Ministra invoca lei do tempo de Passos para pagar quase €4000 brutos a recém-licenciado ligado ao PS
A ministra da Presidência assumiu esta quinta-feira pessoalmente a responsabilidade pela contratação de um jovem assessor sem qualquer experiência profissional para o seu gabinete e frisou que tem sido sempre cumprida rigorosamente a legislação de 2012 sobre critérios de seleção e remunerações, referindo-se a uma lei de 2012, ano em Pedro Passos Coelho era primeiro-ministro.
Na conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva foi interrogada sobre um caso que motivou polémica, relacionado com a remuneração atribuída a um jovem recém-licenciado para exercer funções no seu gabinete.
“Desde 2012 que existe uma legislação que diz tudo o que há a dizer sobre constituição de gabinetes [de ministros]: os critérios de seleção, o pagamento devido a cada adjunto, secretário ou motorista, a forma de publicitação dos contratos e os calendários em que devem ocorrer”, começou por responder a titular da pasta da Presidência.
Segundo Mariana Vieira da Silva, “estes procedimentos, neste, como em outros casos, foram seguidos, dizendo respeito a um trabalho que tem dimensões técnicas e tem dimensões políticas”.
“Esse é o trabalho que um gabinete de um ministro faz. Sobre isso não direi mais nada hoje, porque este é briefing do Conselho de Ministros e estas decisões são minhas. Dizem respeito única e exclusivamente a mim e não ao Governo como um todo”, acrescentou.
A ministra reagia a notícias da TVI/CNN Portugal sobre a contratação de Tiago Cunha, de 21 anos, para o seu gabinete, com um vencimento de 3.732 euros brutos, naquele que será o seu primeiro emprego. Tiago Cunha está ligado à Juventude Socialista.
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