Mostrar mensagens com a etiqueta DIA DO BOM PASTOR - 3 DE MAIO DE 2020. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta DIA DO BOM PASTOR - 3 DE MAIO DE 2020. Mostrar todas as mensagens

domingo, 3 de maio de 2020

DIA DO BOM PASTOR - 3 DE MAIO DE 2020

Bom Pastor

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Bom Pastor (desambiguação).
Estatueta do Bom Pastor.
Século III d.C., atualmente no Museu Pio-Cristão, no Vaticano.
O Bom Pastor é uma perícope encontrada em João 10:1-21 na qual Jesus aparece como o "bom pastor" que dá a sua vida por suas ovelhas. A mesma metáfora pode ser vista no Salmo 23 (22). Nos Evangelhos, a imagem do "Bom Pastor" aparece sempre em referência a Jesus não se permitindo perder nenhuma de suas ovelhas.

Arte cristã primitiva[editar | editar código-fonte]

Representação do Bom Pastor com a figura tradicional de Jesus.
Por Jean-Baptiste de Champaigne (séc. XVII).
A imagem do Bom Pastor é a representação simbólica mais comum encontrada na arte cristã primitiva nas catacumbas de Roma, antes que ela pudesse ser mais explícita. A imagem mostrando um jovem carregando uma ovelha nos ombros foi emprestada diretamente do kriophoros pagão, muito mais antigo, e, no caso de estatuetas (como a mais famosa, atualmente no Museu Pio-Cristão, no Vaticano - à direita), é impossível dizer se a imagem foi originalmente criada com a intenção de ter um significado cristão ou pagão. Esta representação de Jesus continuou a ser utilizada nos séculos seguintes à legalização do cristianismo no Império Romano (313 d.C.). Inicialmente, ela provavelmente não era entendida como sendo um "retrato de Jesus", mas um símbolo como outros utilizados na arte cristã primitiva[1] e, em alguns casos, ela pode também ter sido uma representação do Pastor de Hermas, uma obra literária cristã muito popular do século II d.C. (e que chegou aos nossos dias)[2][3]. Porém, a partir do século V d.C., a figura do pastor passou a ter a aparência da representação convencional de Cristo, já estabelecida nesta época, ganhando um halo e ricas vestimentas[4], como pode ser visto no mosaico na abside da Basílica de Santi Cosma e Damiano, em Roma. Imagens do Bom Pastor geralmente incluem uma ovelha em seus ombros, como na versão de Lucas da Parábola da Ovelha Perdida (em Lucas 15:1-7)[5].

Referência bíblica[editar | editar código-fonte]

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O que é mercenário, e não pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário, e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas, e as que são minhas, me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Tenho também outras ovelhas que não são deste aprisco, estas também é necessário que eu as traga; elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um pastor. Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou. Tenho direito de a dar, e tenho direito de a reassumir; este mandamento recebi de meu Pai.
 

Parábola ou metáfora ?[editar | editar código-fonte]

Hermes Kriophoros.
Século V a.C., atualmente no Museu Barracco, em Roma.
Diversos autores (como Barbara Reid, Arland Hultgren e Donald Griggs) comentam que "notavelmente, as parábolas estão ausentes do Evangelho de João"[6][7][8] . De acordo com a Enciclopédia Católica"Não há nenhuma parábola no Evangelho de São João"[9] e, conforme a Encyclopædia Britannica"Aqui o ensinamento de Jesus não contém parábolas e somente três alegorias, enquanto que os sinóticos o apresentam como parabólico de ponta a ponta"[10]. Estas fontes sugerem que a passagem é melhor descrita como sendo uma metáfora do que uma parábola.

Simbolismo pagão[editar | editar código-fonte]

No culto grego antigo, kriophoros (ou criophorus - Κριοφόρος), o "carregador de carneiro", é uma figura que comemora o sacrifício solene de um carneiro. Ele se tornou um dos epítetos do deus grego Hermes (Hermes Kriophoros).
Na arte bi-dimensional, Hermes Kriophoros se transformou em Cristo carregando um cabrito e andando entre as suas ovelhas: "Assim, encontramos imagens de filósofos segurando rolos ou Hermes Kriophoros que puderam ser transformadas em Cristo ensinando a Lei (Traditio Legis) e o Bom Pastor respectivamente"[11].

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Eduard Syndicus; Early Christian Art; pp. 21-3, Burns & Oates, London, 1962
  2.  The Two Faces of Jesus by Robin M. Jensen, Bible Review, 17.8, October 2002
  3.  Understanding Early Christian Art by Robin M. Jensen, Routledge, 2000
  4.  Syndicus, 130-131
  5.  Walter Lowrie, Art in the Early Church, Pantheon Books, 1947, ISBN 1406752916, p. 69.
  6.  Barbara Reid, 2001 Parables for Preachers ISBN 0814625509 page 3
  7.  Arland J. Hultgren, 2002 The Parables of Jesus ISBN 080286077X page 2
  8.  Donald L. Griggs, 2003 The Bible from scratch ISBN 0664225772 page 52
  9.  Wikisource-logo.svg "Parables" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  10.  «Evangelho de São João» (em inglês). Encyclopædia Britannica (11ª edição). Consultado em 14 de novembro de 2011
  11.  Peter and Linda Murray, The Oxford Companion to Classical Art and architecture, p. 475.

Ligações externas

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue