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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

ANA GONTA COLAÇO - ESCULTORA - 7 DE NOVEMBRO DE 2019

Branca de Gonta Colaço

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Branca de Gonta Colaço
Branca de Gonta Colaço, c. 1908
Nome completoBranca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço
Nascimento8 de julho de 1880
LisboaReino de Portugal Portugal
Morte22 de março de 1945 (64 anos)
LisboaPortugal Portugal
NacionalidadePortugal Portuguesa
CônjugeJorge Rey Colaço
OcupaçãoEscritora e recitalista
Magnum opusMemórias da Marqueza de Rio Maior
Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço OSE (Lisboa8 de Julho de 1880 — Lisboa, 22 de Março de 1945), mais conhecida por Branca de Gonta Colaço, foi uma escritora e recitalista portuguesa, erudita e poliglota, que ficou sobretudo conhecida como poetisa, dramaturga e conferencista. Era filha da inglesa Ann Charlotte Syder e do político e escritor português Tomás Ribeiro. Casou com Jorge Rey Colaço, um ceramista de renome, tendo publicado a sua obra sob o nome de Branca de Gonta Colaço.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro nasceu em Lisboa a 8 de Julho de 1880, filha do político e poeta Tomás Ribeiro e da poetisa inglesa Ann Charlotte Syder. Nascida numa das famílias mais ligadas à actividade intelectual da época, na sua juventude conviveu com nomes de relevo das letras e das artes portuguesas.
Com apenas 18 anos de idade, casou em 1898 com o pintor e azulejista Jorge Rey Colaço, adoptando o nome de Branca de Gonta Colaço. O apelido Gonta, na realidade um sobrenome, deriva de Parada de Gonta (Tondela), a aldeia natal de seu pai. Desse casamento, teve três filhos, D. Maria Cristina Colaço de Aguiar, o escritor Tomás Ribeiro Colaço e a escultora Ana de Gonta Colaço.
Cedo revelando talento para as letras, iniciou-se como poetisa e colaboradora em publicações literárias, contribuindo activamente para um grande número de jornais e revistas. Deixou colaboração dispersa por múltiplos periódicos, com destaque para os jornais O Dia, de José Augusto Moreira de AlmeidaO Talassa[1] (1913-1915), um periódico humorístico que foi dirigido pelo seu marido, e a revista feminina Alma Feminina (1917-1919). Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas A Arte Musical [2] (1898-1915), Serões [3] (1901-1911), Illustração portugueza [4] (1903-1980) e Ilustração [5] (1926-1939).
Por iniciativa sua, a Academia das Ciências de Lisboa promoveu em 1918 uma homenagem à escritora e poetisa Maria Amália Vaz de Carvalho. Nessa ocasião distinguiu-se também como conferencista e recitalista.
Apesar das suas ideologias monárquicas, nunca se tendo convertido à República, trabalhou intensamente no âmbito do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, juntamente com a activista republicana e feminista Adelaide Cabete, desde a formação da organização, tendo ainda presidido durante vários anos às secções da Paz (1928-1934) e de Arte (1936-1937).[6] O seu activismo ficaria marcado pela busca do reconhecimento e valorização profissional das mulheres em Portugal.
Era poliglota, escrevendo correntemente em inglês, sendo-lhe devidas algumas traduções de grande mérito.
A sua obra multifacetada abrange géneros tão diversos como a poesia, o drama e as memórias. Nela dá um valioso retrato das elites sociais e intelectuais portuguesas do seu tempo, com as quais conviveu e de que fez parte.
Com uma obra reconhecida em Portugal e no BrasilFrança e Espanha, foi distinguida por várias sociedades científicas e literárias portuguesas e estrangeiras. O Estado Português agraciou-a a 5 de Outubro de 1931 com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[7]
Faleceu em Lisboa, a 22 de Março de 1945.

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

Branca de Gonta Colaço deixou um volumoso legado literário, em boa parte disperso por periódicos, sendo autora, entre muitas outras obras, das seguintes:
  • Cartas de Camillo Castello Branco a Thomaz Ribeiro, com um prefácio de Branca de Gonta Colaço, Portugália, Lisboa, 1922; obra reeditada em versão fac-simile pela Câmara Municipal de Tondela, 2001.
  • Memórias da Marqueza de Rio Maior, compiladas por Branca de Gonta Colaço, Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1930.
  • Memórias da linha de Cascais, em co-autoria com Maria Archer (1899-1982), Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1943; reeditada em versão fac-simile pela Câmara Municipal de Oeiras, 1999 (ISBN 972-637-066-3).
  • Ecos do atentado (poemas) in Basil-Portugal, n.º 219, Lisboa, 1908.
  • A Sua Alteza o Príncipe Real (poema dedicado à memória do Príncipe Luís Filipe), in Basil-Portugal, n.º 219, Lisboa, 1908.
  • Memórias da Marquesa de Rio Maior: Bemposta – Subserra, pref. de Maria Filomena Mónica, Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 2005 (ISBN 972-8645-25-2).
  • Matinas, 1907 (poesia);
  • Canção do Meio Dia, 1912 (poesia);
  • Hora da Sesta, 1918 (poesia);
  • Últimas Canções, 1926 (poesia);
  • Auto dos faroleiros, 1921 (teatro, levada à cena no Teatro Nacional);
  • Comédia da Vida (teatro, em colaboração com Aura Abranches);
  • Porque Sim… (teatro);
  • Poetas de Ontem, 1915 (prosa);
  • À Margem da Crónica, 1917 (prosa);
  • Últimas Canções, 1926;
  • Abençoada a Hora em que Nasci (publicada postumamente), Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1945.

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Em 1949, anos após o seu falecimento, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou a escritora dando o seu nome a uma rua junto à Avenida da Igreja, em Alvalade. Nos seguintes anos, foi também atribuído à toponímia de várias ruas e pracetas nos concelhos de AlmadaSesimbraCascais e Tondela, nomeadamente em Parada de Gonta, lugar de onde era originária a sua família paterna.[8]

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