programas que se pode desde já assegurar que não poderão ser
    cumpridos
    .”


Apesar do pouco que aconteceu, ainda assim este Macroscópio já vai
longo, pelo que guardei para melhor oportunidade um tema que merece
atenção mais detalhada - o das propostas para o futuro da Segurança
Social - e passei, sem dar para já atenção e enquanto espero por mais
substância, pelas coreografias dos presidenciáveis, razão porque termino
chamando a atenção para uma entrevista e para um trabalho de verdadeiro
serviço público.



A entrevista é a Mário Centeno ao Público - “Nada é mais flexível do que um contrato a prazo”
– onde assume que está disponível para ser ministro num governo de
Costa. É uma boa síntese do argumentário económico do PS realizada pelo
homem que liderou a equipa que desenhou o seu plano macro-económico.
António Costa também deu uma entrevista à Visão – resumo pode ser lido 'O que me pedem é que corra com eles...', o
resto está inacessível online –, entrevista essa onde David Dinis, no
seu 360º, a newsletter matinal do Observador, notou que “compara o caso
de Sócrates (de modo muito subliminar) com os de Passos e Marco António
Costa”.



(Mário Centeno também escreveu, no Diário Económico, um artigo a responder às críticas da coligação, Aprender a contar, onde, mesmo sem mostrar o excel, garante que “Em
2019, o impacto positivo sobre a actividade económica destas medidas
[as propostas pelo PS] permite criar 31 mil postos de trabalho
”, um
cálculo que mostra os limites dos modelos utilizados pelos
macro-economistas: basta pensar que o número de empregos criados nos
próximos quatro anos seria apenas metade dos criados no último ano, 66
mil, de acordo de novo com o INE.)



Finalmente, a indispensável chamada de atenção para um trabalho de
sistematização das propostas eleitorais dos diferentes partidos:
trata-se de um Guia Eleitoral sobre o que cada partido defende,
um roteiro detalhado preparado pelo Observador com base nas propostas
já conhecidas (e que actualizaremos com o decorrer da campanha). Está
organizado em 16 temáticas, que pode ser acedidas de forma interactiva: Prioridades; Emprego; Contas Públicas; Impostos; Segurança Social; Função Pública; Educação; Investimento Público; Saúde; Empresas; Justiça; Família; Transportes; Europa; Emigração e Imigração; Ambiente.

(Falando de programas eleitorais, no Jornal de Negócios de hoje há
também uma boa análise comparativa das estratégias de crescimento
propostas pela coligação e pelo PS: a economia deve crescer pelo mercado interno ou pelas exportações?)



Daqui até 4 de Outubro ainda temos, recordo e repito, sete semanas pela frente. Será que, entretanto, vai diminuir o risco de termos um governo de minoria? Ou que, em alternativa, nos vai sair uma coligação inesperada, como uma das previstas nestes cenários loucos (mas possíveis) do pós-eleições?



Até lá o Macroscópio far-lhe-á companhia, ajudando a encontrar textos e
trabalhos que o ajudem a reflectir. Entretanto, descanse, sobretudo se
continua de férias. E tenha, como sempre, as melhores leituras.




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ANTÓNIO FONSECA

LINKS DISTO E DAQUILO - 16 DE AGOSTO DE 2015

LINKS DISTO E DAQUILO‏



PARQUE DE DIVERSÕES FUTURISTA
Posted: 16 Aug 2015 01:52 PM PDT

Localizado nos arredores de Poitiers, em França, a cerca de 200 quilómetros de Nantes, o Futuroscope é um espaço de atracções surpreendentes para toda a família. Saiba o que pode visitar numa extensão de 60 hectares!


Inaugurado em 1987, o Futuroscope é um parque temático único. Muitas das suas atracções incluem espectáculos em recintos interiores, mas o espaço exterior também está repleto de motivos de interesse


O aérobar do Futuroscope, onde se pode tomar uma bebida a 35 metros de altura, não tem chão


Será que consegue controlar uma bola com a mente? Este é um dos muitos jogos que pode experimentar no pavilhão Arena Fun Experiences


Milhares de pessoas assistem diariamente ao espectáculo nocturno do parque

http://lifestyle.sapo.pt/casa-e-lazer/viagens-e-turismo/fotos/parque-de-diversoes-futurista#galeria=447443&foto=1
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ANTÓNIO FONSECA

