quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

WORDPRESS - 11 DE FEVEREIRO DE 2015


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Meu caro Vítor Bento: não aguento tanta clarividência vinda de si

(Nicolau Santos, in Expresso Diário, 09/02/2015)
nicolau
Vítor Bento acaba de publicar uma excelente reflexão sobre o que se passou na zona euro, seis anos após o início da crise. Ele diz que não mudou, que já tudo estava nos livros que escreveu. Mas é pelo menos surpreendente que diga agora que a Eurolândia está pior que os Estados Unidos ou os países europeus fora da zona euro – porque seguiu uma receita errada ou porque esta não funcionou. E, surpresa das surpresas, desta vez a culpa não é dos países deficitários (ou periféricos) mas dos excedentários.
Vítor Bento é um excelente economista e seguramente uma pessoa séria. Mas neste processo de ajustamento sempre esteve ao lado da receita contemplada no memorando de entendimento. Que era preciso aplicarmos toda a austeridade e reduzir salários. E que não era a austeridade que travava o crescimento. Agora Bento constata que na zona euro «A situação de 2014 é, do ponto de vista macroeconómico, pior do que era em 2008 e caracteriza-se por um duplo desequilíbrio – interno (elevado desemprego) e externo (excedente)».
Depois Bento compara a situação na Eurolândia com os Estados Unidos e com o grupo de “membros da UE não euro” e conclui: «Desta comparação parece resultar claro que o mau desempenho da zona euro durante a crise não era inevitável; que esse desempenho poderia ter sido melhor; que se o não foi, tal não pode deixar decorrer da política económica seguida; e que, por conseguinte, tudo sugere que a política económica usada pela zona euro para responder à crise foi desadequada. De facto, se os três blocos comparados sofreram o mesmo choque e ao mesmo tempo, a diferença de resultados só pode ficar a dever-se à diferentes níveis de fragilidade com que as economias receberam a crise e, sobretudo, à forma como as autoridades responderam ao choque».
Eu peço muita desculpa a Vítor Bento, mas por mais que ele diga que tudo isto estava nos seus livros e nas suas intervenções anteriores, pois devia estar muito bem escondido e, em qualquer caso, nunca Bento colocou a tónica neles. Pelo contrário, sempre defendeu os processos de ajustamento que estavam a decorrer na Europa e não me lembro que tenha sublinhado que não deviam ser aplicados ao mesmo tempo em vários países. Não me lembro também que ele tenha insistido que o problema europeu resultava da insuficiência da procura interna – porque, se assim fosse, então não deveria ter insistido com tanta veemência na desvalorização salarial.
Vítor Bento sempre defendeu os processos de ajustamento que estavam a decorrer na Europa e não me lembro que tenha sublinhado que não deviam ser aplicados ao mesmo tempo em vários países
E que dizer desta frase: “é razoável concluir-se que a zona euro dedicou mais de um terço da sua vida a um ajustamento desequilibrado, que empobreceu toda a zona. Os custos desse ajustamento recaíram quase exclusivamente sobre os países mais pobres, empobrecendo-os ainda mais e aumentando o seu desnível para com os mais ricos”. Quem a escreveu? Um economista do Bloco de Esquerda? Não. Vítor Bento. Digamos que é, no mínimo, surpreendente.
Mais: “E ao fim deste tempo todo, os Deficitários estão presos numa armadilha: atingiram o equilíbrio externo, à custa do equilíbrio interno (visível nos níveis de desemprego). Pelo que, sem um choque de procura externa, só conseguirão recuperar o equilíbrio interno, sacrificando o equilíbrio externo e só conseguirão manter este, continuando a sacrificar o equilíbrio interno (isto é, a manter elevados níveis de desemprego). Com uma elevada alavancagem financeira, dificilmente conseguirão sair deste círculo vicioso sem um choque financeiro de origem externa, mas que não lhes aumente a dívida”.
Bento faz ainda outra afirmação verdadeiramente surpreendente (para quem lhe segue o pensamento): “O problema tem sido, desde o início, identificado como um problema de finanças públicas e de dívida soberana, quando o não é. Há, de facto, problemas de finanças públicas e de dívidas excessivas, e que têm que ser resolvidos, mas não são estes que estão na origem da crise da zona euro, nem eram o seu principal problema, quando esta eclodiu. Pelo contrário, os problemas das finanças públicas agravaram-se profundamente em consequência da crise e da forma como esta tem sido tratada”.
E assim, remata, “centrar a abordagem da crise nas finanças públicas, como tem sido feito, nunca poderia conduzir a uma boa solução, como se tem visto, pelo impacto negativo que essa abordagem tem tido no crescimento económico. E porque não é a situação das finanças públicas que tem entravado o crescimento, é a insuficiência de procura (em boa parte causada por um excesso de austeridade sistémica) que entrava o crescimento e dificulta o ajustamento das finanças públicas”.
E a concluir: “É claro que também há problemas sérios de finanças públicas e de sustentabilidade das dívidas, que têm que ser resolvidos. Mas a sua resolução não tem sido facilitada pela forma como se tem reagido à crise, porque a reação foi excessivamente recessiva. A abordagem prosseguida nas finanças públicas enferma, aliás, de um interessante paradoxo: a receita recomendável para cada caso individual é inadequada para o todo. Paradoxo que é bem conhecido da dialéctica hegeliana (e marxista) – alterações de quantidade modificam a qualidade. E é deste paradoxo que decorre a principal falha conceptual do Tratado Orçamental: a receita prescrita para cada país é certa – cada um deverá fazer o ajustamento prescrito –, mas a sua aplicação por todos os países ao mesmo tempo, conduzirá, como tem vindo a conduzir, a um resultado indesejado e à impossibilidade de sucesso a nível individual, porque o seu efeito sistémico é globalmente recessivo”.
Pode ser que Vítor Bento já tivesse dito e escrito tudo isto, que tudo esteja nos seus anteriores livros. Mas ou me engano muito ou ninguém o associava às ideias acima transcritas. Por mim desculpe-me, meu caro Vítor Bento, mas não aguento tanta clarividência vinda do seu lado.

