Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
© Sergey Pivovarov - ReutersAcompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

10h42 – OSCE alarmada com "campos de filtragem" da Rússia

A OSCE está "seriamente preocupada" com o tratamento de Moscovo aos civis ucranianos em "campos de filtragem" projetados para identificar os suspeitos de ligações com as autoridades ucranianas, segundo um relatório hoje publicado.

"Segundo testemunhas", este procedimento "envolve interrogatórios brutais e revistas corporais humilhantes", escrevem os três autores do relatório de 115 páginas - ao qual a agência de notícias AFP teve acesso -, sublinhando que esta situação é "alarmante".

O documento, produzido para a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, indica que os ucranianos retirados de cidades cercadas, como o porto estratégico de Mariupol, ou aqueles que saem de territórios ocupados por tropas russas, são obrigados a transitar por esses centros.

"Os seus dados pessoais são registados, as suas impressões digitais tiradas e os seus documentos de identidade copiados", detalha o relatório.

Aparentemente, o objetivo é determinar se as pessoas lutaram do lado ucraniano ou se têm ligações com o regimento militar ucraniano Azov ou com as autoridades ucranianas.

"Se assim for, essas pessoas são separadas das outras e muitas vezes simplesmente desaparecem", dizem os especialistas, dois dos quais viajaram para a Ucrânia em junho para concluir o seu trabalho, que tem com base várias fontes.

(Agência Lusa)

9h47 – Moscovo ataca Ocidente por dar treino de armas às forças ucranianas

O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros atacou esta quinta-feira os Estados Unidos e o Reino Unido por ajudarem a treinar as Forças Armadas da Ucrânia, o que consideram uma "guerra híbrida" travada pelos países da NATO contra a Rússia.

A porta-voz russa Maria Zakharova insistiu que Washington forneceu à Ucrânia instrutores para ajudarem as forças de Kiev a usarem sistemas avançados de rockets de alta mobilidade (HIMARS) fabricados nos EUA.

A responsável observou que esses sistemas, com maior alcance e precisão, estão a ser "amplamente" usados pelas forças ucranianas.

Zakharova também criticou a decisão do Reino Unido de levar ucranianos para esse país para fornecer treinos de armamento.

9h31 – EUA dizem que representantes da Rússia não têm lugar na reunião do G20

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse esta quinta-feira que os representantes do presidente Vladimir Putin não têm lugar na reunião do grupo das 20 principais economias (G20), alertando que a guerra na Ucrânia tem um efeito negativo em todo o mundo.

Yellen falava à margem de uma reunião do G20 na ilha indonésia de Bali, na qual a Rússia também está a participar.

9h04 - Militares ucranianos lançam novo ataque contra forças russas no sul da Ucrânia

As forças ucranianas atingiram dois postos de controlo militares esta quinta-feira, no segundo ataque desta semana a uma área controlada pela Rússia no sul da Ucrânia.

O novo ataque a Nova Kakhovka, na região de Kherson, matou 13 "ocupantes", disse Sergei Bratchuk, porta-voz da administração regional de Odessa.

O Ministério da Defesa da Rússia ainda não comentou o alegado ataque.

Os militares ucranianos disseram na terça-feira que um ataque das suas forças em Nova Kakhovka matou 52 pessoas. Moscovo falou apenas em pelo menos sete vítimas mortais.

8h37 - Guerra já matou pelo menos 349 crianças e feriu 652

A guerra na Ucrânia já matou pelo menos 349 crianças desde que a Rússia invadiu o país a 24 de Fevereiro, de acordo com dados oficiais recolhidos até esta quarta-feira.

"Mais de mil crianças foram afetadas na Ucrânia como resultado de uma agressão armada em larga escala por parte da Federação Russa", publicou na plataforma Telegram a Procuradoria-Geral ucraniana.

As mil crianças afetadas incluem 349 crianças mortas e 652 feridas em diversos graus nos ataques e bombardeamentos russos em todo o país, de acordo com a mesma fonte.

"Os números não são definitivos, uma vez que estão em curso esforços para determinar as baixas em áreas de hostilidades ativas, em territórios temporariamente ocupados e libertados", acrescentou.

Um total de 2.126 instituições ligadas à educação foram danificadas devido a bombardeamentos e ataques das forças armadas da Rússia. Destes, 216 foram totalmente destruídas.

(Agência Lusa)

8h21 - Kiev corta relações diplomáticas com Coreia do Norte

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou o corte de relações diplomáticas com a Coreia do Norte após Pyongyang reconhecer a independência das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk.

Numa mensagem vídeo, Zelensky disse que o reconhecimento da Coreia do Norte da chamada "independência das áreas temporariamente ocupadas pela Rússia nas regiões de Donetsk e Lugansk no leste do país não requer sequer uma resposta, porque é muito óbvio para onde a Ucrânia se dirige e para onde os ocupantes se dirigem".

A Coreia do Norte reconheceu na quarta-feira a independência das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, juntando-se à Rússia e Síria, anunciou a embaixada norte-coreana em Moscovo.

A nota de reconhecimento foi entregue ao embaixador da Rússia em Pyongyang, disse um porta-voz da representação diplomática da Coreia do Norte em Moscovo à agência russa Interfax.

(Agência Lusa)

7h50 - Ponto de situação

  • Rússia, Ucrânia, Turquia e Nações Unidas deverão assinar um acordo na próxima semana com o objetivo de retomar as exportações de cereais da Ucrânia, mas o chefe das Nações Unidas, António Guterres, avisou que há ainda "um longo caminho a percorrer" antes de haver negociações de paz para pôr fim à guerra.
  • As autoridades ucranianas afirmaram quarta-feira que os ataques russos nas proximidades da cidade de Mykolaiv, no sul do país, causaram pelo menos cinco mortos civis.
  • A Coreia do Norte reconheceu oficialmente as duas regiões separatistas pró-russas do leste da Ucrânia como países independentes, noticiou a imprensa estatal norte-coreana.
  • Os Estados Unidos pediram à Rússia que liberte imediatamente os ucranianos que foram forçados a sair do seu país de origem e que permita observadores externos, citando relatos de que Moscovo está a colocar crianças ucranianas para adoção e a "fazer desaparecer" milhares de outras.
  • Mais de 9 milhões de pessoas cruzaram a fronteira da Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país, segundo a agência da ONU para os Refugiados.