PRINCIPE TITO BLOG - 27 DE AGOSTO DE 2015

PríncipeTito Blog‏



IMAGEM DO DIA...
Posted: 16 Aug 2015 03:30 PM PDT

LOIRINHA INTELIGENTE...
Posted: 16 Aug 2015 12:30 PM PDT

SÓ UM GOLINHO...
Posted: 16 Aug 2015 08:00 AM PDT

GOLPE...
Posted: 16 Aug 2015 03:30 AM PDT
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ANTÓNIO FONSECA

EL VENTANO - 17 DE AGOSTO DE 2015

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el ventano‏




Los (exóticos) viajes de sus señorías en verano: ¿de trabajo o de vacaciones?
Posted: 17 Aug 2015 12:28 AM PDT




¿Qué hace un diputado español en agosto en Santiago de Chile? ¿Y en Santo Domingo? ¿Y en Teherán? Trabajar, claro. Representar al Parlamento español en viajes oficiales. Diplomacia parlamentaria, lo llaman. ¿En agosto? Claro, y en julio. El mes pasado, unos estuvieron en Chipre y, otros, en Luxemburgo. No hay respiro para sus señorías.

Según la web del Congreso, este mes hay tres salidas internacionales. La primera tuvo lugar la primera semana de mes, a Santiago de Chile, con motivo del II Encuentro Interamericano de Presidentes, a la que acudieron Ignacio Gil Lázaro (PP) y Teresa Cunillera (PSOE). Ambos volverán a viajar la última semana de mes a Santo Domingo junto a sus colegas Javier Barrero (PSOE) y Carlos Aragonés (PP), para una visita protocolaria al Parlamento de República Dominicana.

La tercera salida la realizarán el próximo día 30 Mario Mingo, José Martínez Olmos, Felicidad Rodríguez y Luis de la Peña, todos miembros de la Comisión de Sanidad del Congreso, que viajarán a Teherán, la capital iraní, para asistir a una reunión de cooperación parlamentaria.

El que se lleva la palma en esto de los viajes al extranjero es Jesús Posada, que para ello es el presidente del Congreso. En esta legislatura ya se ha paseado a costa del erario público por lugares tan exóticos como Río de Janeiro, Rabat, Marsella, París, Pekín, Shangai, Panamá, Tokio, Osaka, Roma, Varsovia, México, Lisboa, Milán, Chipre, entre otros. Siempre en misión oficial y siempre acompañado por una cohorte que incluye a su directora de gabinete, al secretario general de la Cámara, y a otros miembros de la Mesa del Congreso.

¿Y cuánto cuestan a la ciudadanía los viajes de sus señorías? En los seis primeros meses del año ya han gastado casi 2,2 millones euros en aviones y trenes, a los que hay que sumar dietas, taxis y kilometrajes. En total, lo presupuestado para este año asciende a 6,7 millones de euros, lo que augura un segundo semestre muy viajero.


Fuente


Una antitaurina se abraza a un novillo muribundo en la plaza de toros de Málaga
Posted: 16 Aug 2015 11:14 PM PDT





Virginia Ruiz, una animalista de 38 años, saltó el pasado jueves a la plaza de La Malagueta, en Málaga, mientras daban la puntilla a uno de los novillos que agonizaba en la arena, al que la activista se abrazó ante los gritos de '¡fuera, fuera!' de los escasos aficionados que asistían a la matanza. La mujer fue reducida por el personal de la plaza y se expone a una multa de hasta 6.000 euros.






Las comas mal puestas que ayudan a respirar
Posted: 16 Aug 2015 10:00 PM PDT

Las comas equivocadas son aborrecibles. Pero, querría explicarme alguien ¿cómo demonios se vive sin aborrecimientos, sin chirridos, en absoluta paz? No tendría ni que decirlo, pero las malas comas nos ayudan a respirar. Las buenas son buenas, pero las malas, a veces, son mejores (Juan Tallón)


Ilustración: Tullio Pericoli


Me gusta colocar mal una coma de vez en cuando. Lo hago sin querer. Creo que es bueno para el texto. Esa coma fuera de sitio, suicida, que se pone en medio para que la atropellen, le recuerda a la frase que es mortal, y que se puede escribir mejor. Cuando esa coma errática corta la corriente hacia el predicado, como si le dijese al sujeto "dispara si tienes huevos, maricón", te hace reflexionar.

