défice
Enquanto dormia "Não
acreditem em ninguém que diga que ‘eu, sozinho, vou melhorar tudo'".
Hillary Clinton fez ontem um dos discursos mais importantes da sua vida, na convenção democrata. Parte agora para uma campanha dura contra Donald Trump e já está ao ataque:
"Ele está a esquecer-se de cada um de nós. Os americanos não dizem 'eu,
sozinho, vou melhorar tudo'. Nós dizemos que 'nós, juntos, vamos
melhorar tudo'".
Aproveite também para ver e ouvir o Conversas à Quinta desta semana - José Manuel Fernandes, Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto falam sobre o que está em jogo na disputa entre Hillary e Trump.
O Papa Francisco falou em Cracóvia sobre qual deve ser a reação ao medo e pediu aos católicos que acolham “aqueles que vêm de outras culturas, outros povos, e até aqueles de quem temos medo porque pensamos que nos podem fazer mal”. Hoje de manhã, o Papa está já no campo de concentração de Auschwitz, a rezar "em silêncio".
A polícia americana está neste momento a procurar um número indeterminado de homens que alvejaram dois polícias em San Diego. Ainda não se conhecem os detalhes do incidente nem o estado dos agentes.
Informação relevanteExecução Orçamental? Não brinquem com coisas sérias. O pedido, enviado ao governo e à oposição, é feito pelos investigadores Luís Teles Morais e Henrique Lopes Valença na habitual análise à execução orçamental no Observador: "Talvez fosse melhor Governo e oposição concentrarem-se nas desilusões do investimento, do crescimento e das exportações e menos em sanções e em brincadeiras com os números do défice". E tome atenção a um outro ponto. Nesta análise, é feita já uma previsão de qual será o nosso défice, em contabilidade nacional, no final do ano: ficará entre os 2,7% e os 2,9%. Veja as explicações aqui.
A DBRS, que é a única agência de rating a manter Portugal acima de "lixo", também está a fazer contas. E alerta: se houver desvios na execução orçamental, o governo deve "reagir rapidamente". Em declarações ao Edgar Caetano, a agência diz que o pior que podia acontecer era termos uma atitude de "inércia" e (atenção ao recado) que devemos evitar "um conflito com a Comissão Europeia".
Já hoje de manhã, Paulo Ferreira escreve um artigo de opinião no Observador sobre o défice, "esse popular desporto nacional": "O que nunca tentámos foi a velha fórmula de equilibrar as contas e mantê-las certas de forma duradoura, amealhando na abundância para poder gastar mais um pouco na escassez. Mas, está à vista, isso é contra a nossa natureza. A nossa natureza é mais de andarmos permanentemente à rasca. Continuaremos a pagar por isso."
São críticas e mais críticas. O FMI encomendou um relatório independente à forma como interveio em Portugal, na Grécia e na Irlanda e o resultado não é propriamente uma recomendação para o Prémio Nobel. Os especialistas que analisaram a atuação do Fundo dizem que o programa para Portugal partiu de um diagnóstico errado. Numa frase: o FMI achava que tínhamos principalmente um problema de competitividade quando, na realidade, o nosso drama era a falta de poupança privada e pública. Veja todos os detalhes aqui.
Neste exame ao FMI, o Banco de Portugal também não escapa. O mesmo relatório afirma que a análise à situação dos nossos bancos devia ter sido feita por uma entidade independente e não pelo Banco de Portugal. Como isso não aconteceu, o resultado foi este: a reestruturação da nossa banca ficou por fazer. Carlos Costa reagiu às acusações antes mesmo de elas serem publicadas e a sua resposta até faz parte do relatório: segundo o governador do Banco de Portugal, este exame ao programa do FMI que apanha o nosso regulador por tabela tem "falta de rigor e erros graves".
Este foi um dos assuntos de que Carlos Costa falou ontem no parlamento, quando foi ouvido na comissão de inquérito à Caixa. Mas houve mais: o governador do Banco de Portugal explicou que a Caixa Geral de Depósitos teve perdas de 6.586 milhões desde 2010 (sendo a esmagadora maioria as famosas imparidades). E reconheceu, concordando com José de Matos, que em Portugal há banca a mais.
