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sábado, 9 de maio de 2020

OBSERVADOR - DESPORTO - 9 DE MAIO DE 2020

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Desporto

Por Bruno Roseiro, Editor de Desporto
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A notícia foi avançada na última semana de abril pela Der Spiegel e saiu do Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho da Alemanha: todos os jogadores de futebol teriam de usar máscaras específicas que fossem resistentes a sprints, cabeceamentos e choques para voltarem à ação, sendo que essas mesmas máscaras teriam de ser trocadas de 15 em 15 minutos. Dennis Aogo, internacional alemão de 33 anos que está hoje no Hannover, aceitou o desafio do Bild e fez um treino nessas condições. “A conclusão é clara: não dá! As dificuldades causadas na respiração são demasiado grandes, não tem nada a ver o futebol que amamos”, disse. E não mais se falou nesse tema, embora sejam muitas as obrigatoriedades e recomendações protocolares no regresso da Bundesliga, no dia 16.
Tudo estava pronto e à espera da palavra final de Angela Merkel, chanceler que reuniu por videoconferência com os 16 líderes dos estados do país antes de anunciar as medidas e prazos de desconfinamento no país numa fase onde a pandemia parece controlada. O futebol, neste caso nas duas principais ligas profissionais, é uma das atividades que pode regressar, a partir do final da próxima semana. E nem mesmo os dez casos positivos que foram encontrados em mais de 1.700 testes feitos a jogadores, técnicos e elementos do staff das equipas da Primeira e da Segunda Liga do país desaceleraram o processo, apesar de um desses clubes, o Erzgebirge Aue, ter preferido colocar todo o plantel de quarentena depois de ter encontrado um caso ativo entre os seus elementos.
Com isso, vão entrar 300 milhões de euros relativos aos direitos televisivos até ao final da temporada na conta dos clubes. Mas há muito mais para ter em conta: os jogos são à porta fechada, os estádios estarão divididos em três zonas, os jogadores serão todos testados antes dos encontros, o aquecimento será realizado à vez para evitar aglomerações no túnel de acesso aos balneários, não há cumprimentos iniciais nem celebrações, cada jogador terá a sua garrafa de água, os chuveiros serão utilizados de forma individual, o uso do ginásio antes terá de ser feito com máscaras e luvas descartáveis e as piscinas e banheiras de hidromassagem estão proibidas. A lista tem mais pontos mas a ideia está percebida: a “normalidade” vai ser tudo menos “normal”. E ainda subsistem dúvidas.
Numa carta enviada à Premier League, os médicos das 20 equipas do principal escalão inglês apresentaram 100 dúvidas sobre o regresso do futebol. Dois exemplos: o vírus pode sobreviver nas luvas do guarda-redes? E pode ser transmitido através do suor? As respostas às questões e a muitas outras está num especial do Observador que foi publicado esta sexta-feira, que explica as principais preocupações que existem nesta fase da pandemia.
Por cá, as decisões começaram a ser tomadas mas as maiores de todas, a nível de regresso da Primeira Liga, ainda estão em fase de estudo. A Direção da Liga de Clubes ratificou as subidas de Nacional e Farense e as descidas de Cova da Piedade e Casa Pia, ao mesmo tempo que anunciou os apoios financeiros à Segunda Liga depois do final da competição. Já a Federação anunciou uma autêntica “revolução” nos quadros competitivos do futebol amador (ou semi profissional, em alguns casos), com um novo modelo que aumenta a competitividade, privilegia uma maior proximidade geográfica e encontra outro espaço para jovens na transição dos juniores para os seniores. O que falta saber? Quando e onde se vai jogar a Primeira Liga – um calendário que circulou e que colocava o encontro entre Portimonense e Benfica em Alvalade na 26.ª jornada, por exemplo, era fake news. Tudo aponta para um cenário com seis estádios em três grandes polos (Lisboa, Porto e Minho) mas ainda há Aveiro e Coimbra.
Na segunda-feira, os treinos das principais equipas nacionais tiveram um outro “mediatismo” (sendo que no início da próxima semana também os árbitros vão regressar aos trabalhos normais de preparação).
Destaque ainda para o caso do Flamengo, como exemplo paradigmático de um dos problemas que alguns clubes estão a encontrar no regresso aos trabalhos (e que também se têm verificado, numa dimensão menor, na Serie A – que ainda continua com o resto da temporada em dúvida): o clube, que perdeu o carismático massagista Jorginho que levava 40 anos dos cariocas vítima de Covid-19, avançou com uma realização massiva de testes a jogadores, equipa técnica, membros do staff, funcionários de apoio, outros elementos que trabalham em prestação de serviços e familiares, num total de 293 exames realizados, e detetou 38 casos positivos (além de 11 que entretanto ganharam anticorpos), todos eles assintomáticos, incluindo três atletas da equipa principal.
Numa semana que ficou marcada por um artigo de Fernando Gomes, presidente da Federação, onde é explicado o porquê de o futuro do futebol não estar garantido, nota para o ponto final que houve numa polémica com o parecer positivo da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados para a possibilidade de Cláudia Santos poder acumular o cargo de deputada com o de líder do Conselho de Disciplina da Federação. Antes, houve uma primeira crítica de Marques Mendes à situação, uma resposta da Federação que se apoiava numa aprovação que ainda não estava votada e uma polémica carta de Mário Figueiredo, antigo presidente da Liga.
Por fim, nota para o despacho de alteração não substancial de factos do caso de Alcochete, onde as juízas do coletivo reduzem a acusação de 143 páginas a apenas 19 e alteram vários dados em relação ao antigo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho. O ex-líder, que foi “ilibado” pelo Ministério Público nas alegações finais, terá de aguardar pela leitura da sentença mas a procuradora Cândida Vilar sai como derrotada no processo.

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