El mundo viaja tan rápido, y tú te pierdes tantas cosas maravillosas que solo se aprecian desde la lentitud, que esa coma significa una llamada a la tranquilidad, aunque en su ejecución parezca tosca. Es un grito en la claridad, aterrador, parecido al de Jacques Vaché, cuando irrumpió en 1918 en el estreno de ‘Las tetas de Tiresias’, de Apollinaire, vestido como un militar británico, y amenazó a los asistentes con un revólver y gritando: "¡Esta mierda desborda arte!".

La coma atroz, que acarrea la censura de algunos lectores, acostumbrados a que todo esté en su sitio, aburridamente, te susurra al oído. Es tu mala conciencia; te abre los ojos. "¿Adónde vas, animal?", te dice. A continuación, desde la calma, la borras, porque constituye un crimen dejarla ahí.

Algunos días parece imposible detectar una coma errónea, pues está tan mal puesta, que es fácil pensar que está bien. Lees la frase una vez y otra, arriba y abajo, para decidir si está bien escrita, y cuando llega la tarde, o pasa el día entero, y ya es hora de levantarse y madrugar, aún no sabes si está bien. Lo natural es dejarla en su sitio. En realidad, se trata de esa clase de comas enigmáticas, herederas de la metafísica, que están bien y mal puestas a la vez.

Las comas equivocadas son aborrecibles. Pero, querría explicarme alguien, ¿cómo demonios se vive sin aborrecimientos, sin chirridos, en absoluta paz? No tendría ni que decirlo, pero las malas comas nos ayudan a respirar. Las buenas son buenas, pero las malas, a veces, son mejores. Hacen tanto ruido, en el sentido que al cruzar por el medio de la música natural de las frases provocan graves accidentes, que te mantienen despierto.

Cómo podríamos sobrevivir a la vida diaria sin nuestras alergias secretas, como cuando se te atraganta un familiar o las camisas de manga corta. Veinticuatro horas al día son muchas, y densas, para vivir a salvo de la contaminación y los errores personales. Siempre hay que odiar algo, estar dispuesto a llorar por las noches, cuando apagas la luz, pensando cuánto te amargan los camisas sin planchar, las camisas incluso demasiado planchadas, o las comas mal puestas. La felicidad también es ese dolor.

La corrección de esa coma que se quita la vida antes de un verbo, y hiela el corazón del lector, adquiere aspecto de placer inesperado. Quién te lo iba a decir. A menudo, es el último toque que precisa una columna o un libro. Pocas cosas se igualan a la efervescencia de descubrir esa coma, en forma de caca de mosca, y cambiarla de sitio.

La coma representa un arte difícil de dominar. ¿Y si la literatura consistiese en rellenar con palabras los espacios que se despliegan precisamente entre comas? Hay minutos que te tienta pensar que primero se escriben las comas, y después las palabras, porque a la postre el lenguaje es solo un cierto ritmo. En esa concepción de la escritura resulta admisible defender las comas mal puestas.

De vez en cuando, una amiga me escribe y me advierte que coloqué una coma de más en tal frase. "Me temo que es cierto, le respondo, esa coma está fuera de lugar. Gracias por avisar; seguiré poniéndola".

En el fondo, esa coma errática es una coma crónica, como es crónica una tos. Te sale y mancha la página, igual que la tos se te escapa y ensucia una conversación o un silencio sepulcral. Amemos las comas. Todas las comas. Yo me, hice, escritor porque, me, gustaba poner comas.


Juan Tallón, en El Progreso


Concejala de Málaga: "Las niñas van a la Feria con las bragas en la mano"
Posted: 16 Aug 2015 02:42 PM PDT




"Civismo, que el año pasado las niñas iban con las bragas en la mano para que se le secaran, ¿eso lo ves normal? O el tío que va a la feria descamisao, una cosa es que vayas cómodo y otra que vayas hecho un puerco. Civismo, repito".

La frase la soltó la concejal de Fiestas del Ayuntamiento de Málaga, Teresa Porras, en una entrevista publicada en el periódico Málaga Hoy con motivo del arranque de las fiestas de la capital malagueña, lo que ha indignado a media ciudad.

