A transição do
espanhol medieval para o moderno foi marcada pela mudança e pelo
ensurdecimento das consoantes
sibilantes da língua antiga, que começaram no
século XV. No início da sua história, o vocabulário espanhol foi enriquecido pelo seu contato com o
basco e o
árabe e a língua continua a adotar palavras estrangeiras a partir de uma variedade de outras línguas, bem como o desenvolvimento de novas palavras. O espanhol foi trazido principalmente para
a América, bem como a África e a Ásia-Pacífico, com a expansão do
Império Espanhol entre os séculos XV e XIX, onde se tornou a língua mais importante para o governo e o comércio.
[6]
Devido à sua crescente presença na
demografia e na
cultura populardos
Estados Unidos, especialmente nos
estados de rápido crescimento do
Cinturão do Sol, o espanhol é a segunda língua mais aprendida por falantes nativos do
inglês. A crescente estabilidade política e econômica de muitas das maiores nações
hispanófonas, a imensa extensão geográfica da língua na
América Latina e
Europa para o turismo e a popularidade crescente de destinos culturalmente vibrantes encontrados no mundo hispânico têm contribuído significativamente para o crescimento da aprendizagem de espanhol como língua estrangeira em todo o mundo. Atualmente, o espanhol é a terceira língua mais usada na
internet depois do inglês e do mandarim. É também a segunda língua mais estudada e a segunda língua da comunicação internacional, depois de inglês, em todo o mundo.
[12][13][14]
A língua castelhana é o idioma da
Espanha, e da maioria dos países da
América Latina (excepto
Brasil,
Belize,
Haiti,
Guianas e várias ilhas
caribenhas), das
Filipinas, na Ásia, e da
Guiné Equatorial, na África. Conta com cerca de duzentos e cinquenta milhões de falantes. Também é chamada de "castelhano", nome da comunidade linguística (Castela) que lhe deu origem nos tempos medievais. Na Espanha, também são falados o
catalão, o
asturiano, o
aragonês e o
galego (idiomas de tronco românico), e o
basco, uma língua cujas origens ainda são estudadas.
Na formação do castelhano/espanhol, podem-se distinguir três períodos: o medieval ou castelhano antigo (dos séculos X ao XV), o espanhol moderno (entre os séculos XVI e XVII) e o contemporâneo, que vai da fundação da Real Academia Espanhola até nossos dias.
Apesar de ser um idioma falado em regiões tão distantes, a ortografia e as normas gramaticais asseguram a integridade da língua, daí a colaboração entre as diversas Academias da Língua de Espanha e as dos países americanos no intuito de preservar esta unidade. Espanha elaborou o primeiro método unitário de ensino do idioma que é difundido por todo o mundo através do
Instituto Cervantes.
Como disse Menéndez Pidal: "a base do idioma é o
latim popular, propagado na Espanha a partir do final do século III a.C. até se impor às línguas ibéricas". Entre os séculos III e VI, a língua que evoluía em Espanha assimilou germanismos através do latim falado pelos povos bárbaros romanizados que invadiram a
Península. Com o
domínio muçulmano de oito séculos, a influência do
árabe — idioma dos conquistadores
berberes — foi decisiva na configuração das
línguas ibéricas, entre as quais se incluem o castelhano/espanhol e o português.
O nome da língua procede da terra dos castelos, Castela. A esta época, pertencem as Glosas Silenses e as Emilianenses, do
século X, anotações em romance dos textos latinos no Monastério de Yuso (
San Millán de la Cogolla), centro medieval de cultura, mas a mais antiga referência ao idioma vem do Cartulário de Valpuesta, nos primeiros anos do século IX.
O primeiro passo para converter o castelhano em língua oficial do reino de
Castela e Leão foi dado por
Afonso X. Foi ele quem mandou compor em romance, e não em latim, as grandes obras históricas, astronômicas e legais. O castelhano era a língua dos documentos notários e da Bíblia traduzida sob as ordens de Afonso X. Graças ao
Caminho de Santiago, entraram, na língua, escassos
galicismos que foram propagados pela ação dos
trovadores da poesia cortesã e
provençal.
No sul, sob domínio
árabe, as comunidades hispânicas que conviviam com as comunidades judaica e árabe falavam
moçárabe. Esta é a língua na qual foram escritos os primeiros poemas, as
Jarchas, que conservam uma forma estrófica de clara origem
semítica, a
moasajas.
