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Parte de uma série sobre a |
Guerra |
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As armas químicas diferem de
armas convencionais ou
nucleares porque seus efeitos destrutivos não são principalmente decorrentes da força explosiva. A categoria de armas químicas pode incluir, além das armas químicas propriamente ditas, também aquelas que utilizam provavelmente
venenos de origem biológica. Quanto a isto, há controvérsias. De todo modo, o uso ofensivo de organismos vivos (como o
antrax) é em geral considerado como
guerra biológica, para efeito dos acordos internacionais sobre armamento pesado.
A guerra química moderna surge na
Primeira Guerra Mundial, para superar a luta nas
trincheiras, derrotando o inimigo com gases venenosos. (
ver: Gás venenoso na Primeira Guerra Mundial) No conflito, as armas químicas mataram ou feriram cerca de 800 mil pessoas. A substância mais conhecida era o gás mostarda (de cor amarelada), capaz de queimar a pele e produzir danos graves ao
pulmão, quando aspirado.
A Convenção de Armas Químicas (CWC) é conseqüência do
Protocolo de Genebra de
1925, que proíbe o uso de gases
tóxicos e métodos biológicos para fins bélicos. Vários países assinaram o acordo, antes da
II Guerra Mundial, quando foram interrompidas as negociações. A discussão do protocolo só foi retomada com o fim da
Guerra Fria.
Finalmente, em
1993, a CWC foi concluída, sendo adotada a partir de abril de
1997. No mês seguinte foi criada a
Organização para a Proibição de Armas Químicas (
Organization for the Prohibition of Chemical Weapons -
OPCW), encarregada de supervisionar a destruição de arsenais químicos e assegurar a não-proliferação (fabricação, armazenamento e uso) de
armas químicas, com exceção do
gás lacrimogêneo para conter revoltas e tumultos, medida considerada pacificadora.
Há, entretanto, outros produtos químicos usados para fins militares e que não estão listados na Convenção, tais como:
- Desfolhantes, que destroem a vegetação mas cujos efeitos tóxicos sobre os seres humanos não são imediatos, como o agente laranja, usado pelos Estados Unidos no Vietnam, que contém dioxinas, substâncias cancerígenas que causam também alterações genéticas e deformidades fetais.
- Incendiários ou explosivos, como napalm, também extensivamente usado pelos Estados Unidos no Vietnam.
- Vírus, bactérias ou outros organismos, cujo uso é classificado como guerra biológica. As toxinas produzidas por organismos vivos podem ser consideradas armas químicas, já que envolvem processos bioquímicos, porém as toxinas são objeto da Convenção de armas biológicas.