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ANTÓNIO FONSECA

OBSERVADOR - MACROSCÓPIO - 11 DE FEVEREIRO DE 2015

Macroscópio – Hoje vamos andar por aí‏

Macroscópio – Hoje vamos andar por aí

Para: antoniofonseca40@sapo.pt

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!

 
Uma noite de facas longas? Um jantar tranquilo com uma agenda comum? À hora a que escrevo não é possível saber como correrá a reunião do Eurogrupo onde está em cima da mesa o tema da Grécia. Nem sequer a que horas terminará. E também é tempo de variar um pouco, e propor-vos leituras que, continuando a passar pela Grécia e também pela Ucrânia, são mais variadas.
 
Vou começar por Portugal e pelo Observador, mesmo correndo o risco de vos falar de um texto que já conhecem, o de Vítor Bento,Eurocrise: uma outra perspectiva. Faço-o porque é um ensaio que já está a dar muito que falar, nalguns casos por interpretações menos correctas do que escreveu o autor. Venha-se por isso à fonte e saiba-se porque defendo Vítor Bento que “após seis anos de crise, a zona euro está pior. O seu mau desempenho não era inevitável e poderia ter sido melhor. Se não foi, tal decorre duma política económica desadequada.” 
 
Salto por cima das reacções sempre acaloradas das redes sociais e da blogosfera para vos referir um texto que procura discutir, sem certezas mas com muitas dúvidas, os argumentos do conselheiro de Estado. É o de Rui Ramos, também aqui no Observador, O Euro, a Grécia, as dúvidas de Vítor Bento e as minhas. Enquanto o argumento de Bento anda muito em torno de que estamos, na Zona Euro, perante “um problema típico de desequilíbrios das balanças de pagamentos em regime de câmbios fixos”, Ramos defende que a questão é política:
O “erro” não está apenas na relutância da Europa do norte em partilhar os seus excedentes. A questão é política e não simplesmente monetária, e como tal não pode ser resolvida pelo expediente das transferências ou por outro qualquer novo malabarismo financeiro.
 
