quarta-feira, 6 de setembro de 2023

LUÍS FRANCISCO RODRIGUES DA FONSECA - (MEU IRMÃO) - NASCEU EM 1952 - - 6 DE SETEMBRO DE 2023

 

                                     FARIA HOJE 71 ANOS 


      LUÍS FRANCISCO RODRIGUES DA FONSECA 


                                  6-9-1952  -  20-5-1978



                               6 DE SETEMBRO DE 2023

Meu irmão LUÍS FRANCISCO RODRIGUES DA FONSECA, completaria hoje 71 anos de idade, se não tivesse falecido de Embolia Pulmonar, ou AVC, com a idade de 26 anos, no Quartel da GNR em Évora, onde estava destacado na altura a cumprir uma suspensão de 30 dias (que não chegou ao fim).

Fazia parte da Brigada de Trânsito e enquanto ali esteve percorreu praticamente o país de lés a lés, exercendo a sua actividade na fiscalização das estradas, tanto de carro como de moto.

Era um rapaz alegre, trabalhador, que irradiava simpatia em todos que o conheciam. Teve várias namoradas, mas nunca se prendeu a nenhuma, pois achava-se muito novo ainda para casar.

Vinha sempre passar os fins de semana a casa dos nossos pais e curiosamente, no mês anterior (Agosto) tinha estado de férias e juntou-se comigo e outras pessoas de família e amigos (mais de 30) numa festa  DE FIM DE SEMANA em que estivemos, no Santoinho - Darque em Viana do Castelo. FOI A ÚLTIMA VEZ QUE ESTIVE COM ELE.

Em 20 de Maio de 1978, estava eu em minha casa com meus sogros e meus cunhados. A certa altura tive um pressentimento que algo estava fora do normal. Eu entretinha-me com meu sogro a jogar à bisca, (e como sempre, eu fazia batota para perder, pois o meu sogro ficava todo satisfeito por ganhar); meus filhos gémeos, andavam a brincar debaixo da mesa da sala e faziam muita algazarra, o Porto estava a jogar (não me recordo onde) e estava a perder: Em suma, tudo me corria mal e eu sentia o pressentimento que o mal estar ia continuar e talvez piorar, mas não sabia o porquê.

De repente, tocou o telefone (que estava no quarto) fui atender e ouço uma voz perguntando se eu era António Fonseca que tinha um irmão em Évora na GNR. Tive um baque e respondi que sim. A voz identificou-se dizendo que era o sargento ARRIFES que estava encarregado de me informar que meu irmão tinha falecido poucos minutos antes. Pediu-me desculpa por ser tão directo, mas esclareceu que era o único contacto que tinham para fazer a comunicação, no dossier de meu irmão que me tinha classificado como Cabeça de Casal e, que portanto qualquer assunto deveria ser comunicado a mim que posteriormente eu resolveria como entendesse oportuno.

Foi-me solicitado que no dia seguinte me deslocasse a Évora com os familiares que entendesse, para levantar o corpo e o transportar para Rio Tinto para se proceder ao funeral com honras militares. Foi-me dito que meu irmão estava na câmara mortuária do Hospital de Évora (em frente ao quartel) e que o féretro seria acompanhado pela GNR desde Évora até Rio Tinto.

Como devem calcular, fiquei siderado, mas reagi de imediato. Meus sogros e meus cunhados assim como minha mulher e filhos ficaram a olhar para mim, silenciosos e na expectativa sobre o que teria acontecido. admirados com a palidez do meu rosto (segundo o que me foi dito depois). Fiquei uns segundos parado, sem nada dizer, até que se soltaram as lágrimas dos meus olhos e eu disse que o Luís tinha falecido. Claro que foi um choque para todos. Acabou-se o convívio, desligou-se o rádio e a TV, deram-se abraços e beijos e meus sogros e cunhados, saíram.

Tentei ligar para minha irmã Regina que vivia em Gaia, mas ninguém atendeu. Liguei para meu irmão Fernando, e, disse-lhe que ia ter com ele para depois irmos a casa de minha irmã. Assim foi. Fomos (a minha mulher e eu) a casa de meu irmão e depois para casa da Regina, que chegou passados uns minutos. Com eles resolvi que tinha de fazer a comunicação a nossos pais e à Arminda. Telefonei à Arminda, dizendo-lhe que ia lá para falar de um assunto importante, e acabei por lhe dizer que o Luís tinha falecido, e ela disse que aguardava que eu chegasse para informar os nossos pais.

Nessa altura, eu tinha já há cerca de 2 anos, um carro FIAT 600 - PP-42-75. Com o meu cunhado Manuel (marido da Regina) e meu irmão Fernando fomos para Rio Tinto. Meus pais ficaram admirados quando nos viram todos juntos, àquela hora (seriam talvez 8 horas da noite).

Meu pai disse: "Porque não está aqui o Luís? Morreu?"

Eu aproximando-me dele, disse, chorando: "Sim, paizinho, o LUÍS morreu; por isso é que estamos aqui só nós".