Em quase oito séculos de interação (711-1492), os povos falantes de Árabe deixaram, no castelhano, um abundante vocabulário de cerca de quatro mil termos. Com o tempo, alguns foram caindo em desuso, mas há muitas palavras de uso comum como tambor, adobe, alfombra, zanahoria, almohada e muitas outras, e a expressão ojalá, como no português "oxalá", que significa "queira Deus" (literalmente: "queira Alá"). Cabe assinalar que penetrou, na gramática castelhana, a preposição árabe hatta (حتى), que se converteu na preposição espanhola hasta e na preposição portuguesa até.
A publicação da primeira auto-denominada "gramática castelhana", escrita por
Elio Antonio de Nebrija em
1492,
[15] ano do descobrimento da América pelos europeus, estabelece o marco inicial da segunda etapa de conformação e consolidação do idioma. O castelhano adquire grande quantidade de neologismos, pois o momento coincidiu com a expansão da
Coroa de Castelaque, pela força política, conseguiu consolidar seu dialeto como língua dominante. O castelhano é a língua dos documentos legais, da política externa e a que chega à América pela mão da grande empreitada realizada pela
Coroa de Castela. Nesta mesma época, os
judeus sefarditas foram expulsos de Castela e Aragão em 1492 e de Portugal em 1496,
[16] levando consigo a fala que daria lugar ao
ladino, uma língua que, ouvida, parece castelhano.
Num primeiro momento, os realistas não mostraram interesse em difundir a língua castelhana na América e nas Filipinas, realizando-se a
evangelização nas línguas nativas.
No ano 1713, fundou-se a
Real Academia Espanhola. Como primeira tarefa, a Academia fixou as mudanças feitas pelos falantes do idioma, o que permitiu grande variedade de estilos literários: da liberdade das alterações sintáticas do
barroco, no
século XVII, às contribuições dos poetas da geração de 1927. Publica entre 1726 e 1739 os diversos tomos do "Dicionário da língua castelhana"
[17] e a sua primeira "Gramática da língua castelhana" em 1771.
[18]
No primeiro terço do século XX, apareceram novas modificações gramaticais que, ainda hoje, estão em processo de assentamento. Paralelamente, é contínua a criação de neologismos provenientes das inovações técnicas e dos avanços científicos.
No século XIX, os
Estados Unidos adquirem a
Luisiana de França e a
Flórida de
Espanha, e conquistam do
México os territórios que actualmente formam o
Arizona,
Califórnia,
Colorado,
Nevada,
Novo México,
Texas,
Utah e
Wyoming. Desta forma, o castelhano passou a ser uma das línguas dos Estados Unidos, ainda que estas variedades primitivas só sobrevivam até o início do século XXI em
Paróquia de St. Bernard e uma faixa que se estende do norte do Novo México ao sul de Colorado.
Depois da
guerra hispano-americana de
1898, os
Estados Unidos apoderaram-se também de Cuba, Porto Rico, Filipinas e
Guam. No arquipélago asiático, os Estados Unidos impuseram um sistema de ensino para substituir o castelhano pelo inglês como veículo de comunicação dos
filipinos.
No
século XX, milhões de mexicanos, cubanos e porto-riquenhos
emigraram para os Estados Unidos, convertendo-se na
minoria mais numerosa do país: 34 207 000 pessoas, em novembro de
2001.
Países onde o espanhol é ensinado
Compreensão da língua espanhola na União Europeia em 2006.
País nativo
Mais que 8,99%
Entre 4% e 8,99%
Entre 1% e 3,99
Menos que 1%
Enquanto na lista mundial de línguas mais faladas figure na segunda, terceira ou quarta posição segundo a fonte consultada (os censos da
Índia e
América do Sul variam muito segundo o organismo consultado), o que fica claro é que em importância ocupa a segunda posição atrás do
inglês, com quase quatrocentos milhões de falantes nativos.
Embora o castelhano seja uma língua principalmente americana, é falada nos seis "continentes", embora em alguns de forma quase residual:
- mas sua presença também é importante em
- Belize
- Estados Unidos
- África: Canárias, Ceuta, Melilha, Guiné Equatorial, Saara Ocidental. Em 11 de julho de 2001, o espanhol (castelhano) foi declarado uma das línguas oficiais da Organização da Unidade Africana (OUA), junto com o árabe, francês, inglês, português e kiSwahili.
