quarta-feira, 7 de novembro de 2018

DIA INTERNACIONAL DA PREGUIÇA "FOLÍVORA" (ANIMAL) - 7 DE NOVEMBRO DE 2018

Folivora

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaFolivora[1]
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Mammalia
Superordem:Xenarthra
Ordem:Pilosa
Subordem:Folivora
Delsuc, Catzeflis, Stanhope, and Douzery, 2001
Famílias
Bradypodidae
Folivora é uma subordem de mamíferos, da ordem Pilosa, cujas espécies são conhecidas popularmente por preguiçabicho-preguiçaaígue e cabeluda.[2]
São mamíferos arborícolas e estão divididos em dois gêneros, Bradypus e Choloepus. Representam a superordem Xenarthra, juntamente com os tamanduás e tatus.[carece de fontes]
Todos os dedos têm garras longas pelas quais a preguiça se pendura aos galhos das árvores, com o dorso para baixo. Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus movimentos extremamente lentos. É um animal de pelos longos, que vive na copa das árvores de florestas tropicais desde a América Central até o norte da Argentina. Na Mata Atlântica, o animal se alimenta dos frutos da Cecropia (a embaúba, conhecida, por isto, como árvore-da-preguiça).
De hábitos solitários, a preguiça tem, como defesa, sua camuflagem e suas garras. Para se alimentar, a preguiça utiliza-se de "dentes" que se apresentam em forma de uma pequena serra. Herbívoro, tem hábitos alimentares restritos, o que torna difícil sua manutenção em cativeiro, além disso o bicho-preguiça é um dos poucos mamíferos que vive sem precisar de água, isso porque a quantidade necessária do líquido para a sua sobrevivência é absorvida dos alimentos (raízes, folhas e frutos de algumas árvores, como da embaúba, figueira, ingazeira e tararanga). Dorme cerca de catorze horas por dia, também pendurada nas árvores. Na reprodução, dá apenas uma cria. Apenas a fêmea cuida do filhote. Reproduz-se, como tudo que faz, na copa das árvores. Raramente desce ao chão, apenas aproximadamente a cada sete dias para fazer as suas necessidades fisiológicas. O seu principal predador é a onça-pintada.[carece de fontes]
O grupo dos bradipodídeos estão distribuídos da América Central até o norte da Argentina, tendo uma ampla ocorrência no Brasil. No entanto, a  devastação de seu habitat tem gerado um impacto significativo nas populações destes mamíferos. O homem vem adentrando as áreas de floresta, o que tem provocado, sobretudo, a fragmentação de ambientes naturais e aumentado, consequentemente, as taxas de extinção.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Preguiça" e "bicho-preguiça" são termos que remetem ao comportamento extremamente lento do animal. "Aí" e "aígue" são oriundos do vocábulo tupi a'í, de origem onomatopaica.[3]

Classificação[editar | editar código-fonte]

Esqueleto de Megalonyx wheatleyi
Subordem Folivora (preguiças)

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Distribuição do gênero Bradypus: Verde=B. variegatus, Azul=B. tridactylus, Vermelho=B. torquatus
As preguiças vivem apenas nas matas do continente americano e estão divididas em seis espécies diferentes, que podem ter dois ou três-dedos nas patas anteriores.
Apesar de ocuparem o mesmo nicho ecológico, dificilmente se verifica a presença dos dois gêneros em uma mesma área.
No Brasil, existem as seguintes espécies de três-dedos:
Em 2001, foi descoberta uma nova espécie no Panamá: a preguiça-anã (B. pygmaeus).
preguiça-de-dois-dedos (Choloepus hoffmanni) é encontrada da América Central até São Paulo, no Brasil.
preguiça-real (Choloepus didactylus) vive nas florestas tropicais, desde a Nicarágua até o Brasil Central.

Aparência[editar | editar código-fonte]

Choloepus sp.
São animais de porte médio (cerca de 3,5 a seis quilogramas quando adultas), de coloração geral cinza, tracejada de branco ou marrom-ferrugem, podendo ter manchas claras ou negras. A pelagem pode parecer esverdeada graças às algas que se desenvolvem na sua pelagem e que servem de alimento para as lagartas de determinadas espécies de mariposa, que vivem associadas aos bichos-preguiça.
O pelo cresce em sentido diferente dos demais mamíferos, isto é, cresce do ventre em direção ao dorso. Essa adaptação se dá ao fato da preguiça passar quase o tempo todo de cabeça para baixo, o que ajuda a água da chuva a correr sobre o corpo do animal.
Possuem membros compridos, corpo curto, cauda curta e grossa, adaptados para o seu modo de vida (sempre pendurados em galhos da copa de árvores altas).
Possuem de oito a nove vértebras cervicais, o que lhes possibilita girar a cabeça 270 graus sem mover o corpo. Seus movimentos são sempre muito lentos e costumam dormir cerca de catorze horas por dia, por isso receberam o nome.
A sua temperatura corporal é sempre muito próxima à do ambiente, sendo por isso considerados animais homeotérmicos imperfeitos.

