Ucrânia: Grupo Wagner diz que vai formar "milicianos" para defender a Rússia
O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, afirmou que a sua organização vai formar milicianos e construir fortificações em duas regiões da Rússia fronteiriças com a Ucrânia.
O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Evgueni Prigozhin, afirmou hoje que a sua organização vai formar milicianos e construir fortificações em duas regiões da Rússia fronteiriças com a Ucrânia.
"A companhia militar privada Wagner ajuda e vai ajudar a população dos territórios fronteiriços da Ucrânia a receberem uma formação, a construírem instalações, a prepararem pessoas e a organizarem milícias", indicou Prigozhin, citado pelo serviço de imprensa da sua empresa Concord.
Segundo declarou, estas atividades já se iniciaram nas regiões russas de Belgorod e Kursk, regularmente atingidas nos últimos meses por disparos atribuídos por Moscovo ao exército ucraniano.
"Quem pretende a paz, prepara a guerra"
O objetivo, de acordo com Prigozhin, consiste em construir "instalações fortificadas e centros de formação de milicianos nas regiões fronteiriças".
"Quem pretende a paz, prepara a guerra. É necessário estar-se sempre preparado para defender a sua terra", acrescentou.
Na semana passada, o chefe da Wagner tinha já mencionado este projeto, assegurando que vai financiá-lo sem a ajuda do Estado russo.
Desde 2014 que os mercenários do grupo Wagner são acusados de servir os interesses do regime de Vladimir Putin em numerosas zonas de conflito, que se estendem da Síria à Ucrânia, passando por África e América do Sul.
Nos últimos meses, o grupo operou ativamente na frente ucraniana, em apoio ao exército russo. Foi ainda acusado de ter efetuado uma deslocação a diversas prisões russas e recrutar detidos para combater, em troca de uma redução das penas.
por:content_author: Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário