OUTRAS NOTÍCIASMuita gente
pressiona a decisão de Cavaco Silva:
Carlos César ("o país não pode ficar em silêncio só porque o Presidente está a pensar"),
Maria de Belém ("É inadequado estar em suspenso")
Marcelo Rebelo de Sousa ("é fundamental a conclusão da formação do Governo"),
Jorge Sampaio "Portugal precisa de um Governo na plenitude das suas funções"),
Jerónimo de Sousa (que acusa Cavaco de "privilegiar contactos com o grande capital”). De pressão em pressão
tudo se encaminha para um governo PS, opção aliás com que Freitas do Amaral hoje
na Visão concorda. O Henrique Monteiro
explica "por que está Costa a ganhar a batalha".
Os
presidentes dos bancos (que vão precisar de
mais capital em em 2016)
andam muito requisitados. Depois de almoçarem à porta fechada no Ritz em Lisboa na segunda feira com António Costa, na terça foram ao Palácio de Belém. E falaram à saída do encontro com Cavaco Silva.
Vieira Monteiro pede um
governo forte e estável,
Nuno Amadoquer estabilidade dos regimes fiscais,
Fernando Ulrich elogia Passos e diz que confia em António Costa,
Stock da Cunhapede ao Estado que seja pessoa de bem.
Hoje,
Cavaco ouve sete economistas (
saiba quem).
Entretanto, Jorge Miranda declara apoio a Sampaio da Nóvoa nas
eleições presidenciais.
Sobre o clima político e a agressividade verbal (incluindo a do jovem deputado do PS que
ontem chamou "gangster" a Cavaco e depois pediu desculpa), Nuno Melo
escreve um texto de opinião no JN em que diz que
a esquerda fala como se estivesse na taberna.
António José Seguro defendeu ontem a
tese de mestrado no ISCTE, em Lisboa, em que conclui que a reforma de 2007 aumentou o controlo político do Parlamento em relação ao Governo, ao conferir às oposições, por via regimental, instrumentos de que não dispunham na Constituição.
Classificação: 18 valores.
A
devolução da sobretaxa está em risco e já divide PSD e CDS. Se os portugueses nada receberem, e tendo em conta as expectativas anunciadas antes das eleições, estaremos perante "um embuste monumental", escreve Armando Esteves Pereira,
no Correio da Manhã. Já ontem, o
Martim Silva escrevia sobre "o grande embuste".
Quanto do passado, a
TAP perdeu cem mil passageiros no verão,
revela o Económico.
Quanto ao futuro, a CGTP não quer a companhia no jogo das "low-cost". Quando ao que não se sabe,
António Ramalho demite-se se esquerda reverter fusão da Infraestruturas de Portugal (
no Negócios).
Ontem,
Portugal financiou-se a taxas negativas. Como é isso possível? O
Negócios explica. Há outra explicação mais curta, tem apenas três letras: BCE.
Na
próxima semana arranca o Banco CTT, um projeto que tem mais barbas que o Pai Natal mas que finalmente nasce menino. Terá 50 lojas até março de 2016
A
queda histórica do peso dos salários está a aumentar a desigualdade,
diz o Negócios.
"Nunca desde pelo menos desde os anos 60 do século XX os salários pesaram tão pouco face ao lucros, rendas e juros".
Segundo um
relatório publicado pelo World Economic Forum, as
desigualdades entre homens e mulheres continuam enormes, nomeadamente nos salários. Mas há esperança: como escreve o
The Guardian, homens e mulheres terão salários iguais...
daqui a 118 anos. "Parem de culpar as mulheres por ganharem menos dinheiro que os homens", escreve Emily Peck no
Huffington Post. "Não, nós não somos más negociadoras". Por cá, titula
o Público em manchete, "mulheres ainda gastam o dobro do tempo dos homens em tarefas do lar".
A notícia está hoje nos diários todos, por exemplo no
Diário de Notícias:
três freiras e um padre são suspeitos de escravizar noviças em convento.
