OUTRAS NOTÍCIASHoje é dia de eleições na FIFA. O reinado de Blatter terminou. E o Expresso Diário apresenta-lhe
os cinco candidatosque querem conquistar o lugar maior ou mais alto do futebol mundial.
“Migrantes: o fluxo intensifica-se, a Europa desloca-se”. Lê-se na manchete da edição de hoje do “Le Figaro”. O diário francês contabiliza em
110 mil as pessoas que já chegaram à Grécia e a Itália desde o início do ano. Berlim faz tudo para defender Schengen mas há quem diga que o Tratado pode rebentar daqui a dez dias. A Europa não consegue resolver e a
Áustria e Macedónia pugnam pelo restabelecimento do controlo nacional das fronteiras, lê-se no “Guardian”.
Em Espanha, a crise continua.
Rajoy, do PP, recusou abster-se na “sessão de investidura” de Sánchez, líder do PSOE que irá acontecer na próxima semana. Isto depois dos socialistas se terem coligado com o Ciudadanos de Rivera. “O PP não está para fazer de ator secundário num cenário que tem como único horizonte uma nova campanha eleitoral”, disse o ainda primeiro-ministro Mariano Rajoy ao “El País”.
Guerra entre Marco Rubio e Donald Trump aquece. Vendo o terreno fugir e as hipóteses de ganhar serem cada vez menores, Marc Rubio lançou um forte ataque a Donald Trump, no debate de ontem à noite, colocando em causa a sua ética nos negócios. Rubio perdeu a serenidade do costume e, numa troca de papéis, acusou Trump de preferir empregar centenas de estrangeiros, no seu resort na Florida, em vez de trabalhadores norte-americanos.
Insistiu também, de acordo com a argumentação de Rubio, na
deslocalização das suas fábricas de roupa para o México e para a China,
diz o “New York Times”, que assume ter chegado o momento de decisão por que todos os Republicanos esperavam. Um debate peculiar, no mínimo.
Ingleses invadem o Algarve. E enchem os hotéis para fugir ao zika e ao terrorismo, lê-se na manchete do “Diário de Notícias”. O sul de Portugal está a tornar-se no destino preferido dos turistas ingleses que voltam costas ao Norte de África, América do Sul e Médio Oriente. As reservas estão a crescer 35%. E o Grupo Pestana sobe 10% a sua faturação.
Na primeira página do “Público”,
Timor-Leste volta a ser notícia pelas piores razões. O Presidente Taur Matan Ruak volta a reacender suspeitas antigas de que Xanana Gusmão usa o poder discricionariamente beneficiando familiares e amigos.
Ainda no “Público”,
António Lamas, presidente do CCB, responde à entrevista do Ministro da Cultura à Revista do Expresso. E assume que não se vai demitir.
“Não me demito quando acredito em alguma coisa. Não está na minha natureza. E eu acredito que o CCB tem capacidade para gerar mais receita e depender menos do Fundo de Fomento Cultural, acredito que pode ganhar públicos e ser mais importante do que é hoje para a cidade e para o país”, disse.
Ao Expresso Diário, o
ministro João Soares acrescentou de antemão que já tinha
substitutos capazes para ocupar a presidência do CCB.
No “Jornal de Notícias” a manchete dá conta que dois mil portugueses já escolheram, através do
testamento vital, quais os tratamentos que deseja receber no caso de ficar verbalmente impossibilitado de o fazer. O debate sobre a morte assistida prossegue.
FRASES“Salário mínimo deve ser já de 600 euros em 2017”.
Arménio Carlos, líder da CGTP, ao “Diário de Notícias”
“O meu dia a dia é o Banif”.
João Almeida, do CDS, no “Diário Económico
“Votei sempre no PSD menos nas últimas eleições, e bem me custou. Magoou cá dentro”.
Alberto João Jardim, ex-Presidente do Governo Regional da Madeira, ao jornal “i”
“Não assisti à crucificação de Cristo porque estava no dentista”.
Amos Oz, escritor israelita, ao “Diário de Notícias”
“O problema de Portugal é ter uma venda nos olhos”.
Rui Horta, coreógrafo, ao “Jornal de Negócios”
“É refrescante ter um candidato que fala abertamente, que faz sentido, que não é demagógico”.
Michael Stipe, vocalista dos REM, sobre Bernie Sanders, candidato dos democratas, na “Rolling Stone”
O QUE ANDO A LERA história de uma rua de onde se via o mundo. O nome dessa rua é
Rua Nova dos Mercadores e o mundo dela era no XVI.
Foram recentemente identificadas duas pinturas, que estavam na posse da Sociedade de Antiquários de Londres, como representando a Rua Nova dos Mercadores. Era aí o centro financeiro e comercial da
Lisboa renascentista mas foi a partir das duas pinturas, e do seu relacionamento com outros documentos e objectos que se começou a redesenhar aquilo que era, o que lá se vendia ou fazia.
Foi esse trabalho que no final do ano passado foi publicado em livro:
"The Global City - on the streets of renaissance Lisbon", com selo Paul Holberton Publishing, da autoria de Annemarie Jordan Gschwend e KJP Lowe. As pinturas, ambas do século XVI, as duas de autoria de pintores flamengos, dão conta da vida quotidiana na Rua Nova dos Mercadores. E logo dali se percebe que há ricos e pobres, brancos e negros, escravos e cavaleiros.
As mercadorias também se mostram como as mais diversas:
bens de luxo, animais exóticos ou curiosidades vindas do além mar eram transacionadas naquela rua que os autores comparam, escpando à história, à Bond Street de Londres ou à Fifth Avenue de Nova Iorque.
Marfim, cristais, porcelanas ming, joias ou pedras preciosas brilhavam num comércio que reflectia o grande mundo naquela pequena rua de Lisboa. Conto o resto quando acabar.
Tenha um bom dia (e evite o downhill)