terça-feira, 15 de setembro de 2020

LEHMAN BROTHERS - BANCO AMERICANO FALIU EM 2008 - 15 DE SETEMBRO DE 2020

 


Lehman Brothers

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Lehman Brothers Holdings Inc.
Pública
AtividadeInvestimento
Fundação1850
DestinoCapítulo 11Falência
SedeNova IorqueEstados Unidos
Área(s) servida(s) Mundo
ProdutosFinançasBanco de investimentoInvestimento
SubsidiáriasLehman Brothers Inc., Neuberger Berman Inc. , Aurora Loan Services, LLC, SIB Mortgage Corporation, Banco Lehman Brothers , FSB, Eagle Energy Partners e o Grupo Crossroads
Website oficiallehman.com (Arquivado)
Sede do Lehman Brothers, na Times Square.

Lehman Brothers Holdings Inc. foi um banco de investimento e provedor de outros serviços financeiros, com atuação global, sediado em Nova Iorque. Era uma empresa global de serviços financeiros que, até declarar falência em 2008, fez negócios no ramo de investimentos de capital venda em renda fixa, negociação, gestão de investimento. Seu negociante principal era o tesouro americano no mercado de valores mobiliários. As suas principais filiais incluíam Lehman Brothers Inc., Neuberger Berman Inc., Aurora Loan Services, Inc., SIB Mortgage Corporation, Lehman Brothers Bank, FSB, Eagle Energy Partners, e o Grupo Crossroads. A sede mundial da empresa estava em Nova Iorque, com sedes em Londres e Tóquio, bem como escritórios localizados em todo o mundo.

Em 15 de setembro de 2008, a empresa pediu falência, já que vinha tendo prejuízos causados pela crise dos subprimes nos Estados Unidos. A apresentação marcou a maior falência da história americana. No dia seguinte, o banco britânico Barclays anunciou o seu acordo para a aquisição, sujeita à aprovação regulamentar, do banco de investimento norte-americano e divisões juntamente com o seu edifício sede de Nova Iorque. Na empresa trabalhavam aproximadamente 10.000 empregados[1]. Em 20 de setembro de 2008, uma versão revista do referido acordo foi homologado pelo juiz James Peck.

Em 22 de setembro de 2008, Nomura Holdings anunciou que tinha concordado em adquirir a franchising da Lehman Brothers na região da Ásia-Pacífico, incluindo JapãoHong Kong e Austrália. No dia seguinte, Nomura anunciou a sua intenção de adquirir a Lehman Brothers e o investimento bancário e capital daquelas filiais na Europa e no Oriente Médio. O negócio se tornou efetivo, na segunda-feira, 13 de outubro. Em 2007, as filiais não-americanas do Lehman Brothers foram responsáveis por mais de 50% da receita global produzida.

A gerência de investimentos da Lehman Brothers, incluindo Neuberger Berman, foi vendida para a sua direção em dezembro de 2008. Os credores do Lehman Brothers Holdings Inc. mantém um 49% do capital, agora conhecida como Neuberger Investment Management.

Histórico[2][editar | editar código-fonte]

Em 1844, Henry Lehman imigrou de Rimpar, Alemanha, para Montgomery, Alabama, onde estabeleceu uma pequena loja que vendia mantimentos, produtos secos e utensílios para os produtores locais de algodão. Em 1850, seus dois irmãos, Emanuel e Mayer, tinham se juntado a ele no negócio, que passou a ser chamado de Lehman Brothers. Após a morte de Henry Lehman em 1855 aos 33 anos, os dois irmãos mais novos dirigiram a firma pelas quatro décadas seguintes. Durante seu mandato, apenas os membros da família - filhos, irmãos e primos - eram permitidos como parceiros. Essa política continuou até a década de 1920.

Pouco depois de sua fundação, Lehman Brothers evoluiu de um negócio de merchandising geral para um corretor de commodities que comprou e vendeu algodão para os plantadores que vivem em Montgomery e arredores, no Alabama. "King Cotton" dominou a economia do sul dos Estados Unidos na década de 1850. À medida que o negócio crescia, uma breve parceria foi formada com o comerciante de algodão John Wesley Durr para construir um armazém de armazenamento de algodão, permitindo que o Lehman Brothers se envolver em maiores vendas e comércios. Um escritório de Nova York foi aberto em 1858, dando à empresa uma presença mais forte no negócio de commodities comerciais, bem como uma posição na comunidade financeira.

