Com o inverno e as baixas temperaturas a aproximarem-se, os ataques russos têm devastado parte das infraestruturas energéticas e de reservas de água em áreas civis. O presidente ucraniano acusa os russos de "terrorismo energético".
Com o inverno e as baixas temperaturas a aproximarem-se, os ataques russos têm devastado parte das infraestruturas energéticas e de reservas de água em áreas civis. O presidente ucraniano acusa os russos de "terrorismo energético".© Sergey Dolzhenko - EPA

Na habitual mensagem diária, Zelensky denuncia o ataque diário dos russos às instalações de distribuição de energia. Os ataques de misseis e drones a estas estruturas “não param um dia sequer”, diz o presidente dos ucranianos.
Na noite de quinta-feira, seriam 4,5 milhões de pessoas atingidas na capital Kiev e em 10 outras regiões que ficaram temporariamente sem energia devido aos ataques russos, revelou o presidente.
Zelensky disse que “suportar o terror energético russo” é a “tarefa nacional” da Ucrânia. Apenas no mês passado, um terço das infraestruturas de energia do país foram destruídas, segundo o presidente.

Para o presidente ucraniano, os ataques mostram a “fraqueza do inimigo”. “Eles não podem derrotar a Ucrânia no campo de batalha, e é por isso que estão a tentar destruir nosso povo desta maneira – a humilhar os ucranianos, atacar o moral do nosso povo, a resistência de nosso povo. Acredito que a Rússia não terá sucesso.”

O Ministério da Defesa da Rússia já confirmou que tem como alvo a infraestrutura energética ucraniana. Relatos vindos do lado russo e a avaliação dos analistas aponta no sentido de os russos querem retirar de algumas zonas como Kherson para estabelecer novas linhas da frente, mais fortes, antes da chegada do inverno.

De acordo com um oficial ocidental, falando sob condição de anonimato e citado pela BBC, a maioria dos comandantes russos já retirou da cidade. A tomada de Kherson, em março, tinha sido vista como uma das maiores conquistas russas na guerra.

Mas uma contraofensiva ucraniana na área, que está em andamento há mais de um mês, levou a Rússia a reavaliar seus objetivos no campo de batalha.

De acordo com um oficial ocidental, falando sob condição de anonimato, a maioria dos comandantes russos já retirou da cidade.

A falta de energia tem afetado inúmeras estruturas. Uma das principais preocupações recai na central nuclear de Zaporizhia, no sul da Ucrânia, a maior da Europa, que ficou completamente sem energia elétrica depois do bombardeamento russo na quarta-feira que danificou as duas únicas linhas de alta tensão que ligavam a central à rede elétrica ucraniana.