- Europa: é oficial na Espanha e se fala também em Andorra e Gibraltar. Núcleos de imigrantes na Alemanha, França, Itália, República Checa e Suíça. É uma das línguas oficiais da União Europeia.
- Oceania: Ilha da Páscoa (Chile), núcleos de imigrantes na Austrália, Filipinas.
A língua Espanhola tem vários dialectos. Relativamente ao Castelhano, isto é, o Espanhol Ibérico, originalmente do Reino de Castela, podemos dividir Espanha ao meio, isto é, existe um feixe de isoglossas que divide o Espanhol Peninsular em dois grupos, os dialecto centro-nortenhos e os dialectos meridionais. Os dialectos centro-nortenhos têm características mais conservadoras e os dialectos meridionais, nos quais podemos incluir um grande sub-dialecto, o andaluz, têm características mais inovadoras. Convém realçar que os dialectos centro-nortenhos peninsulares são a única variedade do Espanhol que conserva a distinção entre /s/ (grafado como
) e /θ/ (grafado como ), isto é, «ceseo». Enquanto que todas as outras variedades são ou «seseantes» ou «ceceantes». «Seseo», isto é a perda da distinção fonética entre /s/ e /θ/ a favor de /s/. «Ceceo» é a perda da distinção fonética a favor da fricativa inter-dental /θ/, sendo este estigmatizado e marginalizado pelo resto da comunidade espanhola e até mesmo pelos próprios falantes «ceceantes». Este fenómeno de «ceceo» encontra-se apenas em zonas rurais do sul da Andaluzia, sendo nos meios urbanos evitado pelos próprios «ceceantes». O «seseo» é um fenómeno do norte da Andaluzia, que é encontrado em todos os países da América Latina. Nesta região do «seseo» encontra-se Sevilha, cidade da qual saíram as pessoas destinadas à repovoação e colonização do continente americano, levando assim o «seseo» com eles para a América, onde prevalece até hoje.[54]
Mapa-mundi tentando identificar os principais dialetos do espanhol.
Entre as línguas crioulas e outras línguas derivadas desta língua, se podem citar o
ladino e o
chabacano: este último, falado em algumas localidades das
Filipinas.
Castelhano da Espanha | Castelhano da América Latina | Tradução ao Português |
acera | vereda (Arg.) / banqueta (Mex.) / andén (Col.) | calçada, passeio |
aguacate | palta / aguacate | abacate |
alquilar, arrendar, rentar | rentar (Mex.) / arrendar (Col.) | alugar, arrendar |
alquiler, arriendo | renta (Mex.) / arriendo (Col. e Chile) | aluguel, aluguer ou renda (em Portugal) |
apresurar, apurar | apurar | apressar |
arcén | banquina (Arg. Parag. e Urug.) | acostamento, berma da estrada |
ascensor | elevador / ascensor (Col.) | elevador |
calabaza | zapallo / ayote (Nic. Cost. Rica e Guat.)[55] / calabaza (Col. e Méx.) | abóbora |
calabacín | calabacita (Méx) / calabacín (Col.) / zapallitos (Parag. Chil. Arg. e Urug.) | abobrinha, courgette |
coche (automóvil) | auto / carro / coche (automóvil) | carro (automóvel) |
coger, agarrar, sujetar, tomar | tomar (Méx.) / agarrar (Arg. Chile e Urug. / sujetar / coger (Col. Per. Ec. Cuba e PR) | pegar, segurar |
chaval, mozo | chavo (Méx.) / pibe (Arg.) / chino, niño, muchacho (Col.) | rapaz, garoto, menino, moço, miúdo, chavalo (em Portugal) |
chófer, conductor | conductor / chofer | motorista, condutor, chofer |
eh / ey / oye | che (Arg.) / oye / eh | ei / aê / aí |
judías, frejoles | frijoles, porotos (Arg. e Chile.) | feijão |
mejilla | cachete | bochecha |
móvil (teléfono), celular | celular (teléfono) | celular (telefone), telemóvel |
ordenador, computadora, computador | computadora / computador | computador |
Papá Noel, Santa Claus | Santa Claus (Méx e Amér. Central) / Viejito Pascuero (Chile) / Papá Noel (Col.) | Papai Noel, Pai Natal |