Com grande parte de suas operações ligadas à economia do Sul, Lehman Brothers não escapou das dificuldades da Guerra de Secessão. A empresa foi reconstruída após a guerra, concentrando suas operações no escritório de Nova York. Em 1870, Lehman Brothers liderou a formação do New York Cotton Exchange, o primeiro negócio de futuros de commodities. Mayer Lehman foi nomeado para o seu primeiro conselho de administração. À medida que o negócio de vendas e negociação de commodities da Lehman Brothers cresceu para incluir outros bens, a empresa também ajudou a estabelecer a Bolsa de Café ea Bolsa de Petróleo.

Por causa de sua herança do sul e conexões do norte, os irmãos de Lehman foram designados para serem agentes fiscais do governo do Alabama para ajudar a vender as ligações do estado em 1867. Esta não era uma atribuição simples, dado o rating de crédito dos estados do sul naquele tempo. A empresa também foi designada para atender as dívidas do Estado, pagamentos de juros e outras obrigações, iniciando uma longa tradição nas finanças municipais.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

BATALHA DE PYONGYANG - (1894) - 15 DE SETEMBRO DE 2020

 

Batalha de Pyongyang

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Representação artística da batalha de Pyongyang, por Mizuno To.

Batalha de Pyongyang (平壌作戦?) foi a segunda maior batalha da Primeira Guerra Sino-Japonesa. Teve lugar a 15 de setembro de 1894 em Pyongyang, outrora capital da Coreia, envolvendo as forças do Japão da era Meiji e a Dinastia Qing. Esta batalha é por vezes denominada de Batalha de Ping-yang.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Chamberlin, William Henry. Japan Over Asia, 1937, Little, Brown, and Company, Boston, 395 pp.
  • Kodansha Japan An Illustrated Encyclopedia, 1993, Kodansha Press, Tokyo ISBN 4-06-205938-X
  • Lone, Stewart. Japan's First Modern War: Army and Society in the Conflict with China, 1894-1895, 1994, St. Martin's Press, New York, 222 pp.

HMS BEAGLE CHEGA ÀS ILHAS GALÁPAGOS COM CHARLES DARWIN - (1835) - 15 DE SETEMBRO DE 2020

 


HMS Beagle

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Naval Ensign of the United Kingdom.svg HMS Beagle
PSM V57 D097 Hms beagle in the straits of magellan.png
Encomendada:.
Quilha assente:.
Lançado à água:11 de Maio de 1820.
Aumentado ao efectivo:.
Abatido ao efectivo:1845 (transferido para a Guarda Costeira).
Destino após abate:Vendido e desmantelado em 1870.
Características gerais
Deslocamento:235 toneladas (242 toneladas na 2ª viagem).
Comprimento:27,5 m
Boca:7,5 m
Calado:3,8 m
Propulsão:Veleiro
Guarnição:120 homens quando em prontidão naval, 65 tripulantes e 9 supernumerários na 2ª viagem.
Armamento:10 peças, reduzido a 6 peças para as viagens hidrográficas.

HMS Beagle foi um brigue de 10 peças da classe Cherokee, que, ao serviço da Marinha Real Britânica, empreendeu três viagens de exploração, incluindo uma viagem de circum-navegação com o objectivo de explorar as terras e mares por onde passasse. Aquela viagem (a segunda que o navio fez) foi celebrizada pelos resultados obtidos por Charles Darwin, então um jovem naturalista que seguia a bordo como colector e consultor científico da expedição. O navio terminou os seus dias como posto de vigia de combate ao contrabando num estuário do oeste da Inglaterra, sendo em 1870 vendido para ser desmantelado. Parte do casco e algumas das suas cavernas podem ter sobrevivido ao desmantelamento, encontrando-se ainda enterradas no lodo do sapal de River Roach, no condado de Essex. O nome Beagle é uma referência à homónima raça de cães.[carece de fontes]

O navio[editar | editar código-fonte]

brigue HMS Beagle, representado ao lado (no topo da caixa) numa aguarela de Owen Stanley pintada em 1841 durante a exploração da costa da Austrália, foi lançado à água no dia 11 de Maio de 1820 nos Estaleiros Navais de Woolwich (Woolwich Dockyard), sitos nas margens do Tamisa, tendo custado £7,803.

O navio foi construído segundo o plano da chamada classe Cherokee, cognominada de "brigues caixão" (coffin brigs), dada a notória tendência daqueles navios para adornarem excessivamente. Dos 107 navios construídos segundo aquele projecto, 27 perderam-se no mar. Apesar disso, a classe Cherokee foi uma das configurações mais vezes construídas pela Marinha Real Britânica.