Uma conversa a acompanhar e que certamente se alargará. Mas já que estamos na Europa e com referências à Grécia, queria indicar-vos duas reportagens que, apesar de publicadas em jornais com orientações diferentes – o Guardian, de centro-esquerda, o Wall Street Journal, liberal – nos dão conta de realidades que se distanciam do retrato dominante na comunicação social portuguesa.
 
O Guardian foi até um bairro crítico de Atenas, Perama, paredes meias com o porto do Pireu, uma parte do qual foi privatizada, a outra ainda é pública e tem havido informação distintas sobre o seu futuro. Em Greece’s port in a storm: anger as Syriza stops China extending hold on Piraeus, a repórter conta, por exemplo, como as duas metades do maior porto da Grécia funcionam hoje com ritmos e eficiências radicalmente diferentes. Por um lado, “Five years after its arrival in the Mediterranean, China’s global shipping carrier, Cosco, takes immense pride in the efficiency with which affairs are conducted on these piers. Business activity has tripled since the state-owned conglomerate acquired the port for €500m (£373m), the biggest foreign investment in Greece in modern times.” Por outro lado, “The activity at the Chinese part of the terminal in Perama is a world away from the slow motion on the other side of the port. There state employees protected by labour rules and given higher wages – the result of years of unbending trade unionism – have seen work decline precipitously.” Escritas num jornal como o Guardian, estas palavras têm especial significado.
 
Já o Wall Street Journal foi falar com os donos de pequenas e médias empresas que, depois da aflição da crise, começavam a levantar a cabeça: Can Greek Businesses Even Survive? Interroga-se o jornal. Eis uma das histórias que o jornal conta:
Greek industry has fewer natural advantages. Over the years, red tape, corruption and labor costs have prompted many Greek manufacturers to relocate to neighboring Bulgaria. Mr. Vasiliou says he decided to keep making lights in Greece for “sentimental” reasons. Founded 25 years ago, Bright is focused on interior lighting. It recently outfitted a number of new train stations in Saudi Arabia, including one in Mecca. Despite the company’s track record, a number of clients were reluctant to keep doing business after Greece’s debt problems emerged. Sales plummeted (…). The company managed to keep all of its 150 workers but was forced to cut salaries. (…) In 2014, Bright recorded €17.5 million in sales and Mr. Vasiliou says the company, which is private, remains profitable. But now the jitters have returned. Mr. Vasiliou says customers have started refusing to make down payments on orders out of fear they won’t get their deliveries.
 
Continuando em artigos muitos ligados à actualidade, destaque para um trabalho de fundo do Financial Times sobre o preço dos medicamentos com um foco especial no… da hepatite C. EmHealthcare: The race to cure rising drug costs discute-se exactamente o mesmo tipo de problemas que foram tema de controvérsia a semana passada em Portugal, sendo que o trabalho jornalístico começa com a história de uma doente, Lucinda Porter, uma das 140 mil que já foram tratadas com o novo medicamento nos Estados Unidos (no Reino Unido não há ainda acordo com a farmacêutica). A história não é contada por acaso: “Gilead is a test case in the court of public opinion,” he says. “It has become the poster child for high drug prices.” Muito centrado no problema dos custos crescentes da saúde nos Estados Unidos, o artigo nota:
If there is one thing that the pharma industry and those who foot the US healthcare bill agree on, it is that the US is paying too much relative to other western countries, especially Europe. With only 4.6 per cent of the world’s population, the US is responsible for 33 per cent of global drug spending. The rest of the world is hardly rushing to pick up a bigger share of the bill. Europe and Japan, faced with ageing populations and big fiscal challenges, are trying to contain rising healthcare costs. Developing economies such as China and Brazil also want to keep a tight lid on drug prices as they expand still-fragile health systems.
 
