Paramount Pictures
Paramount Pictures | |
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Razão social | Paramount Pictures Corporation |
Nome(s) anterior(es) | Famous Players Film Company (1912–1916) Famous Players/Lasky (1916–1924) Paramount/Famous/Lasky (1924–1936) |
Subsidiária | |
Atividade | Entretenimento |
Fundação | 8 de maio de 1912 |
Fundador(es) | William Wadsworth Hodkinson Adolph Zukor Jesse L. Lasky |
Sede | Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos |
Proprietário(s) | Gulf+Western (1966–1994) Viacom "original" (1994–2005) Viacom (2005–2019) ViacomCBS (2019–presente) |
Presidente | Jim Gianopulos |
Website oficial | Paramount.com |
A Paramount Pictures Corporation é um dos principais estúdios de cinema dos Estados Unidos, fundado por Adolph Zukor, em 1912, e com este nome desde 1925.
A Paramount foi um dos maiores e mais lucrativos estúdios de Hollywood nos anos 1920, 1940 e 1970. Modernamente, o estúdio procura reinventar a forma de fazer cinema, a fim de enfrentar os desafios do século XXI, através do uso de novas tecnologias.[1]
Paramount Pictures é um membro da Motion Picture Association of America (MPAA).[2]
Histórico[editar | editar código-fonte]
O imigrante húngaro Adolph Zukor era um simples faxineiro, e se encantou com o cinema, investindo em nickelodeons por seu apelo à classe trabalhadora. Em 1912 Zukor se uniu aos irmãos produtores Daniel e Charles Frohman para fundar a Famous Players Film Company.[nota 1] A película inicial da companhia Rainha Elizabeth, estrelado por Sarah Bernhardt, que estreou no Lyceum Theatre, em 12 de julho daquele ano. Por 1913 já tinham lançado cinco produções.[3][4]
Começando em 1914, a Famous Players e a Jesse L. Lasky Feature Play Company - fundada em 1913 pelo empresário Lasky em parceria com Samuel Goldwyn, Oscar Apfel e Cecil B. DeMille, que pela companhia fez o primeiro longa-metragem do cinema americano, The Squaw Man (1914) - começaram a lançar seus filmes através de uma joint-venture, Paramount Pictures Corporation, organizada com a ajuda de um dono de cinemas de Utah, W. W. Hodkinson. Hodkinson escolheu "Paramount" procurando por um substituto por "Progressive" (nome de sua rede de cinemas), e criou o icônico logo da montanha inspirado no Pico Pikes, no Colorado. A Paramount foi a primeira distribuidora ao longo de toda a nação estadounidense, já que antes filmes eram distribuídos em acordos por estado ou região.[5]
Em 1916, as duas companhias se fundiram na Famous Players-Lasky, com Zukor presidente e Lasky vice. Goldwyn, que estava mais interessado em fazer filmes que gerir uma empresa, saiu para criar sua própria produtora, a Goldwyn Films (que se tornou em 1924 parte da Metro-Goldwyn-Mayer).[5] A companhia era beneficiada por uma rede de distribuição para os filmes que, da base na Melrose Avenue, em Hollywood, incluía centenas de salas de cinema pelo mundo - formando uma gigantesca corporação. A Paramount logo se tornou um dos maiores estúdios de Hollywood graças à sua rede de cinema e contratos com grandes estrelas como Mary Pickford, Marguerite Clark, Pauline Frederick, Douglas Fairbanks, Gloria Swanson, Rudolph Valentino, e Wallace Reid.[1]
Em 1925 esta corporação fundiu-se com a Publix, pertencente à Balaban & Katz, e a companhia foi rebatizada Paramount Pictures, com ampliação da rede de cinemas e incorporação de produtoras de filmes e setores de distribuição. Com a rede da Publix a Paramount operava mais de 1.200 salas - o maior número já registrado na história do cinema.[1]
Esta expansão, contudo, fez com que a Paramount devesse milhões de dólares em hipotecas sobre os cinemas, o que se revelou especialmente dramático com o advento da Grande Depressão de 1929. Para a superação dessas dificuldades a empresa teve que se reestruturar financeiramente no começo dos anos 1930, e para tanto contou com grandes sucessos de bilheteria, como os filmes de Mae West I'm No Angel e Belle of the Nineties (de 1933 e 1934), dos Irmãos Marx Coconuts e Horse Feathers (1929 e 1932) - admirados ainda hoje. Assim, quando a crise amainou em 1935, a Paramount dominava todos os segmentos do mercado cinematográfico: filmagem, distribuição e mantinha uma rede nacional de salas em torno de mil cinemas.[1]
Durante a década de 1930, com a intenção de agradar o ditador alemão Adolf Hitler e manter os altos lucros obtidos no mercado alemão, os estúdios Paramount e outros menores demitiram seus funcionários judeus, segundo o livro “The Collaboration: Hollywood´s Pact With Hitler”, do jornalista australiano Bem Urwand, de 2013.[6]
A despeito da sua grande produção nos anos 1920, sua "era de ouro" se deu durante a II Guerra Mundial, quando houve um boom de filmes; em 1936 a direção foi assumida por Barney Balaban, que imprimiu uma estratégia conservadora nos negócios, de tal modo que atingiu em 1946 um faturamento recorde de 40 milhões de dólares.[1]
