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terça-feira, 25 de agosto de 2015

OBSERVADOR - 25 DE AGOSTO DE 2015


360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia 

A grande queda da China não parou ainda - mas a maré negativa parece agora mais controlada. Xangai caiu hoje mais de 7%, depois das descidas de ontem terem atingido valores que não eram vistos desde o pico da crise financeira de 2008. Lisboa, por exemplo, perdeu 3,1 mil milhões de euros, um resultado parecido com o de muitas praças da Europa e dos EUA.
Esta manhã, houve sinais de acalmia em alguns mercados asiáticos. E sobretudo nos europeus, que abriram em alta (Lisboa, por exemplo, a subir um pouco mais de 1%).
Pelo sim, pelo não, vamos manter-nos atentos - e prontos a dar-lhe alguns dados adicionais sobre o que se está a passar. Pelo caminho, se tiver tempo, passe os olhos por este texto do Washington Post: "Why the Chinese slowdown everybody knew was coming is causing a freak-out".

Cerca de mil migrantes conseguiram atravessar com êxito a Sérvia e a Macedónia nos últimos dias, chegando na segunda-feira a terra firme na Hungria, segundo o relato de um fotógrafo da agência France Presse. Ontem, Angela Merkel e François Hollande reuniram-se em Berlim, pedindo uma resposta “unificada” da Europa à crise migratória.
Porque estas histórias têm caras, a história mais comovente das últimas horas será, creio, a de Sayid, o jovem refugiado sírio acolhido por uma família francesa.

O Governo dos Estados Unidos vai deslocar F-22 para a Europa, caças invisíveis aos radares, no âmbito do seu plano de apoio à NATO, anunciado em 2014 após a intervenção russa na Ucrânia. As "razões de segurança" justificam a decisão.

Informação relevante
É sempre bom quando falam bem de nós lá fora e é assim que começo hoje: a revista Forbes escreve que a nação famosa pelas "viagens marítimas" voltou à descoberta, desta vez na área do empreendedorismo. Pode ser que chame gente nova e bons investimentos, é disso que precisamos.

Quem anda à procura de investidores é o Governo - e pelos vistos com grande urgência. Depois de ter falhado o comprador para a Metro do Porto e STCP, o Executivo decidiu fazer um ajuste direto com 12 dias para formalização de candidaturas. Os autarcas que já estavam contrariados, mais contra ficaram.

Um salto à política? Ontem foi o último dia para entrega de candidaturas e orçamentos às legislativas e há dois dados novos relevantes:
  • Muitos pequenos partidos decidiram apresentar listas em todos (ou quase todos) os círculos eleitorais do país - o que pode levar a que estas sejam as mais concorridas de sempre
  • A Coligação e o PS entregaram orçamentos de campanha mais altos do que em 2011, embora com um valor inferior ao que, na realidade, os dois partidos acabaram por gastar em 2011. Somados os principais partidos, são 5,2 milhões de euros estimados, a larga maioria do total (7 milhões).
Falando da campanha, Horta Osório deu ontem a mão ao PSD, com um pedido para que não se desista de reformar a economia; António Costa decidiu escrever uma carta em capítulos aos indecisos; Paulo Portas desafiou Costa para um duelo (de palavras); e as televisões desistiram do debate a quatro, face à ausência de Passos Coelho - com o sal e pimenta de vermos o PCP a entregar a Heloísa Apolónia, dos Verdes, o debate com Portas.

Na economia, vale a pena ler um trabalho do Público com o tempo que os desempregados demoram a encontrar emprego - em média e por setor. Conclusão à primeira vista: é no setor têxtil que é preciso esperar mais, na Administração Pública que se encontra trabalho mais rápido.

O que parece estar a correr bem é o programa de apoio à reabilitação urbana: os programas públicos esgotaram a verba disponível.

Pelo caminho, os CTT deram mais um passo para lançar o seu prometido banco. O objetivo é abrir até ao fim do ano.

Falando da banca, diz o Económico que os norte-americanos da Apollo querem abrir a porta a uma fusão do Novo Banco com o BPI. Para já, terão de aguardar as negociações do Banco de Portugal com a Fosun.

Na PT Portugal, uma notícia para agitar: o presidente da empresa continua a receber dinheiro da Agência para a Modernização Administrativa, instituto público a que presidiu até Abril, até ter sido nomeado presidente executivo da operadora da Altice. Agora, a AMA "inclina-se" para a existência de um conflito de interesses e diz ter pedido um parecer a uma "entidade externa". A notícia é também do Económico.

Os nossos Especiais
A joia que o incêndio do Chiado tirou e nunca devolveu. O incêndio no Chiado foi há 27 anos - e há 27 anos que a história de João Veiga e sua família está perdida. Desde aquele telefonema às 6h00 desse agosto de 1988 que espera voltar para a loja que as chamas consumiram na Rua do Ouro. A história do que lhe aconteceu, das cartas que trocou com a Câmara de Lisboa e das voltas que o prédio deu parece ter saltado das páginas de Kafka. Reportagem do João Pedro Pincha.

Era uma vez no Facebook. Serão as redes sociais as fontes históricas do futuro? Porque nada reflete melhor o dia-a-dia de um cidadão do século XXI do que o Facebook, Katrine Weller, uma investigadora, acredita que as redes sociais serão as fontes histórica do futuro. A Rita Cipriano falou com ela para perceber até que ponto os livros de história se vão encher de likes e de emojis.

Ser refugiada em Portugal. As histórias de quatro mulheres. Hawreen, Shahad, Katherine e Liuba são quatro jovens mulheres que escolheram Portugal para estudar, trabalhar e viver. Do Curdistão Iraquiano, passando pela Palestina até à Crimeia e à Moldávia, chegam relatos feitos na primeira pessoa, que nos mostram uma realidade diferente da que conhecemos, um mundo mais pequeno mas não menos perigoso.

Notícias surpreendentes
Perdido, mas divertido, é como anda Adrien Fisher, o homem que construiu os 700 labirintos mais confusos e do mundo. Nada de dramático: são jardins, particularmente bonitos e, como pode ver, desconcertantes.

Meio perdidos, mas orgulhosamente sozinhos: no ADN aqui do Observador, a Catarina Marques Rodrigues fala-nos desta nova moda de gente que prefere fazer férias sem companhia. Não é uma missão para todos e precisa de preparação, mas há quem venha de alma cheia. 

Para praticar em família temos sempre o... Monopólio, que agora faz 80 anos. Sabia que o jogo mais interessante sobre o capitalismo está cheio de pequenos segredos bem guardados? Uma pista: tudo começou na grande depressão. Ora espreite e veja se não é pedagógico.

A propósito de família, a Ana Dias Ferreira entrevistou o brasileiro Francisco Bosco, o filósofo brasileiro e pai de dois filhos pequenos, que acabou de publicar um livro onde pega em autores como Freud e Lacan, e aplica-os à sua experiência de noites mal dormidas, birras e... pelos brancos prematuros na barba. É a Filosofia do Quarto dos Brinquedos, para ler e aprender.

Por agora é tudo. Fica a promessa de que o Observador continuará atento, não só ao que se passa nas bolsas, mas a tudo o mais que se passe em Portugal e no mundo. É só clicar, esteja onde estiver, a que horas for.

Desejo-lhe um dia produtivo (se estiver em férias) e muito feliz (sempre, em qualquer circunstância). Se quiser inspiração para tudo corra pelo melhor, aqui está uma ideia da Joana Emídio Marques, nada menos do que um dos produtos mais bem sucedidos da humanidade: o batom.

Até já!
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ANTÓNIO FONSECA

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