Novo salto de tema, desta vez para falar da desigualdade da mulher no local de trabalho e, sobretudo, no topo das empresas. O trabalho é do rival alemão do Financial Times, o Handelsblatt, que em The Diversity Dividend explica que as poucas mulheres que chegam à liderança de grandes companhias obtêm até melhores resultados do que os homens. Três factos destacados no trabalho:
  • Last year, Germany approved a law that will force the nation’s biggest companies to have women in 30 percent of supervisory board positions starting in 2016.
  • Women in Germany earn on average 22 percent less than men, compared to a European average of 16 percent.
  • The 12 out of Germany’s 30 largest listed companies that have a woman on the board tend to outperform the market.
 
Amy Davidson, da New Yorker, está a seguir o julgamento de Dominique Strauss-Kahn por causa das acusação de lenocínio por ter contratado prostitutas para orgias. É uma descrição de uma incrível dureza cuja leitura recomendo da primeira à última linha. Vejam só estas duas passagens:
Primeira: But, really, “There were only twelve parties in total—that is four per year over three years.” And, at the time, he was head of the International Monetary Fund and had other things to do, such as “saving the world from catastrophe.” If that is the understanding of numbers, big and small, and shady transactions that the head of the I.M.F. brought to the subprime crisis, it’s no wonder that the world economy was such a mess. Many people would consider four orgies a year a rather high toll.
Segunda: Tuesday was Strauss-Kahn’s first day on the stand, in a case that has involved his lawyer asking how anyone can tell that a woman is a prostitute if she is already naked when you arrive in a room and, presumably, no longer has a useful label affixed to her. (And what are the clothes that would have clarified everything? In the New York rape case, D.S.K.’s defenders insinuated that prostitutes wear hotel housekeeping uniforms.) It is a defense whose absurdity is only explainable if one attributes some other qualities to Strauss-Kahn: extreme vanity and a contemptuous view of women.
 
Novo salto de tema para ir até à The Atlantic onde, em ISIS and the Logic of Shock, procura explicar porque é que o Estado Islâmico recorre a vídeos cada vez mais violentos (o mais recente, recorde-se, foi aquele em que se viu um piloto jordano a ser queimado vivo dentro de uma jaula). Depois de recordar que o objectivo primeiro do terrorismo é hoje, como sempre foi historicamente, uma forma de conseguir o máximo de publicidade, o autor vai direito ao ponto: “This brand of terrorism is like a drug: You need to keep ramping up the dose to sustain the pleasure high.” Uma reflexão que importa ler para tentar compreender o que surge como incompreensível.
 
Termino o Macroscópio de hoje regressando a um tema que já me ocupou esta semana: a morte de Manuel de Lucena. Francisco Sarsfield Cabral, que o conhecia deste que se tornaram amigos na Faculdade de Direito em 1956, só hoje escreveu o seu tributo no site da Rádio Renascença. Com um toque muito pessoal:
Em diversos textos evocativos de Manuel de Lucena foi justamente salientada a originalidade do seu pensamento e sobretudo a sua total liberdade. Acrescento duas outras qualidades: a honestidade intelectual do Manuel (que o levava, por exemplo, a deslocações a terras do interior para confirmar dados sobre a extinção dos grémios da lavoura). E a sua frugalidade – era um autêntico “franciscano”, alheio a bens materiais e a toda a espécie de vaidades e honrarias. Um exemplo de vida
 
E por hoje é tudo. Bom descanso e boas leituras. 

 
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OBSERVADOR - 360º - 11 DE JANEIRO DE 2015

360º‏

360º

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia"Wellcome to the Daily Show, my name is John Stewart". Esta noite, depois de 17 anos a dar a cara por um dos programas de maior sucesso nos Estados Unidos, John Stewart anunciou que vai deixar o programa e seguir outros caminhos. A despedida ainda não tem dia marcado, mas foi emocionante e já deixa saudades.

