R. I. P.
Maria Arminda Rodrigues da Fonseca
Nascimento - 31-Janeiro-1948
Falecimento - 4-Abril-2015
HÁ 3 ANOS ATRÁS - (3-ABRIL-2015) QUANDO EU ESTAVA FESTEJANDO O 18º ANIVERSÁRIO DE MINHA NETA TERESA MAFALDA, inesperadamente, de forma abrupta, e sem consultar nem avisar ninguém, Tu minha Irmã MARIA ARMINDA, decidiste sair de casa, indo primeiro ao café onde costumavas ir visitar as tuas amigas, tomar um cafezinho e fumar um cigarrinho, rindo e brincando com elas, (que de nada suspeitaram) porque era esse o teu estilo.
Depois naturalmente, foste para o comboio para Campanhã (suponho...) e de lá meteste-te no Metro com destino à Póvoa de Varzim, onde deves ter vagueado algum tempo e ao fim da tarde ou à noite (quando não estaria ninguém por perto), aproximaste-te dos rochedos junto à doca (penso eu...) e aproveitando a maré alta, atiraste-te para o mar, deixando a malinha de mão com os documentos, os sapatos e um casaco, junto ao paredão. Antes deves ter feito uma SMS para a Ana Paula a pedir para que tomassem conta da cadela...
Foste corajosa, mas ao mesmo tempo, foste talvez um pouco cobarde por não recusar a oferta que o demónio te estava a dar para te afogares e deixares este mundo.
Não tinhas quaisquer responsabilidades familiares a teu cuidado e deixaste tudo resolvido, o que demonstra que já andavas há muito a pensar neste desenlace e como o havias de executar. Toda a gente ficou surpreendida com o que te aconteceu.
Todos nós (teus irmãos) eu, o Fernando e a Maria, tivemos num grande choque emocional; a Maria, principalmente sentiu durante muito tempo (e ainda hoje sente) a tua falta.
Como é de calcular, fui eu que tratei de tudo, desde a deslocação à Polícia Marítima de Vila do Conde para tomar conta do espólio; para reconhecer o teu corpo; para a deslocação até à Morgue no Porto, com a Polícia e os Bombeiros; do levantamento do corpo para ir para o cemitério de Rio Tinto; da decisão de te cremar no cemitério do Prado do Repouso e de mandar rezar missas por tua alma na Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso e de frequentemente ir colocar uma rosa no roseiral do cemitério (o que farei enquanto viver).
Em conjunto com o Fernando, esvaziamos a casa, distribuindo tudo o que lá estava conforme tu tinhas determinado (e o que não determinastes) ou destruímos ou dividimos entre nós (para mim fiquei com 1 caderno das tuas poesias, que não divulgarei a ninguém, e que provavelmente destruirei) por motivos óbvios.
Depois naturalmente, foste para o comboio para Campanhã (suponho...) e de lá meteste-te no Metro com destino à Póvoa de Varzim, onde deves ter vagueado algum tempo e ao fim da tarde ou à noite (quando não estaria ninguém por perto), aproximaste-te dos rochedos junto à doca (penso eu...) e aproveitando a maré alta, atiraste-te para o mar, deixando a malinha de mão com os documentos, os sapatos e um casaco, junto ao paredão. Antes deves ter feito uma SMS para a Ana Paula a pedir para que tomassem conta da cadela...
Foste corajosa, mas ao mesmo tempo, foste talvez um pouco cobarde por não recusar a oferta que o demónio te estava a dar para te afogares e deixares este mundo.
Não tinhas quaisquer responsabilidades familiares a teu cuidado e deixaste tudo resolvido, o que demonstra que já andavas há muito a pensar neste desenlace e como o havias de executar. Toda a gente ficou surpreendida com o que te aconteceu.
Todos nós (teus irmãos) eu, o Fernando e a Maria, tivemos num grande choque emocional; a Maria, principalmente sentiu durante muito tempo (e ainda hoje sente) a tua falta.
Como é de calcular, fui eu que tratei de tudo, desde a deslocação à Polícia Marítima de Vila do Conde para tomar conta do espólio; para reconhecer o teu corpo; para a deslocação até à Morgue no Porto, com a Polícia e os Bombeiros; do levantamento do corpo para ir para o cemitério de Rio Tinto; da decisão de te cremar no cemitério do Prado do Repouso e de mandar rezar missas por tua alma na Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso e de frequentemente ir colocar uma rosa no roseiral do cemitério (o que farei enquanto viver).
Em conjunto com o Fernando, esvaziamos a casa, distribuindo tudo o que lá estava conforme tu tinhas determinado (e o que não determinastes) ou destruímos ou dividimos entre nós (para mim fiquei com 1 caderno das tuas poesias, que não divulgarei a ninguém, e que provavelmente destruirei) por motivos óbvios.
Passados estes três anos, não se sabe (e decerto nunca saberemos) quais os motivos que te levaram a este desenlace e tudo o que escrevi foi apenas pura dedução minha.
Tenho fé, no entanto que Deus te tenha tomado nos seus braços e espero que um dia te voltarei a ver. Assim seja.
Pai Nosso que estais no Céu,
santificado seja o Vosso nome,
seja feita a Vossa vontade,
assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia,
nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos de todo o mal.
ANTÓNIO FONSECA