E a vitória é de… Bernie Sanders e Donald Trump! As primárias de New Hampshire revelaram o poder dos eleitores de abanar as elites que controlam a política norte-americana,
escreve a CNN esta madrugada. Última chamada à realidade para Hillary Clinton enquanto se especula sobre as possibilidades futuras dos segundos e terceiros classificados dos democratas e republicanos. O eleitorado de
New Hampshire é conhecido pelas decisões tomadas à última hora e é determinante para a corrida final à Casa Branca. O ex-presidente da câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg, admite agora entrar na corrida eleitoral de novembro. Declarou “ofensivo” o nível dos debates,
escreve o Financial Times.
Entretanto, à porta da Europa…
As Nações Unidas estão a pressionar a Turquia para que abra as fronteiras a dezenas de milhares de refugiados vindos da Síria. O ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) insiste que Ancara é obrigada pela lei internacional a deixar entrar os refugiados presos na fronteira em Bab al-Salameh,
reporta a Al-Jazeera. As autoridades turcas têm distribuído alimentos, água e equipamento para construir tendas ao longo da fronteira e já declararam que deixarão entrar os refugiados “se necessário”, em caso de situação de emergência.
A Turquia já acolheu dois milhões e meio de refugiados sírios e a questão de fundo, que está longe de ser resolvida, emerge a cada investida militar no terreno: a Turquia, o Líbano e a Jordânia têm a fatia grande do esforço dentro de fronteiras e tarda a redistribuição dos refugiados.
A província de Alepo sofreu na semana passada uma ofensiva das forças governamentais apoiada pelos bombardeamentos aéreos russos. A zona, que está há anos dividida entre forças leais ao Presidente Assad e as rebeldes, é agora alvo da Rússia, que defende ter um plano para acabar com a guerra na Síria. Não é só o secretário da Defesa norte-americano, John Kerry, a declarar que a intervenção russa está a dificultar e a baralhar a situação no terreno. O editor do Daily Beast defendia ontem à noite na CNN que as conversações de paz para a região são um embuste, não existem: a Rússia está a esforçar-se por despovoar a Síria, a usar os bombardeamentos para alterar a política ocidental, disse, e os refugiados à porta da Europa servem a sua estratégia. Entretanto, duas organizações independentes relataram que
um milhão de sírios vivem sitiados. O cerco a Madaya persiste
voltando a haver muitos casos de fome extrema, como
reporta The Guardian.
Angela Merkel declarou-se “horrorizada” pelos bombardeamentos pela Rússia na Síria e o Kremlin queixou-se. Merkel falou após conversações com o primeiro-ministro turco. Veja
aqui como a Newsweek equaciona
o desafio que a crise dos refugiados representa para o Governo alemão.
Números da Organização Internacional das Migrações revelam que chegaram à Grécia pelo Mediterrâneo 76 mil migrantes nestas primeiras seis semanas de 2016.
A média de chegadas diárias à Europa é de duas mil pessoas, cerca de dez vezes a da mesma época em 2015. No mesmo período, já se registaram
409 mortes nas rotas do Mediterrâneo.
Os ministros da Defesa da NATO reúnem-se hoje em Bruxelas para discutir como muscular a defesa contra uma eventual agressão da Rússia, em particular no leste da Europa. Chamam-lhe
traditional business, mas há urgência. O
relatório anual das c
apacidades militares globais e economia de defesa do International Institute for Strategic Studies, IISS, lançado ontem alerta para a perda de superioridade das forças ocidentais. Segundo o relatório, a NATO mal tem capacidade para defender os seus parceiros do Leste da Europa. São principalmente os
Estados asiáticos que estão a atualizar-se em grande velocidade. E a Rússia.
Todas as bolsas europeias estão em queda, tendo a bolsa de Londres atingido o valor mais baixo dos três últimos anos. O Jorge Nascimento Rodrigues explica
aqui como é que
o epicentro da volatilidade europeia persiste no sistema bancário da zona euro. Hoje de manhã, o Negócios
explicavaa queda dos índices no Japão, que se encontram ao nível de 2014.
O chefe executivo do Deutsche Bank enviou
uma carta a 100 mil empregados do banco com o objetivo de sossegá-los: o Deutsche Bank, conhecido por ser “sólido como uma pedra”, continua “sólido como uma pedra”, assegurou, apesar da queda de 5% das suas ações ontem em Frankfurt (40% de queda num ano). O El País titulava assim: “O Deutsche Bank defende-se das duvidas sobre a sua capacidade de pagamento”.
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