O executivo Y. Frank Freeman comandava os estúdios na Califórnia, usando o conceito de usar estrelas já consagradas para os filmes e curtas-metragens, como ter trazido do radio Bing Crosby e Bob Hope e produziu um caminho dos mais lucrativos filmes da Era de Ouro de Hollywood, como os sucessos continuados dos épicos de Cecil B. DeMille e as comédias de Preston Sturges.[1]
Em 1949 a Suprema Corte dos Estados Unidos ordenou que Balaban se desfizesse das salas de cinema, e a Paramount perdeu o fôlego lucrativo que o controle de toda a cadeia da produção cinematográfica lhe dava, ficando somente com a produção dos filmes e sua distribuição. Foi o início da perda de lucratividade.[1]
Apesar de ter desenvolvido o sistema VistaVision de exibição widescreen, a falta de estrelas não era compensada, e a empresa produziu apenas sucessos eventuais, como Gunfight at the O.K. Corral, de 1957 ou Becket, de 1964. Apenas os filmes de Elvis Presley garantiam lucros consistentes e o prejuízo ocorre, finalmente, em 1963. Em 1964 Balaban se afasta.[1]
Em 1966 o conglomerado Gulf & Western Industries adquiriu a empresa, e Charles Bluhdorn tornou-se seu presidente. Para revitalizar os estúdios contratou o ex-ator Robert Evans, que fracassou logo em seguida, após investir em grandes musicais como Paint Your Wagon e Darling Lili (1969 e 1970). Foi só em 1972 com o sucesso de O Poderoso Chefão de Coppola, e já sob a direção de Barry Diller e Frank Mancuso, que a Paramount começou a se reerguer.[1]
Assim, com os sucessos continuados de séries como Star Trek e filmes como os de Eddie Murphy, aliados a seriados televisivos, que no final dos anos 1970 e começo dos anos 1980 que a Paramount voltou a ser um dos maiores estúdios hollywoodianos.[1]
Em 1989 teve o nome alterado para Paramount Communications, Inc. pela Gulf & Western. Em 1994 foi, após longas disputas, adquirido pela Viacom Inc. por 10 bilhões de dólares, passando a usar o nome atual.[1]
Em 3 de Abril de 2020, a ViacomCBS (dona da Paramount) adquiriu a Miramax e seu extenso catálogo de filmes. A partir deste dia, a Miramax é uma subsidiária da Paramount assim como seu catálogo (incluindo os filmes pré-2006 da Dimension Films) pertence à Paramount também.
Paramount Pictures no Brasil[editar | editar código-fonte]
Com sede em Barueri, no estado de São Paulo, a Paramount está no Brasil desde 1985, tendo iniciado suas operações com a CIC Vídeo - em joint venture com a Universal Studios - para a distribuição de fitas VHS.[3]
Com o fim da parceria, em 2001, foi fundada a Paramount Home Entertainment (Brazil) Ltda, parte da Paramount Home Entertainment Internacional, uma divisão da Paramount Motion Picture Group, pertencente ao grupo Viacom Inc..[3]
Atualmente mantém parceria com a Rede Telecine (na TV por assinatura), na qual também possui uma participação minoritária e exibe seus filmes com pouco tempo de exibição em relação ao cinema e também com Rede Globo (na TV aberta).[7]
Filmes brasileiros[editar | editar código-fonte]
Além de gerenciar o lançamento no mercado brasileiro dos seus filmes, a Paramount Pictures possui um acervo de filmes nacionais como Dona Flor e Seus Dois Maridos, Turma da Mônica: Laços, Bye Bye Brazil, Romance da Empregada, O Quatrilho, Menino do Rio, O Candidato Honesto, Irmã Dulce, Loucas pra Casar, O Candidato Honesto 2[3]
Veja também[editar | editar código-fonte]
Notas
- ↑ O nome foi adotado nome pelo marketing proporcionado pelo trocadilho de seu slogan - "Famous Players in Famous Plays" - que, em livre tradução, significa algo como "Atores Famosos em Filmes Famosos" - In: Browne, op. cit.
Referências
- ↑ ab c d e f g h i j k Pat Browne (2001). The guide to United States popular culture. [S.l.]: Popular Press. pp. Página 594. ISBN 0879728213, ISBN 9780879728212 Verifique
|isbn=
(ajuda) - ↑ «Motion Picture Association of America – Who We Are - Our Story». MPAA. Consultado em 17 de Janeiro de 2018
- ↑ ab c d Institucional. «Conheça a Paramount». paramountbrasil.com.br. Consultado em 12 de outubro de 2010. Arquivado do original em 1 de julho de 2010
- ↑ Wu, Tim, The Master Switch : The Rise and Fall of Information Empires, New York : Alfred A. Knopf, 2010. ISBN 978-0-307-26993-5.
- ↑ ab Bernard Dick (2001). Engulfed: The Death of Paramount Pictures and the Birth of Corporate Hollywood. [S.l.]: University Press of Kentucky. pp. 9–12. ISBN 0813122023
- ↑ LIMA, Cláudia de Castro. Os aliados ocultos de Hitler. Revista Super Interessante, São Paulo, n. 333, p. 24-35, mai, 2014.
- ↑ «InfoAnimation.com.br: RedeGlobo renova contrato com a Paramount». Consultado em 3 de janeiro de 2014
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- EAMES, John Douglas. The Paramount Story. Nova Iorque: Crown, 1985.
- EDMONDS, C.G. MIMURA, Reiko. Paramount Pictures and the People Who Made Them. Nova Iorque: Barnes, 1980.
- GOMERY, Douglas. The Hollywood Studio System. Nova Iorque: St. Martin's, 1986.