segunda-feira, 25 de março de 2024

JOSÉ BARROS MOURA - POLÍTICO - MORREU EM 2003 - 25 DE MARÇO DE 2024

 

José Barros Moura

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
José Barros Moura
Nascimento8 de outubro de 1944 (79 anos)
Porto
Morte25 de março de 2003
CidadaniaPortugal
Ocupaçãopolítico

José Aurélio da Silva Barros Moura (Porto8 de outubro de 1944 — Lisboa25 de março de 2003) foi um político português.[1][2]

Biografia

Iniciou a atividade política nas lutas académicas, em 1962, o que lhe valeu ser expulso da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Licenciou-se em Coimbra, onde entretanto voltou a envolver-se, como dirigente da Associação Académica de Coimbra, na luta académica de 1969, já como militante do PCP, representante da Comissão Nacional dos Estudantes Portugueses e controleiro da facção comunista do movimento estudantil de Coimbra, tendo sido líder do grupo informal por conhecido por IBM (Intelligentsia Barros Moura). Mais tarde obteve o mestrado em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.[3]

Incorporado compulsivamente nas fileiras do exército português, foi enviado para a Guiné, a pior frente de combate na Guerra Colonial, onde privou com António de Spínola e outros dirigentes do Movimento das Forças Armadas, envolvendo-se na conspiração que levaria à Revolução de 25 de Abril de 1974. Foi diretor do Instituto do Trabalho, Previdência e Ação Social da Guiné (1974) e diretor-geral das Relações Coletivas de Trabalho do Ministério do Trabalho (1975), sendo posteriormente coordenador e técnico do Gabinete de Estudos do Ministério do Trabalho. Entre 1975 e 1976, foi membro da equipa do secretário de Estado do Trabalho dos I, II, III, IV e V Governos Provisórios, Carlos Carvalhas, e também consultor jurídico da CGTP.[3]

Em 1987, foi eleito deputado do PCP ao Parlamento Europeu, sendo reeleito em 1989. Em 1991, após 27 anos de militância, foi expulso do PCP, juntamente com Mário Lino e Raimundo Narciso, por ter manifestado ser contra o apoio do Comité Central do PCP à tentativa de golpe de Estado na União Soviética em 1991. Abandonou assim o Parlamento Europeu.[3][4] Adere então à Plataforma de Esquerda, grupo formado por dissidentes comunistas e integrado, entre outros, por Miguel PortasJoaquim Pina MouraDaniel Oliveira e José Magalhães. Em 1994, foi então novamente eleito deputado ao Parlamento Europeu, como independente nas listas do PS. Em 1999 adere ao PS, de que já era deputado independente eleito para o Parlamento Europeu. Foi eleito deputado à Assembleia da República nas eleições legislativas de 1999 (VIII Legislatura) e 2002 (IX Legislatura), tendo sido vice-presidente da bancada parlamentar socialista.

Foi também presidente da Assembleia Municipal de Felgueiras, cargo que abandonou por discordar do estilo de gestão imprimido pela presidente do município, Fátima Felgueiras.

Entre 1988 e 2003 exerceu funções docentes na Universidade Autónoma de Lisboa (Departamento de Direito).

Morreu a 25 de março de 2003, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.[5]

A 26 de janeiro de 2023, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.[6]

Referências


FREDERIC MISTRAL - ESCRITOR - MORREU EM 1914 - 25 DE MARÇO DE 2024

 

Frédéric Mistral

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Frédéric Mistral
Nascimento8 de setembro de 1830
Maillane
Morte25 de março de 1914 (83 anos)
Maillane
Nacionalidadefrancês
Prémios Nobel de Literatura (1904)
Magnum opusMireio: poema provençal
Assinatura
Campo(s)literatura

Frédéric Mistral (Maillane8 de setembro de 1830 — Maillane, 25 de março de 1914) foi um escritor francês em língua occitana ou provençal.

Seus pais se chamavam François Mistral e Adélaide Poulinet. Começou a ir à escola bastante tarde, aos nove anos. Entre 1848 e 1851, estuda direito em Aix-en-Provence e se converte em cantor da independência da Provença e sobretudo do provençal, "primeira língua literária da Europa civilizada".

De volta a Maillane, Mistral se une ao poeta Roumanille, e ambos se convertem nos artífices do renascimento da língua occitana. Juntos fundam o movimento do félibrige, que permitiu promover a língua occitana com a ajuda de Alphonse de Lamartine: este movimento acolherá todos os poetas occitanos expulsos da Espanha por Isabel II.

Com sua obra, Mistral reabilita a língua provençal, levando-a às mais altos cumes da poesia épica: a qualidade desta obra se consagrará com a obtenção dos prêmios mais prestigiosos.

Sua obra principal foi Mirèio (Mireia) à que dedicou oito anos de esforços. Publicou-a em 1859. Em oposição ao que seria a ortografia habitual Mistral teve que ceder à imposição de seu editor, Roumanille, e optar por uma grafia simplificada, que desde então se chama "mistraliana", em oposição à grafia "clássica" herdada dos trovadores. Mireia conta o amor de Vincent e da bela provençal Mireia. Esta história é equiparável à de Romeu e Julieta.

Charles Gounod fez uma ópera com este tema em 1863.

Além de Mireia, Mistral é autor de "Calendal", "Nerte", Lis isclo d’or ("As Ilhas de Ouro"), Lis oulivado ("As olivadas"), "O poema do Ródano", obras todas elas que servem para que se lhe considere o maior dos escritores em língua provençal.

Mistral recebeu o Nobel de Literatura de 1904, junto a José Echegaray y Eizaguirre. Com o custo do prêmio criou o Museu Arlaten em Arles.

Casado com Marie-Louise Rivière, não teve filhos e morreu em 25 de março de 1914 em Maillane.

Principais obras

  • Mirèio (1859)
  • Calendau (1867)
  • Coupo Santo (1867)
  • Lis Isclo d'or (1875)
  • Lou Tresor dóu felibrige ou Dictionnaire provençal-français, (1879)
  • Nerto, romance (1884)
  • La Rèino Jano, drama (1890)
  • Lou Pouèmo dóu Rose (1897)
  • Moun espelido, Memòri e Raconte ou Mes origines (1906)
  • Discours e dicho (1906)
  • La Genèsi, traducho en prouvençau (tradução de Livre de la Genèse, 1910)
  • Lis óulivado (1912)
  • Proso d’Armana (posthume) (1926, 1927, 1930)
  • Contes de Provence, colectânea de obras publicadas no L’Almanach provençal e L’Aiòli, coligidas por Françoise Morvan na tradução francesa de Pierre Devoluy, edições Ouest-France, colecção « Les grandes collectes », 2009 ISBN 978-2737347511.

Ver também

Ligações externas

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Precedido por
Bjørnstjerne Bjørnson
Nobel de Literatura
1904
com José Echegaray
Sucedido por
Henryk Sienkiewicz


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