Mário Centeno está com muita pressa. Por causa do próximo Orçamento, o ministro das Finanças pediu aos serviços das administrações públicas para apresentarem pelo menos cinco iniciativas que permitam poupar em 2017. Data limite para mostrar resultados: 19 de agosto. Punição para quem ficar parado: não poderá implementar novos projetos que impliquem mais custos. O ministro das Finanças deu ainda uma outra orientação para a preparação do Orçamento: os salários ficam congelados.
E o que é que se passa lá por fora? Vamos ver rapidamente:
Aproveite também para ver e ouvir o Conversas à Quinta desta semana - José Manuel Fernandes, Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto falam sobre o que está em jogo na disputa entre Hillary e Trump.
O Papa Francisco falou em Cracóvia sobre qual deve ser a reação ao medo e pediu aos católicos que acolham “aqueles que vêm de outras culturas, outros povos, e até aqueles de quem temos medo porque pensamos que nos podem fazer mal”. Hoje de manhã, o Papa está já no campo de concentração de Auschwitz, a rezar "em silêncio".
A polícia americana está neste momento a procurar um número indeterminado de homens que alvejaram dois polícias em San Diego. Ainda não se conhecem os detalhes do incidente nem o estado dos agentes.
Informação relevanteExecução Orçamental? Não brinquem com coisas sérias. O pedido, enviado ao governo e à oposição, é feito pelos investigadores Luís Teles Morais e Henrique Lopes Valença na habitual análise à execução orçamental no Observador: "Talvez fosse melhor Governo e oposição concentrarem-se nas desilusões do investimento, do crescimento e das exportações e menos em sanções e em brincadeiras com os números do défice". E tome atenção a um outro ponto. Nesta análise, é feita já uma previsão de qual será o nosso défice, em contabilidade nacional, no final do ano: ficará entre os 2,7% e os 2,9%. Veja as explicações aqui.
A DBRS, que é a única agência de rating a manter Portugal acima de "lixo", também está a fazer contas. E alerta: se houver desvios na execução orçamental, o governo deve "reagir rapidamente". Em declarações ao Edgar Caetano, a agência diz que o pior que podia acontecer era termos uma atitude de "inércia" e (atenção ao recado) que devemos evitar "um conflito com a Comissão Europeia".
Já hoje de manhã, Paulo Ferreira escreve um artigo de opinião no Observador sobre o défice, "esse popular desporto nacional": "O que nunca tentámos foi a velha fórmula de equilibrar as contas e mantê-las certas de forma duradoura, amealhando na abundância para poder gastar mais um pouco na escassez. Mas, está à vista, isso é contra a nossa natureza. A nossa natureza é mais de andarmos permanentemente à rasca. Continuaremos a pagar por isso."
São críticas e mais críticas. O FMI encomendou um relatório independente à forma como interveio em Portugal, na Grécia e na Irlanda e o resultado não é propriamente uma recomendação para o Prémio Nobel. Os especialistas que analisaram a atuação do Fundo dizem que o programa para Portugal partiu de um diagnóstico errado. Numa frase: o FMI achava que tínhamos principalmente um problema de competitividade quando, na realidade, o nosso drama era a falta de poupança privada e pública. Veja todos os detalhes aqui.
Neste exame ao FMI, o Banco de Portugal também não escapa. O mesmo relatório afirma que a análise à situação dos nossos bancos devia ter sido feita por uma entidade independente e não pelo Banco de Portugal. Como isso não aconteceu, o resultado foi este: a reestruturação da nossa banca ficou por fazer. Carlos Costa reagiu às acusações antes mesmo de elas serem publicadas e a sua resposta até faz parte do relatório: segundo o governador do Banco de Portugal, este exame ao programa do FMI que apanha o nosso regulador por tabela tem "falta de rigor e erros graves".