Em Julho daquele ano tomou parte na parada naval realizada por ocasião da coroação de Jorge IV, na qual o Beagle foi o primeiro navio a navegar por debaixo da nova Ponte de Londres (London Bridge).

Depois daquele evento, e não havendo necessidade imediata do navio, o Beagle foi mantido durante 5 anos em preparos, ancorado sem guarnição completa. Foi depois armado em barca, adaptado à função de navio hidrográfico e preparado para viagens de exploração de longo curso.

Nesta função fez três expedições, na segunda das quais levou a bordo o jovem naturalista Charles Darwin, cujo trabalho durante a viagem e carreira posterior fariam do modesto HMS Beagle um dos navios mais famosos da História.

Primeira expedição[editar | editar código-fonte]

O percurso da viagem do HMS Beagle.

27 de Setembro de 1825 o Beagle deu entrada no arsenal de Woolwich para reparação e fabricos preparação para a sua nova função de navio hidrográfico. O número de peças de artilharia foi reduzido de 10 para 6 e foi-lhe adicionado um mastro de mezena com o objectivo de obter uma capacidade de manobra acrescida. Esta alteração ao velame fez com que o navio perdesse a configuração de brigue e passasse a aparelhar como barca. A adaptação às novas funções custou £5,913, um valor muito elevado para a época.

Terminados os fabricos, o Beagle levantou ferro a 22 de Maio de 1826 para a sua primeira viagem oceânica, tendo como comandante o capitão Pringle Stokes. A missão do navio consistia em acompanhar o HMS Adventure, um navio de maior deslocamento (380 toneladas) numa viagem destinada a elaborar o levantamento hidrográfico das águas costeiras da Patagónia e da Terra do Fogo, sob a direcção do capitão australiano Philip Parker King.

Tendo de enfrentar a parte mais difícil do levantamento hidrográfico das costas desoladas da Terra do Fogo, o capitão Pringle Stokes entrou em depressão profunda. Quando o navio escalava Puerto del Hambre, no Estreito de Magalhães, fechou-se na sua camarinha durante 14 dias e pouco depois, em Agosto de 1828, alvejou-se com uma arma de fogo e morreu em delírio 11 dias depois.

Face à morte do capitão Pringle Stokes, o comandante da expedição, o capitão Parker King, entregou o comando interino do Beagle ao tenente W. G. Skyring, que até ali exercia as funções de imediato do navio.

Navegaram até ao Rio de Janeiro, onde a 15 de Dezembro de 1828 o contra-almirante Sir Robert Otway, comandante-em-chefe da esquadra britânica na América do Sul, embarcado no HMS Ganges, nomeou o tenente Robert FitzRoy, que exercia as funções de seu ajudante, comandante interino do Beagle .

O tenente Robert FitzRoy, um jovem aristocrata de apenas 23 anos de idade, provou ser um comandante capaz e um hidrógrafo meticuloso, tendo prosseguido com êxito a missão de que o navio estava encarregue.

Num incidente ocorrido durante a exploração da costa da Terra do Fogo, um grupo de aborígenes fueguianos da tribo Yaghan roubou uma das embarcações do navio, tendo FitzRoy tomado como reféns, até devolução da embarcação, os familiares dos acusados. Desta permanência forçada a bordo resultou que dois homens, uma rapariga e um rapaz, a quem foi dado o nome de Jemmy Button e que posteriormente se transformaria numa celebridade em Londres, fossem levados para Inglaterra aquando do regresso do navio.

Beagle chegou a Plymouth no dia 14 de Outubro de 1830, dando por terminada a sua 1.ª viagem de exploração.

Segunda expedição[editar | editar código-fonte]

Aborígenes fueguianos a saudar o Beagle, por Conrad Martens , o artista contratado para a campanha de 1833.

Não tendo ficado completo o levantamento da costa da América do Sul quando da expedição do Adventure e do Beagle realizada entre 1826 e 1830, o Almirantado britânico resolveu enviar nova expedição àquelas costas, detalhando para tal o HMS Chanticleer. Contudo, o mau estado daquele navio levou à reformulação do projecto, tendo sido escolhido como substituto, apesar da sua menor tonelagem, o Beagle.

Nesta decisão poderá ter tido influência o capitão Robert FitzRoy, que há muito procurava uma forma de propiciar o retorno à Terra do Fogo dos aborígenes fueguianos que tinha trazido para Inglaterra na viagem anterior, e que entretanto tinham sido preparados para assumirem o papel de missionários anglicanos junto dos seus compatriotas.