Minha mãe deu um grito e quase que desmaiou e depois começou a chorar baixinho. O meu pai ficou a olhar para nós, tremeu um pouco e começou também a chorar. Durante uns minutos (talvez 5) todos nós choramos, agarrando-nos uns aos outros.

De repente eu e o Manuel recuperamos do choro e entramos na realidade. Era preciso decidir quem ia a Évora para me acompanhar. Ficou resolvido unanimemente que iria eu, o Manuel e o Fernando. Pus a hipótese de irmos  no FIAT mas a Regina foi frontalmente contra; primeiro porque era uma viagem muito longa e depois, porque apenas eu é que tinha carta de condução.

No dia seguinte, de manhãzinha, embarcamos no comboio para Coimbra. Tínhamos pensado em ir até ao Entroncamento e lá apanharíamos comboio para Évora, porém, já não havia comboio a essa hora, a não ser no dia seguinte. Pusemos a hipótese de apanhar um táxi, mas depois fomos à estação de camionagem e arranjamos um autocarro que chegou lá perto das 5 da tarde.

Dirigimo-nos de imediato ao hospital e encontramos lá a GNR a fazer Guarda de honra na Câmara mortuária. Ali ficou decidido que no dia seguinte depois da missa de exéquias, um carro funerário da GNR  sairia para RIO TINTO com mais 2 carros (um só com soldados e outro connosco). Paramos em Tomar, para almoçar e depois prosseguimos até ao Porto - quartel do Carmo - e depois para o cemitério de Rio Tinto para uma capela de onde só no dia seguinte - visto que já era de noite - se efectuaria o funeral.

Foi um funeral memorável para nós. Nunca na minha vida vi um funeral tão concorrido de gente que conhecia o meu irmão, que conhecia a minha família, e que me conhecia. O cemitério além das sepulturas e dos jazigos que lá existem (ou existiam, nessa altura) estava completamente cheio de gente. A GNR fez Guarda de Honra ao caixão e colocou um batalhão de Guardas à porta da capela e na altura do enterramento, lançou uma salva de 21 tiros, o que gelou literalmente a mim e à minha família.


Isto aconteceu em 22 de Maio de 1978.  Há 45 anos.



A PAZ esteja contigo meu querido Irmão. 

P.N.  e  A.M.




ANTÓNIO FONSECA
6 DE SETEMBRO DE 2023

EMÍDIO GUERREIRO - POLITICO PORTUGUÊS - EX- RESIDENTE DO PPD/PSD - NASCEU EM 1899 E MORREU EM 2005 COM 106 ANOS - 6 DE SETEMBRO DE 2023

 

Emídio Guerreiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para o político nascido em 1965, veja Emídio Guerreiro (político).
Emídio Guerreiro
Presidente do Partido Social Democrata
Período1975
Antecessor(a)Francisco Sá Carneiro
Sucessor(a)Francisco Sá Carneiro
Dados pessoais
Nascimento6 de setembro de 1899
Nossa Senhora da OliveiraGuimarães
Morte29 de junho de 2005 (105 anos)
Guimarães
NacionalidadePortugal Portuguesa
PartidoPartido Social Democrata e Partido Renovador Democrático
OcupaçãoProfessor e político

Emídio Guerreiro ComL • GCL (Nossa Senhora da OliveiraGuimarães6 de Setembro de 1899 — Guimarães29 de Junho de 2005) foi um professor de Matemática e político português, opositor do Estado Novo.[1][2][3]

Vida e obra

Emídio Guerreiro, filho de António Guerreiro, 2.º sargento de infantaria, natural de Santo André de Painzela, e de Maria de Oliveira, dona-de-casa, natural de Nossa Senhora da Oliveira, Guimarães, nasceu na Rua de São Dâmaso, em Oliveira do Castelo, Guimarães, a 6 de Setembro de 1899, pelas seis horas da manhã.[4]

Cedo aderiu aos ideais da República, tendo combatido, como voluntário, na Primeira Guerra Mundial. Em 1927 licenciou-se em Matemática, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde foi aluno de Francisco Gomes Teixeira. Após o Golpe do 28 de Maio, em 1926, junta-se aos opositores da Ditadura Militar. Em 1928, no Porto, funda a loja maçónica A Comuna do Grande Oriente Lusitano Unido. Em 1931 é admitido como assistente extraordinário na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, mas acaba por ser afastado, por interferência da PVDE. Em 1932 é preso por escrever um texto contra o presidente Óscar Carmona, evadindo-se um ano depois.

Iniciou em 1932 um exílio de mais de 40 anos, primeiro em Espanha, onde serviu os rojos durante a Guerra Civil; depois em França, onde em plena Segunda Guerra Mundial, se juntou clandestinamente à resistência. Quando a Segunda Guerra termina, fica a leccionar Matemática no Lycée Janson-de-Sailly, em Paris, onde permanece até 1974.