Dieta[editar | editar código-fonte]

As preguiças alimentam-se de folhas novas de um número restrito de árvores, dentre as quais se conhecem a embaúba, a ingazeira, a figueira e a tararanga. O estômago dos bichos-preguiça é um tanto semelhante ao dos animais ruminantes, pois é dividido em quatro compartimentos e contém uma rica flora bacteriana, que permite a digestão inclusive de folhas com alto teor de compostos naturais tóxicos.
Os dentes das preguiças não têm esmalte, por isso só se alimentam de brotos e folhas. Estão sempre crescendo devido ao contínuo desgaste. Por não ter incisivos, a preguiça parte as folhas usando seus lábios duros.
Podem também se nutrir lambendo as algas que crescem em seus pêlos.
As preguiças nunca bebem água pois a quantidade que elas necessitam para viver é absorvida do próprio alimento, através das paredes intestinais, durante o processo de digestão.

Reprodução[editar | editar código-fonte]

A gestação da preguiça dura quase onze meses. O recém-nascido mede de vinte a 25 centímetros e pesa de cerca de 260 a 320 gramas. As fêmeas dos bichos-preguiça carregam o filhote nas costas e ventre durante aproximadamente os nove primeiros meses de vida. Durante esse período, a mãe protege o filhote, enquanto ele se prepara para sobreviver sozinho no ambiente da mata.
A expectativa de vida para uma preguiça varia de trinta a quarenta anos.

Hábitos[editar | editar código-fonte]

Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa e muitos cipós, onde se penduram usando as garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não servem para nenhuma defesa, devido à lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, à sua coloração e ao fato de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar as preguiças na mata. Mesmo assim, elas têm predadores naturais, como a Harpia, as onças e algumas serpentes.
Várias espécies de besouro e ácaro se alimentam das fezes das preguiças e usam esses animais principalmente como transporte (forésia).
Urinam e defecam apenas a cada sete ou oito dias, sempre no chão, próximo à base da árvore em que costuma se alimentar. Com isso, há uma reciclagem dos nutrientes contidos nas folhas ingeridas pelo animal, que são parcialmente devolvidos à árvore através dos seus dejetos.
Apesar de lentas em terra, as preguiças são excelentes nadadoras.

Status de Conservação[editar | editar código-fonte]

Bicho-preguiça.jpg
Atualmente, o principal predador desses animais é mesmo o homem, que as comercializa em feiras livres e nas margens de rodovias. A ação do homem sobre esses animais tem sido muito facilitada, nos últimos tempos, pela acelerada fragmentação e destruição das matas, o que leva as preguiças a se locomoverem desajeitadamente pela superfície do solo, de uma ilha de mata para outra, em busca de sobrevivência, ficando totalmente expostas à caça e à captura.
A preguiça-de-três-dedos é muito procurada como animal de estimação. Contudo, seu metabolismo lento e adaptado as condições de vida na floresta mostra-se extremamente vulnerável a doenças, causando uma alta mortalidade entre animais em cativeiro.
Graças ao seu temperamento agressivo e a seus caninos afiados, a preguiça-de-dois-dedos não é valorizada como bicho de estimação.
Devido a seu habitat limitado à copa das árvores, e a seus hábitos alimentares especializados, a preguiça é muito afetada pela diminuição das florestas tropicais. Estima-se que venha a ser espécie ameaçada em futuro próximo.
No Brasil, ocorrem todas as espécies de preguiças de três dedos, estando o B. torquatus restrito à Mata Atlântica.

