Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
© Leah Millis - ReutersAcompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

11h01 - Moscovo diz ter abatido "até 80" combatentes polacos no leste da Ucrânia

Em comunicado, o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros indicou no sábado que matou "até 80" combatentes polacos num bombardeamento que ocorreu no leste da Ucrânia.

"Até 80 mercenários polacos, 20 veículos blindados de combate e oito lançadores de foguetes múltiplos Grad foram destruídos em ataques com armas de alta precisão na fábrica de zinco Megatex, na localidade de Konstantinovka", na região de Donetsk.

10h47 - Kiev acusa Moscovo de querer "atrair" a Bielorrússia para a guerra

A Ucrânia acusa a Rússia de querer "atrair" Minsk, aliado diplomático de Moscovo, para a guerra. Este sábado, de acordo com as autoridades ucranianas, foram disparados vários mísseis russos contra uma vila ucraniana a partir da Bielorrússia.

"O ataque de hoje está diretamente ligado aos esforços do Kremlin para atrair a Bielorrússia para a guerra como co-beligerante", indicou no a diretoria-geral de Inteligência da Ucrânia, ligada ao Ministério da Defesa, citada pela agência France-Presse.

9h55 - Mísseis disparados a partir da Bielorrússia para a região de Chernihiv, na Ucrânia

O exército ucraniano indicou este sábado que foram disparados vários mísseis a partir da Bielorrússia na direção da Ucrânia, em concreto da região de Chernihiv, a nordeste de Kiev.

As forças ucranianas falam de um "bombardeamento massivo" com mísseis. Pelo menos 20 rockets que atingiram a cidade de Desna "disparados a partir do território da Bielorrússia".

O governador de Chernihiv, Vyacheslav Chaus, tinha indicado anteriormente que a cidade de Desna foi alvo de ataques “concentrados” na madrugada de sábado, ainda sem vítimas a registar.
Desna é uma pequena vila que tinha apenas 7.500 habitantes antes da guerra. Fica a 70 quilómetros de Kyiv e à mesma distância para sul da fronteira com a Bielorrússia.

O ataque ocorre no mesmo dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, se reúnem este sábado em São Petersburgo, na Rússia. Na próxima semana, é a vez do ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, viajar até à Bielorrússia.

Apesar de não estar diretamente envolvida como beligerante no conflito em curso na Ucrânia, Minsk é reconhecidamente aliada de Moscovo e tem dado apoio logístico às tropas russas nesta guerra, sobretudo nas semanas iniciais do conflito.

9h42 - Mísseis russos atingem instalações militares no norte da Ucrânia, indicam as autoridades ucranianas

Vitaliy Bunechko, governador da região de Zhytomyr, no norte do país, indicou os ataques contra um alvo militar mataram pelo menos um soldado.

“Quase 30 mísseis foram lançados em uma instalação de infraestrutura militar muito perto da cidade de Zhytomyr", disse o responsável, indicando que quase dez mísseis foram intercetados e destruídos.

Na região norte de Chernihiv, o governador Vyacheslav Chaus indicou que a cidade de Desna foi alvo de ataques “concentrados” na madrugada deste sábado.

Segundo as autoridades não há registo de vítimas e houve apenas “danos na infraestrutura”.
8h39 - Boris Johnson teme que Ucrânia seja coagida a aceitar uma "paz má"

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse neste sábado que teme que a Ucrânia enfrente pressão para chegar a um acordo de paz com a Rússia que não seja de seu interesse, sobretudo devido às consequências económicas da guerra na Europa.

"Muitos países estão a dizer que esta é uma guerra europeia desnecessária... A pressão vai aumentar para encorajar - coagir, talvez - os ucranianos a uma paz má", indicou a uma televisão ruandesa durante a visita ao país africano.

Johnson alertou que, ao dar uma vitória a Vladimir Putin, as consequências seriam perigosas para a segurança internacional. A situação representaria também "um desastre económico de longo prazo", avisou o primeiro-ministro britânico. 

7h41 - Mísseis russos atingem a base militar de Yavoriv

Um ataque russo à instalação militar de Yavoriv feriu pelo menos quatro pessoas, indicou este sábado o governador de Lviv, Maxim Kozitsky.

O responsável acrescentou que os seis mísseis foram disparados a partir do Mar Negro. Quatro conseguiram atingir a base militar, outros dois foram intercetados e destruídos.
A 13 de março, um ataque contra o centro de treino militar em Yavoriv fez 35 mortos e feriu pelo menos 130 pessoas, segundo indicaram as autoridades ucranianas.

Esta base militar fica na zona ocidental da Ucrânia, a cerca de 24 quilómetros da fronteira com a Polónia.

Ponto de situação

  • A Ucrânia está a reconfigurar posições de defesa em Severodonetsk. As unidades russas continuam a alcançar ganhos nesta zona de acordo com a inteligência militar do Reino Unido. Na sexta-feira, Kiev anunciou que as forças ucranianas se preparavam para recuar em Severodonetsk após semanas de combates. A cidade vizinha de Lysychansk deverá agora tornar-se no próximo foco principal dos combates.

  • De acordo com o Ministério britânico da Defesa, houve grandes mudanças nos comandos do exército russo desde o início de junho, inclusive com a retirada dos comandantes de forças aerotransportadas, o general Andrei Serdyukov, e o comandante do grupo sul do exército, o general Alexandr Dvornikov.