Pisoteamento em Carbala
Pisoteamento em Carbala | |
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Data | 10 de setembro de 2019 |
Localização | Carbala, Iraque |
Coordenadas | 32° 37′ N, 44° 02′ L |
Tipo | Pisoteamento |
Mortes | 31 |
Lesões relatadas | 102[1] |
Em 10 de setembro de 2019, 31 pessoas foram mortas e mais de outras 100 ficaram feridas em um pisoteamento humano durante as procissões da Ashura em Carbala, Iraque. Há relatos conflitantes sobre o que causou o pisoteamento, um deles afirmou que uma passagem desabou, levando a multidão ao pânico. Outro relato afirmou que uma pessoa tropeçou e caiu entre os corredores e outras caíram sobre ele.
Contexto[editar | editar código-fonte]
A Ashura é um feriado importante no calendário islâmico, marcando o martírio de Huceine ibne Ali (Imame Huceine), neto do profeta Muhammad. Ele foi morto em 680 d.C. na Batalha de Carbala e tornou-se um evento central do xiismo. O evento é reconhecido como um fator chave na divisão entre as religiões xiita e sunita islâmicas.[2] Desde então, os primeiros dez dias do Moarrão, o primeiro mês do calendário islâmico, são um feriado nacional nos países islâmicos, com o décimo dia culminando na Ashura.[3]
A celebração da Ashura em Carbala foi alvo de um ataque terrorista em 2004, quando atentados simultâneos em Carbala e Najaf mataram 134 pessoas.[3] Um pisoteamento em 2005 ocorreu em Bagdá durante um evento semelhante, causado pela promessa de que o evento poderia estar sujeito a um atentado terrorista.[3] Mais recentemente, vários ataques às procissões da Ashura foram causados por extremistas sunitas.[2]
Pisoteamento[editar | editar código-fonte]
Um dos eventos comuns durante a celebração da Ashura em Carbala, no Iraque, é a corrida Tuairije, onde os peregrinos percorrem as ruas a cerca de dois a três quilômetros do Santuário do Imame Huceine, em homenagem à corrida que Huceine ibne Ali da aldeia de Tuairije (hoje conhecida como Hindia) até Carbala antes da Batalha de Carbala. O evento, que ocorreu ao meio-dia de 10 de setembro de 2019, atraiu centenas de milhares de peregrinos que planejavam fazer a corrida.[3] Relatórios da causa resultante do pisoteamento variaram: um relatório afirmava que uma passagem desabou, levando a multidão a entrar em pânico e causar um pisoteamento.[2] Outro relato afirmou que uma pessoa tropeçou e caiu entre os corredores; outros subsequentemente caíram sobre o corredor que havia caído, dando como resultado final o pisoteamento.[3]
As autoridades chegaram para acalmar a multidão e controlar os danos. Pelo menos 31 pessoas foram mortas no caos causado pelo tumulto, com pelo menos 100 feridos e encaminhadas para os hospitais locais. Pelo menos dez dos feridos estão em estado crítico.[4]
Reações[editar | editar código-fonte]
As autoridades estão investigando a causa do evento. O presidente iraquiano Barham Salih e o primeiro-ministro Adil Abdul-Mahdi ofereceram suas condolências pelas perdas, bem como o embaixador dos Estados Unidos no Iraque, Matthew H. Tueller.[2] O Ministério das Relações Exteriores do Iraque divulgou um comunicado dizendo que não havia paquistaneses entre os mortos.[5][6]
Referências
- ↑ «At least 31 dead in stampede at Ashura rituals in Iraq's Karbala». The Hindu (em inglês). Reuters. 11 de setembro de 2019. Consultado em 11 de setembro de 2019
- ↑ ab c d Abdul-Zahra, Qassim; Karam, Zeina (10 de setembro de 2019). «Officials: 31 Iraqi pilgrims die in stampede during holiday» (em inglês). Associated Press. Consultado em 10 de setembro de 2019
- ↑ ab c d e «Iraq stampede kills 31 at Ashura commemorations in Karbala» (em inglês). BBC. 10 de setembro de 2019. Consultado em 10 de setembro de 2019
- ↑ «More than 30 killed in mass stampede at Iraqi Shia shrine». Aljazeera (em inglês). 10 de setembro de 2019. Consultado em 11 de setembro de 2019
- ↑ «No Pakistani among those killed in Karbala stampede». The News (em inglês). 11 de setembro de 2019. Consultado em 11 de setembro de 2019
- ↑ «FO confirms no Pakistani among those killed in Karbala stampede». The Frontier Post (em inglês). 11 de setembro de 2019. Consultado em 11 de setembro de 2019