As autoridades suecas e dinamarquesas estão a investigar as quatro fugas de gás nos gasodutos Nord Strem 1 e 2.

Vestígios de explosivos encontrados nos gasodutos Nord Stream
Vestígios de explosivos encontrados nos gasodutos Nord Stream© TT NEWS AGENCY

Vestígios de explosivos foram encontrados no local danificado dos gasodutos Nord Stream, o que confirma a tese de sabotagem, avançou esta sexta-feira o Ministério Público sueco.

As autoridades suecas e dinamarquesas estão a investigar as quatro fugas de gás nos gasodutos Nord Strem 1 e 2, que ligam a Rússia e a Alemanha através do Mar Báltico e que se tornaram um ponto crítico na questão da guerra na Ucrânia.

Em outubro, a Dinamarca adiantou que a investigação preliminar mostrou que as fugas de gás foram causadas por "fortes explosões".

Fugas nos gasodutos Nord Stream causadas por "fortes explosões"

"As análises que foram realizadas mostram restos de explosivos e foram descobertos vários objetos estranhos", disse hoje o procurador sueco Mats Ljunggvist, num comunicado citado pela agência Reuters.

O procurador é responsável pelo inquérito preliminar que decorre na Suécia sobre as quatro fugas de gás descobertas nos gasodutos, no passado mês de setembro.

"A investigação é altamente complexa e abrangente. A investigação, que ainda está a decorrer, determinará se algum suspeito pode ser identificado."

O MP recusou-se a fazer mais comentários sobre a investigação.

Confirmadas duas crateras de origem não natural nos gasodutos

No início de novembro, a operadora dos gasodutos Nord Stream confirmou a existência de duas crateras, de origem não natural.

As crateras estão separadas por 248 metros e a secção do gasoduto entre as duas está destruída. Num comunicado, a operadora Nord Stream AG detalhou que os fragmentos estão espalhados num raio de 250 metros.

Os dados foram recolhidos por um navio que esteve no local onde foi registada uma das explosões, na zona económica e exclusiva da Suécia.

Os gasodutos Nord Stream um e dois, que ligam a Rússia à Alemanha, estão no centro das tensões geopolíticas, sobretudo, após Moscovo decidir cortar o fornecimento de gás à Europa.