Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto
Gleb Garanich - Reuters
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
O Papa Francisco pode visitar a Ucrânia já em agosto, anunciou o arcebispo Paul Richard Gallagher numa entrevista ao programa televisivo italiano TG1.
Citado pelo Kyiv Independent, o arcebispo indicou que o Vaticano está a considerar esta visita, uma vez que poderá ter "resultados positivos" no terreno.
O ministro dos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu à China que condene a "agressão" russa na Ucrânia, após se encontrar na ilha indonésia de Bali com o seu homólog chinês Wang Yi.
"Este é realmente o momento em que todos nós temos de nos levantar, como um país após o outro do G20 tem feito, para condenar a agressão e exigir, entre outras coisas, que a Rússia permita o acesso a alimentos bloqueados na Ucrânia", disse Blinken.
As autoridades ucranianas dão conta de várias explosões. Dizem que foram atingidas pelo menos doze localidades. Sobretudo nas imediações das cidades de Bakhmut, Kramatorsk e Slaviansk. Não há registo de vítimas.
Nas últimas horas, há também notícia da queda de um míssil em Ingulets, uma localidade situada entre Dnipro e Kherson, já bem perto da zona que é controlada pelos militares russos. Um ataque que causou um morto e dois feridos, um dos quais encontra-se em estado crítico.
A Rússia está a movimentar forças de reserva de todo o país e reunindo-as perto da Ucrânia para futuras operações ofensivas, disse a inteligência militar britânica este sábado.
Uma grande proporção das novas unidades de infantaria russa provavelmente está a ser implantada com veículos blindados MT-LB retirados do armazenamento de longo prazo como transporte principal, segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido.
Os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 400 milhões de dólares (cerca de 393 milhões de euros), com armas de “maior capacidade precisão”. Segundo um alto funcionário do Departamento de Defesa norte-americana, o novo pacote contém quatro Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS, na sigla em inglês) e munições para esses projéteis de longo alcance.
Este tipo de armamento, “está a ser muito importante e eficaz para ajudar a Ucrânia” quando se trata de combater a artilharia russa no Donbass e com o novo HIMARS, Kiev terá um total de 12 sistemas desse tipo.
“O que estamos a ver agora é como os EUA aumentaram os sistemas HIMARS e mísseis para esses sistemas, com os quais a Ucrânia está a atingir com sucesso as posições russas na Ucrânia nas linhas da frente e a bloquear a sua capacidade de realizar operações de artilharia”, explicou o responsável do Pentágono.
A nova ajuda inclui três viaturas táticas para ajudar nas tarefas de abastecimento e recuperação de materiais, bem como 1.000 peças de munições para artilharia de 155 milímetros, “com maior precisão e a oferecer à Ucrânia a capacidade de atacar com precisão alvos específicos”, observou.
• Uma autoridade regional ucraniana alertou sexta-feira para deterioração das condições de vida em Sievierodonetsk, cidade capturada pelos russos há duas semanas, dizendo que a cidade está sem água, energia ou sistema de esgotos a funcionar. Sievierodonetsk ocupada “está à beira de uma catástrofe humanitária”, escreveu nas redes sociais o governador de Lugansk, Serhiy Haidai.
• O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação, José Manuel Albares, pediu sexta-feira à China, durante uma reunião com o homólogo chinês, Wang Yi, "colaboração ativa" para pôr fim à guerra na Ucrânia. Albares e Wang reuniram-se à margem da reunião de ministros dos negócios estrangeiros do G20 que decorreu quinta-feira e hoje em Nusa Dua, na ilha indonésia de Bali, e o ministro espanhol disse à agência Efe que via no seu colega chinês "uma atitude construtiva".
• Kiev continua a apelar ao seus aliados que enviem mais armas para retardar o avanço militar da Rússia na região leste de Donbass, numa altura que os negociadores ucranianos afirmam que uma mudança no conflito se está a aproximar. As rmas ocidentais de alta precisão estão a ajudar as forças ucranianas a desacelerar a invasão da Rússia, mas a Ucrânia não tem material militar suficientes e os soldados ainda precisam de tempo para se adaptar ao uso destas, disse um alto funcionário de segurança ucraniano
• O embaixador da Rússia no Reino Unido considera improvável que Moscovo se retire da costa sul da Ucrânia e que é provável que derrote as forças ucranianas em toda a região oriental de Donbass
• Já a Inteligência britânica afirma que a Rússia está a tentar concetrar as suas forças na direção de Siversk, a cerca de 8 quilómetros a oeste da atual linha de frente russa. Segundo o Reino Unido, as tropas russas estão a reabastecer-se antes de realizar novas operações ofensivas na região de Donetsk, enquanto as tropas ucranianas se preparam para repelir outro ataque
• Na sexta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 pediram o fim da guerra e do bloqueio de cereais na Ucrânia. No mesmo dia, o principal diplomata da Rússia denunciou o Ocidente por "críticas frenéticas" e por desperdiçar uma oportunidade de enfrentar os problemas económicos globais. Também Vladimir Putin voltou a realçar que a manutenção das sanções contra a Rússia pode levar a aumentos "catastróficos" dos preços da energia para os consumidores europeus