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quarta-feira, 29 de abril de 2020

DIA EM MEMÓRIA DE TODAS AS VÍTIMAS DE QWUERRA COM ARMAS QUÍMICAS - 29 DE ABRIL DE 2020

Ataque químico de Ghouta

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Ataque químico de Ghouta
Civis mortos depois do ataque.
LocalGhouta Síria
Data21 de agosto de 2013
Tipo de ataqueAtaque militar químico
Alvo(s)Oposição Síria
Mortes281 (segundo França)
350 (segundo Reino Unido)
355 (segundo MSF)[1]
1.429 (segundo Estados Unidos)[2]
Feridos3.600
Responsável(is)Não determinado
MotivoGuerra Civil Síria
Crianças mortas pelo ataque
Todos os ataques visavam subúrbios controlados pelos rebeldes
ataque químico de Ghouta ocorreu em 21 de agosto de 2013 durante a Guerra Civil Síria, quando diversas áreas controladas ou disputadas pela oposição nos subúrbios de Ghouta em torno de Damasco, na Síria, foram atingidas por foguetes contendo o agente químico sarin. Centenas de pessoas foram mortas no ataque, que ocorreu durante um curto espaço de tempo no início da manhã. As estimativas do número de mortos variam de "pelo menos 281"[3] até 1.729 vítimas mortais,[4] não menos do que 51 dos quais eram combatentes rebeldes.[5] Muitas testemunhas relataram que nenhuma das vítimas que viram apresentavam feridas físicas,[6] e vídeos que pretendiam mostrar as vítimas do ataque químico foram amplamente divulgados no YouTube e outros sites.[7] O episódio pode ser o uso mais letal de armas químicas desde a Guerra Irã-Iraque.[8][9]
O governo sírio e a oposição culpam-se mutuamente pelo ataque.[10] Muitos governos, principalmente no mundo ocidental e árabe,[11] afirmaram que o ataque foi realizado por forças do presidente sírio Bashar al-Assad,[12][13] uma conclusão ecoada pela Liga Árabe e pela União Europeia.[14][15] O governo russo classificou o ataque como uma operação de falsa bandeira da oposição para arrastar as potências estrangeiras para a guerra civil do lado dos rebeldes.[16] Em abril de 2014, o jornalista Seymour Hersh alegou que os EUA e o Reino Unido teriam conhecimento que o ataque teria sido organizado pela Turquia.[17]
O ataque acendeu o debate na FrançaReino UnidoEstados Unidos e outros países sobre a possibilidade de intervir militarmente contra as forças do governo.[18][19][20][21][22] Em setembro de 2013, a governo sírio, apesar de não admitir a autoria do ataque,[23] declarou a sua intenção de aderir à Convenção de Armas Químicas[24] e destruir suas armas químicas.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  «Syria: Thousands suffering neurotoxic symptoms treated in hospitals supported by MSF»Médicos Sem Fronteiras. 21 de agosto de 2013
  2.  «Government Assessment of the Syrian Government's Use of Chemical Weapons on August 21, 2013»Casa Branca. 30 de agosto de 2013
  3.  «France says 'at least 281' killed in Syria chemical attack»The Daily Star. Lebanon. Agence France-Presse
  4.  «Bodies still being found after alleged Syria chemical attack: opposition»The Daily Star. Lebanon. 22 de agosto de 2013
  5.  «Violations Documentation Center in Syria»
  6.  Solomon, Erika; Kalin, Stephen (21 de agosto de 2013). «Syria's Allegedly Worst Chemical Weapons Attack Described By Witnesses»Huffington PostReutersBut unlike previous attacks that left only a few dozen hurt or killed, [Abu Omar, a doctor in Mouadamiya] was taken aback by the numbers. Like many doctors, he said he treated hundreds on Wednesday. Of 120 he reported dead from the shelling, he said 50 were killed by gas.
  7.  Stack, Liam (21 de agosto de 2013). «Video Shows Victims of Suspected Syrian Chemical Attack»The New York Times
  8.  Pomegranate The Middle East (21 de agosto de 2013). «Syria's war: If this isn't a red line, what is?»The Economist
  9.  «Syria gas attack: death toll at 1,400 worst since Halabja»The Week. 22 de agosto de 2013
  10.  «Syria crisis: Russia and China step up warning over strike». BBC News. 27 de agosto de 2013
  11.  Blake, Aaron (6 de setembro de 2013). «White House lists 10 countries supporting action on Syria»The Washington Post
  12.  «S: Assad responsible even if didn't order gas attack». France 24. 28 de agosto de 2013
  13.  «S: Syrian forces may have used gas without Assad's permission». Reuters. 8 de setembro de 2013
  14.  Elizabeth Dickinson. «Arab League says Assad crossed 'global red line' with chemical attack»The National. Abu Dhabi
  15.  «Arab League blames Syria's Assad for chemical attack». Reuters. 27 de agosto de 2013
  16.  New York Times, 12 September 2013,saying
  17.  Hersh, Seymour M. (4 de abril de 2014). «The Red Line and the Rat Line»London Review of Books (em inglês). Consultado em 7 de abril de 2014
  18.  «Obama makes case for launching punitive strike on Syria»The Globe and Mail. Toronto. 29 de agosto de 2013
  19.  «British Parliament votes against possible military action in Syria». NBC News. 29 de agosto de 2013
  20.  «Réforme pénale, Syrie, pression fiscale... Hollande s'explique dans "Le Monde"»Le Monde (em French). 30 de agosto de 2013
  21.  «Stephen Harper: Canada has no plans to join Syria military mission»Toronto Sun. 29 de agosto de 2013
  22.  «Turkey's Military on Alert Over Possible Syria Strike»Huffington Post. 28 de agosto de 2013
  23.  The Guardian, 27 December 2013, [1]
  24.  Gordts, Eline (10 de setembro de 2013). «Syria Will Sign Chemical Weapons Convention, Declare Arsenal, Foreign Ministry Says»Huffington Post