El PSOE ha solicitado formalmente su dimisión a través de un comunicado. El resto de partidos en la oposición, Málaga Ahora y Málaga para la Gente-IU, han mostrado también su rechazo a unas palabras que consideran que denigran a la mujer y son “machistas”.

En la misma entrevista, publicada el pasado viernes, 13 de agosto, la concejala negaba además la masificación de las fiestas, con un casco histórico inundado de basuras y de alcohol, algo que Porras niega de una manera tajante: "El botellón no existe en Málaga; es gente que bebe en la calle".



El gato que tenia que encontrar bolitas para conseguir comida
Posted: 16 Aug 2015 01:25 PM PDT




Todo comenzó después de leer una explicación de por qué los gatos andan explorando varias veces las mismas áreas. Lo hacen para establecer y fijar su territorio, pero también no pierden la esperanza de encontrar alguna presa potencial que llevarse a la boca. Este sujeto quiso plantearle un reto a su gato para que lo resolviese si quería comer, según cuenta en su web. Esto es lo que pasó.







Rafael Chirbes, la rabiosa honestidad de un escritor solitario
Posted: 16 Aug 2015 08:46 AM PDT

Por eso uno se fijaba tanto en él cuando recogía esos premios, como si en algún momento se fuera a ir corriendo como un caballo salvaje en busca de la madriguera donde reposar sus ojos (Juan Cruz)




Hace un año, quizá, cuando le dieron más premios de los que él mismo se hubiera imaginado, Rafael Chirbes se estaba quitando de fumar, y recibía otro premio. Alejado del mundo y del ruido que éste produce en los medios acostumbrados a que el escritor sea, sobre todo ahora, un pájaro mediático que va de flor en flor, el autor de Crematorio quería quemar, como si se lo fumara, aquel periodo inclemente de su vida, cuando todo el mundo lo celebraba y él hubiera elegido, sencillamente, el silencio.

Y al silencio volvió, ignoro si fumando o no, pero sí centrado en sí mismo, concentrado, luchando contra los fantasmas verdaderos que fueron sus elefantes negros, los habitantes perversos y ruines de las sátiras a las que sometió al tiempo que le tocó vivir. Este tiempo vivido por Chirbes es, naturalmente, el tiempo español, que lo convocó a un compromiso intelectual y civil que marcó para siempre, para lo duró, su literatura.

Visto desde la perspectiva de hoy, cuando ya la muerte cabrona cierra el paréntesis y convierte el pasado en una cosa concreta y cerrada, final, Chirbes deja un testimonio que tiene dos partes: la estética, pues prolongó a autores como García Hortelano y sus exploraciones sociales en un país ensombrecido por la guerra incivil sin desdeñar la audacia de los inventos literarios; y la ética: nunca se dejó vencer por los cantos de las sirenas críticas, que le afearon en un tiempo triste que hiciera lo que le daba la gana con su compromiso y quisieron tacharlo de la historia de la literatura.

En ese entonces, un noble artículo de Antonio Muñoz Molina (En folio y medio) puso a Chirbes en el destacado lugar al que lo llevó su esfuerzo moral por escribir lo que veía y lo que sentía sin romper sus fronteras estéticas y sin renunciar a sus convicciones éticas. Siguió así, como aquellos personajes de Vicente Soto, machacando en la misma piedra hasta que pulimentó con textos extraordinarios por los que recibió tantos premios, de los que trataba de curarse igual que se trataba de curar del tabaco.

Era ya, pues, un maestro, alguien a quien los jóvenes visitaban para encontrarse a un personaje distraído, de mirada clara, la boca siempre en estado de estar callada, escuchando sin hablar, escuchando siempre, dándole vueltas, aunque no lo tuviera, al cigarrillo cuyo humo veía como un abrazo del aire.

Era, en persona también, y con otros, un hombre solitario, rabiosamente solitario; su honestidad era también rabiosa, como si, en este caso sí, tuviera claro que la frontera entre ser un buen escritor y ser un individuo en busca del abrazo de los medios hubiera una distancia que él nunca quiso cruzar.

Por eso uno se fijaba tanto en él cuando recogía esos premios, como si en algún momento se fuera a ir corriendo como un caballo salvaje en busca de la madriguera donde reposar sus ojos. Este momento ha llegado. Gran Chirbes, esos ojos claros sobre la tierra quemada de la España que dibujó con la precisión de un pintor asustado por la dureza del vecindario.