Foi apoiante e colaborador próximo de Humberto Delgado. Depois do assassinato do general, ofereceu-se para liderar a oposição democrática portuguesa, mas encontrou uma total objecção por parte de Mário Soares, que reivindicou para si essa condição.[5]

Mantendo uma consistente actividade de oposição à ditadura, ajudou a fundar em 1967, na capital francesa, a LUAR (Liga de Unidade e Acção Revolucionária), grupo de esquerda revolucionária, adepta da luta armada. Depois do 25 de Abril, a 12 de Maio de 1974 regressou a Portugal. Apesar de ideologicamente próximo do Partido Socialista, a sua incompatibilidade pessoal com Mário Soares, fê-lo optar pela adesão ao Partido Popular Democrático. Dirigente desse partido, viria mesmo a ser eleito secretário-geral interino do PPD durante os meses do PREC, em 1975, numas eleições disputadas a Carlos Mota Pinto, e num período em que Francisco Sá Carneiro se ausentara do país, devido a uma doença grave, para se tratar em Londres.

Depois de ser eleito deputado à Assembleia Constituinte, afastou-se daquele partido em 1976, por discordar da ideia que Sá Carneiro fazia da social-democracia. Viria mais tarde a aderir ao Partido Renovador Democrático, embora já desiludido da política nacional. No final da sua vida, confessava-se próximo do Partido Socialista. Entrevistado pelo jornal Expresso, por ocasião do seu centenário em 1999, elegeu a dignidade humana como o ideal que sempre norteou a sua vida. «Como não pode haver dignidade se não houver liberdade, naturalmente que eu lutei pela liberdade. Lutei contra todos os regimes prepotentes, lutei contra todas as ditaduras», foram as suas declarações.

Faleceu no lar de terceira idade com o seu nome, na sua terra natal, com 105 anos de idade, ao fim de uma longa vida que atravessou os séculos XIXXX e XXI.[1][2][3]

A 30 de Junho de 1980 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 25 de Agosto de 1999 foi elevado a Grã-Cruz da mesma Ordem.[6]

Vida pessoal

Casou-se com Augusta Ferreira da Mota, a 14-12-1924, em Cedofeita, Porto, de quem se divorciou a 7-12-1968. Casou-se com Maria Alice de Carvalho a 3-11-1976, de quem enviuvou a 12-2-2004.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Emídio Guerreiro na página do PSD.
  2. ↑ Ir para:a b Emídio Guerreiro na página da Universidade do Porto.
  3. ↑ Ir para:a b Emídio Guerreiro na Respublica.
  4.  «Assento de baptismo nº 80/1899 da freguesia de Nossa Senhora da Oliveira, Guimarães». tombo.pt. 26 de setembro de 1899. Consultado em 25 de maio de 2021
  5.  Henrique Monteiro (10 de janeiro de 2017). «Uma refeição explosiva». expresso.pt. Consultado em 25 de maio de 2021
  6.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Emídio Guerreiro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 30 de março de 2016

Ligações externas


SANTO ELEUTÉRIO - PAPA - 6 DE SETEMBRO DE 2023

 

Papa Eleutério

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Eleutério
Santo da Igreja Católica
13° Papa da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
DioceseDiocese de Roma
Eleição175
Fim do pontificado189 (14 anos)
PredecessorSotero
SucessorVítor I
Ordenação e nomeação
Dados pessoais
NascimentoEpiroGrécia
130
MorteRomaItália
189 (59 anos)
Nome nascimentoEléutheros
SepulturaNecrópole Vaticana
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de Papas

Papa Santo Eleutério (em latim: Eleutherus; em gregoΕλευθέριος) foi o décimo terceiro papa da Igreja Católica,[1] entre 174 e 189. Pensa-se que tenha origem albanesa e sucedeu a São Sotero. Seu nome, em grego, significa Livre ou Libertador. Seu dia é comemorado em 30 de Maio.

O seu pontificado foi inicialmente pacífico, pois o imperador Cómodo, embora odiado pela aristocracia romana, não perseguiu os cristãos. Segundo a tradição, recebeu cartas de Lúcio, rei de uma parte da Bretanha, pedindo o envio de missionários para o instruir na fé Católica. Atendeu ao pedido iniciando assim a obra de evangelização, enviando os padres São Damião e São Fugácio para baptizarem o rei Lúcio, sua rainha e grande parte da população. Esta história merece o cepticismo dos historiadores por não ser suportada por relatos concretos.

Eleutério resolveu a questão de origem judaica, sobre a distinção entre alimentos puros e impuros, libertando os cristãos de restrições alimentares.

O seu pontificado foi marcado pela luta contra a doutrina montanista, considerada excessiva, e pelo estabelecimento do costume de considerar o papa como Sucessor de Pedro.

Eleutério estabeleceu ainda as primeiras normas para a celebração da Páscoa.

Referências

  1.  «Eleutério»Santa Sé. Consultado em 24 de julho de 2019



Precedido por
Sotero

Papa

13.º
Sucedido por
Vítor I


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