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sexta-feira, 22 de abril de 2022

SANTA SENHORINHA DE BASTO - 22 DE ABRIL DE 2022

 

Santa Senhorinha de Basto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Santa Senhorinha de Basto
Santa Senhorinha, ilustração da obra "Caractéristiques des saints dans l'art populaire" de Charles Cahier'
Abadessa das Terras de Basto
NascimentoVieira do Minho 
925
MorteCabeceiras de Basto 
22 de abril de 982 (58 anos)
Nome nascimentoDomitilla Ufes
Nome religiosoSenhorinha
ProgenitoresMãe: D. Teresa Soares
Pai: D. Ufo Ufes
Canonização1130
por D. Paio Mendes, arcebispo de Braga
Festa litúrgica22 de abril
Gloriole.svg Portal dos Santos

Santa Senhorinha de Basto (Vieira do Minho, c. 925 - BastoCabeceiras de Basto22 de Abril de 982) foi uma abadessa beneditina portuguesa, canonizada santa pela Igreja Católica em 1130.[1]

Biografia

Nascida no ano de 925, em Vieira do Minho, no Condado Portucalense, sob o nome de Domitilla Ufes ou ainda Genoveva Ufes, segundo algumas fontes históricas, Senhorinha de Basto era filha da condessa D. Teresa Soares e do conde D. Ufo Ufesrico-homemcavaleiro medievalcapitão-general do concelho de Vieira do Minho e governador de Viseu, sendo neta de D. Hugo Soares Belfaguer, senhor feudal da Casa de Sousa, de origem visigótica.[2][3] Era a segunda filha do casal, irmã de D. Vizoi Vizois e de D. Ufa Ufes, que se casou com D. Arnaldo Eris de Baião, senhor de Baião, e prima do bispo de DumeSão Rosendo de Celanova. Em outros documentos, é apontada também como irmã de São Gervásio de Basto.[4] Após a morte prematura da sua mãe, D. Ufo Ufes passou a chamá-la de Senhorinha, "pequena senhora".[5]

Com 15 anos de idade recusou casar com um nobre pretendente, ingressando pouco depois na vida monástica sob a guarda de D. Godinha, sua tia materna e abadessa no Mosteiro de São João de Vieira do Minho, da Ordem de São Bento. Professando o seu noviciado, fez os votos ou conselhos evangélicos e adoptou o nome de Irmã Senhorinha.[6]

Anos mais tarde, aos 36 anos, após a morte da sua tia, que se tornou também santa, Senhorinha tornou-se abadessa do Mosteiro de São João de Vieira do Minho, transferindo-se pouco depois, com as suas religiosas, para um mosteiro em São Jorge de Basto, no município de Cabeceiras de Basto, passando a localidade a figurar no nome da santa portuguesa.[7][8]

A 22 de abril de 982, Santa Senhorinha de Basto faleceu, com 58 anos de idade, sendo sepultada em campa rasa, junto do altar-mor, na igreja do mosteiro, entre os túmulos de Santa Godinha e de São Gervásio de Basto.[9]

Legado e Canonização

Igreja de Santa Senhorinha de Basto, Basto, Cabeceiras de Basto

Tendo-lhe sido atribuídos numerosos milagres durante a sua vida, como transformar água em vinho ou outros actos de intervenção divina durante eventos naturais ou com animais, tendo interrompido uma tempestade para se realizar a colheita do trigo ou silenciado rãs numa lagoa para se realizar o ofício litúrgico, após a sua morte, o arcebispo de BragaD. Paio Mendes, foi visitar o sepulcro, decidido a exumar o seu corpo para averiguar os rumores de que este se mantinha bem preservado, como se a abadessa estivesse apenas a dormir.[10] Criando-se um enorme alvoroço na população que acudiu à igreja para impedir o acto e tendo o arcebispo testemunhado um milagre, onde um cego ganhou visão, a abadessa foi canonizada santa em 1130.[11][12]

Devido à enorme devoção que Santa Senhorinha de Basto inspirou, durante a Baixa Idade Média, o seu túmulo tornou-se num grande centro de peregrinações, contando-se entre os grandes devotos os reis D. Sancho I e D. Pedro I. Por esse facto, a localidade de São Jorge de Basto passou a denominar-se Santa Senhorinha de Basto, sendo a freguesia actualmente apenas referida como Basto.[13][14]

Durante o século XVIII, a festa de Santa Senhorinha foi introduzida no Breviário Bracarense de D. Rodrigo de Moura Teles, sendo celebrada em todo o país a 22 de abril até ao fim do século XIX.[15]

Em 1982, celebrou-se com solenidade o milenário da morte da santa em Basto.

igreja de São Victor, em Braga, encerra um notável conjunto de azulejos alusivos à sua vida.

Referências

  1.  The Benedictine Monks of St. Augustine's Abbey, Ramsgate (1947). The Book of Saints: A Dictionary of Servants of God Canonized by the Catholic Church: Extracted from the Roman & Other Martyrologies (em inglês). [S.l.]: Macmillan Company
  2.  Leão, Duarte Nunes do (1610). Descripcao do reino de Portugal. Per Duarte Nunez do Leao, desembragador da casa da supplicao. Dirigida ao illustissimo & muito excellente snor Dom Diogo da Sylva .. [S.l.]: impresso com licenca, por Iorge Rodriguez
  3.  Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho Leal, Augusto (1873). Portugal Antigo e Moderno Diccionario. [S.l.: s.n.]
  4.  Fernandes, A. de Almeida (2001). Portugal primitivo medievo. [S.l.]: Associação da Defesa do Património Arouquense
  5.  Lima, Baptista de (1932). Terras portuguesas: arquivo histórico-corográfico ou corografia histórica portuguesa. [S.l.]: Camoes
  6.  Herculano, Alexandre (1856). Portugaliae monumenta historica a saeculo octavo post Christum usque ad quintumdecimum iussu Academiae Scientiarum Olisiponensis edita: Scriptores. [S.l.]: Typis Academicis
  7.  Barroca, Mário Jorge (2000). Epigrafia medieval Portuguesa (862-1422): Corpus epigráfico medieval Português (2 pts.). [S.l.]: Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Ministério da Ciência e da Tecnologia
  8.  d'Azevedo, Torquato Peixoto (1845). Memorias resuscitadas da antiga Guimataes. [S.l.]: Typogr. da Revista.
  9.  Dunbar, Agnes Baillie Cunninghame (1905). A Dictionary of Saintly Women (em inglês). [S.l.]: Bell
  10.  Martins, Mário (1957). Peregrinações e livros de milagres na nossa idade média. [S.l.]: Edićões Brotéria
  11.  Laporte, Claude (2008). Tous les saints de l'orthodoxie (em francês). [S.l.]: Xenia
  12.  Revue d'histoire ecclésiastique (em francês). [S.l.]: Université catholique de Louvain. 2005
  13.  Castro, João Baptista de (1870). Mappa de Portugal antigo e moderno. [S.l.]: Typ. do Panorama
  14.  Vieira, José Augusto (1886). O Minho pittoresco. [S.l.]: Livraria de Antonio Maria Pereira
  15.  Ramos de Andrade, António Alberto (1981). Dicionário de história da Igreja em Portugal. [S.l.]: Editorial Resistência

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