Penamacor
Gentílico | Penamacorense |
Área | 555,52 km² |
População | 5 682 hab. (2011) |
Densidade populacional | 10,2 hab./km² |
N.º de freguesias | 9 |
Presidente da câmara municipal | António Luís Beites Soares (PS) |
Fundação do município (ou foral) | 1189 Porém há vestígios celticos, romanos e visigóticos. |
Região (NUTS II) | Centro |
Sub-região (NUTS III) | Beira Baixa |
Distrito | Castelo Branco |
Província | Beira Baixa |
Orago | Imaculada Conceição |
Feriado municipal | Segunda-feira após o Domingo de Páscoa |
Código postal | 6090 Penamacor |
Sítio oficial | www.cm-penamacor.pt |
Municípios de Portugal |
Penamacor é uma vila portuguesa no distrito de Castelo Branco, região estatística do Centro e sub-região da Beira Baixa, parte da província tradicional com o mesmo nome, com cerca de 1 500 habitantes.
É sede de um município com 555,54 km² de área[1] e 5 682 habitantes (2011),[2][3] subdividido em 9 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelo município do Sabugal, a leste pela Espanha, a sul por Idanha-a-Nova e a oeste pelo Fundão.
A vila situa-se a uma altitude média de 700 metros.
Índice
População[editar | editar código-fonte]
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(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [5] | ||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | |
0-14 Anos | 4 682 | 5 376 | 4 785 | 5 511 | 5 840 | 5 626 | 4 727 | 2 775 | 1 674 | 1 028 | 642 | 415 |
15-24 Anos | 2 372 | 2 708 | 2 548 | 3 040 | 2 842 | 3 447 | 2 683 | 1 725 | 1 332 | 887 | 595 | 443 |
25-64 Anos | 5 397 | 6 130 | 6 191 | 6 945 | 7 430 | 8 063 | 7 585 | 5 685 | 4 147 | 3 634 | 2 727 | 2 343 |
= ou > 65 Anos | 623 | 722 | 818 | 1 025 | 1 077 | 1 453 | 1 664 | 2 105 | 2 371 | 2 566 | 2 694 | 2 481 |
> Id. desconh | 0 | 42 | 68 | 44 | 52 |
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
História[editar | editar código-fonte]
Apenas sob o reinado de Sancho I de Portugal (1185-1211) é que a história de Penamacor se define com alguma clareza. Tem sido esta povoação a pátria de Vamba, rei dos Godos, que governou a península de 672 a 682. D. Sancho I conquistou Penamacor aos muçulmanos, outorgou-lhe foral em 1199 elevando-a a vila, e doou os seus domínios aos cavaleiros da Ordem do Templo na figura do seu mestre D. Gualdim Pais, que a fortificou. O soberano confirmou-lhe o foral em 1209.
“ | Em nome de Deus. Esta é a carta [de foral] que mandei fazer, eu, Sancho, pela graça de Deus rei de Portugal, […] para vós, habitantes de Penamacor, tanto os presentes como os vindouros. Em primeiro lugar, concedemos-vos por foro que duas partes dos cavaleiros tomem parte no fossado real uma vez por ano e que a terceira parte permaneça na vila com todos os peões. E o cavaleiro que não estiver no fossado com o rei pague para a fossadeira 10 soldos. E aquele que cometer homicídio pague 30 morabitinos ao queixoso pelo homicídio. E o queixoso entregue a sétima parte dessa quantia ao paço. E se alguém for morto em legítima defesa nada paguem por ele. E se alguém arrombar uma casa, passando o limiar com armas, […] com escudos, com lanças, ou com espadas, ou com cutelos, ou com alhos-porros, ou com pedras, pague 500 soldos ao queixoso, e a sétima ao paço. […] A testemunha falsa e o mentiroso reincidente paguem 60 soldos e a sétima ao paço e sejam expulsos do concelho. […]. Quem tiver uma quinta e uma junta de bois e dez ovelhas e um burro e dois leitos compre um cavalo. A mulher que abandonar o seu marido […] pague ao seu marido 300 soldos e a sétima ao paço. Quem surpreender a sua mulher em adultério conhecido abandone-a e fique com todos os seus bens, e pague 1 dinheiro ao juiz. […] Quem bater numa mulher alheia pague--lhe 60 soldos, se for casada. E se ela não for casada, pague 30 soldos e a sétima ao paço e seja inimigo dos seus parentes. […] As tendas, os moinhos e os fornos de Penamacor estejam livres de todo o foro. […] Os habitantes de Penamacor não sejam mordomos nem serviçais contra a sua vontade […]. Os homens de Penamacor não deem pousada contra a sua vontade. […] Os homens de Penamacor não paguem portagem em todo o nosso reino.(Foral de Penamacor, 1209) | ” |
De acordo com uma das lendas locais, o nome da vila terá origem num fora-da-lei que aqui terá habitado, de nome "Macôr". Este salteador vivia numa caverna a que davam o nome de Penha. Com o passar dos tempos, o nome adulterou-se e passou a chamar-se Pena, ficando assim a terra a ser conhecida por Penha de Macôr ou Pena Macôr.
Segundo outra versão, uma luta feroz entre os seus habitantes e salteadores originou tanto derramamento de sangue e de tão má cor, que a vila ficou a ser conhecida por Penha de má cor. Ainda outra refere, que nesta zona existiam duas povoações, ambas localizadas em montes, Pena de Garcia e Pena Maior. Com a adulteração da pronúncia Castelhana, Magor passou a ser Macor, dando origem a Pena Macor.
O desenvolvimento da vila, nos finais do século XII, deveu-se à necessidade de proteção da fronteira portuguesa, pelo que foi construído um castelo (Castelo de Penamacor), de que ainda hoje restam vestígios, considerado monumento nacional.
Freguesias[editar | editar código-fonte]
O concelho de Penamacor está dividido em 9 freguesias:
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