OUTRAS NOTÍCIASNovo Banco posto à venda a 31 de março.
É a manchete do “Diário de Notícias” que avança a intenção de Stock da Cunha e Sérgio Monteiro viajarem para Nova Iorque para um
roadshow que começa já na quinta-feira. Seguem para Boston e Londres. Objetivo: vender uma pequena parte do capital do Novo Banco fora do retalho. A parte de leão ficará para mais tarde.
Lava Jato: Odebrecht meteu a boca no trombone. As autoridades apreenderam documentos em casa de diretor-presidente da construtora brasileira, Benedicto Barbosa Silva, que revelam subornos a 200 políticos. Ninguém sai bem pois há um total de 18 partidos políticos envolvidos.
A lista de nomes já foi tornada pública mas o juiz
Sérgio Moro pediu recato e voltou a vedar o acesso ao rol. Entre os nomes citados contam-se os de Sérgio Cabral (PMDB), José Serra (PSDB), Lindbergh Farias (PT), Aécio Neves (PSDB), Humberto Costa (PT), Eduardo Campos (PSB), Paulinho da Força (SD) e Rosinha Garotinho (PR).
Marcelo ao lado de Costa contra Passos. O Presidente da República deu o seu parecer positivo à intervenção das autoridades políticas na condução dos negócios da banca. Em causa está a manchete do Expresso de Sábado em que se noticiava a luz verde dada pelo primeiro-ministro à entrada de Isabel Santos no capital do BCP.
Passos protestou mas Marcelo pô-lo na ordem.
“A intervenção é natural” e “justificada”.
E ainda lhe deu um ralhete: “o desejável seria um consenso nacional nesta matéria”.
Casas compradas sem recurso à banca. É a manchete do “Público” que, com base em dados de 2015, nota que dois terços das casas compradas passaram ao lado dos bancos. “Dos 12,4 mil milhões de euros aplicados no ano passado na compra de habitação, apenas quatro milhões foram financiados pelos bancos”. Tudo o resto foi financiado com capitais dos próprios compradores.
O padre que gostava de Porsches. Está no “Jornal de Notícias” e no “Correio da Manhã”, a notícia de que um padre da Casa do Gaiato é suspeito de utilizar os dinheiros da instituição para adquirir veículos de alta cilindrada. Arsénio Isidro foi constituído arguido pela Polícia Judiciária por peculato e gestão danosa.
Foi visto a conduzir um Panamera.
Expresso sai amanhã. Devido ao feriado de sexta-feira, a edição do Expresso é antecipada um dia, o que faz com que o semanário chegue às bancas já amanhã. E com o jornal chega também a nova coleção de fascículos oferecida a todos os leitores. A obra pioneira
“Os Descobrimentos Portugueses”, de Jaime Cortesão, foi dividida em oito volumes que serão
distribuídos sem qualquer custo com as próximas edições em papel do Expresso.
FRASES“O que nos limita mais são os favores que ficamos a dever”.
Daniel Bessa ao “Jornal de Negócios”
“Toda a gente compreende que o país está um bocadinho farto de instabilidade eleitoral”.
Ferro Rodrigues ao “Público”
“O que se passou vai continuar. Os ataques vão escalar”.
Luís Amado ao “Diário de Notícias”
“Renato Sanches não é maldoso”.
João Mário a “A Bola”
“A minha maior prioridade é derrotar o Estado Islâmico”.
Barack Obama durante a visita à Argentina
O QUE EU ANDO A LEREm Portugal não existe a tradição da publicação de livros de memórias, nem tão pouco de biografias. Porém
“Álvaro Cunhal – uma Biografia Política” de José Pacheco Pereira é a excepção que desmente o que atrás ficou dito.
No nosso panorama editorial recente só encontra paralelo no trabalho que José Pedro Castanheira, grande repórter do Expresso, tem vindo a desenvolver com
Jorge Sampaio.
Quanto à biografia de Cunhal, indiscutivelmente uma das figuras mais importantes do século XX em Portugal (juntamente com a sua
némesis, Salazar, e Mário Soares) já vai no quarto volume, publicado em dezembro passado. Percorre os anos que vão
desde a fuga de Peniche até 1968, ano da Primavera de Praga e da queda de Salazar.
Mostra, logo nas primeiras páginas, a capacidade de Cunhal para reorganizar o partido depois de ter passado aqueles que poderiam ter sido os melhores anos da sua vida na prisão. Contra o que quer que fosse, e apesar da condição
de clandestino, mas com cada vez maior apoio da
União Soviética, consegue tornar o partido numa temível força política.
Termina, menos de uma década depois da aparatosa fuga de Peniche, com a
cisão das esquerdas e do próprio comunismo própria do final da década de sessenta, que vem retirar espaço ao PCP e à União Soviética.
Quando o comunismo internacional deixa de ser o que era, Cunhal, irá baloiçar entre a
heterodoxia da luta armada, com a criação da ARA (ver texto de José Pedro Castanheira na Revista do Expresso de 12 de março), e o maior
ortodoxismo e submissão aos soviéticos.
Como mais uma vez comprovou a publicação dos ficheiros portugueses do Arquivo Mitrokhin nessa mesma edição da Revista do Expresso (12 de março), Álvaro Cunhal e Octávio Pato, o elo de ligação entre o KGB e o PCP, colocaram claramente em causa a segurança do país, quando o mundo se dividia entre a NATO e o Pacto de Varsóvia e ofereceram à Rússia arquivos onde constava informação sensível não só da
PIDE mas também de outros serviços de informação, ou mesmo das Forças Armadas portuguesas.
Nunca se pode achar que o terrorismo é coisa distante.
Por hoje é tudo. Às 18h conte com mais uma edição do
Expresso Diário. Até lá, toda a informação será atualizada no
Expresso Online. O
Expresso em papel sai já amanhã, devido ao feriado da Páscoa.