Juan Cruz, en El País


'Rompesuelas', el último Toro de la Vega
Posted: 16 Aug 2015 04:09 AM PDT


'Rompesuelas', en los campos de Extremadura


Solo le queda un mes de vida, aunque no lo sabe. Porque el próximo 15 de septiembre una pandilla de energúmenos lo atravesarán con lanzas hasta su muerte en medio del campo de Tordesillas, un pueblo de Valladolid que pasará a la historia por haber mantenido esta salvajada durante nada menos que 500 años.

'Rompesuelas' vive en los campos extremeños y este sábado lo condenaron a muerte en Tordesillas. Lo pueden revestir de tradición, lo pueden disfrazar de patrimonio cultural, lo pueden llamar torneo, o festejo. Pero solo es un asesinato infame y cargado de sadismo.

Pero 'Rompesuelas' podría ser el último Toro de la Vega que se celebre en esta España negra. A pesar de la cobardía del PSOE de Pedro Sánchez, a pesar de la resistencia de la derechona más siniestra, a pesar de la caverna mediática, los asesinos de animales tienen la guerra perdida.

Y no solo caerá la aberración de Tordesillas, sino que irán desapareciendo el resto de escenarios sangrientos que pueblan plazas y calles. La vida, como no podía ser de otra forma, está barriendo a quienes disfrutan con la muerte.



Pablo Iglesias, el tipo que llevaba el evangelio a los gentiles
Posted: 16 Aug 2015 03:31 AM PDT

La coleta pasada de moda, que los hippies en los años sesenta habían copiado de los apaches de las películas, unas veces le da a Iglesias un aire de profeta del Séptimo Día, versión Lavapiés, y otras, de jefe de tribu urbana dispuesto a enfrentarse solo al Séptimo de Caballería (Manuel Vicent)





Caminó este joven airado basculando el cuerpo a derecha e izquierda hacia el monte de las Bienaventuranzas, y sentado ante una multitud de desesperados dijo: “Venid a mí todos los que estáis cansados y agobiados y yo os aliviaré”. Aunque caminaba en plan macho alfa con apretados vaqueros, la camisa abierta y arremangada, se presentó ante el público solo con la única arma de un borbotón de palabras, que eran balas de fogueo, disparadas contra resabiados periodistas de la derecha mediática en las tertulias televisivas como un colérico sermón de la montaña.

Felices tiempos aquellos en que era tan fácil subirse a la cresta de la ira ciudadana para dar voz profética a los pobres, a los que lloran, a los que tienen hambre y sed de justicia, a los desesperados. No había forma de rebatir sus argumentos. Traía afilado el acero de su lengua de los debates en la Universidad y en las asambleas de barrio y, por otra parte, en medio de la gran pocilga de la corrupción política, sus invectivas eran tan obvias, contundentes y necesarias que a veces incluso se hacía aplaudir por sus contrincantes, quienes decían lo mismo que los tratantes de ganado cuando intentan vender un potro con la sangre demasiado caliente. “Hay que dejar que se suelte, el animal es joven y con el tiempo aprenderá a no dar coces”.

Las tertulias en las que intervenía Pablo Iglesias, el nuevo líder revelación, multiplicaban las audiencias. Si el apocalipsis da dinero, adelante con él, pensaban los gerifaltes de las cadenas privadas, porque la libertad de expresión es mucho más sagrada cuando engorda la cuenta de resultados. En realidad, Pablo Iglesias decía lo que mucha gente, su gente, la gente cabreada quería y necesitaba oír. El populismo siempre exige la aparición de un héroe que esté dispuesto a redimir a los pobres.

La coleta pasada de moda, que los hippies en los años sesenta habían copiado de los apaches de las películas, unas veces le da a Iglesias un aire de profeta del Séptimo Día, versión Lavapiés, y otras, de jefe de tribu urbana dispuesto a enfrentarse solo al Séptimo de Caballería. Como símbolo será interesante ver en qué irá a parar esa coleta si un día Pablo Iglesias llega al poder. Felipe González entró por primera vez en el Congreso de los Diputados con unas patillas de hacha, que le bajaban hasta la mandíbula agreste. En su momento se pudo observar la manera en que la ascensión de González hacia el Gobierno se correspondía con la ascensión de sus patillas hacia las orejas. El día en que llegó a La Moncloa ya las llevaba cuadradas a la altura debida.

