Boa tarde.
O primeiro artigo anónimo alguma vez publicado no “New York Times”; como vamos de sexo e de saúde sexual; quem é o primeiro candidato anunciado à sucessão de Juncker; o preço das casas que não pára de subir em Portugal; o cada vez menor número de trabalhadores por conta de outrem; o dinheiro que a TAP exige aos novos pilotos que contrata; o peso dos juros da dívida na CP; as dúvidas sobre a final em Israel do festival da Eurovisão 2018. São estes nove temas publicados durante a semana no Expresso Diário que apresentamos como seleção de (re)leitura, como sempre fazemos aos sábados.
O jornal “The New York Times” publicou na quarta-feira, sob anonimato, um texto escrito por um alto responsável da Administração Trump, demolidor para a imagem do Presidente dos EUA. Esse responsável tentava tranquilizar os americanos, garantindo-lhes que haver “adultos na sala”, mas por outro lado reconhecia que “nem sempre” os “heróis anónimos” são bem-sucedidos na tentativa de conter o comportamento “errático” de Trump. Num ápice, voltou a falar-se de uma nova “garganta funda” na política norte-americana e as críticas em Washington não se fizeram esperar. O Hélder Gomes falou com alguns analistas e um deles, David Frum, editor da revista “The Atlantic”, refere que Trump vai tornar-se “mais desafiador, mais imprudente, mais inconstitucional e mais perigoso”.
Esta semana, a propósito do Dia Mundial da Saúde Sexual que todos os anos é assinalado a 4 de setembro, publicámos dois conteúdos relacionados com a temática. Com a preciosa ajuda da sexóloga Marta Crawford, na segunda-feira traçámos um retrato dos portugueses na intimidade: em que idade se sentem no auge do seu desempenho sexual; quais os medos na cama deles e delas; o não uso de preservativo pela maioria dos jovens. Jornalismo de dados em dois minutos e 59 segundos.
Na terça-feira, abordámos temas como assédio, violência doméstica, machismo, direitos e saúde sexual numa reportagem vídeo em que ouvimos nove portugueses. O Bernardo Mendonça e a Marta Crawford saíram à rua para falar dos muitos silêncios que importa quebrar. Um vídeo a (re)ver.
Manfred Weber foi o primeiro a posicionar-se para a corrida à presidência da Comissão Europeia. O eurodeputado alemão revelou na quarta-feira que ser o candidato do Partido Popular Europeu à sucessão de Jean-Claude Juncker, mas terá ainda de passar pela eleição partidária da maior família política do Parlamento Europeu – onde se incluem os representantes portugueses do PSD e do CDS – em novembro, em Helsínquia. Leia o seu perfil traçado pela correspondente do Expresso em Bruxelas, Susana Frexes.
Os preços das casas vão continuar a subir em Portugal. Não tanto como até agora, mas enquanto houver mais procura do que oferta a tendência vai manter-se, numas cidades (como o Porto) mais do que noutras (caso de Lisboa). Resta saber se já atingimos o limite e estamos a viver uma bolha imobiliária que pode rebentar a qualquer momento. A Ana Baptista falou com várias fontes do sector que respondem que não… pelo menos por agora.
Já quase ninguém trabalha com horário normal em Portugal. E os números não enganam. São já menos de um em cada quatro (23,4%) os trabalhadores por conta de outrem em Portugal que cumprem um horário de trabalho “normal”, isto é, sem recurso a qualquer modalidade flexível (por exemplo, adaptabilidade ou bancos de horas) no que diz respeito aos tempos de trabalho, indicam os dados dos Quadros de Pessoal relativos a 2016 (último ano disponível), que abrangem o sector privado e o sector empresarial do Estado. Visto por outro prisma, isto significa que a esmagadora maioria dos trabalhadores (76,6%) encontra-se abrangida por uma modalidade flexível no que respeita à organização do tempo de trabalho. Ou seja, o que era “normal” tornou-se na excepção, conclui a Sónia M. Lourenço.
Os novos pilotos terão de pagar 30 mil euros para voar na TAP. Para tentar fixar os seus pilotos face ao aliciamento de companhias estrangeiras, onde chegam a ganhar dez vezes mais, a transportadora aérea nacional vai exigir uma “comparticipação nos custos de formação” aos 300 pilotos que quer contratar este ano. E quem rescindir o contrato antes de três anos terá de indemnizar a empresa, relata o Amadeu Araújo.
Ainda não se sabe onde irá o Governo encontrar os 170 milhões de euros para comprar os 22 novos comboios regionais anunciados na terça-feira pelo presidente da CP, Carlos Gomes Nogueira, aos deputados na Assembleia da República. O que se sabe é que a dívida histórica da empresa pública é tão “astronómica” – como reconheceu o gestor perante os deputados numa audição acompanhada pela Joana Nunes Mateus – que só a fatura suportada com os juros da dívida nos últimos anos chegava para a CP comprar os 22 comboios de que precisa… e mais 18. Para sair desta espiral de endividamento, a Comboios de Portugal exige ao Governo uma compensação anual de 90 milhões de euros pelo serviço prestado nas linhas deficitárias.
O anúncio da cidade israelita que vai acolher o próximo Festival da Eurovisão ainda não foi feito. A União Europeia de Radiodifusão – e entidade responsável pelo evento – quer garantias por parte do Governo de Benjamin Netanyahu de que as opiniões políticas (e não só…) dos visitantes não serão obstáculo à obtenção de visto e que será possível trabalhar durante o “shabat”, o dia de descanso dos judeus. “Isto é uma desgraça completa”, reagiu o ministro da Segurança Pública, Gilad Erdan. “Não entendo como eles tiveram a ousadia de fazer este tipo de exigências. Espero que o primeiro-ministro não aceite estas condições ultrajantes.” Os ânimos estão (muito) inflamados, como dá conta a Margarida Mota.
São estas as nossas propostas. Boas leituras.