prisa | apuro | pressa |
puchero, olla, pote | olla | panela |
vídeo | video | vídeo |
zapatillas (deportivas), tenis | tenis / zapatillas | tênis (Brasil), ténis (calçado), sapatilhas (em Portugal) |
- Amér. Central = América Central
- Arg. = Argentina
- Méx. = México
- Urug. = Uruguai
- Col. = Colômbia
Tem semelhanças com o
português. Contudo, existem diferenças, sendo as principais: ("letra castelhana/espanhola" = "letra portuguesa") ⟨ll⟩ = ⟨lh⟩, ⟨ñ⟩ = ⟨nh⟩, ⟨ch⟩ = ⟨tch⟩, ⟨b⟩ e ⟨v⟩ = ⟨b⟩, ⟨x⟩ =
/ks/ (nem sempre, como em
México, que soa como
méjico). Não há, no espanhol moderno, o som da letra X como em
xadrez (até o século XVII, a letra ⟨x⟩ representava o som de
/ʃ/, como em
Quixote, mas, depois do reajuste das consoantes silábicas, o som
/ʃ/ (grafado ⟨x⟩), se transformou em
/x/ (grafado ⟨j⟩). As letras ⟨k⟩ (
/k/), ⟨w⟩ (
/b/ em palavras de origem alemã e
/(ɡ)w/ em de origem inglesa) e ⟨y⟩ (
/i/) fazem parte do alfabeto castelhano/espanhol. Além disso, o i grego pode ser consoante ou vogal, quando consoante tem um som mais forte
/ʝ/ ou
/d͡ʒ/. O "J" é um caso à parte: tem um som inexistente em português (o som que chega mais perto é o do R forte brasileiro e dalgumas zonas de Portugal - como em
carro). O som correspondente ao ⟨j⟩ português é representado por ⟨ll⟩ no espanhol pratino, e inexistente noutros dialectos. Fora isso não há acentos graves, til (Ñ não conta) ou circunflexo. Assim como no português ge = je e gi = ji, e também há o gue e gui, a letra Q segue o mesmo esquema (que = ke, qui = ki) e também há trema. Em castelhano/espanhol o costume é encerrar palavra com N e não com M. O Ç apesar de ter nascido do castelhano/espanhol foi abolido no século XVIII, tal como o SS. Já RR existe no castelhano/espanhol e usa-se da mesma forma que no português. Vale ressaltar que a pronúncia é de 'dois erres', ou seja,
/r/,/r/, e não de
/ř/ como em
carro /kařo/. O Z e o C, este último antes de E ou I, em Espanha pronunciam-se de forma similar ao ⟨th⟩
/θ/ inglês em
think ou
something ou a
θ (
theta) grega.
Notas:
- ↑1 Falantes do norte e do centro da Espanha, incluindo a variante predominante na rádio e na televisão distinguem /θ/ e /s/ (distinción). Porém, falantes de América Latina e de algumas partes do sul da Espanha só têm /s/ (seseo) e não o /θ/ (ceceo).
- ↑2 O fonema /ʎ/ (distinto de /ʝ/) só é distinguido em algumas áreas do espanhol peninsular (sobre tudo no norte e em áreas rurais), e em algumas áreas de América do Sul. Este fenómeno é conhecido como yeísmo (indistinção de lle y).
Os
verbos se dividem em três conjugações, que podem ser identificadas segundo as duas últimas letras do infinitivo: -ar, -er ou -ir.
Os tempos verbais podem ser simples ou compostos. Para cada tempo simples há um que é composto, que se forma antepondo o tempo simples correspondente do verbo "haber" ao particípio do verbo que se está a conjugar.
Indicativo
tempos simples
- Presente - por exemplo, "(yo) hablo"
- Pretérito imperfecto - "hablaba"
- Pretérito perfecto simple ou pretérito indefinido - "hablé"
- Futuro - "hablaré"
- Condicional - "hablaría"
tempos compostos:
- Pretérito perfecto compuesto - "he hablado"
- Pretérito pluscuamperfecto - "había hablado"
- Pretérito anterior - "hube hablado"
- Futuro compuesto - "habré hablado"
- Condicional compuesto - "habría hablado"
O pretérito anterior é pouco usado.
Há situações onde se emprega o futuro para expressar dúvida, substituindo-se, assim, o tempo Presente: "serán las tres": "serão umas três [horas]". O português também apresenta esta caraterística, como mostrado na seguinte frase: "O que estará ele a fazer?", que significa "O que está ele a fazer?"