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BRANCA (ANA) GONTA COLAÇO - NASCEU EM 1903 - 7 DE NOVEMBRO DE 2018

Branca de Gonta Colaço

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Branca de Gonta Colaço
Branca de Gonta Colaço, c. 1908
Nome completoBranca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço
Nascimento8 de julho de 1880
LisboaPortugal
Morte22 de março de 1945 (64 anos)
LisboaPortugal
NacionalidadePortugal Portuguesa
CônjugeJorge Rey Colaço
OcupaçãoEscritora e recitalista
Magnum opusMemórias da Marqueza de Rio Maior
Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço OSE (Lisboa8 de Julho de 1880 — Lisboa, 22 de Março de 1945), mais conhecida por Branca de Gonta Colaço, foi uma escritora e recitalista portuguesa, erudita e poliglota, que ficou sobretudo conhecida como poetisa, dramaturga e conferencista. Era filha da inglesa Ann Charlotte Syder e do político e escritor português Tomás Ribeiro. Casou com Jorge Rey Colaço, um ceramista de renome, tendo publicado a sua obra sob o nome de Branca de Gonta Colaço.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro nasceu em Lisboa a 8 de Julho de 1880, filha do político e poeta Tomás Ribeiro e da poetisa inglesa Ann Charlotte Syder. Nascida numa das famílias mais ligadas à actividade intelectual da época, na sua juventude convive com nomes de relevo das letras e das artes portuguesas.
Com apenas 18 anos de idade, casou em 1898 com o pintor e azulejista Jorge Rey Colaço, adoptando o nome de Branca de Gonta Colaço. O apelido Gonta, na realidade um sobrenome, deriva de Parada de Gonta, a aldeia natal de seu pai.
Cedo revelando talento para as letras, inicia-se como poetisa e como colaboradora de publicações literárias, contribuindo activamente para um grande número de jornais e revistas. Deixou colaboração dispersa por múltiplos peródicos, com destaque para os jornais O Dia, de José Augusto Moreira de Almeida, e O Talassa[1] (1913-1915), um periódico humorístico que foi dirigido pelo seu marido. Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas A Arte Musical [2] (1898-1915), Serões [3](1901-1911), Illustração portugueza [4] (1903-1980) e Ilustração [5] (1926-).
Por iniciativa sua, a Academia das Ciências de Lisboa promoveu em 1918 uma homenagem a Maria Amália Vaz de Carvalho. Nessa ocasião distinguiu-se também como conferencista e recitalista.
Era poliglota, escrevendo correntemente em inglês, sendo-lhe devidas algumas traduções de grande mérito.
A sua obra multifacetada abrange géneros tão diversos como a poesia, o drama e as memórias. Nela dá um valioso retrato das elites sociais e intelectuais portuguesas do seu tempo, com as quais conviveu e de que fez parte.
Com uma obra reconhecida em Portugal e no Brasil, França e Espanha, foi distinguida por várias sociedades científicas e literárias portuguesas e estrangeiras. O Estado português agraciou-a a 5 de Outubro de 1931 com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[6]
Branca Colaço foi mãe do escritor Tomás Ribeiro Colaço e da escultora Ana de Gonta Colaço.
Faleceu em Lisboa a 22 de Março de 1945. Em Lisboa e em Parada de Gonta existem ruas com o seu nome. Em 1949 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou a escritora dando o seu nome a uma rua junto à Avenida da Igreja, em Alvalade.[7]

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

Branca de Gonta Colaço deixou um volumoso legado literário, em boa parte disperso por periódicos, sendo autora, entre muitas outras obras, das seguintes:
  • Cartas de Camillo Castello Branco a Thomaz Ribeiro, com um prefácio de Branca de Gonta Colaço, Portugália, Lisboa, 1922; obra reeditada em versão fac-simile pela Câmara Municipal de Tondela, 2001.
  • Memórias da Marqueza de Rio Maior, compiladas por Branca de Gonta Colaço, Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1930.
  • Memórias da linha de Cascais, em co-autoria com Maria Archer (1899-1982), Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1943; reeditada em versão fac-simile pela Câmara Municipal de Oeiras, 1999 (ISBN 972-637-066-3).
  • Ecos do atentado (poemas) in Basil-Portugal, n.º 219, Lisboa, 1908.
  • A Sua Alteza o Príncipe Real (poema dedicado à memória do Príncipe Luís Filipe), in Basil-Portugal, n.º 219, Lisboa, 1908.
  • Memórias da Marquesa de Rio Maior: Bemposta – Subserra, pref. de Maria Filomena Mónica, Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 2005 (ISBN 972-8645-25-2).
  • Matinas, 1907 (poesia);
  • Canção do Meio Dia, 1912 (poesia);
  • Hora da Sesta, 1918 (poesia);
  • Últimas Canções, 1926 (poesia);
  • Auto dos faroleiros, 1921 (teatro, levada à cena no Teatro Nacional);
  • Comédia da Vida (teatro, em colaboração com Aura Abranches);
  • Porque Sim… (teatro);
  • Poetas de Ontem, 1915 (prosa);
  • À Margem da Crónica, 1917 (prosa);
  • Últimas Canções, 1926;
  • Abençoada a Hora em que Nasci (publicada postumamente), Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1945.

Referências

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