O que há meses muitos julgavam impensável, aconteceu: a nomeação do polémico
Donald Trump, como candidato republicano à Presidência dos EUA, está a tornar-se uma certeza.
Trump foi o vencedor das primárias norte-americanas da 'Super terça-feira' entre os republicanos.Venceu em pelo menos
sete estados: Alabama, Arkansas, Georgia, Massachusetts, Tennessee, Vermont e Virginia. Mas perdeu
o Texas e o Oklahoma para
Ted Cruz .
Marco Rubio conseguiu a sua primeira vitória no Minnesota, mas nada que lhe dê grande fôlego para continuar na corrida.
Falta saber o resultado do
Alaska, o Estado da estrela política
Sarah Palin, onde as sondagens também favorecem o polémico multimilionário norte-americano.
Com estes resultados, o chamado
establishment Republicano ficou com suores frios e os sinais das profundas divisões no partido são já claros. O partido está a ser acusado de ter
reagido tarde de mais. O senador da Carolina do Sul, citado pela
CBS News, perguntava:
“Como vamos nomear alguém que é maluco? O Donald Trump é maluco.” (as declarações mais polémicas de Trump estão
aqui).
O problema é que para os Republicanos o caminho segue cada vez mais estreito. Com Rubio em maus lençóis, o ex-candidato Lindsey Graham, aponta para uma solução que considera de último recurso:
"Podemos ficar numa posição em que temos de nos juntar em torno de Ted Cruz, sendo essa a única forma de travar Trump", disse o senador à CBS.
Do lado dos democratas, a noite também foi de vitória para
Hilary Clinton que
venceu em sete estados – Texas, Arkansas, Tennessee, Alabama, Georgia, Virginia e Massachusetts -, embora tenha perdido para
Bernie Sandersem 4 territórios: Colorado, Oklahoma, Minnesotta e Vermont.
A esta hora ainda falta apurar os resultados da Samoa Americana, onde os democratas lutam por 10 delegados.Numa sondagem entretanto publicada pela
CNN,
Donald Trump perde as eleições presidenciais contra Hillary Clinton ou Bernie Sanders. No frente a frente Trump/Clinton, ela teria 55% dos votos contra 44% do magnata norte-americano. Se o confronto fosse com Sanders, Trump perderia com 43% face aos 55% do senador do Vermont conquistaria.
Apesar do peso da mediática
“super terça-feira”, ainda ficam por apurar qualquer coisa como
dois terços dos delegados. Na votação da última noite, distribuídos por 13 estados e a Samoa Americana, estavam em causa 1460 delegados (865 democratas e 595 republicanos).
Por cá,
Passos Coelho apresentou a moção estratégia global -
“Compromisso Reformista” – que leva ao congresso de 1,2 e 3 de abril. O líder do PSD, que se recandidata a novo mandato, apresentou-se em nome de uma “2ª geração de reformas para Portugal”, e na moção também concretiza as
duas saídas que vê para um cenário de crise política:
um outro Governo de coligação PS/ BE/PCP ou eleições.À noite,
em entrevista à SIC e à SIC Notícias, Passos Coelho não acrescentou muito mais.
Manteve o ataque ao Governo de Costa, mas mais moderado, e sobre o futuro mostrou-se ainda
demasiado agarrado ao seu passado de primeiro-ministro. Sem ideias novas, mas assumindo-se
“muitíssimo bem no papel de líder da oposição.”No
comentário à entrevista,
António Vitorino dizia que o “desafio de Passos Coelho é ganhar algum distanciamento em relação à sua experiência governativa” e que “se quer arrancar para um novo ciclo tem de ser mais claro sobre o que é este novo PSD”.
Santana Lopes concluía que ficou claro que Passos “já interiorizou que vai ter de ser líder da oposição mais tempo do que julgava”.
Marcelo Rebelo de Sousa volta hoje a reunir-se com António Costa.
“Amanhã sim”, confirmou ontem o Presidente eleito, à saída da sua
última aula na Faculdade de Direito em Lisboa. Marcelo toma posse já na próxima quarta-feira e não vai herdar nada para promulgar. A Luísa Meireles explicou no
Expresso Diário que Cavaco Silva vai despachar a “meia dúzia de diplomas” e que o novo Presidente não herdará trabalho de casa.
Em
entrevista à Bloomberg,
Mário Centeno afirma que o Governo estima vender o Novo Banco em 12 meses. Centeno considera ainda que o prolongamento do período de venda do banco “não ajuda” o Estado.
Também a
Bloomberg avançou que o
CaixaBank, o terceiro maior banco espanhol e o maior acionista do BPI, estará em conversações com Isabel dos Santos. Objectivo: adquirir a participação que a empresária angolana tem no banco português. A Bloomberg cita fontes conhecedoras do processo. E o
Negócios escreve em manchete que
"fim da desblindagem é uma saída para o caso BPI". O Governo tenta assim criar
situação de exceção para resoilver o problema do banco de Ulrich.
O
Jornal de Notícias avança que os
“sindicatos forçam 25 dias de férias”. Segundo o JN, a CGTP e a UGT vão avançar com a proposta na Concertação Social. O Governo demonstra abertura mas patrões estão contra.
O
Conselho de Finanças Públicas voltou ontem a lançar
alertas sobre o Orçamento do Estado. A instituição liderada por Teodora Cardoso considera que há
“riscos significativos” nas contas do governo. Embora reconheça que cenário macroeconómico é menos arriscado que o original. Sobre esta posição do CFP,
Jerónimo de Sousa defendeu que vem “
na linha das perspetivas de Bruxelas”, e acusa a instituição de “pressões” para que a solução política no Governo falhe.
FRASES"Se houver redução de preços, excelente. Mas não é esse o principal objetivo do Governo. O principal objetivo do Governo é a sustentabilidade das empresas, a criação de condições para que possam investir, e sobretudo para que possam criar emprego",
António Costa sobre a baixa do IVA.
“Não colocamos as questões no plano da intransigência e das linhas vermelhas”, João Oliveira, líder parlamentar do PCP no Público.
“Estou habituado às críticas e, passe a imodéstia, estou absolutamente imune e não tenho nada que me pese na consciência”,
João Soares reagindo à exoneração de António Lamas, presidente do CCB.