Em preparação da viagem, a 25 de Junho de 1831, o capitão Robert FitzRoy foi novamente nomeado comandante do Beagle, tendo o navio sido de novo aumentado ao efectivo naval a 4 de Julho de 1831, com FitzRoy a assumir de imediato a direcção dos fabricos e da preparação do navio e guarnição para a expedição planeada.

O navio deu entrada logo de seguida no arsenal para grandes reparações e, como necessitava de um novo convés, FitzRoy conseguiu obter o assentimento do Almirantado para introduzir grandes alterações na superestrutura do navio. Essas alterações incluíram o levantamento da borda de forma que o convés superior subisse consideravelmente, aumentando a altura 200 mm a ré e 300 mm a vante, e um redimensionamento das escotilhas das peças de artilharia de forma a reduzir o embarque de água em situações de mau mar.

Os navios da classe Cherokee tinham a fama de não aguentarem mar, embarcando demasiada água, o que levava ao excessivo adernamento e, eventualmente, ao afundamento. Tal fama tinha-lhes merecido o epíteto de "brigues caixão" (coffin brigs), o que não aconselhava o seu uso em águas tão sujeitas a grande ondulação como é a região do mítico Cabo Horn.

Com as alterações introduzidas, a água passou a drenar mais rapidamente dos convés e a não entrar tão facilmente pelas escotilhas, o que melhorou a manobrabilidade em mau tempo e reduziu o risco do navio revirar. A colocação de um novo revestimento no casco adicionou cerca de 7 toneladas ao seu deslocamento, melhorando a estabilidade por provocar uma descida do centro de gravidade do navio.

Para além das melhorias introduzidas no navio, o capitão FitzRoy obteve novos equipamentos de navegação e observação, incluindo 22 cronómetros de precisão e 5 barómetros de um modelo por ele inventado.

Tendo em conta o suícidio do capitão Pringle Stokes, ocorrido a bordo do "Beagle" na sua primeira expedição, e igual sorte sofrida por um seu tio, o capitão Robert FitzRoy tentou encontrar um companheiro de viagem, com perfil adequado aos seus gostos aristocráticos, que permitisse reduzir a solidão dos longos dias que passariam no mar. Não tendo conseguido a pessoa da sua primeira escolha, solicitou a ajuda do capitão Francis Beaufort, também meteorologista de renome e seu superior e amigo, na tarefa de localizar um candidato adequado.

Para a função pretendia-se um cavalheiro que fosse um verdadeiro "gentleman", mas que simultaneamente tivesse suficientes conhecimentos de História Natural que lhe permitissem assumir as funções de naturalista da expedição.

Essa busca levou ao recrutamento de Charles Darwin, então um jovem estudante, para o cargo, o que de forma inadvertida transformou aquilo que seria mais uma viagem hidrográfica feita por um pequeno navio, num viagem histórica que catapultou o "Beagle" para os píncaros da fama.

Levava também a bordo o pintor Augustus Earle com primeiro oficial desenhista. Earle só viajou até Montevideu uma vez que, por motivo de doença foi obrigado a retornar à Inglaterra. Substituiu-o, logo em seguida, outro artista que haveria de tornar-se famoso na AustráliaConrad Martens.

Estava previsto que o Beagle partiria a 24 de Outubro de 1831, mas atrasos diversos nos fabricos atrasaram a sua saída para o mar até Dezembro daquele ano.

Uma primeira tentativa, feita a 10 de Dezembro gorou-se devido ao mau tempo que obrigou o navio a recolher-se novamente ao porto. Finalmente, a 27 de Dezembro, pelas 2:00 da tarde, o Beagle deixou o porto de Plymouth iniciando a sua histórica viagem.

Depois ter visitado demoradamente a costa do Brasil, onde a expedição visitou, entre muitos outros lugares, o arquipélago de Abrolhos, e de completar um extenso plano de levantamento hidrográfico da costa atlântica da América do Sul, o navio dobrou o Cabo Horn, prosseguindo o levantamento de parte da costa ocidental sul-americana. Posteriormente, visitou diversas ilhas do oceano Pacífico, retornando à Inglaterra via a Nova Zelândia e a Austrália, em cujas costas executou diversos levantamentos.

Na viagem de regresso voltou a visitar o Rio de Janeiro, tendo subido o Atlântico com escala nos Açores.

Beagle chegou a Falmouth, Inglaterra, a 2 de Outubro de 1836, depois de quase 5 anos no mar e de ter circum-navegado a Terra, numa das maiores viagens de exploração já empreendidas.