Alem da saída do John Stewart, a televisão americana perdeu também Brian Williams, da NBC, que foi esta noite suspenso. A razão? Mentiu em direto... durante a guerra do Iraque. A história é curiosa e merece um minuto de leitura.

Num cenário de guerra mais atual, há notícias de novos conflitos no leste da Ucrânia esta noite, provocando a morte de sete civis e 26 feridos. Hoje, em Minsk, os líderes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França vão reunir-se de novo para tentar uma vez mais um acordo duradouro de paz.

O dia é também importante para a União Europeia, com o Eurogrupo a reunir-se para discutir o futuro da Grécia. Nas últimas horas Berlim e Atenas extremaram posições, tornado mais improvável um acordo esta noite. Alexis Tsipras passou um voto de confiança no Parlamento grego com mais uma promessa: "Não vamos recuar".

Informação relevanteAinda a propósito da Grécia, destaco a primeira parte de umaentrevista do Observador ao Comissário Carlos Moedas, que deixa uma mensagem clara a Atenas, muito na linha que tem sido seguida pelo Governo português: “Devemos perceber a Grécia mas a Grécia também tem que perceber a situação em que está, à volta de uma mesa com 28 Estados-membros”.
Moedas fala do tempo do Memorando como "o mais duro" da sua vida e passa a mensagem de que Portugal está bem longe do que vemos em Atenas - distinção que faz hoje a manchete do Jornal de Negócios, a propósito da formalização do pagamento antecipado ao FMI. Sobre isso, vale a pena reter a promessa do PSD de que a poupança em juros (130 milhões, diz o Económico) pode vir a traduzir-se numa redução de impostos.

Entre as notícias do dia, destaco-lhe a manchete do Público, que fala da proposta do Governo com novas regras de financiamento do Ensino Superior. Há, por exemplo, um limite para o número de alunos por instituição, mas também um novo modelo de cálculo dos compromissos futuros assumidos por cada instituiçãoAs primeiras reações do setor parecem ser positivas.

Importantes também as novas regras para candidaturas aos fundos comunitários: as empresas com salários em atraso ficam de fora, as que falhem os prazos de execução perdem 40% do apoio - e incentivos que podem ir até 75% do investimento, diz o Económico.

Também do Governo vem uma proposta para o setor dos media, que pretende forçar os seus proprietários a dar a cara e a dizerem os montantes com que os financiam. A fórmula ainda não está fechada, mas deve hoje ser apresentada pelo ministro Poiares Maduro.

A propósito de transparência, estão prestes a ser entregues os projetos dos vários partidos para combater a corrupção, cujas linhas gerais aqui lhe apresentamos.

Agora o SwissLeaks: A Procuradoria-Geral da República confirmou estar a "recolher todos os elementos" relacionados com os portugueses listados como clientes do HSBC na Suíça. Também a Autoridade Tributária está atrás da lista de nomes portugueses, tentando perceber se os nomes que vieram a público (com desmentidos, como o de Américo Amorim) têm sentido e se levam à identificação de alguma irregularidade.

No caso Sócrates, nota para um novo detalhe vindo da investigação: alegam o procurador Rosário Teixeira que, nas escutas realizadas, José Sócrates se referia a "fotocópias" quando se referia ao dinheiro que lhe era entregue por Carlos Santos Silva, diz o DN.

Fecho com uma nota sobre as novas regras de atribuição do subsídio de desemprego: os desempregados inscritos no IEFP há pelo menos três meses podem, agora, acumular parte do subsídio com um salário, que pode ser reclamado quando o salário for mais baixo do que a prestação social.