Este foi um dos assuntos de que Carlos Costa falou ontem no parlamento, quando foi ouvido na comissão de inquérito à Caixa. Mas houve mais: o governador do Banco de Portugal explicou que a Caixa Geral de Depósitos teve perdas de 6.586 milhões desde 2010 (sendo a esmagadora maioria as famosas imparidades). E reconheceu, concordando com José de Matos, que em Portugal há banca a mais.
Mário Centeno está com muita pressa. Por causa do próximo Orçamento, o ministro das Finanças pediu aos serviços das administrações públicas para apresentarem pelo menos cinco iniciativas que permitam poupar em 2017. Data limite para mostrar resultados: 19 de agosto. Punição para quem ficar parado: não poderá implementar novos projetos que impliquem mais custos. O ministro das Finanças deu ainda uma outra orientação para a preparação do Orçamento: os salários ficam congelados.
E o que é que se passa lá por fora? Vamos ver rapidamente:
- Em Espanha, Rajoy aceitou tentar formar Governo mas não dá garantias de que se submeterá a votos no Parlamento. Problema: isso talvez vá contra a Constituição.
- No Brasil, Lula da Silva está cada vez mais cercado pelos investigadores da Lava Jato, que tentam provar que ele ocultou a propriedade de uma casa de campo; a tocha olímpica foi apagada e roubada por manifestantes em Angra dos Reis; e as autoridades detiveram um homem suspeito de ter ligações ao Estado Islâmico.
- Na Alemanha, a polícia deteve um homem armado em Colónia, depois de uma megaoperação policial.
Os nossos Especiais
Há 30 anos, seis condenados escaparam da cadeia de Pinheiro da Cruz depois de matarem três guardas prisionais e ferirem outros dois com gravidade. Os "Cavacos" eram os mais mediáticos e Faustino o mais temido. Um dos evadidos suicidar-se-ia para não ser apanhado e só ao fim de quatro meses seriam capturados os últimos fugitivos. Bruno Vieira Amaral recorda os crimes e a paranóia colectiva que tomou conta de Portugal naquele período. Acredite no que lhe vou dizer agora (vou soletrar e tudo): é um texto im-per-dí-vel.
O triângulo Sócrates/GES/PT é a nova linha de investigação no caso Marquês - e o Luís Rosa foi procurar detalhes para explicar tudo (rigorosamente tudo) num texto longo e detalhado. No artigo "Testa-de-ferro de Sócrates terá recebido mais três milhões do GES por conta da PT" consegue entender-se o que está na cabeça dos investigadores.
Notícias surpreendentes
Vá poupando: são 500 euros. A 11 de novembro sai uma caixa com gravações inéditas dos Pink Floyd. São mais de 12 horas de áudio e 15 de vídeo. Aqui vai o nome: "Pink Floyd: The Early Years 1965 - 1972".
Se alguém aí consegue dormir bem em aviões ponha o dedo no ar. Ninguém? Pois, bem me parecia. Então, o melhor é ler este artigo com oito dicas para descansar melhor em viagem.
As 100 melhores fotos de 2016 estão aqui. O júri dos prémios EyEm analisou 270 mil imagens, de mais de 38 mil fotógrafos, vindos de 150 países. E, claro, há um português na lista.
Vem aí mais um fim de semana em cheio: o lançamento mundial do novo livro de Harry Potter é na Livraria Lello, no Porto; há muita música (e boa) na Expofacic, em Cantanhede; e em Sesimbra pode experimentar snorkeling. São só três exemplos, destacados pela Rita Neves Costa, mas a lista completa tem muito mais coisas para fazer de Norte a Sul.
E, no meio de tanta coisa para fazer, vá passando pelo Observador. Vamos ter todas as notícias atualizadas ao minuto e, logo à noite, teremos novidades sobre os testes de stress feitos à banca europeia.
Até já!
Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
no Facebook
no Twitter
por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Subscreva
as nossas Newsletters
©2016 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa
Se pretende deixar de receber a Newsletter 360º clique aqui
Demasiadas newsletters? Pode anular a subscrição.
|
Sem comentários:
Enviar um comentário