Terceira expedição[editar | editar código-fonte]

Seis meses mais tarde, em 1837, o Beagle partiu em nova expedição, desta vez destinado a fazer o levantamento hidrográfico de alguns grandes troços da costa da Austrália. Estava encarregue do navio o comandante John Clements Wickham, tendo como ajudante hidrógrafo o tenente John Lort Stokes, que como guarda-marinha tinha participado na primeira expedição do navio e tinha embarcado na segunda expedição como hidrógrafo auxiliar.

Chegados à Austrália, iniciaram o levantamento da costa ocidental entre o rio Swan (na atual cidade de Perth) e o rio Fitzroy. Concluída essa tarefa, procederam ao levantamento de ambas margens do Estreito de Bass, no extremo sueste do continente.

Em Maio de 1839 velejaram para norte e procederam ao levantamento hidrográfico da costa australiana do Mar de Timor e do Mar de Arafura. Durante estes trabalhos, Wickham deu o nome de Golfo do Beagle e Port Darwin às zonas que hoje ostentam aquelas designações. Port Darwin viria a dar origem à actual cidade de Darwin.

Quando em Março de 1841 Wickham adoeceu gravemente e se demitiu das funções de comando, o navio ficou entregue ao tenente John Lort Stokes, que continuou os trabalhos da expedição.

A terceira, e última, expedição do Beagle terminou em 1843 com o regresso do navio ao estuário do Tamisa.

Os anos finais[editar | editar código-fonte]

Em 1845 o Beagle foi transformado num posto fixo de vigilância costeira e entregue às autoridades fiscais para combate ao contrabando na costa de Essex e na margem norte do estuário do Tamisa. Já sem condições de navegação, foi ancorado no meio do rio Roach, um dos braços de água do labirinto de canais existente nos sapais a sul de Burnham-on-Crouch.

Nestas funções, o navio alojava 7 guardas, recrutados longe do local para evitar colusão com os habitantes das vizinhanças. Estes guardas, e as suas famílias, viviam a bordo, formando uma pequena comunidade. Para interceptar os contrabandistas utilizavam pequenas embarcações a remos que partiam do navio.

Permaneceu naquele posição durante alguns anos, até que em 1851 as companhias que se dedicavam à recolha de ostras naquela zona peticionaram a sua remoção, alegando que estava a obstruir o canal, dificultando a navegação. Foram desenvolvidas diligências para a remoção, tendo sido decidido o seu encalhe na margem.

A edição da Navy List datada de 25 de Maio de 1851 aponta-a sob o nome de Southend W. V. No. 7, localizado em Paglesham.

Em 1870, o navio foi vendido por £525 a Murray and Trainer para desmantelamento, tendo-se perdido o rasto posterior.

Investigações começadas em 2000 por uma equipa liderada pelo Dr Robert Prescott da University de St Andrews encontrou documentos confirmando que o W.V. 7 era o Beagle e localizaram na carta hidrográfica do local, levantada em 1847, um navio com dimensões correspondentes fixo no meio do canal. Uma carta posterior mostrava uma reentrância na margem norte do canal, nas proximidades da posição do navio, que aparentava ser um pequeno cais construído para lhe dar acesso.

Investigações feitas no local assinalado na carta revelaram uma área escavada, agora cheia de aluvião, com cerca de 5 m de profundidade, e no seu interior fragmentos de porcelana coincidentes com a época.

Buscas realizadas em Novembro de 2003 utilizando radar de penetração no solo e outros métodos geoeléctricos detectaram no local a presença de restos de madeira com o tamanho e forma da parte inferior do casco. A escavação revelou uma âncora de um modelo datável de 1841. Aparentemente os novos proprietários terão demolido as superstruturas para aproveitamento das madeiras, deixando encalhado no lodo a parte inferior do casco, a qual foi depois recoberta por material aluvionar.

Também se descobriu que censo de 1871 assinala no local uma casa de quinta registada em nome de William Murray e Thomas Rainer, o que permite especular que o registo do nome do negociante que adquiriu para desmantelamento o Beagle contém um erro de escrita, sendo que em vez de Trainer se deveria ler T. Rainer. Infelizmente a casa foi demolida na década de 1940, mas uma casa para arrumação de embarcações existente nas imediações incorpora madeiras com dimensões e características semelhantes às do cavername do Beagle. Aguardam-se novas investigações, já propostas.

Dada a fama do Beagle é certo que os esforços para localizar quaisquer restos que tenham sobrevivido ao desmantelamento continuarão.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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