Subjuntivo / Conjuntivo
tempos simples
- Presente - "yo hable"
- Pretérito imperfecto - "hablara" ou "hablase"
- Futuro - "hablare"
tempos compostos
- Pretérito perfecto compuesto - "haya hablado"
- Pretérito pluscuamperfecto [Pretérito mais-que-perfeito] - "hubiera hablado" ou "hubiese hablado"
- Futuro compuesto[Futuro composto] - "hubiere hablado"
O futuro do conjuntivo é um tempo arcaico que só se emprega hoje em dia em documentos legais. Muitos hispanófonos desconhecem a existência deste tempo verbal. Na
Argentina, a fala vulgar está a generalizar o uso do condicional em substituição do pretérito imperfeito nas frases condicionais ("
si yo hablaría", significando "
si yo hablara", ou "
si yo hablase").
Imperativo: habla (tú), hablá (vos), hablad (vosotros)
Para outras pessoas ou em frases negativas, o presente do conjuntivo vale por imperativo.
|
Tempo Simples | Primeiro | Segundo | Terceiro |
|
Infinitivo: | Comprar | Vender | Vivir |
|
Gerúndio: | Comprando | Vendiendo | Viviendo |
|
Particípio passado: | Comprado | Vendido | Vivido |
|
Indicativo | Primeiro | Segundo | Terceiro |
|
Presente: | Compro Compras/Comprás Compra Compramos Compráis/Compran Compran | Vendo Vendes/Vendés Vende Vendemos Vendéis/Venden Venden | Vivo Vives/Vivís Vive Vivimos Vivís/Viven Viven |
|
Pretérito: | Compré Compraste Compró Compramos Comprasteis/Compraron Compraron | Vendí Vendiste Vendió Vendimos Vendisteis/Vendieron Vendieron | Viví Viviste Vivió Vivimos Vivisteis/Vivieron Vivieron |
|
Imperfeito: | Compraba Comprabas Compraba Comprábamos Comprabais/Compraban Compraban | Vendía Vendías Vendía Vendíamos Vendíais/Vendían Vendían | Vivía Vivías Vivía Vivíamos Vivíais/Vivían Vivían |
|
Futuro: | Compraré Comprarás Comprará Compraremos Compraréis/Comprarán Comprarán | Venderé Venderás Venderá Venderemos Venderéis/Venderán Venderán | Viviré Vivirás Vivirá Viviremos Viviréis/Vivirán Vivirán |
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Potencial: | Compraría Comprarías Compraría Compraríamos Compraríais/Comprarían Comprarían | Vendería Venderías Vendería Venderíamos Venderíais/Venderían Venderían | Viviría Vivirías Viviría Viviríamos Viviríais/Vivrían Vivirían |
Devido às prolongadas conquistas às quais Espanha foi submetida ou que submeteu a outras nações, a língua castelhana foi invadida por uma enorme quantidade de vozes "adquiridas" de línguas de diversos grupos. É possível encontrar, no castelhano, palavras
celtas,
iberas,
ostrogodas,
visigodas, latinas,
gregas, árabes, francesas,
italianas,
germanas,
caribes,
astecas,
quéchuas,
guaranis e outras. A influência relativa de cada um destas "aquisições" varia de acordo com o país falante.
Os países da América, principalmente nas suas regiões rurais, conservam um grande número de
arcaísmos: no extremo sul (Argentina e Uruguai), é frequente, no trato coloquial, o uso do "
vos" em lugar do "
tú" tradicional nos restantes países hispanófonos. A forma "
vos" provém do trato formal da segunda pessoa do singular de antigamente, e sobrevive em Espanha na forma do trato informal para a segunda pessoa do plural (
vosotros). Também sobrevive na Comarca de
Fonsagrada para a segunda pessoa do singular. O trato formal actual é "
Usted" para a segunda pessoa do singular e "
Ustedes" para a segunda pessoa do plural (também utilizados em Espanha).
O castelhano/espanhol escreve-se mediante o
alfabeto latino. Tem uma letra adicional,
Ñ, embora, no passado,
ch e
llfossem consideradas letras (ver
dígrafo). As vogais podem levar um
acento agudo para marcar a
sílaba tónica quando esta não segue o padrão habitual, ou para distinguir palavras que, de outra forma teriam a mesma grafia (ver
acento diferencial).
O
u pode levar
trema (
ü) para indicar que este se pronuncia nos grupos "
güe", "
güi". Na poesia, as vogais
i e
u podem levar trema para romper um ditongo e ajustar convenientemente a métrica de um verso determinado (por exemplo,
ruidotem duas sílabas, mas
ruïdo tem três).