De la misma forma, los sueños, las promesas y las expectativas de poder se van reduciendo a medida que un redentor desciende del monte de la ira y se tropieza con la realidad. La coleta de Pablo Iglesias podría servir de prueba de su evolución política el día de mañana. Cuanto más cerca de la alta institución de Estado, más peinada, más cuidada, progresivamente más corta. Tal vez si llegara a presidente del Gobierno, Pablo Iglesias podría presentarse sin corbata, pero con el cogote repelado a navaja.

Después del triunfo en las elecciones europeas, sus adversarios y enemigos sintieron que la dialéctica del cabreo popular tenía mucho peligro y comenzaron a contarle los pelos dentro de la nariz a este líder de Podemos, quien a su vez se vio obligado a conjugar aquellas palabras de fuego tan puras con las ambiciones, deserciones, zancadillas, traiciones de sus compañeros de aventura. ¿Pactar con Izquierda Unida? ¿Regalar una marca que tanto ha costado colocar en el mercado? Iglesias no está dispuesto a disolverse en la estructura de un partido que considera periclitado, pero a continuación ha tenido que debatirse entre la necesidad de adaptarse de forma camaleónica a un magma ambiguo de izquierdas y hacerlo sin perder la pátina romántica que a Podemos le ha otorgado el 15-M.

Hay una imagen de la escena del sofá. Ante un discreto y receptivo Alberto Garzón se ve en la foto a un Pablo Iglesias muy sobrado, con un talón de Aquiles cabalgado sobre la rodilla contraria y los brazos crucificados a lo largo del respaldo. Ambos sonríen. Iglesias parece que está haciendo saber a Garzón que sus coléricas promesas van dirigidas al pueblo indiscriminado, solo unido por el dolor del paro, de los desahucios, de la codicia de los poderosos, de la corrupción de una casta política. No hay derecha ni izquierda sino una gente que está arriba y otra que está abajo, los ricos y los pobres, plutócratas y desheredados. Es a los gentiles airados, no a los afiliados a un partido ni a los servidores del templo, a los que Pablo Iglesias se dirige, solo que cada día lo hace pisándose más la lengua para someter una cólera ya difusa a hojas de cálculo, sondeos y encuestas.


Manuel Vicent, en El País
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ANTÓNIO FONSECA

DAG VULPI - 17 DE AGOSTO DE 2015

Dag Vulpi‏



Brasil × impeachment: O jogo político da “mídia isenta, democrática e apartidária”
Posted: 16 Aug 2015 11:51 PM PDT


“Não basta que todos sejam iguais perante a lei.
É preciso que a lei seja igual perante todos.”
Salvador Allende

Faço parte dos 54 milhões de brasileiros e brasileiras de todas as classes sociais, que confiam na competência e honestidade da presidenta Dilma Rousseff.

No Congresso Nacional, há 513 deputados federais e 81 senadores que recebem salário mensal de R$33,7 mil e, além disso, ajuda de custo, auxílio moradia e verba de gabinete para até 25 funcionários.

Se os políticos que têm interesse no impeachment da presidenta Dilma representassem o povo, proporiam a redução do próprio salário e cortariam os próprios privilégios.

De acordo com o art. 52 da Constituição Federal de 1988, é competência do Senado, dentre outras, processar e julgar o presidente e o vice-presidente da República nos crimes de responsabilidade. Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade que justifique a proposta de impeachment.

Nos tempos de FHC (1995 a 2002), havia várias suspeitas de corrupção envolvendo o ex-presidente, mas o Congresso não propôs impeachment.

Quanto à Petrobras, em 1996, o jornalista Paulo Francis denunciou a corrupção na estatal durante programa de TV GloboNews, mas FHC não instaurou CPI e o Congresso não propôs impeachment do presidente por omissão.

Em 2000, José Eduardo Andrade Vieira, ex-ministro de FHC e ex-senador, denunciou o uso de caixa 2 na campanha de eleição presidencial de FHC em 1994, mas o Congresso não propôs impeachment do presidente.

Se o Congresso não propôs impeachment para FHC com base em denúncias, não tem moral para propor impeachment para Dilma que combate a corrupção, doa a quem doer.

A partir de 2003, foi intensificado o combate à corrupção por meio de ações da Controladoria Geral da União (CGU), CPIs, operações da Polícia Federal e julgamentos no STF.