Notícias etílicas: dentro da garrafa, o
Porca de Murça tinto é o
melhor vinho mais barato do mundo; fora da garrafa, os
Pêra-Manca são agora vendidos com sistema antifraude.
No sábado fará
um ano que José Sócrates foi preso à chegada ao aeroporto de Lisboa. No Expresso, vamos publicar três vídeos, um por dia às 18 horas, sobre a Operação Marquês.
O primeiro já saiu, começa
na "lavandaria" do Zé das Medalhas.
"
Vêm aí os russos", titula o Valdemar Cruz, que aqui assina outros Curtos: a Casa da Música, no Porto, programa para 2016 a maior mostra de música russa alguma vez apresentada em Portugal.
FRASES"No final só fica um ou uma", disse a candidata a Presidente da República
Marisa Matias ontem em Bruxelas. "
Só há lugar para um”, concordou
Marcelo Rebelo de Sousa.
"Nem vos quero dizer qual era o montante que o Tesouro português tinha em cofre em 2011 (...) de tão exíguo que ele era”. Cavaco Silva,
ontem.
"Cavaco prefere não tomar decisões. O que, no caso, é uma decisão: favorecer Passos Coelho", escreve
Fernando Sobral no Negócios.
"
A alegada 'tradição' segundo a qual todo o governo minoritário de partido mais votado teria, “ipso facto”, o direito de governar é, salvo o devido respeito – que é muito – uma enormidade", escreve
José Ribeiro e Castro,
no Observador.
“Guerra à Síria por si não resolve nada”, afirma o general
Ramalho Eanes.
"Chular o Estado" é o título do texto de opinião de
Vital Moreira, a propósito da subsidiação aos colégios privados.
No Económico.
O QUE VOCÊ ANDA A LERSim, você, caro leitor. É uma pequena subversão, a propósito do noticiário dos últimos dias. Nas redes sociais, há muitas críticas sobre o facto de os jornais darem agora tanta importância aos
atentados de Paris, depois de ignorarem os de Beirute, de dias antes. Utilizo o título de uma coluna
do Vox (que vale mesmo a pena ler, se quer perceber como pensam os jornalistas): "
Os média ignoraram os bombardeamentos de Beirute? Ou ignoraram-no os leitores?".
Os
atentados de Beirute foram noticiados, sim, em muitos jornais, mas não tiveram o impacto que teriam os de Paris, o que é compreensível. Assim como não deve ter havido uma só semana no último ano e meio que o Expresso não tenha publicado
notícias e análises sobre o Daesh, tema que acompanhamos com uma equipa especial desde então. Mas só quando há grandes tormentos as leituras se disseminam. Outro exemplo:
o caso de Luaty Beirão.Pelas audiências das notícias, no Expresso sabemos que o número de leituras do processo era enorme durante a greve de fome do ativista angolano. Quando a greve de fome parou, a audiência caiu a pique. Esta constatação não encerra nenhuma moral, é só mesmo uma constação. Mas as notícias sobre o julgamento de Luaty
continuam a ser publicadas e o caso investigado. Pelo seu evidente interesse público.
O que eu vou ler: soube ontem
pelo DN que, no início da próxima semana, chegará às livrarias um "espesso volume que reúne o diário 'Não Percas a Rosa' e as crónicas 'Ó Liberdade, Brancura do Relâmpago'", de
Natália Correia. São 704 páginas, que incluem textos inéditos. E, ainda não sei, talvez incluam o poema édito que, começando assim, acaba nunca: "Trago-te a rosa na ponta de uma espada./Eu sou o enigma, tu a decifração."
(Natália Correia haveria de escrever umas coisas hoje, no arranque no Parlamento da
discussão de propostas para as
leis do aborto, adoção por casais homossexuais, alargamento da procriação medicamente assistida e "barrigas de aluguer"...)
Fique com o Expresso, com o site agora, com o Diário às 18, com semanário daqui a dois dias. E
tenha um dia bom, o
frio regressa em força no fim de semana mas hoje as
temperaturas máximas são réstia de São Martinho e atrás das nuvens está o sol. Está sempre.
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