Os nossos especiaisViveremos uma nova "Exuberância Irracional"? A pergunta é feita por Vítor Gaspar, ex-ministro das Finanças, que assina aqui no Observador uma recensão crítica de um livro que acabou de ler de Robert Shiller. Um parágrafo ajuda-nos a perceber o título:
"A primeira edição (2000) centrou-se na Bolsa -a Bolsa caiu. A segunda edição (2005) incluía um novo capítulo sobre o mercado de habitação nos EUA – o gatilho da Crise Global que ainda marca a conjuntura e as políticas macroeconómicas. A terceira edição (2015) tem um novo capítulo sobre mercados de obrigações do Tesouro.Vem aí uma nova crise? 

Passam hoje oito anos sobre o referendo ao aborto e já se pode falar de uma tendência: começam a reduzir-se o número de interrupções voluntárias de gravidez, assim como os telefonemas para a linha de apoio. Mas, como testemunhou o Fábio Monteiro,há coisas que demoram muito mais tempo a passar.

Falando de maternidade, mas mais do que isso: "As mulheres criam os filhos como sultões", diz-nos a escritora de maior êxito na Turquia, Elif Shafak, que esteve em Lisboa para apresentar o polémico livro “A Bastarda de Istambul”. O Bruno Horta entrevistou-a e descobriu-a como pós-feminista"As mulheres precisam também de autocrítica".

Notícias surpreendentes
Fosse tirada por um português e podíamos falar de uma selfie: Um astronauta da Estação Espacial Internacional publicou nesta segunda-feira no Instagram uma imagem da Península Ibérica vista da estação. Há também um vídeo delicioso do momento em que uma aurora boreal se encontra com o amanhecer. Ora veja, é uma boa maneira de começar o dia.

Portugueses no espaço? Sim, claro que sim. É hora de lhe dizer que um grupo português participou na construção de um escudo de proteção térmica para o veículo espacial IXV, que é hoje lançado pela Agência Espacial Europeia. Foram 15 mil horas de trabalho que hoje darão lugar a um enorme orgulho - assim o desejamos.

E se lhe mostrássemos as cidades do futuro? Ficção científica? Nem por isso. É um projeto de cientistas ingleses que se dedicou a investigar quais os projetos que poderão ter mais influência no planeamento urbano das cidades do Reino Unido. E, sim, há uma "cidade saturada" incluída, mas também uma "cidade suspensa" que nos deixa a pensar.

Deixo-o com uma sugestão... sugestiva: Com “As 50 Sombras de Grey” prestes a chegar aos cinemas, escolhemos doze cenas de sexo que estão entre as mais belas, mais significativas ou mais inesquecíveis do género no cinema.

Resta-me desejar-lhe um dia produtivo, bem-disposto e, já agora, com um final feliz.
Amanhã estarei de volta com o 360º. Enquanto isso, pode ir vendoaqui o que está a acontecer pelo mundo. Hoje, com a Grécia no Eurogrupo, é provável que a atualização se prolongue noite fora.
 
Até já!
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HYPE SCIENCE - 11 DE FEVEREIRO DE 2015

Como jogar RPG pode te ajudar na sua vida profissional e pessoal‏

Como jogar RPG pode te ajudar na sua vida profissional e pessoal

 
 
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Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

Como jogar RPG pode te ajudar na sua vida profissional e pessoal

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Posted: 10 Feb 2015 04:20 PM PST
Há muito tempo associado com “nerds” e tímidos, a maioria das pessoas não quer nem tentar jogar RPG por preconceito. Mas são elas que perdem com isso Continua...
 
Posted: 10 Feb 2015 04:00 PM PST
O fotógrafo Christian Berthelot faz imagens de bebês meros segundos após seus partos, realizados através de cesárea Continua...
 
Posted: 10 Feb 2015 06:30 AM PST
Posted: 10 Feb 2015 05:30 AM PST
Posted: 10 Feb 2015 04:15 AM PST
Ao longo da história, foram feitas várias atualizações da Magna Carta, o primeiro documento que impôs limites aos reis ingleses. Cada uma delas conta algo diferente Continua...
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ANTÓNIO FONSECA

 
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