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Bem-vindo
Jogou
tudo. Perdeu tudo. De uma só vez, com o referendo que convocou, o
conservador David Cameron abalou os alicerces da União Europeia, pôs em
causa a coesão do Reino Unido e acabou com a carreira de poder do
próprio primeiro-ministro. Abre-se uma nova página na história do Velho
Continente. Havia 28. Serão 27. E a sombra é nesta altura muito maior do
que a luz.
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Pelas primeiras horas da manhã, o primeiro-ministro britânico anunciou que, perante os resultados, “o país requer uma nova liderança” para o “caminho diferente” que a nação escolheu.
Afirmou ainda que fará “tudo o que puder para estabilizar a situação
nas próximas semanas e meses” acrescentando que “não seria correto
tentar ser o líder que dirige o seu país para o seu próximo destino”. Cameron espera que o país tenha um novo primeiro-ministro antes do início do congresso do Partido Conservador em outubro.
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As horas correm e ao longe, um pouco por todo o mundo, os efeitos são observados e muito reais. A começar pelos mercados, com quedas a oscilar entre os 5% e os 11%. Já esta manhã o Banco Central Europeu disse estar pronto a intervir para evitar uma perda de liquidez após o Brexit. Também o governador do Banco
de Inglaterra anunciou de imediato que a instituição está pronta a
injetar 250 mil milhões de libras (326 mil milhões de euros) de fundos
adicionais para garantir liquidez suficiente ao funcionamento dos
mercados.
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Esta noite, exececionalmente às 22h00, duas reportagens de investigação marcam um especial Sexta à 9. A
primeira revela que Paulo Portas e Assunção Cristas participaram,
enquanto governantes, em decisões que beneficiaram o grupo Mota-Engil.
Asseguraram que a obra da barragem do Tua avançasse mesmo contra a
UNESCO, que não aceitava que se pusesse em causa o património da
Humanidade do Alto Douro Vinhateiro. Logo a seguir, um negócio ruinoso
assinado pelo Estado com o empresário Vasco Pereira Coutinho quando
Durão Barroso era primeiro-ministro. Treze anos depois, a parceria foi
quebrada sem qualquer obra feita. O Estado corre sérios riscos de ter de
pagar 148 milhões de euros ao empresário que entretanto faliu e está
agora em processo de revitalização com dívidas que rondam os 78 milhões
de euros. Sexta às 9, hoje, às 22h00.
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Amanhã, às 20h00, a Seleção Nacional entra em campo para defrontar a Croácia nos oitavos de final do Euro 2016. Esta manhã ainda fez um treino, o último antes do jogo e antes de partir, às 15h30, para Lens, cidade onde será o jogo que pode acompanhar em direto na RTP 1, Antena 1 e, já sabe, no site da RTP.
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“É uma derrota daqueles que acreditam numa Europa não amputada”,
disse esta manhã na Antena 1 António Vitorino, antigo comissário
europeu da Justiça e dos Assuntos Internos. Não crê que a União Europeia
esteja, a breve trecho, em perigo, mas reconhece que se trata de um
“sério revés” que amputa o bloco europeu do ponto de vista geopolítico. Mas
a grande questão, explica, é saber como o Reino Unido vai lidar com as
aspirações independentistas, desde logo na Escócia. Uma análise de um
profundo conhecedor do projeto europeu que vale a pena ouvir aqui.
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