Pela primeira vez na história do Brasil, além de políticos, empresários e funcionários de alto escalão foram presos por prática de corrupção.

Entre 2003 e 2014, por meio da Controladoria Geral da União, criada no governo Lula e que continua a atuar no governo Dilma, 5.067 funcionários públicos federais foram punidos, com exoneração do cargo, sendo 3.409 por ato de corrupção.

Nunca se combateu tanto a corrupção no Brasil quanto nos governos do PT e isso incomoda os políticos acostumados com a impunidade que vigorava antes de 2003.

Muitos políticos do Congresso alegam que o problema é a corrupção na Petrobras, mas esse não é o verdadeiro motivo pois os criminosos delatores citaram políticos não apenas do PT, mas também do PSDB, PMDB, PP e PSB.

Por exemplo, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) e todos os políticos do PSDB que votarão a favor do impeachment da Dilma têm seus respectivos partidos citados, pelos delatores, como participantes de esquemas de corrupção na Petrobras.

Então, se votarem a favor do impeachment de Dilma, terão de votar também a favor da cassação do mandato dos políticos do PSDB e PMDB citados pelos criminosos delatores. Somente após o julgamento pelo STF se saberá os nomes dos políticos que lesaram a Petrobras e o valor desviado.

A corrupção no Brasil começou no século 16 e continuou nos séculos seguintes, inclusive na ditadura militar (1964-1985), mas a mídia isenta, democrática e apartidária, principalmente a TV Globo e a Veja, não mostrava.

A corrupção na Petrobras não é o maior escândalo de corrupção na história do Brasil, pois, antes de 2003, houve escândalos maiores que não foram investigados pois não houve CPI.

A verdade que a TV Globo e Veja escondem da população é que os políticos do Congresso que são a favor do impeachment da presidenta Dilma é porque são contra:

– a reforma política com financiamento público transparente, pois, atualmente, as eleições são financiadas por ricos empresários e banqueiros interessados na continuidade do atual sistema político que favorece a corrupção entre empresas e diferentes partidos políticos;

– a reforma tributária, pois seus financiadores – os ricos empresários e banqueiros – querem que continue tudo como está, ou seja, os ricos cada vez mais ricos, os pobres continuarem pobres e a classe média reclamando dos impostos;

– a regulamentação da mídia, pois querem continuar sendo proprietários de emissoras de tevê e rádio, o que contribui para serem eleitos e reeleitos durante décadas.

O povo não quer impeachment, porque sabe que o problema do Brasil não é a presidenta Dilma. O que o povo quer é a solução para seus problemas nas áreas de educação, saúde, habitação e transporte.

Os maiores problemas do Brasil são corrupção política e sonegação fiscal que não se resolverão com impeachment, muito pelo contrário.

O Brasil perde com a corrupção política mas muito mais com a sonegação fiscal. Em 2013, perdeu R$415 bilhões e em 2014, R$500 bilhões com a sonegação de impostos. Os maiores sonegadores são os ricos que não pagam todos os impostos, apesar de terem plenas condições de cumprir seu dever como cidadãos do Brasil.

As vítimas da corrupção política e sonegação fiscal são os pobres e a classe média, que precisam de mais investimentos públicos nas áreas essenciais para terem melhor qualidade de vida.

Quantas creches, escolas, universidades e hospitais poderiam ter sido construídos no último biênio com R$915 bilhões?

A corrupção política e a sonegação fiscal são responsáveis pelos problemas cotidianos enfrentados pelos pobres e classe média nas áreas de educação, saúde, habitação, transporte e segurança.

A reforma política, reforma tributária e regulamentação da mídia são as soluções para os dois grandes problemas do Brasil.

Se os políticos interessados no impeachment amassem nossa bandeira, apoiariam as reformas fundamentais para avançarmos na justiça social, condição para a paz.

Tais políticos são inimigos da pátria, pois, além de defender o impeachment, são contra as reformas propostas pela presidenta Dilma que representam a solução para os maiores problemas do Brasil.

Espero que o Brasil ganhe esse jogo político contra o impeachment para o bem de todos os brasileiros, especialmente dos pobres e da classe média.

Viva o Brasil! Viva a justiça! Viva a democracia! Fica, Dilma
 
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ANTÓNIO FONSECA

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