Guerra química

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Guerra química é um tipo de guerra não convencional, baseada no uso de propriedades tóxicas de substâncias químicas para fins de destruição em massa - seja com finalidades táticas (limitadas ao campo de batalha), seja com fins estratégicos (incluindo a retaguarda e vias de suprimento do inimigo).
As armas químicas diferem de armas convencionais ou nucleares porque seus efeitos destrutivos não são principalmente decorrentes da força explosiva. A categoria de armas químicas pode incluir, além das armas químicas propriamente ditas, também aquelas que utilizam provavelmente venenos de origem biológica. Quanto a isto, há controvérsias. De todo modo, o uso ofensivo de organismos vivos (como o antrax) é em geral considerado como guerra biológica, para efeito dos acordos internacionais sobre armamento pesado.

Ação e uso moderno[editar | editar código-fonte]

Soldado canadense, na Primeira Guerra Mundial, vítima de ataque de gás mostarda.
Armas químicas são baseadas na toxicidade de substâncias químicas, capazes de matar ou causar danos a pessoas e ao meio ambiente - tais como o gás mostarda, o cloro (Cl2), o ácido cianídrico (HCN), o gás sarin, o agente laranja ou o Napalm. Têm sido utilizadas tanto para reprimir manifestações civis - como é o caso do gás lacrimogêneo - quanto em grandes conflitos.
A guerra química moderna surge na Primeira Guerra Mundial, para superar a luta nas trincheiras, derrotando o inimigo com gases venenosos. (ver: Gás venenoso na Primeira Guerra Mundial) No conflito, as armas químicas mataram ou feriram cerca de 800 mil pessoas. A substância mais conhecida era o gás mostarda (de cor amarelada), capaz de queimar a pele e produzir danos graves ao pulmão, quando aspirado.
Durante a Segunda Guerra Mundial, também foi utilizada. O professor Yoshiaki Yoshimi publicou uma série de estudos sobre o uso de armas químicas, pelo exército japonês, contra prisioneiros de guerra australianos. O exército imperial japonês mantinha uma unidade secreta que realizava experiências com armas químicas e biológicas, denominada Unidade 731.
As armas químicas mais temidas são os Agentes organofosforados, que agem sobre o sistema nervoso, bastando pequenas quantidades sobre a pele para provocar convulsões e morte. Se o conceito de arma química for ampliado, também pode ser incluído o herbicida Agente laranja, sem efeito imediato em seres humanos, que foi usado pelos norte-americanos na Guerra do Vietnã. Na guerra entre Irã e Iraque (1980-1988), os iraquianos usaram armas químicas contra o inimigo e voltaram a usá-las posteriormente, em 1991, contra aldeias curdas do norte do país. Atualmente, grupos insurgentes como o Al-jayš as-suri al-ħurr) tem especialistas qualificados para manusearem armas químicas.[1]

Proibição[editar | editar código-fonte]

Participação na Convenção sobre Armas Químicas
  Assinou e ratificou
  Em avaliação
  Assinou, mas não ratificou
  Não signatário
A Convenção de Armas Químicas (CWC) é conseqüência do Protocolo de Genebra de 1925, que proíbe o uso de gases tóxicos e métodos biológicos para fins bélicos. Vários países assinaram o acordo, antes da II Guerra Mundial, quando foram interrompidas as negociações. A discussão do protocolo só foi retomada com o fim da Guerra Fria.
Finalmente, em 1993, a CWC foi concluída, sendo adotada a partir de abril de 1997. No mês seguinte foi criada a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Organization for the Prohibition of Chemical Weapons - OPCW), encarregada de supervisionar a destruição de arsenais químicos e assegurar a não proliferação (fabricação, armazenamento e uso) de armas químicas, com exceção do gás lacrimogêneo para conter revoltas e tumultos, medida considerada pacificadora. Apesar dos acordos entre países, grupos paralelos fabricam armas químicas para uso próprio.[2]
Há, entretanto, outros produtos químicos usados para fins militares e que não estão listados na Convenção, tais como:
Até 20 de março de 2020, apenas os seguintes países não tinham ratificado a Convenção: [3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Sources: U.S. helping underwrite Syrian rebel training on securing chemical weapons CNN
  2.  «Russia claims Syria rebels used sarin at Khan al-Assal». 9 de julho de 2013 – via www.bbc.co.uk
  3.  [OPCW. Technical Secretariat.Office of the Legal Adviser S/721/2008.5 December 2008. NOTE BY THE TECHNICAL SECRETARIAT. STATUS OF PARTICIPATION IN THE CHEMICAL WEAPONS CONVENTION AS AT 20 NOVEMBER 2008]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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